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OS ESPÍRITOS DAS TREVAS.

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Por Leandro Borges

“Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem, pois muitas vezes se apoderara dele”. (Lucas cap.8 vers.29).

A Bíblia ensina que o diabo ainda anda nas sombras como um leão rugidor, um adversário que deve ser resistido. Mas o que a Bíblia ensina a respeito de demônios e espíritos malignos ??? Devemos acreditar que os demônios ainda operam no nosso mundo ??? Um grau limitado de preocupação com a atividade dos demônios não é errado. Mas há uma quantia não saudável de curiosidade sobre os demônios que leva ao crescimento do satanismo.
Há uma distinção entre o diabo e os demônios. A Bíblia chama os demônios de “espíritos malignos” e “espíritos imundos”. Em (Mateus cap.12 vers.24) Satanás é chamado de de “maioral dos demônios”.  É razoável dizer que os demônios são os mensageiros do diabo, aqueles que foram enviados para cumprir o seu propósito. Observe bem (Mateus cap.25 vers.41): “Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.

Possessão por demônios e doenças físicas devem ser consideradas como categorias diferentes. Alguns hoje acreditam que todas as doenças físicas ou mentais sejam manifestações de possessão por demônios. Jesus discordaria. Note com cuidado que Jesus pôs a possessão por demônio na mesma lista que uma doença física ou mental, mas não foi dado aos demônios o crédito de originarem a doença. Nem todo epilético ou paralítico sofria de possessão por demônios. É verdade que, às vezes, possessão causava os mesmos sintomas que essas doenças. O fato de um homem ser mudo não quer dizer que ele esteja, necessariamente, possuído por demônios. E não devemos concluir que todas as pessoas insanas estejam possuídas por demônios.

O poder de Jesus sobre os demônios indica que o reino de Deus já chegou. Há muita confusão em relação ao reino de Deus. Alguns acreditam que o reino ainda virá. Muitas falsas interpretações do livro de Apocalipse se centram num conceito futurista do reino de Deus. No termo “reino”, o pensamento principal é o reinado soberano de Deus. Jesus ensinou que seu poder para expelir os espíritos malignos mostrava às pessoas que o reinado de Deus estava sendo estabelecido no mundo e que o diabo estava sendo derrotado. (Mateus cap.12 vers.28) explica: “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós”. Esta é uma explicação possível do motivo de Deus permitir o diabo a usar seus mensageiros violentos para criar tal confusão durante o ministério de Jesus na terra. Deus estava demonstrando poderosamente o estabelecimento de sua soberania através de seu Filho.

Nem todos que alegam ser exorcistas de demônios o são. Em (Atos cap.19), Deus estava dando grande êxito ao apóstolo Paulo na expulsão de demônios.  Observe bem (Atos cap.19 vers.11-12): “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam”. Alguns exorcistas judeus utilizaram o nome de Jesus de uma maneira errada, tentando duplicar o que Paulo fazia. Eles presumiam que o poder de Paulo se encontrava na forma de suas palavras. Os demônios responderam: “Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” (Atos cap.19 vers.15). Os eventos seguintes são quase cômicos: o demônio se apoderou dos “exorcistas”! Jesus havia dado aos seus apostólos escolhidos e a alguns outros servos o poder de expelir demônios. Mas nem todos que alegavam ter poder sobre os demônios o tinham. Do exemplo em (Atos cap.19), podemos concluir que até um espírito mal reconhece um fingido ao vê-lo. E nós, reconhecemos tais enganadores ???

Há muitas organizações religiosas, livros e rituais especiais utilizados hoje para supostamente expelir demônios. Há uma grande diferença no que as pessoas fazem hoje e o que Jesus e Paulo faziam. Jesus e Paulo não usavam rituais elaborados, nem fórmulas especiais. Se existiam pessoas, na época de Paulo, que alegavam ser exorcistas mesmo não sendo, não deve nos surpreender encontrar pessoas fazendo a mesma coisa hoje. A pergunta é se teremos discernimento para examinar as obras deles, ou se seremos levados, por falta de cautela, por seus espetáculos enganadores.

06-06-16 013

 Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Carta a um Maçom – Interessante manifestação histórica sobre Maçonaria e Cristianismo

 

Enviado por Leonardo Conceição dos Santos

Rio de Janeiro, 09 de Julho de 1.963 e.v.

Caro Dr. G.:

Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Li, com o maior prazer, a entrevista concedida ao Diário de Notícias, através da qual o Grande Oriente do Brasil manifesta à nação a sua intenção de, finalmente, fazer com que a Maçonaria venha a ocupar na vida brasileira o papel que lhe cabe e sempre lhe coube desde a Independência que, como todos sabemos, foi feita pelos maçons.

Relembrei nessa ocasião minha conversa com o senhor, e as nossas palavras de despedida, nas quais buscou o senhor gentilmente trazer à minha atenção o fato de que (na sua opinião), a Igreja Católica Romana é uma boa introdução à vida adulta para crianças. Eu lhe disse então: "Mas a Maçonaria é infinitamente melhor", e aproveito esta oportunidade para repetir e ampliar estas palavras.

Eu não quis discutir a validade, ou falta de validade da Igreja Romana como campo de treino para crianças, porque não é assunto que se possa propriamente discutir. É assunto que deve — repito, deve — ser pesquisado por todo homem consciencioso e responsável, principalmente por maçom de alto grau e no Brasil, onde essa Igreja teve tanta influência na formação psíquica do povo — com os resultados que estamos vendo no presente.

Para esta pesquisa, vitalmente necessária a todos os maçons neste momento de transição, é necessário uma análise cuidadosa da evidência espalhada pelas obras de muitos pesquisadores imparciais e fidedignos; e isto não pode ser resumido numa breve discussão. Eu estou a par dos fatos; o senhor não estava, na ocasião; e afirmativas de minha parte teriam forçosamente de parecer ao senhor opiniões arbitrárias e caprichosas, principalmente por o senhor, com certeza, suspeitar de mim e de minhas intenções. "Telemitas não são mais benquistos no momento do que o foram os gnósticos em seu tempo!"

A finalidade desta carta é expor, de maneira a mais ordeira e clara, minhas conclusões, e citar obras nas quais me baseio; de forma que o senhor possa, se quiser, consultá-las e tirar suas próprias conclusões, que podem ou não virem a coincidir com as minhas. Peço-lhe apenas que, tendo lido a minha carta, examinado se lhe aprouver, as fontes nela citadas, e chegado, porventura à conclusão de que são ambas de valor a seus irmãos maçons, transmita-lhes a carta assim como as fontes, para que por sua vez, tenha a oportunidade de examinar, ponderar e julgar.

Devo começar por repetir-lhe o que lhe disse por ocasião de nossa conversa, e que tanto chocou seus bons sentimentos e sua honesta devoção: que o homem chamado "Jesus Cristo" nos Evangelhos nunca existiu. Suas peripécias são fictícias; não padeceu sob nenhum Pôncio Pilatos; não foi nem poderia jamais ser a única Encarnação do Verbo; e qualquer Igreja, seita ou pessoa que diga o contrário ou está enganada ou enganando.

Não quero dizer com isto que um homem assim não pudesse ter nascido, pregado e padecido. Pelo contrário: tais homens nascem continuamente, e continuarão a nascer por todos os tempos: Encarnações do Logos, Templos do Espírito Santo, Cruzes de Matéria coroadas pela Chama do Espírito.

Direi mais: Houve, em certa ocasião, um homem que alcançou no mais alto grau a consciência de sua própria Divindade; e este homem morreu em circunstâncias análogas (porém não idênticas!) àquelas narradas nos Evangelhos. Seu nascimento perdeu-se na noite dos tempos: ele foi o original do "Enforcado" ou "Sacrifício" no Tarô, e os egípcios o conheciam pelo nome de Osíris. Foi esse Iniciado quem formulou na carne a fórmula do Deus Sacrificado. Esta é a fórmula da Cerimônia da Morte de Asar na Pirâmide, que foi reproduzida nos mistérios de fraternidades maçônicas da tradição de Hiram, das quais o exemplo mais perfeito foi o Antigo e Aceito Rito Escocês. O Grau 33° desse rito indicava uma Encarnação do Logos, a descida do Espírito Santo; a manifestação, na carne, de um Cristo; a presença do Deus Vivo.

Para os fatos que servem de base às asserções acima, indico ao senhor as seguintes obras de maçons ilustres e merecedores:

LA MISA Y SUS MISTÉRIOS, de J. M. Ragón.

THE ARCANE SCHOOLS, de John Yarker.

DO SEXO À DIVINDADE, do Dr. Jorge Adoum

CURSO FILOSÓFICO DE LAS INICIACIONES ANTIGUAS Y MODERNAS, de J. M. Ragón.

ISIS UNVEILED, de Helena Blavatsky, seção sobre o cristianismo.

Mme. Blavatsky não era dos vossos, mas dos Nossos… Na minha opinião, Dr. G., um maçom de alto grau, com tempo a seu dispor, faria um grande benefício a seus Irmãos ao traduzir para o português as obras citadas acima, principalmente as duas primeiras.

Os documentos incluídos no assim-chamado "Novo Testamento" (a saber, os Quatro Evangelhos, os Atos, as Cartas e o Apocalipse) são falsificaçõesperpetradas pelos patriarcas da Igreja Romana na época de Constantino, por eles chamado "o Grande" porque permitiu esta contrafação, colaborando com ela. Constantino não teve sonho algum de "In hoc signo vinces". Tais lendas são mentiras desavergonhadas inventadas pelos patriarcas romanos dos três séculos que se seguiram, durante os quais todos os documentos dos primórdios da assim-chamada "era Cristã" existentes nos arquivos do Império Romano foram completamente alterados.

O que realmente aconteceu na época de Constantino, foi que, aliados os presbíteros de Roma e Alexandria, com a cumplicidade dos patriarcas das igrejas locais, dirigiram-se ao Imperador, fizeram-lhe ver que a religião oficial era seguida apenas por uma minoria de patrícios, que a quase totalidade da população do Império era cristã (pertencendo às várias seitas e congregações das províncias); que o Império se estava desintegrando devido a discrepância entre a fé do povo e a dos patrícios; que as investidas constantes de seitas guerreiras essênias da Palestina incitavam as províncias contra a autoridade de Roma; e que, resumindo, a única forma de Constantino conservar o Império seria aceitar a versão Romano-Alexandrina do Cristianismo. Então, os bispos aconselhariam o povo a cooperar com ele; em troca, Constantino ajudaria os bispos a destruírem a influência de todas as outras seitas cristãs!

Constantino aceitou este pacto político, tornando a versão Romano-Alexandrina do Cristianismo na religião oficial do Império. Conseqüentemente, a liderança religiosa passou às mãos dos patriarcas Romano-Alexandrinos, que, auxiliados pelo exército do Imperador, começaram uma "purgação" bem nos moldes daquelas da Rússia moderna. Os cabeças das seitas cristãs independentes foram aprisionados; seus templos, interditados; e congregações inteiras foram sacrificadas nas arenas das províncias de Roma e Alexandria. Os gnósticos gregos, herdeiros dos Mistérios de Elêusis, foram acusados de práticas infames por padres castrados como Orígenes e Irineu (a castração era um método singular de preservar a castidade, derivado do culto de Átis, do qual se originou a psicologia Romano-Alexandrina). Os essênios foram condenados através do hábil truque de fazer dos judeus os vilões do Mistério da Paixão; e com a derrota e dispersão finais dos judeus pelos quatro cantos do Império, a Igreja Romano-Alexandrina respirou desafogada e pode dedicar-se completamente ao que tem sido sua especialidade desde então: AJUDAR OS TIRANOS DO MUNDO A ESCRAVIZAREM OS HOMENS LIVRES.

Para o escrito acima, indico ao senhor os seguintes livros:

ISIS UNVEILED, seção sobre o cristianismo, de Blavatsky.

OUTLINES ON THE ORIGIN OF DOGMA, de Adolf von Harnack.

DECLINE AND FALL OF THE ROMAN EMPIRE, de Gibbon.

THE AGE OF CONSTANTINE THE GREAT, de Burckhardt.

Quanto as falsificações da Igreja Romano-Alexandrina, indico ao senhor as palavras do grande erudito americano Moses Hadas, em suas notas à tradução do livro de Burckhardt, na página 367, que passo a traduzir:

"A História Augusta apresenta biografias de imperadores, Césares e usurpadores, de Adriano a Numério (117—284), com uma lacuna no período de 244—253. Pretende ser o trabalho de seis autores — Aelius Spartianus, Vulcacius Gallicanus, Aelius Lampridius, Julius Capitolinus, Trebellius Pollio e Flavius Vopiscus — e ter sido escrita entre os reinados de Diocleciano e Constantino, ou cerca de 330. Alguns estudiosos crêem tais asserções verdadeiras, mas outros mantém que a obra foi escrita um século mais tarde e por uma só pessoa. Em tal caso o nome dos seis autores terá sido adicionado para tornar mais convincente o que foi escrito."

Trocando em miúdos, o que ele quer dizer é o seguinte: os patriarcas romanos, ansiosos por esconder seus crimes (especialmente a perseguição a cristãos de outras seitas ou igrejas) e por se declararem os únicos cristãos verdadeiros, destruíram todos os documentos autênticos nos quais conseguiram por as mãos. (Isto lhes era particularmente fácil, já que, desde a era de Constantino, eles foram os guardiães de tais manuscritos). Feito isto, substituíram os destruídos por outros, forjados, que descreviam a sua classe como oprimida pelos imperadores e outras seitas cristãs como inexistentes ou obscenas. (Na realidade, ela bajulara os imperadores desde o começo; o Culto de Átis era o único em Roma ao qual os patrícios podiam ir legalmente.

Um pouco mais tarde, Romanos e Alexandrinos brigaram. Isto porque cada facção queria fazer de sua cidade o centro político e religioso do Império. Foi então que um dos poucos historiadores pagãos que escaparam a atenção dos patriarcas, escreveu: "AS ATROCIDADES DOS CRISTÃOS UNS CONTRA OS OUTROS ULTRAPASSAM A FÚRIA DAS BESTAS SELVAGENS CONTRA O HOMEM" (Ammianus Marcellinus).

O capítulo final da disputa foi a divisão do Império em Romano e Bizantino. Desde então, a Igreja Romana tem-se chamado "Católica", e a Bizantina, "Ortodoxa".

Ambas, é claro, um amontoado de mentiras.

Qual o motivo, o senhor perguntará, para esta perseguição impiedosa às seitas gnósticas e essênias?

No caso dos essênios, as razões foram políticas e dogmáticas. Aproximadamente um século antes do assim-chamado "Ano Um", nascera na Palestina um rabino, cujo nome é desconhecido (embora alguns estudiosos presumam ter sido Ionas ou Jonas). Ele criou um novo sistema de Essenismo, fundando muitos ramos dessa fraternidade judeu-cóptica, e adquirindo um grande número de seguidores na Ásia Menor. Muitos documentos foram escritos acerca dos incidentes de sua vida e doutrina. Foi um Adepto Cristão, ou seja, defendeu tese de que todo homem é um Templo do Deus Vivo; deu testemunho do Logos e do Espírito Santo, e tal foi seu impacto no pensamento religioso de sua época, que os patriarcas Romano-Alexandrinos, ao escreverem a "história de Jesus Cristo", foram forçados a incluí-lo, para evitar suspeitas. Chamaram-no de "João Batista" …

Acerca deste Mestre Essênio, aconselho ao senhor a leitura de:

THE DEAD SEA SCROLLS, AN INTRODUCTION, de R. K. Harrison.

