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Células-tronco transformam ratos machucados em ‘super-heróis’, diz estudo

Transplante causou crescimento de 170% nos músculos dos receptores, e ganho se manteve por toda a vida

 

REUTERS

A injeção de células-tronco em camundongos machucados fez com que seus músculos atingissem o dobro do tamanho original em questão de poucos dias, criando roedores poderosos com músculos grandes e fortes que duraram o resto de suas vidas, informam pesquisadores americanos.

Se o mesmo valer para seres humanos, a descoberta poderá levar a tratamentos para doenças que causam deterioração muscular, como  distrofia.

Ela poderá até mesmo ajudar as pessoas a combater a erosão natural dos músculos que vem com o envelhecimento, disseram os autores do estudo, em artigo publicado na revistaScience Translational Medicine.

“Este foi um resultado muito interessante e inesperado”, disse um dos autores, Bradley Olwin, da Universidade  do Colorado em Boulder.

“Descobrimos que células-tronco transplantadas são alteradas de modo permanente e reduzem o envelhecimento do músculo transplantado, mantendo força e massa”.

A equipe de Olwin fez o experimento em camundongos jovens com ferimentos nas pernas, injetando neles células-tronco musculares extraídas de camundongos doadores.

Células-tronco têm a propriedade de renovar-se constantemente, formando outras células especializadas.

Essas células não apenas repararam os ferimentos, como fizeram o músculo tratado crescer 170%.

os cientistas acharam que a mudança seria temporária, mas ela durou por toda a vida dos animais, de cerca de dois anos.

“Quando os músculos foram examinados dois anos depois, descobrimos que o procedimento havia mudado de forma permanente as células transplantadas, tornando-as resistentes ao processo de envelhecimento do músculo”, disse ele.

Olwin e colegas disseram que a injeção das células em músculos saudáveis não gerou o mesmo efeito, o que sugere que há algo importante na associação das células-tronco com o ferimento que desencadeia o crescimento.

As descobertas encorajam estudos em humanos, mas Olwin lembra que o resultado espetacular foi obtido em camundongos, não em pessoas.

 

 

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Especialista em bioética da Inglaterra diz que a vida em si não tem nenhum valor

 

Hilary White

LONDRES, Inglaterra, 27 de outubro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Diferente do ouro e da platina, a vida não tem valor em si, um membro da Câmara dos Lordes e ativista do suicídio assistido disse num debate televisionado na semana passada. Os profissionais médicos precisam mudar suas atitudes para com o suicídio assistido, levar em consideração os desejos dos pacientes que pedem para morrer, disse a Baronesa Mary Warnock, conhecida na Inglaterra como a “rainha filósofa” da bioética.

“Não há justificativa moral que permita que as opiniões de juízes, advogados e médicos devam prevalecer sobre as opiniões do paciente [que expressou um desejo de morrer]”, disse ela.

“A missão dos médicos é ajudar as pessoas a fazer suas vidas melhores, não piores. Às vezes a morte é mais desejável do que a vida”.

Mary Warnock é conhecida como a principal especialista em bioética e defensora do suicídio assistido da Inglaterra. Ela recentemente comentou que a recusa de os médicos participarem de suicídios assistidos é “genuinamente perversa”. Seus livros incluem “Easeful Death: Is there a case for assisted dying?” (Morte Confortável: Dá para se Defender a Morte Assistida?) e “Making Babies: Is there a right to have children?” (Fazendo Bebês: Existe o Direito de Ter Filhos?).

Warnock disse que examinar a questão a partir exclusivamente da perspectiva do direito representa legalismo e trivializa a questão: “por trás da lei está um juízo moral”, disse ela.

Aqueles que argumentaram junto com Warnock em favor da petição do debate “O suicídio assistido deveria ser legalizado: os doentes terminais têm o direito legal de serem ajudados a acabar com suas vidas” incluíram Emily Jackson, professora de direito na Faculdade Londrina de Economia, e Debbie Purdy, a famosa ativista do suicídio assistido com esclerose múltipla. O debate foi organizado pela sociedade de debates Intelligence Squared, que realiza debates sobre assuntos de interesse público em todo o mundo.

Durante o debate, a prof.ª Emily Jackson citou pesquisas do estado americano de Oregon, e da Holanda, argumentando que os pacientes que pedem o suicídio assistido fazem tais pedidos por causa de uma “perda de autonomia, perda de dignidade ou perda das alegrias da vida”. Ela disse que cabe ao paciente decidir.

Jackson não mencionou estudos recentes que mostram que na Bélgica, onde a eutanásia é legal, até 30 por cento dos que são mortos por médicos não deram consentimento.

As afirmações de Jackson foram desafiadas pelo Lorde Alex Carlile QC, advogado e colega democrata liberal, que comentou que o direito e a prática na Holanda e na Bélgica tinham ainda de passar pela prova de um desafio de tribunal. Ele apontou para o fato de que com o suicídio assistido legalizado, os médicos teriam permissão de agir como juízes, e disse que não há “jeito aceitável” de legislar em favor do suicídio assistido.

Carlile, codiretor da entidade Vivendo e Morrendo Bem, disse que, se não temos a obrigação de confiar em pessoas de qualquer outra profissão ou emprego, não há motivo para termos confiança maior em médicos e “juízes de morte autonomeados”. Ele citou a Convenção Europeia de Direitos Humanos, dizendo que sob esse acordo, só é aceitável tirar a vida humana em defesa pessoal ou na guerra. De acordo com as definições legais da Convenção, o suicídio assistido constitui homicídio.

Chamada de “filósofa importante”, Mary Warnock, mais conhecida como baronesa Warnock, foi nomeada baronesa em 1985. Ela foi uma figura chave na criação da atual lei da Inglaterra sobre procriação artificial, a Lei de Fertilização Humana e Embriologia. Ela era membro da Comissão de Eutanásia da Câmara dos Lordes e forma parte de uma facção política influente que continua a fazer pressões em favor da legalização do suicídio assistido e da eutanásia.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

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Planeta similar à Terra é descoberto e tem potencial para conter vida

 

Detecção foi feita por equipe de astrônomos norte-americanos.
Astro está localizado a 20 anos-luz de distância do Sol.

Do G1, com agências internacionais

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Um astro com apenas três vezes a massa da Terra foi detectado a 20 anos-luz, orbitando uma estrela da constelação de Libra conhecida como Gliese 581, uma anã vermelha. Astrônomos da Universidade da Califórnia e da Carnegie Institution de Washington afirmam que o planeta é o primeiro a apresentar potencial real para conter vida.

A descoberta foi divulgada nesta quarta-feira (29) pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos. O astro, chamado Gliese 581g, fica em uma região na qual os astrônomos julgam que um planeta pode apresentar água líquida para formar oceanos, rios e lagos. No local, a distância da estrela permitiria um ambiente com clima ameno, nem tão frio, nem tão quente.

Terra similarA ilustração mostra um formato possível para o exoplaneta que orbita a estrela Gliese 581, a apenas 20 anos-luz de distância da Terra. (Crédito: AP / Zina Deretsky / National Foundation of Science)

A órbita do planeta ao redor da estrela Gliese 581 dura pouco mais de um mês terrestre, com as possíveis estações de ano durando apenas dias.

Não é o primeiro planeta a ser descoberto na "zona habitável" da estrela. Em 2007, um outro exoplaneta, localizado próximo a mesma estrela, foi catalogado, também com potencial para ser conter vida.