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Em feira em SP, carro dá partida após reconhecer rosto de motorista

 

Veículos também ganham sistema de leitura das impressões digitais.
Evento de segurança mostra novidades tecnológicas na área.

Do G1, em São Paulo

Até a próxima quinta-feira (27), São Paulo recebe a 13ª edição da Exposec, Feira Internacional de Segurança. A feira apresenta tecnologias voltadas para segurança em diversos segmentos, entre eles o setor automotivo. Os destaques desta edição são os sistemas de biometria facial, que reconhece o rosto do motorista, e o StartFinger, que dá a partida pela impressão digital do dono do veículo.

O sistema de biometria facial, da empresa Ex-Sight, funciona a partir do cadastro de um rosto, que libera o acesso quando reconhecido. O cadastramento facial pode ser feito por uma foto e usado em diversas situações como para dar partida no carro ou caminhão, e, assim, evitar roubos. “A ideia é não deixar o crime acontecer”, afirma o diretor comercial da empresa Arnaldo Maciel Jr.

Carro só liga depois que sistema faz o reconhecimento biométrico.Carro só liga depois que sistema faz o reconhecimento biométrico. (Foto: Roseane Aguirra/G1)

A tecnologia também serve para dar acesso seguro a estádios, escolas e empresas, e para fazer um histórico de todos os usuários que entraram, ou tentaram entrar.

Outra novidade que ajuda na segurança dos carros é o StartFinger, sistema que dá a partida no veículo com uma impressão digital cadastrada. De acordo com Aloísio Delfim, do departamento comercial da Finger Tech, o sistema memoriza até 50 usuários, com digitais de três dedos de cada um. A impressão de um desses dedos é reservada para casos de emergência, como um assalto, por exemplo. Se o usuário der partida com o dedo de emergência, o carro só vai andar por 10 minutos, depois o sistema de alimentação é cortado e o veículo para.

Equipamento registra impressões digitais.Equipamento registra impressões digitais.
(Foto: Roseane Aguirra/G1)

Para utilização pelo manobrista, há a possibilidade de liberar o sistema para uso livre.

A feira traz ainda um carrinho da Ecocubs parecido com o patinete Segway, para utilização em rondas internas de shoppings e empresas. O veículo individual chega este ano com a variação de quatro rodas e de fabricação brasileira, sendo, assim, mais barato. Cada patinete será vendido por cerca de R$ 6 mil. O Segway, importado dos EUA, custa em média R$ 20 mil no Brasil. De acordo com Luciano Caruso, gerente de marketing da Graber Segurança, a versão nacional barateia o custo das empresas.

A Exposec ocorre no Centro de Exposições Imigrantes (Rodovia dos Imigrantes Km 1,5), até quinta-feira (27) das 13h às 20h, com entrada gratuita.

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Mariana Silva – Atleta de Cristo conquista bronze no Grand Slam de Judô

 

     A judoca evangélica Mariana Santos Silva, integrante do Projeto Judô em Ação, desenvolvido pela Associação de Judô Rogério Sampaio com os patrocínios da Telefônica e da Iharabrás, conquistou a medalha de bronze, da categoria meio-médio, neste sábado, 22, no Grand Slam do Rio de Janeiro, disputado no ginásio do Maracanãzinho. A brasileira foi derrotada na semifinal pela japonesa Yoshie Ueno, atual campeã mundial e líder do ranking, por ippon. Com o resultado, Mariana Silva faturou 120 pontos no ranking mundial e também olímpico da Federação Internacional de Judô.

     Aos 20 anos, Mariana Silva conquistou sua primeira medalha em grand slams. Em 2009, ela foi bronze no Campeonato Mundial Sub-20, disputado na França.
     “Entrei bem concentrada contra a Ueno, mas, infelizmente, não consegui bloquear os golpes dela. Ganhar uma medalha no Brasil é sempre especial, só que meu objetivo é treinar para ser campeã”, diz a judoca da AJ Rogério Sampaio/Telefônica.

Mariana foi empurrada na luta contra a japonesa por cerca de 6 mil torcedores no Maracanãzinho. Uma experiência inédita. “Foi diferente lutar com uma torcida gritando tanto dessa maneira, mas estava tão focada que na hora nem percebi muito. Com certeza foi especial conquistar esta medalha aqui”, afirma.
     Nascida na baixada santista, em São Paulo, Mariana Silva morou por dois anos no Japão, onde estudou educação física e treinou judô. Para ficar com o bronze, fez quatro lutas. Na estreia, venceu por ippon a argentina Mariana Lopes. Na rodada seguinte, passou pela  israelense Alice Schlesinger por yuko. Nas quartas, vitória após eliminação da eslovena medalhista olímpica e mundial Urska Zolnir por aplicar um golpe ilegal.
     O Projeto Judô em Ação é desenvolvido pela Associação de Judô Rogério Sampaio com os patrocínios da Telefônica e da Iharabrás, e o apoio do Santos Futebol Clube, graças a convênio entre o Governo Federal, por intermédio do Ministério do Esporte, e a AJRS, autorizado pela Lei de Incentivo ao Esporte.