Também este livro deveria ser traduzido para o português por um maçom!

Abaixo, cito uma passagem atribuída a esse Iniciado, extraída de um manuscrito Cóptico intitulado "Evangelho de Maria", apócrifo, desde 1896 no Museu de Berlim. Depois de haver explicado vários pontos de sua doutrina, ele se despede de seus discípulos:

"… Quando o abençoado havia dito isto, ele os saldou a todos, dizendo: ‘A paz seja convosco. Recebei minha paz para vós mesmos. Cuidai-vos de que nenhum vos desvie com as palavras ‘Olha ali’, ou ‘Olha lá’, pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o: aqueles que o buscam o encontrarão. Ide pois, e pregai a Boa Nova do Reino. Eu não vos deixo nenhuma regra, e eu não vos dei nenhuma lei, qual fez o legislador (Moisés) para evitar que vos sentisseis obrigados por ela.’ E quando acabou de dizer isto, ele foi embora." Gnosticism, An Anthology, ed. Robert M. Grant, Collins, London, pp. 65—66, "The Gospel of Mary").

Essa passagem pode ser comparada a muitas outras nos Evangelhos, nos quais quando interrogado, "Jesus" disse explicitamente: "O Reino de Deus está dentro de vós".

E que razão tinham Romanos e Alexandrinos para perseguir e exterminar os gnósticos gregos?

Desta feita o motivo era puramente dogmático. Na época posteriormente atribuída pelos patriarcas ao "nascimento de Jesus Cristo", um Iniciado grego deu vida nova aos Mistérios de Apolus e Dionísio, restabeleceu o culto ao Sol Espiritual e ao Logos, praticou maravilhas taumatúrgicas e, em suma, causou tal impressão que os Romanos-Alexandrinos foram forçados a incorporar diversos "milagres" em sua miscelânea evangélica, de forma que o seu "Jesus" pudesse igualar os prodígios atribuídos a Apolônio de Tyana. Ao mesmo tempo afirmaram que Apolônio havia sido enviado por "Satã" para reproduzir os milagres de "Jesus" e assim desviar as pessoas do "verdadeiro Cristo". Destruíram também, sistematicamente, todos os documentos autênticos da vida de Apolônio, salvo um, a fantástica e inacreditável Vita, atribuída a um pretenso "discípulo" desse grande Adepto.

Novamente lhe indico ISIS UNVEILED e o artigo "APOLLONIUS" na Enciclopédia Britânica.

Devo aqui, Dr. G., apender um parêntese um pouco prolongado, de forma a estabelecer a maneira pela qual o Catolicismo Romano difere do verdadeiro Cristianismo. Para este fim, começarei por apresentar um dos poucos textos que nos chegaram quase sem alterações cometidas pelos patriarcas de Roma e Alexandria. As modificações relevantes vão comentadas entre parênteses, e o texto, apresento o original, intato. É o intróito do Evangelho de "São João":

"No princípio era o Verbo. E o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.

"Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

"A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens.

"A luz resplandece nas trevas, e as trevas não o escondem (isto é, não escondem o fato de que a luz brilha nelas!)

"Houve um homem enviado por Deus, cujo nome foi Jonas (Johannes, no original em grego).

"Ele veio como testemunha da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele.

"Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: a saber, a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina todo homem.

"Estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dela, mas o mundo não a conheceu (no masculino da Vulgata, para sugerir ‘Jesus’).

"Veio para o que era seu, e os seus não a receberam (idem).

"Mas, a todos quantos a (idem) receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (e aqui os Romano-Alexandrinos acrescentaram: a saber, os que crêem no seu nome, isto é, no ‘Jesus’ que eles inventaram para servir aos seus

próprios propósitos), os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.

"E o Verbo se fez carne, e habitou em nós (a Vulgata aqui põe ‘entre’, o que muda totalmente o sentido da passagem) cheio de graça e verdade, e vimos a sua glória, glória como a do primogênito do Pai." (O Primogênito do Pai é, claro, Chokmah, o Verbo Espiritual, a Primeira Emanação do Ancião dos Dias Kether. Primogênito também traz à lembrança o "mais velho dos filhos de Deus", Lúcifer ou Satã.)

Na versão acima, original, deste documento cristão, e nas interpolações introduzidas pelos Romano-Alexandrinos, Dr. G., tem o senhor o sumário e a base do dogma católico romano.

Jonas, Apolônio, Simão (Simão Pedro e Simão o Mago; a estes aludiremos depois), Adeptos Cristãos, ensinaram todos os três: "Vós sois o Templo do Deus Vivo. Contemplai a Luz dentro de vós, e sabei que sois Filhos da Luz."

Repetidamente esta mensagem é encontrada nos Evangelhos; mas sempre deformada, condicionada ou "explicada" pelas interpolações e teologismos Romano-Alexandrinos. O resultado é que, algumas vezes, "Jesus" fala como um santo, como uma verdadeira Encarnação do Verbo; o mais das vezes, porém, como fanático e sectarista. Contradições deste tipo abundam.

Este é o resultado das alterações e interpolações dos Romanos e Alexandrinos. Copiaram, adaptando-os às suas necessidades político-financeiras, os documentos essênios que descreviam as pregações de Jonas (entre outros, o "Sermão da Montanha"). Inseriram "milagres" do tipo atribuído a Apolônio de Tyana. Arranjaram um Mistério da Paixão em drama nos moldes dos cultos de Mitras, Adônis, de Átis, de Dionísio e de Oannes — o que era necessário para tornar o seu "Jesus" numa Encarnação do Logos do Aeon de Osíris, o Deus Sacrificado. Tão cuidadosamente misturaram verdade e mentira que durante quase mil e seiscentos anos, todo cristão que procurou encontrar o Verbo em si mesmo — o único lugar onde pode ser encontrado — deparou, nos portais de sua alma, com este fantasma insidioso, esta blásfema quimera, este pesadelo teológico: "Nosso Senhor Jesus Cristo".

"Adora-me! — diz o Egrégora — "Eu sou o filho de Deus. Tu não és nada mais que uma criatura sem valor e pecadora, condenada desde o nascimento e destinada ao inferno não fosse por meu sacrifício; e sem mim nunca alcançarás o céu."

Talvez o senhor comece a compreender agora, Dr. G., a natureza daquilo que nós chamamos a Grande Feitiçaria?

Após mil e seiscentos anos de vitalização por multidões de adorantes, e a absorção de cascas vazias de padres, freiras e fanáticos que se deixaram vampirizar por ele, o Egrégora existe no assim-chamado plano astral, e é um demônio, quer dizer, uma entidade ilusória. Não é um verdadeiro Microcosmo, mas um gestalt de cascões vitalizados, um foco para tudo o que há de negativo, derrotista, piegas, preconceituoso e introvertido na natureza dos cristãos: um lodaçal hostil ao progresso e à evolução deles.

E, no entanto, nada há de mais sagrado ou puro do que o que está oculto neste nome: "Jesus Cristo"… É um híbrido dos títulos pelos quais os cabalistas essênios e os gnósticos gregos, respectivamente, chamavam o Iniciado que alcançasse a esfera de Tiphereth, o Filho — ou seja, a "sephira" ou plano de consciência que em Nosso Sistema corresponde ao Grau de Adeptus Minor, e, no Rito Escocês, ao 33° grau.

Cristo, Chrestos, significa "Bom" e "Ungido". Este era um título nobre nos Mistérios de Elêusis. O Iniciado tem sempre sido um sacerdote-rei desde a antiguidade; a superstição absurda do "direito divino hereditário" dos reis foi outra adulteração dos Romano-Alexandrinos para ajudar os tiranos que os apoiavam. Seria realmente fácil se a verdadeira realeza, dura recompensa da Iniciação, pudesse ser transmitida por métodos dinásticos, ou conferida por um papa! Para fazer justiça a este tema um volume inteiro seria necessário; diremos apenas que os símbolos tradicionais da realeza são os símbolos da completa Iniciação. O Cetro representa o Falo, a imagem material do Verbo; o Globo e a Cruz são formas da Cruz Ansata, símbolo da imortalidade conferida pela Iniciação (mostra a mulher "dominada" pelo homem, ou seja, satisfeita, pelo homem…), a Coroa é Kether, o Sahashara Cakkram em completo funcionamento, a Primeira Sephira, o Ancião dos Dias, o Pai; o Manto púrpura adornado de estrelas ou flores representa o Céu Noturno, a Aura do Sacerdote de Nuit; e, finalmente, as roupagens rubro-douradas são o símbolo do Corpo Solar, o Corpo de Glória do Iniciado — vermelho e ouro sendo as cores heráldicas do Sol.

Quanto ao nome "Jesus", é escrito em hebraico IHShVH (procuncia-se Jehêshua). Note que isto é IHVH (Tetragrammaton) com Shin (Sh) intercalada. Shin é a letra que representa a um só tempo os elementos Fogo e Espírito, e, estando no centro de IHVH, equilibra as Quatro Forças Elementais Cegas do Demiurgo. Jeová — a Palavra de Moisés — torna-se Jeheshua — a palavra de Jonas. Nesta palavra o senhor tem o Deus Crucificado, Dr. G.: nela o Pentagrama, o sinal do homem, a Estrela Flamejante do Santuário; nela a chave cabalística do Tetragrammaton Cristão, INRI, que significa, entre outras coisas, Igne Natura Renovatur Integra, ou seja,Pelo Fogo (do Espírito Santo) a Natureza se Renova Inteiramente…

A diferença básica entre o Cristianismo e as religiões que o precederam é que o Mistério de Osíris, até então revelado apenas a aspirantes cuidadosamente selecionados nos mais profundos recônditos dos mais remotos santuários, foi abertamente oferecido ao mundo. Antes do Aeon de Osíris, no Aeon de Ísis, os homens adoravam a Deus em uma de suas múltiplas imagens (adaptadas à visão espiritual de indivíduos diversos em nações diversas) da mesma forma que uma criança ama e adora sua mãe: como Alguém que protege, alimenta, conforta e ocasionalmente corrige e castiga, mas sempre como alguém exterior a si mesmos.

Foi a revelação do Mistério da Morte de Osíris que acordou os homens para a consciência de que eles, em si mesmos, são a divindade encarnada. Tampouco podemos ir muito longe neste assunto, pois é matéria para outro volume. O Aeon de Virgo-Pisces, com suas vibrações, adaptava-se às idéias de devoção e sacrifício (auto-sacrifício), tornando a Iniciação Racial possível, em larga escala; mas é necessário que o senhor compreenda, Dr. G., que o Mistério de Osíris data da mais remota antiguidade. O Deus Sacrificado é fórmula anterior a destruição de Atlântida, quando o verdadeiro significado dos símbolos, até então geralmente conhecido, tornou-se privilégio de alguns poucos iniciados. Um sacrifício humano anual, para ajudar a colheita, era um rito genérico entre todas as tribos agricultoras da Europa e da Ásia Menor há cinco mil anos; e mesmo nos primórdios do Romanismo, ainda era praticado por tribos indo-européias. O sacrificado era, originalmente, o rei da tribo; reinava durante o ano, e era executado nos Ritos da Primavera, ou Páscoa (em inglês Easter, corruptela de Ishtar). Era tratado como encarnação do deus tribal, e adorado até o momento de sua morte. Com seu sangue os campos de cultivo eram salpicados; sua carne era comida por nobres e sacerdotes e o povo tinha de contentar-se em respirar a fumaça de certas partes queimadas e oferecidas à divindade que ele havia encarnado (estas partes variavam: algumas tribos queimavam os órgãos sexuais, outras o coração).

Eventualmente, com o desenvolvimento da inteligência, a fórmula tornou-se mais conveniente para os reis: algum gênio tribal concebeu a idéia de um vicário; e desde então, um rei substituto era simbolicamente ungido para a ocasião, para ser sacrificado no lugar do rei verdadeiro. Primeiro usavam voluntários, depois velhos e doentes ou criancinhas, a seguir inimigos, e por último animais.

Em muitas tribos, os pais, em vez de se sacrificarem, sacrificavam seus primogênitos (neste caso eram os pais os chefes ou patriarcas das tribos). Na Bíblia, a história do primogênito de Abraão é uma hábil fábula que marca a transição, entre os primeiros judeus, do sacrifício dos primogênitos a Jeová para aquele dos bodes expiatórios.

Sacrifícios humanos, acompanhados de antropofagia ritual, eram costumes no continente Indo-Europeu, na Australásia, no continente Africano e no Novo Mundo. A presença universal de tal rito, numa época em que a arte da navegação era praticamente nula, indica uma origem comum na antiguidade. Esta foi a Atlântida, se bem que o senhor deva notar que seus habitantes não praticavam sacrifícios humanos. Foi precisamente a destruição desta civilização (devida não a "castigo divino", mas a um dos grandes movimentos periódicos da crosta terrestre a intervalos de vinte mil anos) que, havendo deixado apenas algumas colônias em outras terras, resultou na volta à barbárie que ali ocorreu quando os símbolos passaram a ser interpretados da forma mais grosseira. Alguns centros mais adiantados da cultura Atlante mantiveram o verdadeiro significado. Entre eles o Egito, onde os Mistérios Menores (de Ísis e de Osíris), eram celebrados com pleno conhecimento de seu significado verdadeiro (é suficiente que o senhor recorde que no Livro dos Mortos a alma do morto ou da morta é sempre chamada Osíris), e os Mistérios Maiores (de Nuit-Hadit-Hoor) preservados com o máximo segredo.

Foi do Egito que veio a corrente de Osíris, a qual, devido a diversidade de povos e línguas, e as dificuldades de comunicação no plano material, manifestou-se em pontos diferentes do continente Indo-Europeu sob formas diversas, embora seguindo sempre a fórmula do Deus Sacrificado. A corrente começou aproximadamente no ano 500 A.C. Um extático da Ásia Menor, cujas aventuras tornaram-se lendárias e que eventualmente ficou conhecido pelo nome de Dionísio, viajou pela Grécia, Ásia Menor e Índia, ensinando a nova fórmula de Iniciação Racial. Este Iniciado, original verdadeiro do "Jesus Cristo" evangélico, foi um filho espiritual de Krishna, ou antes, de Vishnu, de quem foi Krishna o principal avatar; e sua Palavra era INRI, que é uma modificação da Palavra de Krishna, AUM. Citamos aqui o Capítulo 71 de LIBER ALEPH, um dos mais profundos trabalhos do Mestre THERION:

"KRISHNA tem nomes e formas inumeráveis, e Eu não conheço seu verdadeiro Nascimento humano. Pois sua Fórmula é da mais alta Antiguidade. Mas Sua Palavra se espalhou em muitas terras, e nós a conhecemos hoje em dia como INRI, com o secreto IAO ali velado. E o significado desta Palavra é a Maneira do Trabalho da Natureza em Suas Mudanças; isto é, ela é a Fórmula de Magia pela qual todas as Coisas se reproduzem e se recriam a si mesmas. No entanto, esta Extensão e Especialização foi mais o Trabalho de Dionysus; pois a verdadeira Palavra de Krishna era AUM, implicando antes uma declaração da Verdade da Natureza que uma Instrução prática em Operações detalhadas de Magia. Mas Dionysus, pela Palavra INRI, estabeleceu as Fundações de toda Ciência,da forma como entendemos a palavra Ciência hoje em dia em um Senso particular, isto é, de fazer com que a Natureza externa mude em Harmonia com nossas Vontades."

Este Iniciado, cujo nome carnal é hoje desconhecido, mas que conhecemos por Dionísio (o qual pode ter sido seu nome, pois se tornou bastante comum na Ásia e na Grécia depois de sua morte), viveu e trabalhou aproximadamente quinhentos anos antes da assim-chamada era "Cristã". Foi mencionado por um dos profetas judeus — Isaías — em várias passagens do Livro de Isaías. Estas eram estudadas com veneração profunda pelos velhos Essênios, que sabiam do seu sentido oculto. A passagem principal é citada aqui (parênteses meus):

"Quem acreditou em nossa pregação? A quem foi mostrado o braço de ADONAI? (braço é um eufemismo para o Falo, o órgão material do Verbo. Coxa, braço,quadril, chifre, etc., são eufemismos para pênis, usados tanto no Novo quanto no Velho Testamento para apaziguar as mentes prurientes dos tradutores que, projetando seus próprios traumas psíquicos, acharam que o povo ficaria chocado ao ouvir uma pica chamada de pica. Este tipo de "censura bem intencionada" ainda hoje é praticada: os cristãos todos parecem achar-se capazes de "proteger a virtude" de seus semelhantes!) "Porque foi subindo como um rebento novo (ou seja, como uma Palavra nova, necessariamente mal entendida e temida a princípio) perante Ele, e sua raiz em uma terra seca; não tinha presença nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza tinha ele que nos agradasse.

"Foi desprezado, o mais rejeitado entre os homens; homem que sofrera e sabia o que é padecer; como um de quem os homens se desviam, foi desprezado, e dele não fizemos caso.

"Em verdade, ele tomou sobre si nossas mazelas; as nossas dores carregou sobre si; e por isto o considerávamos aflito, ferido de Deus e opresso.

"Ele foi golpeado, mas por nossas transgressões; moído, mas por nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe a paz caiu sobre ele, e pelas suas pisaduras nós fomos sarados.

"Andávamos todos desgarrados, como ovelhas, cada um se desviava do caminho, mas ADONAI fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

"Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e como ovelha, muda perante seus tosquiadores, manteve silêncio.

"Por decreto tirânico nos foi arrebatado, e sua linhagem, quem dela cogitou? Pois ele, foi cortado da terra dos vivos; por causa da transgressão do meu povo ele foi ferido.

"Deram-lhe sepultura com os perversos, mas com o rico habitou em sua morte, pois nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.

"Todavia, a ADONAI agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando ele deu a sua alma (a Vulgata tem der, para sugerir que isto é uma profecia sobre — claro — "Jesus Cristo") como oferta pelo pecado, viu a sua posteridade (isto é, seus filhos mágicos) e prolongará seus dias; a vontade de ADONAI prosperará em suas mãos.

"Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com sua compreensão (isto é, Binah; a "entrega da alma" corresponde a passagem do Abismo) justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.

"Por isso eu lhes darei muitos como a sua parte (isto é, como seus discípulos) e com os poderosos (isto é, os Reis ou Potestades — uma das hierarquias celestiais) repartirá ele os despojos; porquanto derramou a sua alma (isto é, o seu sangue — o Vinho de IAO — na Taça de BABALON, que contém o sangue dos santos) na morte; foi contado com os transgressores (isto é, considerado maligno), contudo levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores (isto é, os malignos entre os quais foi contado, os quais eram na realidade os que o condenavam) intercedeu."

Livro de Isaías, LIII, vv. 1—12.

Talvez o senhor compreenda melhor o acima se eu citar aqui alguns versos de um dos Livros Santos de Télema:

"46. Ó meu Deus, mas o amor em Me rebenta sobre os laços de Espaço e Tempo, meu amor é derramado entre aqueles que não amam o amor.

"47. Meu vinho é servido àqueles que nunca provaram o vinho.

"48. Os fumos dele os intoxicarão, e o vigor do meu amor engendrará bebês pujantes de suas virgens."

Liber VII, vii, vv. 46—48.

Há certos segredos iniciáticos, Dr. G., que não podem ser "revelados" pela simples razão que apenas aqueles que os experimentam em si mesmos são capazes de compreender referências a eles feitas. Portanto limitar-me-ei a dizer que a história simples contada nos versos de Isaías descreve a carreira de todoAdepto Cristão. Isto, em teoria, seria também a história de todo Maçom do Grau 33°, mas na prática, embora não tenham os senhores perdido a Palavra, mantém a letra mas não o espírito. Os senhores Maçons caíram bem aquém do que era tencionado por seu sistema — isto principalmente devido ao constante ataque da Igreja de Roma.

Os patriarcas Romano-Alexandrinos que escreveram o Novo Testamento copiaram palavras de verdadeiros Iniciados; resulta que, encerradas em seus Evangelhos adulterados, ainda há várias chaves que aqueles que "tiverem ouvidos de ouvir" (isto é, percepção espiritual: o sentido da audição corresponde ao Akasha hindu, o Elemento do Espírito) podem usar para encontrar a Medicina Universal e o Elixir da Vida…

No entanto, os Romano-Alexandrinos erraram tristemente ao tentar usar de métodos profanos para expandir um Cristianismo viciado por interpretações dogmáticas e ambições temporais de poder político e financeiro. Falharam por não fazerem o preconizado por Jonas aos Essênios: "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Invariavelmente, quando quer que na história da humanidade um sistema de teurgia é conspurcado e se torna uma religião organizada, sofrem os elos entre o sistema e sua fonte espiritual. Os planos não podem ser misturados, e acreditando-se movidos pelas melhores intenções, os Romano-Alexandrinos foram na verdade impelidos por vaidade e orgulho — sentimentos enraizados no ego — precisamente a faculdade que o homem deve destruir na Passagem do Abismo!

O resultado foi que, perdendo o contato com o Logos do Aeon de Osíris, a Igreja Romano-Alexandrina tornou-se instrumento de forças demoníacas — isto é, de forças ilusórias, egóicas — e deu-se desde então a erros espantosos, a crueldades indizíveis.

Conseqüentemente, os verdadeiros Cristãos retiravam-se daquela igreja no momento mesmo em que ela triunfava sobre suas "rivais" Gnósticas e Essênias e aliava-se aos príncipes do mal do mundo. Retiravam-se, e silenciosamente continuaram seu trabalho através de todo o abuso e perseguição que se seguiram; e eventualmente, para contrafazer mais eficientemente os efeitos da Grande Feitiçaria, criaram a Maçonaria.

O senhor sabe, é claro, que o Rito Antigo, ou melhor, a Grande Loja da Inglaterra, foi organizada (e o Rito inteiro reformado) por um certo Elias Ashmole, Judeu, e irmão da R.C. A R.C. (que só existe neste mundo com este nome, desde que o grande iniciado que se ocultou sob o nome de "Christian Rosenkreutz", começou o movimento que resultou na Renascença, na Reforma e nas Revoluções Francesa e Americana) é responsável pelo Mistério do Logos — o Mistério do Cristo. É tarefa dela zelar para que este Mistério jamais seja perdido pela humanidade. Quando quer que, por erros humanos, por oscilações do karma terrestre, ou pelas leis do acaso, a transmissão da Palavra e do Sinal (isto é, a sucessão apostólica) é ameaçada, é a R.C., sob um de seus muitos véus (ela nunca usa abertamente o nome de R.C.!) através de um ou mais de seus Irmãos, que lembra à humanidade o significado espiritual da Encarnação; da Promessa de Ressurreição; da Grande obra; isto é: o Estabelecimento do Reino de Deus sobre a Terra.

A R.C. nunca interfere de forma alguma com a organização ou direção de ritos Maçônicos; nem seus Adeptos, necessariamente ingressam em tais ritos. Apenas, informação em quantidades suficientes é outorgada, e fontes de pesquisa são sugeridas ao exame dos Maçons, para que o significado espiritual dos ritos seja restabelecido pelos próprios Maçons.

A R.C. está abaixo do Abismo: A Grande Ordem que não tem nome é simbolizada pelo Olho no Triângulo, e este é o Collegium Summum, ou a S.S., da A\A\

A A\A\ é apenas uma das Fraternidades Iniciáticas, e abaixo do Abismo é das mais novas. Foi organizada em sua forma presente na primeira década deste século.

Quanto a S.S., é a mesma para todas as Fraternidades Iniciáticas. Isso é fonte de surpresa, às vezes, para iniciados de graus mais baixos, pois chegando a certas consecuções, verificam que Mestres que pareceram pregar doutrinas completamente opostas (como, por exemplo, Maomé e Jonas) estão sentados lado a lado no Aerópago dos Adeptos.

Recapitulando:

Quem é "São João Batista"? É Jonas, Ionas, Jon, Johannes, João, o Mestre da Retidão dos Essênios, cujos sermões são postos nos Evangelhos na boca de "Jesus".

Quem é "Jesus"? É qualquer Adepto, isto é, qualquer indivíduo que tenha atingido o Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião, o Paracleto.

Quem é "Jesus Cristo"? É o nome dado pelos Romano-Alexandrinos à sua versão fictícia do Logos do Aeon de Osíris, cuja Palavra foi INRI, a quem Nós conhecemos por Dionísio.

Quem é o "Pai" a quem "Jesus" sempre se refere nos Evangelhos? É o Logos, a LUX, o Verbo, cuja Sephira é Chokmah, o Primogênito de Kether.

Quem é Cristo? Tecnicamente é todo e qualquer Adepto, desde que, no simbolismo Grego, o nome corresponde ao Essênio Jeheshua; mas na prática o título é usado para designar o LOGOS AIONOS.

Do ponto de vista místico, "ninguém atinge o Pai a não ser pelo Filho"; conseqüentemente, desde que todo Adepto Cristão é uma Encarnação do Verbo, a distinção entre o Cristo Solar e o Cristo Interno é mera ilusão do profano. "Ego sum qui sum", diz o Iniciado — AHIH, EU SOU O QUE SOU.

Quando Aleister Crowley estava sendo "julgado" (foi nesta ocasião que o juiz, presidindo, o chamou de "o pior homem do mundo"), o promotor lhe perguntou:

"Não é verdade que o senhor se chama a si mesmo de A Besta do Apocalipse?"

Crowley, que já estava acostumado a esperar o pior de seus semelhantes, respondeu com a paciência e agudeza de humor que lhe eram características:

"Este nome significa apenas O Sol. O senhor pode me chamar de Raio-de-Sol, se quiser."

Isto é: chamá-lo de Adepto, ou seja, Jeheshua, ou seja, Maçom 33°, Dr. G., Sol em miniatura, isto é, Tiphereth

Esta confusão entre o Adepto e seu Pai aparece até em "João Batista" quando ele diz: "Eu sou a Voz (ou seja, o Verbo) que clama no Deserto (isto é, no Abismo)."

O mais antigo símbolo conhecido para o Logos é o Olho dos Egípcios; e o Olho está no Abismo; este é o Olho do Triângulo, e esse é o verdadeiro Baphomet, o Chefe Secreto de todos os Maçons.

Abaixo do Abismo, Ele é representado por dois Adeptos, um do Pilar Branco, o outro do Pilar Negro. O do Pilar Branco é o Adepto Exempto, e ele promulga a Lei; o do Pilar Negro é o Adepto Maior, e ele faz com que as promulgações do Adepto Exempto sejam cumpridas.

Os judeus, depois que pararam de sacrificar primogênitos, tinham dois bodes sagrados para os festivais, um branco e outro negro. O branco era sacrificado a IAO (o nome mais antigo de Jeová); o negro, carregado com as maldições dos sacerdotes, era impelido para o deserto…

Compreende o senhor melhor agora, Dr. G., por que razão a Sala dos Maçons é chamada a Sala do Bode Preto?

O Olho no Abismo é o Olho do Sol, o Olho de Hoor, que, por certas razões ocultas, é identificado com o ânus. É por isso que se dizia, dos adoradores de "Satã", que eles "beijavam o ânus de um bode preto"… E no Egito Antigo, em certo ritual onde cada parte do corpo do Iniciado era colocada em relação com cada parte correspondente de algum ser divino, o Iniciado dizia em dado momento: "Minhas nádegas são as nádegas do Olho de Hoor."

Mas que diabo — perdoe o trocadilho — é na verdade este notório Satã que os padres romanos nos acusam de adorar, e a quem eles culpam por seus fracassos (ao invés de culparem a sua estupidez preconceituosa)?

Quando a Igreja Romana começou a "catequização" das províncias, encontrou continuamente deuses locais. Aprendendo as peripécias lendárias de tais deuses, os engenhosos padres romanos fabricavam um "santo" com as mesmas proezas e diziam aos ignorantes pagões: "Esse seu deus não é mais do que um demônio que tenta lhes desviar de Nosso Senhor Jesus Cristo, e para este fim imita as façanhas de nosso amado mártir Fulano. E se vocês não me acreditam ouçam a história da vida de nosso santo mártir…"

E lá vinha a ladainha.

Dessa forma, a Igreja Romana assimilou em sua liturgia um panteão inteiro de deuses "pagãos" que eram transformados em santos e santas e mártires imaginários — os únicos mártires Cristãos do início do Cristianismo foram os Essênios e os Gnósticos, a quem os Romano-Alexandrinos acusaram, caluniaram e denunciaram aos Imperadores. Exemplos: aqueles que adoravam o Cristo sob a forma de um asno (Priapus); os que adoravam o Cristo sob a forma de um peixe (Oannes); os que adoravam o Cristo sob Seu Nome de Baco ou Dionísio…

Mas houve um deus pagão que os romanos não conseguiram absorver, porque suas peripécias eram por demais viris para serem atribuídas a um "santo romano", que era necessariamente um castrado, no corpo ou no espírito. Por outro lado, seus ritos eram tão vitais, tão universalmente populares nas províncias que era impossível esperar que o povo o esquecesse; depois de seis séculos de tirania Romano-Alexandrina ele ainda era conhecido e adorado: o deus PÃ, o deus de chifres e de cascos de bode…

Portanto, não podendo fazer dele um santo, Dr. G., fizeram dele o diabo.

Uma profusão de dados sobre tudo o que foi escrito acima pode ser encontrado nos seguintes livros:

THE GOD OF THE WITCHES, de Margaret Murray.

O LIVRO DOS MORTOS, traduzido do egípcio por Sir Wallis Budge.