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Crenças de Marina Silva contra aborto e união gay geram dissidências

POLÍTICA

IDEAL DE MARINA GERA CRISE NO PV

O contraste entre as crenças de Marina Silva e as bandeiras libertárias que inspiraram a criação do PV provocou uma primeira dissidência no partido. Militantes rasgaram as carteiras de filiados e criticaram a senadora evangélica por sua posição contrária ao aborto e a união civil dos gays. Mentor político de Marina Silva, arcebispo de Porto Velho diz que falta nela um perfil presidencial.
Com palavras de ordem contra a pré-candidata ao Planalto, um grupo de militantes rasgou suas carteirinhas de filiação e articula o lançamento do Partido Livre, dedicado à defesa das minorias e de direitos individuais.
Eles afirmam que a entrada da senadora, evangélica, fez o PV abandonar causas históricas como a legalização do aborto e a união civil de homossexuais.
“Sofremos um estupro ideológico”, queixa-se a presidente do futuro partido, Rose Losacco. “Ajudei a fundar o PV e não posso admitir que joguem seu programa no lixo por causa das crenças de uma pessoa”, diz.
Para receber Marina, os verdes criaram uma cláusula de consciência que permite a filiados se opor a itens do estatuto do partido por convicções religiosas.
Avalista da ideia, o presidente do partido, José Luiz Penna, é o principal alvo dos rebeldes. “Ele parece o Fidel Castro, não sai nunca do poder. Está usando até aquele bonezinho verde”, ataca Rose. “Hoje o PV apoia todos os governos. Virou um partido de aluguel”.
No cargo desde 1999, Penna não quis comentar as críticas e a criação da nova legenda.
A dissidência promove hoje seu primeiro encontro nacional, em Belo Horizonte. Vai anunciar apoio a Dilma Rousseff, do PT. A justificativa é que ela apoiaria as causas renegadas por Marina.
Os dissidentes dizem ter “quase 100 mil” assinaturas, bem menos que as 468 mil exigidas para fundar um partido. Apesar disso, fazem planos ambiciosos. “Vamos mostrar que o Livre veio para mudar a história do Brasil”, promete o vice-presidente Carlos Taborda”.
O grupo ainda não atraiu políticos com mandato, mas sonha com o ministro Juca Ferreira (Cultura), que se licenciou do PV para apoiar Dilma. Ele já recusou o convite.
Por enquanto, o maior desafio é escapar da sigla PL, usada pelo antigo Partido Liberal (atual PR). “Queremos cair fora dessa coisa de rótulos. A gente se considera livre”, diz Rose.
Esta semana, o PV sofreu outra baixa em protesto contra Marina. O presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, decidiu trocar o partido pelo PT. Em abril, um vereador verde de Alfenas (MG) acusou a senadora de se recusar a receber uma bandeira arco-íris.
Arcebispo diz que falta perfil presidencial a Marina
Mentor político de Marina Silva, o arcebispo de Porto Velho, d. Moacyr Grechi, 74, considera a pré-candidata do PV frágil e sem o perfil de presidente da República.
“Não vejo nenhuma esperança de vitória. Falta nela o perfil de presidente. Mais que perfil, a capacidade de reagir a pressão de todo o gênero. Ela é muito frágil para aguentar”, disse.
Amigo da senadora desde 1974, quando se conheceram em Rio Branco, d. Moacyr afirmou à Folha que Marina tem pouco “jogo de cintura” e que sua fragilidade ficou comprovada quando ela dirigiu o Ministério do Meio Ambiente (2003-20008). “Ela vivia em uma angústia constante.”
As declarações de d. Moacyr Grechi, um dos expoentes da ala progressista da Igreja Católica no Brasil, não ficaram restritas à reportagem.
“Falei a ela: “Marina, te vejo melhor como senadora, porta-voz dessa problemática [ambiental], do que como candidata à Presidência, com pouquíssimo tempo para propaganda.”
Na campanha, num bloco total de 25 minutos, a presidenciável do PV terá só 1min03s de tempo no rádio e na TV.
Marina nutre carinho especial pelo arcebispo, segundo amigos, e o considera essencial para sua formação. Procurada, ela não quis comentar as declarações do religioso.
D. Moacyr diz que falta à amiga o “jogo de cintura” indispensável aos presidentes. “Marina tem dificuldade de fazer acordo onde estiver em jogo qualquer aspecto ético. Ela vai ter dificuldade pelas profundas convicções que tem, pessoais, éticas e até religiosas.”
Apesar das críticas, o arcebispo acredita que a pré-candidatura da senadora é positiva por elevar o nível do debate.
Marina iniciou-se na atividade política por movimentos de base da igreja, e d. Moacyr Grechi teve papel fundamental.
A senadora conheceu o religioso, que também a ajudou nos muitos tratamentos médicos que fez, dois anos antes de ser apresentada ao seringueiro Chico Mendes, outra grande referência da pré-candidata.
“Tornei-me uma espécie de símbolo, mas era um trabalho da igreja, que naquele contexto foi uma espécie de útero fecundo para todo movimento popular. Marina se comprometia muito”, conta d. Moacyr, que não tem filiação partidária.
Questionado pela Folha se votaria na amiga, que é evangélica, ele rebateu: “Voto é secreto. Nem para minha mãe, quando vinha no confessionário e perguntava em quem deveria votar, eu abria”.

Fonte: Folha de SP