THE GOLDEN BOUGH, de Sir James Frazer, na edição completa em vários volumes. Neste trabalho monumental o senhor encontrará um estudo detalhado dos deuses pagãos tornados em "santos" e "mártires" do calendário romano…

Mas, voltando ao deus Pã: a Igreja Romana lutou contra os ritos deste deus durante vários séculos. Os festivais de Pã eram orgiásticos — daí sua popularidade — e celebrados nos Equinócios e Solstícios. Eventualmente, a Igreja Romana foi forçada a incorporar estes rituais em sua liturgia, visto ser impossível eliminá-los; e sabiamente fez deles os festivais mais importantes do culto a "Nosso Senhor Jesus Cristo": a Páscoa (com Corpus Christi), o "Natal", o dia de "São João Batista" e o dia de "São João Apóstolo". Eventualmente, a reforma gregoriana mudou o "Natal" que a princípio era oscilável como a Páscoa e Corpus Christi, e caía no Solstício; e tendo finalmente absorvido o rito orgiástico que então tinha lugar, os padres romanos fixaram a data em 25 de dezembro (dava muito na vista um aniversário oscilante!…) Desde então os católicos romanos, seus derivados posteriores e muitas ordens ocultistas espúrias celebram nessa data a "ressurreição" ou "nascimento" do Sol: isto porque o Solstício de Inverno é o momento em que o Sol, tendo alcançado seu máximo declínio meridional na eclítica, começa sua volta para o Norte, levando o calor que renovará a vida da vegetação na Primavera.

Mas do ponto de vista Iniciático, quem era este Pã?

Como qualquer deus de toda e qualquer terra em todo e qualquer período da história do mundo, era uma das formas pelas quais o Sol Espiritual, que é o Pai verdadeiro, ou o seu Primogênito, que é a "Besta", são adorados. Esta Besta varia segundo a precessão dos equinócios, pois o Equinócio da Primavera se move (devido ao deslocamento do ponto vernal) de signo para signo no Zodíaco aproximadamente a cada dois mil e quinhentos anos e no Zodíaco os signos são alternadamente representados sob a forma humana e a animal.

No Aeon passado, os pontos vernais caíam respectivamente em Virgo e Pisces, a Virgem e o Peixe; no que lhe antecedeu, caíam em Áries e Libra, o Carneiro e a Justiça (a mulher com a espada e a balança dos romanos antigos); no presente, os pontos vernais caem em Aquarius, ou seja, a Mulher com a Taça (BABALON) e em Leo, ou seja, a Grande Besta Selvagem (THERION).

O deus Pã é simplesmente a fórmula do Logos que data do Aeon de Câncer-Capricórnio. Aí está o "diabo" dos padres romanos reduzido às suas verdadeiras proporções. Reduzido?… Bem, é uma questão de ponto de vista…

Não podemos nos aprofundar nesta questão do deus Pã, nem no simbolismo dos chifres, nem mesmo na história completa da luta da Igreja Romana contra o culto do "Diabo"; um culto que, diga-se de passagem, Roma jamais conseguiu destruir, a despeito de seus esforços sinistros. O senhor encontrará os dados fundamentais para tal estudo num livro precioso, publicado pela primeira vez no século XVIII, mas recentemente republicado nos Estados Unidos e na Inglaterra:

TWO ESSAYS ON DE WORSHIP OF PRIAPUS, de Payne Knight.

Limitar-nos-emos a dizer aqui que este era o deus adorado por "bruxos" e "feiticeiras", que preservaram seus ritos orgiásticos apesar de toda perseguição implacável, das calúnias absurdas e do terrível risco de tortura e morte na fogueira, além de outras punições impostas pela Igreja de Roma, não só da Idade Média como até ao século XVIII — e que só não são impostas até hoje devido ao trabalho paciente e silencioso dos Maçons, representantes dos verdadeiros Cristãos…

Depois que Romanos e Alexandrinos estabeleceram seu domínio teológico no Concílio de Nicéia (disto falaremos depois) e instituíram o dogma de "Jesus Cristo" como personagem histórica e "única Encarnação do Verbo", os poucos Essênios e Gnósticos que sobreviveram à "purgação", continuaram, sob o maior segredo, a tradição pura e original dos Mistérios Menores do Egito e da Fórmula de Dionísio.

Várias vezes, no curso destes mil e quinhentos anos, os Iniciados tentaram reconstituir abertamente os ensinamentos Essênios e Gnósticos. Em toda ocasião em que isto aconteceu, a Igreja Romana interveio com fúria demoníaca, assassinando homens, mulheres, velhos e até criancinhas, sem a mínima compunção; ao ponto mesmo (como no caso dos Albigenses) de capitães medievais, homens supostamente embrutecidos pela violência das batalhas selvagens da época, terem ficado tão fartos da chacina que foram perguntar ao papa se, porventura, não estariam exterminando inocentes com os culpados (essa gente morria tão virtuosamente, o senhor compreende!). E foi em tal ocasião que o Bispo de Roma honrou a tradição "Cristã" de sua Igreja com as seguintes palavras:

"Matai a todos; Deus distinguirá os seus."

A matança, Dr. G., incluía até recém nascidos.

E não é que se tratasse de fé cega por parte do Bispo de Roma, na crassa teologia do seu credo. Não é que ele acreditasse realmente na existência de um "salvador" chamado "Jesus", e no fato dos Albigenses serem "criaturas do Diabo". Não, Dr. G., não havia sequer a justificativa do fanatismo — se de justificativa podemos chamá-la — pois os papas romanos sabem, e sempre souberam, que nunca houve nenhum "Jesus Cristo"!

Talvez lhe seja difícil crer no que digo? Pois lembre-se das palavras históricas, proferidas num momento de descuido por um dos mais cínicos e mais prósperos dos papas, Leão X:

"Quantum nobis prodest haec fabula Christi!"

Ou seja: "Quanto nos ajuda esta fábula de Cristo!"

O senhor deve se lembrar de que os documentos originais daquilo que os Romanos chamavam de "Cristianismo" estão preservados na Biblioteca Secreta do Vaticano. É bastante simples para os pouquíssimos prelados a quem a Cúria dá acesso aos documentos mais antigos, verificarem onde acabam os fatos e começa a ficção.

Creio que já falamos suficientemente da história passada da Igreja de Roma. Não deve ser necessário que eu lhe lembre Joana D’Arc, nem Gilles de Rais (contra o qual foram feitas as acusações mais horrendas, mas contra o qual jamais apresentaram evidências — nem sequer um ossinho! — das centenas de crianças que ele havia, supostamente, sacrificado; e seus acusadores, e juízes, dividiram entre si seus consideráveis bens), nem os Templários, nem o Imperador Frederico Hohenstaufen, nem João Huss, nem Michel Servet, nem Henrique IV (assassinado por ordem dos Jesuítas), nem os Cátaros, nem os Albigenses, nem os Huguenotes, nem os Judeus e Árabes de Portugal e Espanha, nem os Gnósticos franceses, alemães, escoceses, irlandeses e ingleses que foram chamados de "feiticeiros" e forçados a confessar obscenidades sob torturas diabólicas, nem Cagliostro, nem uma quantidade imensa de Maçons cujos ossos branquejam a estrada que leva à Roma. Creio que, a um Maçom, não deve ser necessário falar mais do passado dessa igreja infame.

Falemos então do presente — desta época de "reforma" e do "Papa da Paz".

Mudou a Igreja de Roma?

Dr. G., o senhor acha, certamente, que essa propalada reforma romana, que esse muito propagandizado concílio ecumênico, que as duas bulas de João XXIII (na realidade João XXIV: houve uma época, entre outras da história do papado, em que havia três papas. Um deles chamou-se João XXIII, foi forçado a renunciar ao papado quando os dois outros fizeram um pacto contra ele, e pouco após morreu envenenado — por quem, deixamos ao senhor ponderar) — o senhor acha que tudo isso fará da Igreja de Roma algo mais humano, mais próximo de Deus e do Seu Logos?

Muito bem; tenho diante de mim, neste instante em que lhe escrevo, um catecismo católico romano chamado "Doutrina Cristã". É publicado pelas Edições Paulinas e leva o nº 1; é destinado, portanto, ao condicionamento das mais tenras criancinhas. O senhor me disse que, na sua opinião, a Igreja Romana era uma boa introdução à vida adulta para crianças. Se assim é, considere as seguintes passagens que transcreverei desse livreto infame (os parênteses são meus):

"Eu gosto do meu catecismo." (Auto-sugestão inconsciente.)

"O catecismo me ensina o caminho do céu." (Do outro lado, o inferno.)

"O caminho do céu é: conhecer a Deus" (pela boca dos padres), "amar a Deus" (de acordo com a definição de "amor" por parte dos homens que evitam todas as manifestações sadias desse sentimento), "e obedecer a Deus." (Pela boca dos padres, seus únicos representantes legítimos; os demais são servos do diabo, e se alguém tentar definir por si mesmo a obediência a Deus, esse alguém na Idade Média era queimado vivo, e hoje em dia é culpado de orgulho, um dos pecados mortais.)

"Eu irei sempre ao catecismo para conhecer o caminho do céu" (a ameaça velada é que, se a criança não for ao catecismo para aprender o caminho do céu, acabará no inferno).

"Estudarei sempre direitinho o meu catecismo" (e há quem diga que os comunistas inventaram a lavagem cerebral!)

Isto, apenas como introdução. Seguem-se as seguintes notáveis "verdades":

"Jesus morreu na cruz para nos salvar" (falsidade histórica; mas a implicação dogmática é que, desde que somos criaturas condenadas ao inferno desde o nascimento não fosse por "Jesus", precisamos, mesmo na infância, de salvação. Que distância entre isto e "Deixai virem a mim as criancinhas, pois delas é o reino dos céus!…"

"As criancinhas gostam muito de Nossa Senhora (se isto fosse uma cartilha russa, e em vez de "Nossa Senhora" estivesse Lênin, nós chamariamos este tipo de propaganda de atentado contra e mente humana; no entanto, Lênin, pelo menos, realmente existiu! …)

"Nossa Senhora é a mãe de Jesus." (De fato, BABALON é a Mãe do Adepto; mas não é assim que eles interpretam!…)

Mais adiante, o "Credo", com a nota: "O Credo é o resumo da religião que Jesus nos ensinou."

Isto é uma mentira deslavada, pois nem Jon nem Dionísio, os originais do "Jesus Cristo" evangélico, ensinaram religiões. Buda não pregou o Budismo, nem Lao-Tsé o Taoísmo, nem Maomé o Islamismo; nenhum guia espiritual de vulto estabeleceu qualquer dogma formal, com exceção de Moisés; e ele, ao menos, tinha a desculpa de precisar criar uma cultura do nada, de fazer uma nação daquela multidão de ex-escravos supersticiosos e rebeldes que o seguia. São sempre os sucessores dos Magos (diga-se de passagem, os falsos sucessores) que organizam religiões e dissociam o Espírito da Letra, mais cedo ou mais tarde comportando-se de forma completamente oposta àquela recomendada pelo Instrutor.

No entanto, no caso presente, a mentira é dupla; pois além do fato de que Jon não deixou "religião" a ser seguida, o Credo de Nicéia, que é o credo a que o catecismo em questão se refere, não era sequer um sumário da religião que começava a se cristalizar em redor dos ensinamentos de Jon. Este credo era antes um códice dos dogmas que os Romano-Alexandrinos consideravam essenciais ao estabelecimento de sua dominação política, material, temporal, sobre as muitas congregações — igrejas — fundadas na Ásia Menor e na península romana por seguidores e discípulos de Jon, cada qual com variações de doutrina e temperamento determinadas por condições locais e idiossincrasias do discípulo fundador. Estes discípulos foram os originais dos "apóstolos" dos "Atos" (os "Atos" são uma antologia cuidadosamente censurada; e deturpada pela introdução de incidentes e nomes altamente imaginários, de alguns dos discípulos de Jon. As mais gritantes falsidades lá se encontram misturadas a fatos históricos. O propósito de tais falsificações foi a afirmação da autoridade da Igreja Romana, a qual, longe de ser a mais velha das igrejas Cristãs, era a mais nova e certamente a menos Cristã de todas. Um exemplo interessante é "Simão Pedro", que é o mesmo "Simão o Mago" que a ele se opõe nos Atos… Era um Gnóstico a quem a Igreja Romana teve que atribuir a sua fundação, pois ele pregara em Roma e era universalmente respeitado por todas as congregações; mas ao mesmo tempo, teve que ser atacado devido às doutrinas que tinha em comum com os Gnósticos Gregos e os Essênios Hebreus. "Pedro" e "Paulo" são, possivelmente, a mesma pessoa, mas só pesquisas futuras, empreendidas por investigadores sem preconceitos que tenham acesso à verdadeira documentação, poderão esclarecer tal ponto). A história da maneira pela qual os Romano-Alexandrinos forçaram o Concílio de Nicéia a votar neste Credo é um pântano de horrores. Tal era a situação que os patriarcas visitantes não ousavam andar pelas ruas de Nicéia, Roma ou Alexandria, sem terem ao menos uma dúzia de guarda-costas, por medo de serem assassinados por ordem dos patriarcas Romano-Alexandrinos. (Veja-se OUTLINES ON THE ORIGIN OF DOGMA, DECLINE AND FALL OF THE ROMAN EMPIRE e LA MESSE ET SES MYSTÈRES, para uma discussão detalhada deste assunto.)

Mas examinemos esse "resumo da religião que Jesus nos ensinou"!

"Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra…" (Já começa deturpado, pois o "Pai" a quem Jon se refere em seus sermões era Dionísio, o Logos do Aeon, o pai espiritual de Jon. O "Criador do Céu e da Terra" era, na verdade, "Criadores", no plural. A Gênese, um trabalho cabalístico, é sempre mal traduzida. Os "Elohim", criadores do céu e da terra, eram literalmente "deuses macho-fêmea", ou seja, uma hoste divina andrógina. Então, o senhor talvez perguntará, quem era Jeová? Era o Pai de Moisés, da mesma forma que Dionísio era o Pai de Jon!…) Mas continuemos:

"…e em Jesus Cristo, um só seu filho, Nosso Senhor…" (Estas dez palavras causaram mais mortes no Concílio de Nicéia do que quaisquer outras. Houve ocasiões em que patriarcas Romano-Alexandrinos provocaram com insultos pessoais outros patriarcas que se opunham a este "um só seu filho" ou a este "Nosso Senhor" até que os ofendidos reagissem — e fossem imediatamente apunhalados por assassinos previamente instruídos. Quanto a parte de "Jesus Cristo" ninguém a ela se opôs seriamente, visto que os verdadeiros Iniciados Cristãos nem sequer se deram ao trabalho de ir ao Concílio, sabendo tratar-se de caso fraudulento, como quaisquer outros concílios convocados pelos Romano-Alexandrinos antes ou depois deste. Os Iniciados Cristãos já começavam a organizar (prevendo a necessidade premente que para eles haveria) as irmandades secretas que apareceriam abertamente na Idade Média, como a Franco-Maçonaria — o grêmio maçom que construiu as grandes catedrais Góticas. Esses franco-maçons formavam uma classe social a parte, pois, não sendo nobres nem padres nem militares, não eram camponeses ou vassalos, tampouco. A Igreja Romana os protegia porque deles precisava para a construção — sendo ela, até hoje, incapaz de construir coisa alguma… E foi através dessas associações de pedreiros que o verdadeiro Cristianismo foi transmitido de reino a reino, de cidade a cidade, e isto, ironicamente, sob a proteção dos romanos… Veja-se THE ARCANE SCHOOLS, ou qualquer bom compêndio de história da maçonaria para maiores detalhes).

"…o qual foi concebido do Espírito Santo…" (Outra fonte de muitos assassinatos foi este dogma. Sobre ele não faremos comentários: padres romanos certamente lerão esta carta, e não temos qualquer intenção de dar a eles quaisquer dados sobre a natureza do Espírito Santo. Já que eles O invocam tanto, devem saber o que Ele é!…)

"…nasceu da Virgem Maria…" (esta Virgem Maria é também a Grande Puta do Apocalipse. É a Grande Puta porque Ela se dá a tudo o que vive; e é a Virgem porque permanece intocada por tudo a que se entrega. Quem é Ela? É a Casa de Deus, a Natureza, a Grande Mãe, e as leis naturais são as únicas leis realmente divinas… Ísis-Urânia, NUIT, Nossa Senhora das Estrelas, é a concepção dessa Mãe Grande e Eterna, copulando desavergonhadamente e avidamente com todas as Suas criaturas, pois em cada uma delas Seu Senhor se manifesta e A ocupa. Ela é também a mais alta e mais verdadeira forma de PÃ. A Ísis eternamente inviolada é esta Virgem Imaculada, e as imagens da Virgem com o Menino Jesus nas Igrejas Romanas são cópias das múltiplas imagens de Ísis com o Menino Hoor, que podem ser examinadas na seção de Egiptologia de qualquer museu).

"…padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos…" (pessoa altamente questionável esse Pôncio Pilatos, do ponto de vista histórico. Recentemente foram "descobertas" e "reveladas" nos E.U.A. umas "cartas da mulher de Pilatos a uma amiga". Estas relatam como a vida do casal tornou-se puro melodrama depois de haverem lavado as mãos no caso "Cristo Jesus". Mais conversa fiada jesuítica, sem dúvida…)

"…foi crucificado, morto e sepultado, desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos, está sentado à mão direita de Deus Pai Todo Poderoso donde há de vir julgar os vivos e os mortos." (Tudo isto tem um significado esotérico, e é a verdade de todo Cristo, de todo Adepto; mas os padres de Roma profanam estes símbolos quando os interpretam da forma mais crassa.)

"Creio no Espírito Santo… (eles nem sabem o que Ele é, não tendo merecido Sua presença sequer uma vez, ao longo de mil e seiscentos anos!)

"…na Santa Igreja Católica…" (esta é a única e verdadeira Igreja acima do Abismo, e inclui todos os cultos dos homens; mas os padres romanos querem aludir, naturalmente, à igreja de Roma.)

"…na remissão dos pecados…" (esta "remissão dos pecados", que faz da humanidade uma raça suja e maldita é, de todas as blasfêmias deste credo, a menos perdoável. Esta é precisamente a razão pela qual a Igreja de Roma nunca mereceu a manifestação do Espírito Santo!)

"…na ressurreição da carne…" (isto se refere a doutrina da regeneração, isto é, da Medicina Universal; mas tendo este e outros segredos do Cristianismo primitivo sido perdido pelos romanos, eles interpretam esta frase da forma mais grosseira. Veja-se o RITUAL DE MAÇONARIA EGÍPCIA, de Cagliostro, para maiores detalhes.)

"…na Vida Eterna…" (isto se refere ao Elixir da Vida, novamente mal interpretado.)

"Amém".

Agora, por favor, atente bem para esta passagem que se segue:

"Um dia, alguns anjos fizeram pecado." (Mais adiante explicam o que é pecado.)

"Os anjos maus são chamados demônios."

"Os anjos maus foram para o inferno." (É necessário que haja inferno. Pondere como essas criancinhas eram infelizes, sem saberem que havia inferno antes de entrarem em contacto com a Igreja de Roma!…)

"Para que Deus nos criou? Deus nos criou para conhecê-Lo…" (na versão de Roma.)

"…para amá-Lo e serví-Lo neste mundo…" (os pais tem filhos porque precisam de admiradores e escravos, nenhum ser sobre-humano poderia ter outra motivação…)

"…e depois ir com Ele ao Céu." (Todo cachorro bem treinado merece uma recompensa.)

Convenhamos: a versão romana do Criador mostra bem pouca imaginação criadora!

Mas a insensatez continua:

"Adão e Eva eram felizes no Paraíso. Um dia, porém, fizeram pecado. Que é pecado? O pecado é uma desobediência voluntária à lei de Deus ou À LEI DA IGREJA." (A ênfase é nossa. Note, por gentileza, que os astuciosos roupetas estão duplamente assegurados: primeiro, porque foram eles que escreveram "a lei de Deus"; segundo, porque são eles que escrevem a lei da igreja!)

"Jesus morreu na cruz para nos salvar do pecado." (Eles nem sabem mais o que é "Jesus", e nunca souberam o que é a Cruz.)

"Deus dá o prêmio aos bons e o castigo aos maus. O prêmio para os bons é o céu. O castigo para os maus é o inferno. O céu e o inferno NÃO TERÃO FIM".(A ênfase é nossa. Deus não é apenas destituído de imaginação, é também destituído de misericórdia, para não falar em senso de humor. Este "Deus é um demôniofeito a imagem daqueles que o promovem!")

"Quem vai para o Céu? Vai para o Céu quem morre sem pecado grave". (Note que não é necessário ser virtuoso, alegre, corajoso, honrado, para ir para o céu. As virtudes positivas não tem sentido para as criancinhas "cristãs" à moda romana: é suficiente "morrer sem pecado grave". Veja o senhor, no Apocalipse, o que tem o AMÉM a dizer à Igreja em Laodicéia, Cap. III, vv. 14—22).

"Quem vai para o inferno? Vai para o inferno quem morre em pecado grave."

Desta forma os cavalheiros de Roma podem conservar seu bolo e comê-lo ao mesmo tempo. Se o senhor não é batizado (por eles) ao nascer, está destinado ao menos ao purgatório (favor lembrar que o purgatório é uma invenção relativamente recente, promulgada quando o povo começou a reclamar que Roma mostrava pouca caridade para com os homens: no começo, o inferno era a única alternativa para o céu). A vida do senhor, do nascimento à morte, é completamente subordinada a eles: comunhão, sacramento, confirmação, casamento, confissão… Lembre-se Dr. G., que toda esta teologia que ameaça de tormento eterno aos que não a aceitam, toda esta síndrome de repressão, de escravidão psíquica e social, toda esta maquinação, está baseada nas mentiras deliberadas e conscientes dos patriarcas de Roma e Alexandria! Verdadeiramente, eles podem se gabar: "Quantum nobis prodest haec fabula Christi!"

Mas, infelizmente para eles, Dr. G., o Cristo não é uma fábula.

E o Verbo se fez carne, e habitou em nós.

Tu que és eu mesmo, além de tudo meu;

Sem natureza, inominado, ateu;

Que quando o mais se esfuma, ficas no crisol;

Tu que és o segredo e o coração do Sol;

Tu que és a escondida fonte do universo;

Tu solitário, real fogo no bastão imerso;

Sempre abrasando; tu que és a só semente

De liberdade, vida, amor e luz, eternamente;

Tu, além da visão e da palavra;

Tu eu invoco, e assim meu fogo lavra!

Tu eu invoco, minha vida, meu farol

Tu que és o segredo e o coração do Sol

E aquele arcano dos arcanos santo

Do qual eu sou veículo e sou manto.

Demonstra teu terrível, doce brilho:

Aparece, como é lei, neste teu filho!

Os versos acima, Dr. G., foram escritos por Aleister Crowley, "o pior homem do mundo" de acordo com a opinião dos padres que organizaram a campanha difamatória que o seguiu por toda a vida. Estes versos deveriam ser cantados com orgulho por todo Filho da Luz, ou seja, por cada ser humano, cada Filho de Deus!

O senhor ainda acha que a Igreja Romana pode ser encarregada, por homens responsáveis, honrados e ajuizados, da educação de crianças?

Dr. G., enquanto essa igreja não reconhecer publicamente seus crimes contra Deus e a humanidade; enquanto não renunciar para sempre a essa ameaça de inferno e a esse dogma de pecado com os quais forças negativas, que se opõem a evolução da humanidade, tentam impedir ao homem e a mulher que se tornem Deus por meio do ato sexual (veja o Evangelho de "João", cap. IV, vv. 13—16); enquanto ela for a causadora de masturbação e autismo entre os seus assim-chamados monges e freiras, em vez de permitir que se expressem livremente como homossexuais (qual são freqüentemente) ou como heterossexuais (qual são algumas vezes); enquanto o Bispo de Roma não admitir que ele é um entre muitos e herdeiro de uma história acumulada de erros; em suma, enquanto a Igreja Romana existir (pois no dia em que renunciar a todas as suas infâmias não será mais "Romana", mas finalmente parte da verdadeira Igreja Católica, a Humanidade), a ela se aplicam as palavras de Jon, o filho da Luz copiadas por ela em seus assim chamados "Evangelhos":

"Cuidado com os falsos profetas, que a vós se mostram como cordeiros, mas que internamente são lobos vorazes.

"Pelos seus frutos os conhecereis.

"Nem todo aquele que me diz: Senhor! Senhor! Não temos nós profetizado em Teu nome, não temos expelido demônios em Teu nome, e em Teu nome não realizamos muitos milagres?

"Então eu lhes direi tranqüilamente: Nunca vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade."

"Mateus", VIII, vv.15—23.

Francamente, Dr. G., não posso entender como um Maçom, como um homem sensato e honrado pode, por um momento, defender uma instituição que é uma nódoa na história da humanidade. Nós, verdadeiros herdeiros de Cristo, temos sido acusados de odiar a Igreja de Roma. Sabe Deus que não a odiamos: nós a abominamos e desprezamos com tal intensidade devido aquilo que não só é vil em si mesmo, como aviltante para tudo o que é sagrado e valoroso no homem. Dizem que o diabo corre da Igreja de Roma, e é verdade. Mas não é que nós a temamos: ela nos enoja. É inútil proclamar o efeito maravilhoso que o Romanismo tem exercido sobre a civilização ocidental. A verdade é precisamente o oposto. Roma tem combatido toda reforma e todo progresso a cada passo, aceitando-os apenas no último minuto, e então fingindo — para os incautos — tê-los inventado. A renovação das artes, das ciências, da liberdade humana, jamais veio de Roma; veio dos Maçons, dos árabes, dos judeus, da herança pagã redescoberta na Renascença, dos protestantes alemães, franceses e ingleses, das invasões dos piratas normandos e até das hordas de tártaros e turcos: nunca de Roma.

Considere a evidência histórica, Dr. G.! Durante mil anos, o sistema feudal, tornado odioso justamente pelos abusos decorridos da aliança da igreja com os senhores feudais, oprimiu a população da Europa. Veio a Reforma — e em um século o sistema havia praticamente desaparecido. A Inglaterra católica romana era uma ilhota insignificante perdida no mapa da Europa: veio Henrique VIII, expulsou os jesuítas, criou o Anglicanismo — e em duas gerações a Inglaterra derrotava a Espanha católica romana, tornava-se o maior poder naval do mundo e estava prestes a construir um império mais poderoso que o dos Césares. A França decaiu com os Valois católicos romanos: veio Henrique IV, protegeu os Huguenotes, foi assassinado por isto, mas em um século a França de Luís XIV deslumbraria o mundo. Os protestantes colonizaram a América do Norte; compare o progresso da civilização da América do Norte com a situação das Américas Central e do Sul, colonizadas por padres jesuítas!

Os países onde no momento prevalece o dogma romano, estão atrasados de cinqüenta a cem anos em progresso material, e moralmente, em certas áreas, o atraso é de quinhentos a mil anos. Os países protestantes têm sina muito melhor. Mas, infelizmente, mesmo os protestantes não estão livres da mancha do "pecado original" e do complexo de culpa, como tampouco a crença da necessidade de "salvação" já que usam os textos evangélicos fabricados por Romano-Alexandrinos; e não foi a toa que Ambrose Bierce, por muitos considerado um dos maiores Iniciados americanos, escreveu, como parte da definição da palavra "Cristão" em seu impagável e realista "O Dicionário do Diabo":

"Sonhei-me no alto dum morro, e vejam só:

Em baixo, pias multidões, com ar de dó

Triste e devoto, andavam de cá para lá

Domingadas em suas roupas de sabá,

Enquanto na igreja os sinos gemiam

Solenes, alertando os que em falta viviam.

Foi então que pessoa alta e magra eu vi

Vestida de branco, a olhar para ali

Com a face tranqüila, suave, simbólica,

E os olhos repletos de luz melancólica.

‘Deus te abençoe, estranho!’ — exclamei.

‘Inda que, por teu diverso traje, bem sei

que vens sem dúvida de longínquo cantão,

espero que sejas, como essa gente, Cristão.’

Ele os olhos ergueu, com tão severo ardor

que senti meu rosto a queimar de rubor,

e respondeu com desdém: ‘Como! O que é isto?!

Eu, um Cristão? Na verdade, não! Eu

sou Cristo’."

(Tradução de Soror K.A.)

Se o senhor quiser ler um magnífico estudo psicológico do Romanismo, leia "O ANTICRISTO" de Nietzsche, e quando quer que o senhor encontre a palavra "Cristão", substitua-a por "católico romano". O senhor terá a Igreja de Roma exatamente como é.

Resumindo o conteúdo desta carta:

Todos os homens são filhos de Deus, Todos os homens são capazes de realizar sobre a terra o Reino dos Céus, que está dentro de nós. Somos todos membros do Corpo de Deus, todos Templos do Espírito Santo, e basta limpar o Templo — o que não significa castrar-se fisicamente ou psicologicamente! — para que a Presença se manifeste.

Não há nenhum "Jesus, filho único de Deus" para ser adorado; e quaisquer pessoas que afirmem o contrário ou estão enganadas ou estão enganando.

Está escrito nos "Evangelhos": "Vós conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres."

E também, está escrito, nos originais santos, blasfemados e traídos pelas perpetrações Romano-Alexandrinas, que Jon olhou sorridente para a multidão e, abrindo os braços, lhe bradou:

VÓS SOIS O CAMINHO, A RESSURREIÇÃO E A VIDA!

Pois é eternamente verdade que o Verbo se faz carne; e, neste exato momento, habita em nós.

Amor é a lei, amor sob vontade.

Marcelo Motta

Nota Bibliográfica

e

Addendum

Esta carta foi originalmente escrita no dia 9 de julho de 1963 e.v., endereçada a um maçom osiriano, médico, o Doutor Luiz Gastão Costa Souza, clinicando em Petrópolis, RJ. Foi-nos posteriormente dito, por outro maçom osiriano e ex-Aspirante, Euclydes Lacerda de Almeida, que o Dr. Gastão cuidadosamente guardou a carta, mas se absteve por completo de mostrá-la a outros maçons.

Após o Primeiro de Abril de 1964 e.v., a carta foi copiada a carbono pelo autor, e distribuída livremente nas ruas do Rio de Janeiro a pessoas a quem ele se sentia impulsionado a entregá-la. A segunda versão foi consideravelmente ampliada na parte bibliográfica e histórica. O presente documento representa a terceira, e, esperamos, final versão.

A carta original terminava com os seguinte dizeres:

"Doutor Gastão, este momento é um dos mais graves na história da humanidade. Dos quatro cantos do mundo forças das mais hediondas, das mais diabólicas, forças desalmadas se concentram em um ataque ao Homem, a Deus, à Justiça e à Verdade. Os comunistas encarnam um dos aspectos destas forças; as religiões organizadas do Aeon passado encarnam outros. No momento presente, são pouquíssimos os homens que conservam contato com os planos espirituais; e no entanto eu levanto minha voz em profecia e lhe digo:

Esta é a escuridão da Passagem dos Aeons.

No Novo Aeon, serão os bodes que organizarão a Igreja.

A maçonaria é a chave do Templo de Deus.

Eu avisei o senhor quando nos vimos: se os maçons brasileiros tentarem honestamente limpar a maçonaria das forças malignas que tentam infiltrar-se nela; se eles se despertarem novamente para a luta espiritual e para a luta cívica, eles terão todo o auxílio que for necessário. O Olho ainda está no Triângulo. MAS SE VÓS FIZERDES PACTOS COM DEMÔNIOS, O OLHO SE FECHARÁ SOBRE VÓS.

Não é possível ser maçom e ser católico romano.

Não é possível ser marxista e ser maçom.

Não é possível ser maçom sem ser cristão.

Limpai as Lojas! Ou o Olho se fechará sobre vós.

Calafetai as Lojas! Ou a energia espiritual que nelas se acumula se escoará (esta é a razão por que o vosso segredo é a vossa força).

Serví o Brasil antes de mais nada; acima de toda outra nação; sois brasileiros, e o progresso — como a caridade — começa em casa. Dai aos pobres do vosso excesso, mas não da vossa substância.

Sede verdadeiros maçons: maçons dignos dos que vos precederam, maçons dignos dos que fizeram a Independência, o Segundo Império e a República.

Nunca tenhais medo de lutar pela Verdade e pela Justiça, e perdoai os vossos adversários — mas vencei-os antes! Não agradeçais à Igreja de Roma as concessões que ela vos "faz". Ó meus irmãos — pois como homens, somos todos irmãos — essas "concessões", vós as conquistastes: não ouvis os gemidos de dor? Não vedes os oceanos de sangue, não percebeis a legião de mártires maçônicos, não sentis ainda o cheiro e o clarão das fogueiras? A Igreja de Roma nunca fez concessões de ordem teológica a não ser por razões econômicas e políticas; ela sempre se aliou aos tiranos contra os oprimidos, e aliar-se-á aos marxistas, se necessário, para combater-vos; mas sede fiéis ao Olho e o Olho vos servirá.

Todo o progresso humano; toda lei humanitária; toda proteção à ciência pura; toda tolerância religiosa que existe no mundo presente foi o resultado do trabalho dos maçons! Nunca vos esqueçais disto! Não deveis agradecer ao inimigo aquilo que ele não concedeu, mas que vós conquistastes pelo sacrifício de muitos e pelo paciente trabalho de incontáveis outros.

Repito-vos: sede dignos do Olho, ou o Olho se fechará sobre vós."

O Primeiro de Abril de 1964 e.v. não teria ocorrido se os maçons tivessem cumprido as condições desta profecia. Em vez de fazer isto, a maçonaria brasileira deu os seguintes passos para trás nos anos que se seguiram a esta carta:

1) Dividiu sua direção em duas facções antagônicas.

2) Permitiu a publicação em jornais de fotografias do interior de Lojas, inclusive em funcionamento.

3) Promoveu declarações públicas de aliança com a Igreja de Roma.

4) Espionou-nos e cooperou em armar-nos ciladas na busca por desvendar nossos "segredos". Infelizmente, não temos segredos. Ponde um tratado sobre cálculo tensorial nas mãos de um estudante primário e deixai-o ler o livro a vontade: de nada lhe adiantará. O "esoterismo" é uma farsa: verdadeiros segredos NÃO PODEM ser revelados, pela simples razão de que sem vivência é impossível compreendê-los, mesmo quando são explicados da maneira mais simples e mais franca. Hoje, como em toda época, o mistério é o inimigo da verdade.

Devido ao desleixo ou inércia dos maçons, a profecia da carta se cumpriu e continua cumprindo. Como conseqüência, a maçonaria brasileira só está viva agora na O.T.O. e na Ordem de Télema. Nós não reconhecemos nenhum movimento maçônico do Velho Aeon.

A bom entendedor, meia palavra basta; aos maus entendedores, milhares de discursos não surtirão efeito.

Não existe Lei além de Faze o que tu queres.

Rio de Janeiro, AN LXXIII, 7 de janeiro de 1977 e.v..

Adendo, 20 de agosto de 1987 e.v.:

Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

A passagem do tempo e a influência do texto original desta carta sobre o Romanismo viram o aparecimento da assim chamada "Teologia da Libertação". Para os incautos, pode parecer que a Igreja Romana está melhorando. Depois da chacina impiedosa dos militantes comunistas nos movimentos populares de reforma agrária (chacina organizada e executada pela direita católica romana brasileira), este movimento, infiltrado de padrecos e outros "pastores" crististas (firmemente apoiados pelo sionismo, diga-se de passagem!), agora reivindica reformas através de "missas" e "procissões". Dirigentes marxistas, como Fidel Castro, fazem ruídos de tolerância para com o romanismo "reformista" que se propagandiza como "amigo e defensor dos pobres".

Os teologismos de Leonardo Boff e "Frei Beto", entre outros, parecem bastante plausíveis àqueles cuja capacidade de raciocínio é rudimentar — como, após um quarto de século de cuidadosa lavagem cerebral, sóe serem a maioria dos latino-americanos. A Igreja Romana espertamente promove esses e outros pseudo-dissidentes através de bem propagandizadas "censuras" e "punições".

Esta mesurada dança de batinas esbarra, entretanto, contra várias rudes verdades. Do ponto de vista material, duas estatísticas falam: primeiro, que a Igreja Romana é o maior proprietário de imóveis do Brasil (sempre através de testas-de-ferro, "irmandades", etc.); segundo, que mais de setenta por cento dos brasileiros não moram em casa própria.

Do ponto de vista psicológico, a "Teologia da Libertação" em nada muda o defeito fundamental do Romanismo: em nada ataca, em nada atinge o Credo de Nicéia. A finalidade dessa "teologia liberadora amiga dos pobres" é simplesmente tornar o romanismo aceitável aos marxistas, que já controlam metade do globo, e estão gradualmente conquistando, pelo menos ideologicamente, a outra metade. Ultimalmente, o que o Vaticano deseja é o que sempre desejou: total controle do poder político e econômico em todo o mundo e total restrição da vida intelectual e moral da humanidade. A "Nova Teologia" é tão "nova" quanto a "Nova República".

Um famoso "médium" brasileiro, autor de muitas "obras psicografadas" assinadas com os nomes de gênios literários falecidos, tanto de nosso país como de outros, recentemente comentou candidamente a uma admiradora que às vezes ele duvida da verdade do que faz; mas que, como a maior parte do dinheiro que angaria é dedicado à caridade, ele acha que faz mais bem do que mal aos seus semelhantes.

Esta opinião tem sido ecoada por muitos charlatões através dos séculos; entre outros aquele que disse: "Quanto nos ajuda essa fábula do Cristo!". Ocorre, entretanto, que os fatos da natureza não podem ser mudados pela ilusão humana. O bem-estar social não nasce da mentira: a "caridade" praticada com uma falsidade como base produz apenas mais gerações iludidas; os últimos quinze séculos, dominados pelo cristismo, deveriam servir de lição — e servem — aos brasileiros verdadeiramente inteligentes, e verdadeiramente interessados no bem-estar e prosperidade da nação. Um escravo bem nutrido ainda é um escravo; e quem está disposto a trocar sua liberdade por um falso conforto não é um ser humano: é um ‘bípede implume’ de Diógenes, ou um ‘macaco falante’ de Kipling, ou um ‘homem baixo’ de Aiwass.

Quanto ao sionismo, o motivo por que auxilia o cristismo é muito simples: os sionistas e o Vaticano formam juntos o maior poder financeiro do mundo assim-chamado "capitalista". O propósito da "Teologia da Libertação" é exatamente análogo ao da "T.F.P.": proteger as enormes fortunas multinacionais da nacionalização e socialização que elas têm invariavelmente sofrido nos países marxistas. Agora, como antes, a religião continua sendo o ópio das massas e a garantia dos ricos. E no que concerne o judeo-cristismo, "teologias da libertação" tem como finalidade simplesmente prolongar essa garantia através dos séculos.

Enquanto não abandonar publicamente e definitivamente o Credo de Nicéia, a Igreja Romana não mudará, e o cristismo continuará. Não se elimina causas atacando seus efeitos; nem mesmo quando o ataque não é fingido.

Amor é a lei, amor sob vontade.,

PARZIVAL XI°

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Cultos

Shekiná – um estudo especial


previna-se da marca

SHEKINÁ

Origem: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre.

Shechiná – termo com pronúncia mais próxima do termo hebraico previna-se da marca – conhecido também comoShekiná em português (outras transliterações possíveis: Shekinah, Shechinah, Shekina, Shechina, Schechinah) designando, no judaísmo, a faceta da revelação divina aos homens, a “Divina Presença”, sendo também considerada a face “feminina” e “materna” dela. O vocábulo “shechiná” não aparece na Bíblia Judaica nem no Novo Testamento, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica previna-se da marca (sh-k-n), cujo significado é “habitar”, “fazer morada”. De acordo com a concepção cabalística e do ramo hassidísmo dojudaísmo, a Shechiná é uma energia cósmica poderosíssima em si mesma, que habita no “interior” do Universo e vivifíca-o, sendo a sua “alma” ou “espírito”.

A Shechiná, como uma idéia concreta, aparece só na literatura Literatura rabínica, havendo somente “alusões” a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo previna-se da marca – “e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)”[1];previna-se da marca – “e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus”[2]; e previna-se da marca – “o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião“[3].

Esta faceta da divindade, que é a menor de todas as outras revelações, é o meio comunicativo entre o homem e Deus. Ela é “mensurável” de acordo com a posição de cada pessoa e dos seus atos; sendo que, às vezes, ela se revela e, às vezes, se oculta, como os Sábios de Israel disseram, quando se referiam aoSegundo Templo, que não tinha a “pairar da Shechiná (sobre ele)”. Já em relação ao Diáspora, os rabinos disseram que, de alguma forma, a Shechiná preservou uma relação com Israel, especialmente quando este passou por períodos difíceis, espalhados entre as nações: “a todo lugar onde para lá foi exilado Israel – a Shechiná foi (também) exilada com ele”[4], sofrendo também com ele nos infortúnios. Rabi Chanina, noTalmude, agrava ainda mais esta concepção, quando diz que “aquele que esbofetea a face de Israel, é como se estivesse esbofeteado a face da Shechiná”[5].

Na Cabala esotérica, Shekinah é a essência do Ain Soph que, emanado, ficou preso ou enroscado em Malkuth, sendo correspondente à Shakti ou Kundalini na tradição esotérica oriental da Yoga. Segundo o livro cabalístico Zohar, a evolução do homem é o processo em que o pólo feminino do Divino(Shekinah), presente potencialmente na criação e no homem (Malkuth), se une ao pólo masculino da Divindade, Kether. Tal reunião é na tradição rosacruz representada pelas Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreutz, e naBíblia está no livro O Cântico dos Cânticos de Salomão. Segundo a tradição da Cabala, a reunião dos dois pólos da Divindade resulta em uma Consciência Cósmica ou crística, de união do homem e do Divino, resultando no Homem-Deus ou Cristo. Tal estado de consciência é equivalente na Yoga, ao Samadhi, a consciência produto de quando Shakti, o pólo feminino do divino, presente no Chakra da base Muladhara, se une a Shiva, o pólo masculino do divino presente no Chakra Sahasrara, no topo da cabeça, resultando no Avatar, a encarnação humana do Divino, do Cósmico. Na tradição esotérica egípcia, o equivalente é a união entre Ísis e Osíris, resultando em Hórus, o Homem-Deus.

Tal união é, portanto, em todas as tradições esotéricas, a iluminação, a iniciação.


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O objetivo deste trabalho é esclarecer de forma documentada qual é o real significado dessa palavraSHEKINÁH que tem sido amplamente usada nos meios evangélicos e a quem ele realmente se refere no contexto do idioma hebraico e do misticismo judaico.
Esse esclarecimento é absolutamente urgente e necessário porque uma boa parte dos evangélicos vêem pronunciando o nome “SHEKINÁH” em seus cultos e em suas orações, e, sem que o saibam, quando isso acontece, na verdade, não é a Deus que estão invocando, mas sim a uma “deusa”, uma entidade espiritual que identifica com todas “deusas” pagãs da fertilidade sexual! E como, nos países de língua portuguesa, são pouquíssimas as pessoas que sabem LER EM HEBRAICO, o resultado é que quase ninguém está sabendo disso.
Pare se compreender esta confusão engenhosamente criada em torno dessa tradução distorcida da palavra hebraica SHEKINÁH, podemos comparar esta grave situação à de um grupo hipotético de cristãos que por falta de conhecimento começaram a invocar a Deus pronunciando a “Maria”. Se alguém nos dissesse que pronunciar a palavra “Maria” estaríamos invocando ao Deus vivo e verdadeiro, para nós que compreendemos o idioma português, isso pareceria, no mínimo, ridículo. No entanto, para a maioria da população cristã não sabe ler ou falar em hebraico e por isso esta distinção se torna extremamente difícil.
Apesar de estarem sendo instigadas a clamar a Deus através desse nome, o fato é que quase ninguém sabe o significado real do vocábulo hebraico SHEKINÁH e, muito menos qual é o sentido que o mesmo assume no âmbito do judaísmo.
Por isso, em seus cultos, quando alguns evangélicos elevam suas vozes clamando pelo derramamento dessa“Shekiná” sobre si mesmos e sobre todo o povo, estão pronunciando uma palavra cujo significado e totalmente diferente do que lhes foi ensinado. Este nome que estão se acostumando a invocar na verdade é a palavra hebraica que identifica UMA “DEUSA” SUMERIANA DA FERTILIDADE SEXUAL chamada INANA. E, na lingua dos antigos sumérios, o vocábulo INANA significa RAINHA DO CÉU, a mesma “deusa” que os egípcios adoram sob o nome de ISIS, a “grande mãe”, e que depois foi adorada pelos babilônios como ISHTAR, a “deusa” da prostituição, que se chama ISHTAR que os fenícios da cidade de Sidon adoravam sob o nome de ASTAROTE, a “deusa” da fertilidade sexual dos fenícios chama, mencionada na bíblia como “a abominação dos sidônios”:

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Assim como se observa no texto citado da enciclopédia digital Wikipédia, a BÍBLIA DE ESTUDOS PENTECOSTAL também declara, em suas notas doutrinárias de rodapé que nenhum dos autores bíblicos jamais usou a palavra “SHEKINÁH” para designar o que quer que seja, nos seus textos originais em hebraico. Ela também afirma que o vocábulo “SHEKINÁH” é uma palavra relativamente novacriada pelos RABINOS e não pelas pessoas que escreveram a Bíblia!

Ela não se encontra em parte algumas dos textos originais em hebraico do Antigo Testamento e os rabinos introduziram-na no judaísmo quando as Escrituras Sagradas já haviam sido concluídas há muito tempo.
Na verdade o vocábulo “SHEKINÁH” se consiste uma palavra nova que foi criada pelos rabinos e introduzida muito tardiamente no judaísmo com um dos muitos nomes da famigerada demônia do misticismo judaico conhecida como LILITH.

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As referências doutrinárias da Bíblia de Estudos Pentecostal também reconhecem que o termoSHEKINÁH é um das palavras hebraicas que o judaísmo usa para designar a “deusa” mesopotâmica “LILITH-INANA”.
A ignorância a respeito do significado real desse nome e não inocenta aqueles que fizerem uso dele sem saber o que ele realmente significa, porque está escrito:
“O MEU POVO FOI DESTRUÍDO PORQUE LHE FALTOU CONHECIMENTO.” (Oséias 4: 6).
Se o Novo Testamento afirma que todo joelho se dobra diante de Jesus Cristo porque Deus ter lhe dado UM NOME “QUE ESTÁ ACIMA DE TODO NOME”, isso evidencia que, no mundo espiritual, NOMES têm importância fundamental e que sua invocação e sua pronúncia têm repercussões muito significativas nas regiões celestiais e na vida das pessoas. Por exemplo, um indivíduo que tenha sido vitima de uma possessão demoníaca somente poderá ser liberto ordenando que o demônio saia dela EM NOME DE JESUS CRISTO. Isso significa que o mesmo perante a pronúncia específica do NOME de Jesus Cristo de Nazaré é que serão liberados o poder e a autoridade que colocarão o referido espírito em sujeição e libertarão a pessoa do seu mal. Diante disso, podemos concluir que é necessário extremo cuidado quando se escolhe o nome pelo qual se vai invocar, adorar ou louvar a Deus, porque será a PRONÚNCIA DO NOME DAQUELE A QUEM ESTÁ SENDO DIRIGIDO A INVOCAÇÃO O LOUVOR E A ADORAÇÃO QUE DETERMINARÁ QUEM É QUE ESTÁ SENDO ADORADO, LOUVADO OU INVOCADO: Se alguém tentar invocar a Deus, mas, por ignorância, tentar fazê-lo usando o nome de um demônio, é evidente que, se for atendido, será por este espírito maligno e não por Deus. São leis bem específicas do mundo espiritual às quais todo o universo encontra-se sujeito e que se encontram claramente explicadas nas Escrituras porque é necessário que sejam observadas pelos que se propõe a servir a Deus.
Reafirmar algo tão óbvio tornou-se necessário porque estamos vivendo em um tempo extremamente marcado pelo ENGANO e pelos falsos ensinos que estão sendo ministrados por muitos falsos profetas. Jesus disse que no fim dos tempos: “Haverá falsos cristos e FALSOS PROFETAS QUE ENGANARÃO A MUITOS”.Não se deixe enganar. Quando você for usar algum nome para invocar, louvar ou adorar a Deusé imprescindível que você SAIBA muito bem o SIGNIFICADO desse nome e tenha certeza absoluta do que ele quer dizer.
É claro que fica muito mais fácil ter essa certeza se o referido nome estiver sendo dito em própria língua, isto é, em português. Mas quando se trata de um nome hebraico, que é um idioma complexo e de difícil tradução, evidentemente ficará muito mais difícil de evitar que alguém possa enganá-lo. Lembre-se: Jesus não disse que haveriam alguns falsos profetas, mas sim MUITOS, e também não disse que seriam poucos os que seriam enganados por eles, mas que seriam MUITOS. Portanto, todo cuidado é pouco.Neste solo enganoso, certamente será muito melhor EVITAR O USO DE PALAVRAS HEBRAICAS e restringir-se, apenas à nossa própria língua. Trata-se, não apenas de um problema de identidade religiosa, mas, até mesmo, de uma questão de soberania nacional.

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Toda a documentação que estamos apresentando comprova que o vocábulo “SHEKINÁ” é o nome que o idioma hebraico usa ao referir-se a uma “deusa” da fertilidade do misticismo judaico, e que, portanto é o nome de um DEMÔNIO. Por isso todo aquele que tentar invocar, louvar ou adorar a Deus usando a palavra hebraica “SHEKINÁ”, não estará, verdadeiramente, invocando, louvando ou adorando a Deus, mas sim a um DEMÔNIO CABALÍSTICO.
É indispensável que você esteja absolutamente certo sobre QUEM é você que você está adorando, louvando ou invocando e isso é feito somente mediante a pronúncia exata de um determinado NOME. Conforme o nome que está sendo invocado, pode ser que o próprio demônio possa estar sendo convidado para entrar pela porta da sua igreja ou da sua casa. São leis que regem o mundo espiritual, queiramos ou não. Por isso é absolutamente necessário ter CERTEZA TOTAL a respeito do significado das palavras que se usa nessas ocasiões. O próprio Jesus nos avisou sobre isso dizendo:
“PELAS TUAS PALAVRAS SERÁS JUSTIFICADO E, PELAS TUAS PALAVRAS SERÁS CONDENADO.” (Mateus 12:37)

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“… aquilo que muitas pessoas supostamente bem informadas pensam que sabem sobre o JUDAÍSMO pode muito bem ser ENGANADOR, a não ser que consigam ler Hebraico… outra concepção errada sobre JUDAÍSMO que é particularmente comum entre os cristãos, ou pessoas fortemente influenciadas pela tradição e cultura cristãs É A IDÉIA ENGANADORA DE QUE O JUDAÍSMO “É UMA RELIGIÃO BÍBLICA”; que o Antigo Testamento tem no JUDAÍSMO o mesmo lugar central e a mesma autoridade legal que a Bíblia tem para o cristianismo protestante e mesmo para o católico. Mais uma vez isso está ligado à questão da interpretação… Aqui a interpretação está fixada rigidamente – mas PELO TALMUDE em vez da própria Bíblia1. Muitos, talvez quase todos, os versos bíblicos que prescrevem atos e obrigações religiosos são “entendidos” pelo JUDAÍSMO CLÁSSICO, e pela ORTODOXIA dos nossos dias, num sentido TOTALMENTE DISTINTO, OU MESMO CONTRÁRIO, do significado literal como entendido pelos cristãos e outros leitores do Antigo Testamento, que só vêem o texto simples… DEVE SER NOTADO QUE AS MUDANÇAS NO SIGNIFICADO NÃO SEGUEM O MESMO SENTIDO DO PONTO DE VISTA DA ÉTICA… quando os JUDEUS ORTODOXOS de hoje lêem a Bíblia, estão a ler um livro muito diferente, com um significado totalmente diferente, da Bíblia como é lida por não judeus ou por judeus não-ortodoxos… De fato, quanto mais uma pessoa lê a Bíblia, MENOS ele ou ela sabe sobre o JUDAÍSMO ORTODOXO. Pois o último encara o Antigo Testamento como um texto de formulas sagradas imutáveis, cuja recitação é um ato de grande mérito, MAS CUJO SIGNIFICADO É DETERMINADO TOTALMENTE EM OUTRO LADO… Deve ser claramente compreendido que a FONTE DA AUTORIDADE para as práticas do JUDAÍSMO CLÁSSICO (e do ORTODOXO em nossos dias) a base determinante da sua estrutura legal é o TALMUDE, ou para ser mais exato, o chamado TALMUDE BABILÔNICO2” [ênfase acrescentada] (Israel Shahak, HISTÓRIA JUDAICA RELIGIÃO JUDAICA – O peso de três mil anos, Hugin Editores Ltda, 1994, Lisboa, págs. 53 a 56)

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… ATUALMENTE, NA ORTODOXIA JUDAICA, EM PARTICULAR ENTRE OS RABINOS, A INFLUÊNCIA DA CABALA PERMANECEU PREDOMINANTE… o conhecimento e a compreensão dessas idéias são importantes por duas razões. Primeiro, sem elas não podemos compreender as verdadeiras crenças do JUDAÍSMO… Em segundo lugar, ESSAS IDEAIS DESEMPENHAM UM PAPEL POLÍTICO CONTEMPORÂNEO IMPORTANTE, dado fazerem parte de um SISTEMA EXPLÍCITO DE CRENÇAS de muitos políticos religiosos… e têm uma influência indireta em muitos DIRIGENTES SIONISTAS de todos os países, incluindo a esquerda sionista. Segundo a CABALA, o universo NÃO É GOVERNADO POR UM ÚNICO DEUS, mas por várias divindades, de caracteres e influência vários, que emanam de uma nebulosa e distante Primeira Causa, emanaram ou nasceram primeiro, de um deus macho chamado “Sabedoria” ou “Pai”, e depois, uma DEUSA FÊMEA chamada “Conhecimento” ou“MÃE”. Do casamento desses dois, nasceu um casal de deuses mais jovens. O Filho, também chamado por muitos outros nomes tais como “Cara Pequena”ou “O Santo Abençoado”; e a FILHA, também chamada “SENHORA” (ou “Matronita”, uma palavra derivada do latim), “SHEKHINAH”, “RAINHA”, etc. Estes dois jovens deuses deveriam ter se unido, mas a união foi evitada pelas maquinações de Satanás, que neste sistema é um personagem muito importante e independente. A criação foi levada pela Primeira Causa de forma a permitir a sua união, mas por causa da Queda tornaram-se mais desunidos que nunca, e na verdade Satanás conseguiu aproximar-se bastante da FILHA DIVINA e violentou-a (aparentemente ou de fato – as opiniões diferem sobre o assunto). A criação do povo judaico foi levada a cabo de forma a emendar a quebra provocada por Adão e Eva, e no Monte Sinai isto foi conseguido por um momento: o deus macho Filho, encarnado em Moisés, foi unido com a DEUSA SHEKHINAH. Infelizmente, o pecado do Bezerro de Ouro voltou a provocar a desunião do deus superior; mas o arrependimento do povo judaico reparou as coisas até certo ponto. De igual modo, acredita-se que cada incidente da história bíblica judaica está ligado à união ou à desunião do par divino. A conquista da Palestina aos Cananeus e a construção do primeiro e do segundo Templos foram particularmente propícias para sua união, enquanto que a destruição dos Templos e o exílio dos judeus da Terra Santa são meramente sinais exteriores não só da desunião divina, mas também de uma verdadeira “PROSTITUIÇÃO” junto aos deuses estrangeiros. A FILHA3 cai profundamente no poder de Satanás, enquanto que o Filho leva para a cama várias personagens satânicas, em vez da sua própria mulher.
O dever dos judeus piedosos é restaurar pelas suas orações e atos religiosos a perfeita unidade divina, sob a forma de UNIÃO SEXUAL, entre as divindades macho e fêmea4 . Assim, antes de muitos atos rituais, que cada judeu piedoso deve executar várias vezes por dia, é recitada A FORMULA CABALÍSTICA seguinte: “Por intenção do congresso [sexual]5 de O Santo Abençoado e a sua SHEKHINAH…” As orações matinais judaicas são também organizadas de forma a promoverem suaUNIÃO SEXUAL, mesmo que só temporariamente. Partes sucessivas da oração correspondem misticamente aos estados sucessivos da união: em certa altura a deusa aproxima-se com as suas aias, noutra o deus põe-lhe o braço em torno do pescoço e acaricia lhe o seio, e finalmente acredita-se que o ATO SEXUAL tenha lugar. Outras orações e atos religiosos, como interpretados pelos CABALISTAS, destinam-se enganar vários anjos (imaginados como divindades menores com um certo grau de independência) ou para aplacar Satanás … tomemos outro exemplo: tanto antes como depois de uma refeição, o judeu piedoso lava ritualmente as mãos, pronunciando uma benção especial. Numa dessas duas ocasiões está a adorar a Deus, ao promover a união divina do Filho e da FILHA, mas na outra está a adorar a Satanás, que gosta tanto de orações judaicas e atos rituais que, quando lhe são oferecidos alguns, conserva-se ocupado e não incomoda a Filha divina. Na verdade, OS CABALISTAS ACREDITAM QUE ALGUNS SACRIFÍCIOS QUEIMADOS NO TEMPLO ERAM DESTINADOS A SATANÁS. Por exemplo, os setenta novilhos sacrificados durante os sete dias da festa dos Tabernáculos, eram supostamente oferecidos a Satanás na sua capacidade de governante de todos os gentios, de forma a conservá-lo demasiado ocupado para interferir no oitavo dia, quando era feito o sacrifício a Deus. Podem ser dados muitos outros exemplos do mesmo tipo. Devem ser estabelecidos alguns pontos a respeito deste SISTEMA e a sua importância devida no JUDAÍSMO…Em primeiro lugar, SEJA O QUE FOR QUE DISSERMOS SOBRE ESTE SISTEMA CABALÍSTICO, NÃO PODE SER ENCARADO COMO MONOTEÍSTA… Em segundo lugar, a verdadeira natureza do JUDAÍSMO CLÁSSICO é ilustrada pela facilidade com que este sistema foi adotado. A fé e as crenças desempenham um papel extremamente pequeno no JUDAÍSMO CLÁSSICO. O QUE É DE IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL É O ATO RITUAL, em vez do significado que o ato deveria ter ou a crença ligada a ele. … podíamos ver alguns judeus praticar um ato religioso, acreditando ser um ato de adoração a Deus , enquanto outros faziam exatamente a mesma coisa com a intenção de aplacar a Satanás… talvez a fórmula judaica mais sagrada, “Ouve ò Israel, o Senhor é o nosso Deus, o Senhor é só um”, recitada várias vezes por dia por todos os judeus piedosos… pode significar que foi atingido um certo estado na UNIÃO DAS DIVINDADES MACHO E FÊMEA, ou que está a ser promovida pela recitação desta fórmula.” [ênfase acrescentada] (Israel Shahak, HISTÓRIA JUDAICA RELIGIÃO JUDAICA – O peso de três mil anos, Hugin Editores Ltda, 1994, Lisboa, pág. 49 a 52)

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O adorador da deusa, SALOMÃO, havia convidado de Tiro, um centro de adoração pagã, o mestre construtor HIRAM ABIFF… Como Hiram fora o projetista de templos pagãos, parece provável que tenhaincorporado elementos do paganismo na arquitetura do TEMPLO DE SALOMÃO. De fato… A entrada principal do templo era… flanqueada por dois pilares historicamente conhecidos como Jaquim e Boaz. Eles formam a estrutura do pátio externo6 ou pórtico do templo , onde – conforme a lenda – osPEDREIROS7 construtores do edifício se reuniam. Tem sido afirmado que esses DOIS PILARES foram posicionados de modo a imitar os OBELISCOS construídos nas entradas dos templos egípcios… Esses pilares, por alguma razão desconhecida chamados de AGULHAS DE CLEÓPATRA, podem ser atualmente encontrados às margens do rio Tamisa, em Londres, e no Central Park, em Nova York. Os símbolos na base do OBELISCO americano foram identificados como SINAIS MAÇÔNICOS… Os dois pilares centrais do TEMPLO DE SALOMÃO também guardam semelhanças com os símbolos da fertilidade cananeus tradicionais. Os templos dedicados à deusa em Tiro teriam – ao que se diz – pilares de pedra com formato fálico8 em suas entradas. Esses PILARES eram o foco dos RITOS DE FERTILIDADE realizados em honra a ASTARTE em suas festas especiais… Os cabalistas os têm identificado como símbolos dos princípios masculino e feminino…Além disso, ocultistas maçons concordam que esses dois pilares representam as energias masculina e feminina…a sua posição em ambos os lados da entrada do templo dedicado à deusa, indica que essa passagem pode representar os LÁBIOS FEMININOS. Na crença religiosa antiga, os templos da deusa – quer ASTARTE, ISHTAR ouÍSIS – eram projetados como SÍMBOLOS DO SEU CORPO, o que se refletia na sua arquitetura…” (A CONSPIRAÇÃO OCULTISTA, Michael Howard, 1994, Editora Campus, págs. 12 a 14)

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“… assim diz o Senhor Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão… porque me deixaram, e se encurvaram a ASTAROTE, deusa dos sidônios… e não andaram pelos meus caminhos, para fazerem o que parece reto aos meus olhos, a saber os meus estatutos e os meus juízos…” (I Reis 11: 31 e 33)
“… á luz da situação religiosa no reinado de SALOMÃO, alguns fatos interessantes vêem à tona, descortinando-nos O SIMBOLISMO PAGÃO OCULTO DA FRANCO-MAÇONARIA. Primeiro, na época em que Salomão ocupava o trono de Israel, Tiro era conhecida como um centro de adoração da DEUSA. …Salomão tinha extensa correspondência com o rei pagão de Tiro, tendo-lhe solicitado que lhe enviasse o seu mestre construtor – que devia estar ocupado na construção de TEMPLOS DEDICADOS À VENERAÇÃO DA GRANDE DEUSA – para ajudá-lo … O conflito acarretado ainda pode ser detectado noJUDAÍSMO ORTODOXO, onde o Supremo Criador é representado como NEM MASCULINO NEM FEMININO. … O antigo conceito de uma deidade ANDRÓGINA9 somente sobreviveu nosENSINAMENTOS SECRETOS DO SISTEMA MÍSTICO RELIGIOSO CONHECIDO COMO CABALA, A DOUTRINA ESOTÉRICA DA RELIGIÃO JUDAICA, NA IMAGEM FEMININA DA SHEKINÁ OU NOIVA DE DEUS. Nas sinagogas judaicas a SHEKINÁ é acolhida no por do sol de SEXTA FEIRA, nas preces celebrantes do início do Sabá. Nessas preces a SHEKINÁ é acolhida como a NOIVA DE DEUS e, segundo os ENSINAMENTOS CABALISTAS, a criação só pode se manifestar através dela. Essa idéia é reforçada pela crença popular de que a SHEKINÁ SE MATERIALIZA, de forma invisível, sobre o leito da noite de núpcias, sugerindo resquícios dos antigos RITOS DE FERTILIDADE realizados em honra àdeusa. Antigas memórias de ADORAÇÃO À DEUSA também sobreviveram no MITO JUDAICO DA DEMÔNIA LILITH, inspiradora de desejos sexuais masculinos através de sonhos eróticos. SegundoENSINAMENTOS CABALÍSTICOS, LILITH foi a primeira esposa de Adão, antes de Eva, ensinando-lhe as artes do encantamento mágico. … LILITH não era originalmente uma figura demoníaca, podendo ser identificada com a deusa sumeriana SENHORA DAS BESTAS, representada sob a forma de umaCORUJA. LILITH simboliza o aspecto escuro da grande deusa da ANTIGA RELIGIÃO PAGÃ, em seu aspecto de mulher fatal e sedutora…Inicialmente, a adoração das deidades da fertilidade de Canaã era parte integrante da RELIGIÃO JUDAICA. A deusa Aserá, o seu consorte El e o seu filho BAAL – significando senhor – eram bastante venerados. Efígies da deusa foram erigidas EM TODO O ISRAEL, conforme descrito nos livros do Antigo Testamento, Reis, Crônicas, Juízes, Deuteronômio, Êxodo e Miquéias… COMO SALOMÃO FIGURA NESTA TRADIÇÃO DE ADORAÇÃO DA DEUSA? … o rei hebreu adquiriu uma reputação infamante de mestre em MAGIA, capaz de invocar os espíritos elementais, e diversos manuais de magia exibiam seu nome no título (por exemplo, A CLAVÍCULA DE SALOMÃO) ou a autoria destes lhe era creditada. De um modo geral ele era visto como um poderoso mago… e, atualmente, alguns cristãos de fé renovada o denunciam como um ADORADOR DO DIABO que afastou os israelitas do verdadeiro Deus… Salomão também é visto por alguns estudiosos como um adorador secreto da deusa. A CONVERSÃO DE SALOMÃO AO PAGANISMO E SEU CULTO A DEUSES ESTRANHOS SÃO ATRIBUÍDOS A SEUS CASAMENTOS COM PRINCESAS ESTRANGEIRAS, que introduziram costumes religiosos na corte. (I Reis 11: 1 a 8)…O Antigo Testamento narra que SALOMÃO “SACRIFICAVA E QUEIMAVA INCENSO NOS LUGARES ALTOS.” (I Reis 3:3), que eram os locais dos santuários dedicados à adoração da grande deusa. OS INDÍCIOS EXISTENTES MOSTRAM QUE, DURANTE 200 DOS 370 ANOS DA HISTÓRIA DO TEMPLO DE JERUSALÉM ORIGINAL, ELE SERVIU, TOTAL OU PARCIALMENTE, PARA A VENERAÇÃO DA DEUSA… O culto da deusa reforçou-se ainda mais com a chegada, em Israel, da princesa JEZABEL, a “GRANDE MERETRIZ” original, filha do rei de SIDON e sacerdotisa da fé pagã10 . A sua imagem promíscua desavergonhada advém, evidentemente, da SEXUALIDADE EXPLÍCITA DOS RITOS REALIZADOS POR JEZABEL PARA A DEUSA…” (A CONSPIRAÇÃO OCULTISTA, Michael Howard, 1994, Editora Campus, págs. 8 a 11)

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A “deusa” é conhecida por muitos nomes em cada um dos países em que ela foi adorada na antiguidade, e até hoje ela mesma, é conhecida por vários nomes apesar de se tratar da mesma entidade espiritual.

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Tanto a “deusa” ÍSIS, do Egito, como sua correspondente, a “deusa” INANA da suméria, são deidades tão sombrias que se identificam com uma ave noturna: A CORUJA.

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Este “lado negro” da “deusa” INANA fez com que também fosse chamada de “A CRIATURA DA NOITE” uma expressão que no idioma hebraico significa LILITH, ficando, por isso conhecida no misticismo hebraico pelo nome de LILITH, a “deusa” da prostituição e fertilidade sexual do judaísmo, que também é uma “deusa-coruja” e que, mais tarde, teve seu nome mudado pelos rabinos para“SHEKINÁH”.

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LILITH é retratada nos seus ídolos e imagens ao lado de duas corujas e com a aparência de uma bela mulher, que se apresentava totalmente nua, mas que também tinha asas e os pés e as asas de uma coruja.

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Em outras palavras, os sumerianos, os egípcios e também os hebreus, adoravam esta mesma “deusa”, que era chamada de “RAINHA DO CÉU”, mas o faziam sob os três diferentes nomes de INANA, ÍSIS e LILITH, a qual, posteriormente, passou a ser chamada pelos rabinos de SHEKINÁH11 .
Como a maçonaria segue a doutrina cabalística e a “deusa” SHEKINÁ é a “divina mãe” do judaísmo cabalístico, de onde se origina toda a CABALA e sua doutrina mística, é evidente que a demôniaLILITH também é adorada nas lojas maçônicas sob o nome de SHEKINÁH. Existem muitas lojas dos Estados Unidos que, em homenagem à “Grande Rainha do Céu”, foram fundadas com este nome conforme mostraremos a seguir:

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“Uma CONSPIRAÇÃO se achou entre os homens de Judá, entre os habitantes de Jerusalém… Portanto assim diz o Senhor: Eis que trarei o mal sobre eles, de que não poderão escapar… Porque segundo o número das tuas cidades são os teus deuses, ó Judá! E segundo o número das ruas de Jerusalém LEVANTASTES ALTARES À IMPUDÊNCIA…” (Jeremias 11: 13)

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Porventura não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam farinha, para fazerem bolos à deusa chamada RAINHA DOS CÉUS e oferecem libações a outros deuses para me provocarem à ira. Acaso é a mim que eles provocam à ira? Diz o senhor, e não a si mesmos, PARA A CONFUSÃO DOS SEUS ROSTOS? PORTANTO ASSIM DIZ O SENHOR: EIS QUE A MINHA IRA E O MEU FUROR SERÃO DERRAMADOS SOBRE ESTE LUGAR, SOBRE OS HOMENS E SOBRE OS ANIMAIS, E SOBRE AS ÁRVORES DO CAMPO, E SOBRE OS FRUTOS DA TERRA; E ACENDER-SE-Á E NÃO SE APAGARÁ.” (JEREMIAS 7: 17 A 20)

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“Agora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Porque fazeis tão grande mal contra vossas almas, para vos desarraigardes, ao homem e à mulher, à criança e ao que mama, do meio de Judá, a fim de não deixardes remanescente algum; irando-me com as obras de vossas mãos, queimando incenso a deuses estrangeiros na terra do Egito, aonde vós entrastes para lá habitar; para que a vós mesmos vos desarraigueis, E PARA QUE SIRVAIS DE MALDIÇÃO E DE OPRÓBRIO ENTRE TODAS AS NAÇÕES DA TERRA? Esquecestes já as maldades de vossos pais, e as maldades dos reis de Judá, e as maldades das suas mulheres, e as vossas maldades e as maldades das vossas mulheres, que cometeram na terra de Judá, e nas ruas de Jerusalém? Não se humilharam até o dia de hoje, nem temeram, nem andaram na minha lei, nem nos meus estatutos, que pus diante de vós e dos vossos pais. Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu ponho o meu rosto contra vós para o mal e para vos desarraigar todo o Judá.”(Jeremias, 44: 7 a 11)

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“Então responderam a Jeremias todos os homens QUE SABIAM QUE AS SUAS MULHERES QUEIMAVAM INCENSO A DEUSES ESTRANHOS, E TODAS AS MULHERES QUE ESTAVAM PRESENTES EM GRANDE MULTIDÃO, como também o povo que havia na terra do Egito, em Patros, dizendo: Quanto à palavra que anunciastes em nome do Senhor, não obedeceremos a ti; mas certamente cumpriremos toda palavra que saiu da nossa boca, QUEIMANDO INCENSO À RAINHA DOS CÉUS, E OFERECENDO-LHE LIBAÇÕES, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres e não víamos mal algum. Mas desde que cessamos de queimar incenso à RAINHA DOS CÉUS, e de oferecer libações, tivemos falta de tudo, e fomos consumidos pela espada e pela fome. E quando nós queimávamos incenso à RAINHA DOS CÉUS, e lhe oferecíamos libações, acaso lhe fizemos bolos, PARA A ADORAR, E OFERECEMOS LIBAÇÕES SEM NOSSOS MARIDOS?” (Jeremias 44: 15 a 19)

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“Então disse Jeremias a todo o povo, aos homens e às mulheres, e a todo o povo que lhe havia dado esta resposta, dizendo:… Assim diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel, dizendo: Vós e vossas mulheres não somente falastes por vossa boca, senão também o cumpristes por vossas mãos dizendo: CERTAMENTE CUMPRIREMOS NOSSOS VOTOS QUE FIZEMOS DE QUEIMAR INCENSO À RAINHA DOS CÉUS E DE OFERECER LIBAÇÕES; confirmai, pois vossos votos e perfeitamente cumpri-os. Portanto ouvi a palavra do Senhor:… serão consumidos todos os homens de Judá, que estão na terra do EGITO, pela espada e pela fome, até que todos se acabem.” (Jeremias 44: 20 e 25 a 27)

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“ASSIM DIZ O SENHOR… VEM O FIM, O FIM VEM SOBRE OS QUATRO CANTOS DA TERRA.” (EZEQUIEL 7: 2)

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“DE TODO SERÁ QUEBRANTADA A TERRA, DE TODO SE ROMPERÁ E SE MOVIMENTARÁ. DE TODO VACILARÁ A TERRA, COMO O ÉBRIO…” (ISAÍAS 24: 19 E 20)

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“… os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo deste céu.”(Jeremias 10: 11)

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“… passarei pela TERRA DO EGITO… e sobre todos os DEUSES DO EGITO farei juízos…” (Êxodo 12: 12)

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“… e lançarei fogo às casas dos deuses do EGITO…” (Jeremias 43: 12)

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“… OS CÉUS PASSARÃO COM GRANDE ESTRONDO, E OS ELEMENTOS ABRASADOS SE DESFARÃO, E A TERRA E AS OBRAS QUE NELA HÁ SE QUEIMARÃO…” (II Pedro 3: 10)

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“… A MÃO DO SENHOR SERÁ NOTÓRIA AOS SEUS SERVOS, e ele se indignará contra os seus inimigos. PORQUE EIS QUE O SENHOR VIRÁ EM FOGO; E OS SEUS CARROS, COMO UM TORVELINHO, PARA TORNAR A SUA IRA EM FUROR E A SUA REPREENSÃO, EM CHAMAS DE FOGO. PORQUE, COM FOGO E COM A SUA ESPADA, ENTRARÁ O SENHOR EM JUÍZO COM TODA A CARNE; E OS MORTOS DO SENHOR SERÃO MULTIPLICADOS.” (Isaías 66: 14 a 17)

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“FILHOS DOS HOMENS, ATÉ QUANDO CONVERTEREIS A MINHA GLÓRIA EM INFÂMIA?” (Salmo 4: 2)


Nota

1 Atualmente, em termos de “interpretação”, a opinião clássica de todo o judaísmo ORTODOXO é de que o SIGNIFICADO que se encontra no TALMUDE É O QUE ESTÁ SEMPRE CORRETO, E É SEMPRE APLICÁVEL MESMO quando o seu sentido é contrário ao significado literal dos textos do Antigo Testamento, mesmo quando se trata dos livros de Moisés, que conhecem como a “Toráh”.
2 “… e na sua testa estava escrito um nome: Mistério, a grande BABILÔNIA, a mãe das PROSTITUIÇÕES e abominações da terra.” (Apocalipse 17:5) 3 SHEKHINAH cai profundamente no poder de SATANÁS.
4 Isto é, “o deus” (macho) e SHEKINÃH (a fêmea): “Muitos místicos judaicos contemporâneos acreditam que o mesmo fim pode ser atingido mais rapidamente PELA GUERRA COM OS ÁRABES, PELA EXPULSÃO DOS PALESTINOS, ou mesmo pelo estabelecimento de muitos colônias judaicas na Margem Ocidental. O movimento crescente para a CONSTRUÇÃO DO TERCEIRO TEMPLO também está baseado nessas idéias”
5 Isto é: “Por intenção da RELAÇÃO SEXUAL entre o “Santo Abençoado” e a sua “SHEKINAH”.” 6 “… e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram. E deixa O PÁTIO QUE ESTÁ FORA DO TEMPLO, e não o meças; porque foi dado às nações…”(Apocalipse 11: 1 e 2).
7 PEDREIROS: esta palavra no idioma francês significa “MAÇONS”
8 Fálico: ou seja, em forma de pênis.
9 Deidade andrógina: isto é um “deus” HERMAFRODITA, que é macho e fêmea ao mesmo tempo
10 JEZABEL foi a esposa de Acabe, um dos reis de Israel. Apesar disso era sacerdotisa da “deusa” ASTAROTE, conhecida como “a abominação dos sidônios”, que era uma deusa da prostituição, que era adorada através rituais de orgia sexual e das práticas de prostituição cultual.
11 Conforme as palavras do RABINO GOTTLIEB.

06-06-16 013

 Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.