Cova coletiva mostra que cristãos foram mortos segurando suas cruzes, no Iraque

Restos mortais indicam que havia mulheres e crianças no grupo

         Cova coletiva mostra que cristãos foram mortos segurando suas cruzes

Uma cova coletiva, com os restos mortais de pelo menos quarenta cristãos foi encontrada em Mossul, Iraque. A região foi dominada pelo Estado Islâmico durante cerca de quatro anos e as execuções de “infiéis” foi amplamente documentada nesse período.

As Forças Populares de Mobilização, juntamente com tropas do exército iraquiana descobriram na região de Halila,  oeste de Mossul, um local onde estavam os corpos de cristãos sequestrados da região. Uma fonte da Igreja Ortodoxa Siríaca explica que há um grande número de pessoas dadas como desaparecidas na área, e que agora que a cidade está sendo reconstruída, vários corpos vem sendo descobertos.

“A maioria dos mortos foram jogadas em sepulturas coletivas rasas e enterrados juntos. É possível ver que havia  mulheres e crianças entre eles. Muitos tinham pequenas cruzes em suas mãos”, acrescentou a fonte.

Nos últimos meses foram encontraram dezenas de covas nas regiões antes dominadas pelos jihadistas. Além de cristãos, há mais de 70 túmulos de membros da minoria yazidi.

Mossul, a maior cidade iraquiana, possuía bairros cristãos e o clima era de relativa harmonia com a maioria muçulmana. Com a chegada dos extremistas do Estado Islâmico, que decretaram um “califado”, tomando parte do território de Síria e Iraque, ocorreu um verdadeiro genocídio. O número de cristãos mortos nesse período é incerto, mas está na casa da dezenas de milhares. Com informações de Iraqi News

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Cristãos no Iraque comemoram Páscoa em meio a escombros

Moradores das cidades cristãs na Planície de Nínive voltam a expressar sua fé livremente

                   Cristãos no Iraque comemoram Páscoa em meio a escombros

Foram mais de dois anos de exílio, após serem expulsos de suas casas pelo Estado Islâmico. Muitos viram seus amigos e parentes serem torturados e mortos por jihadistas, mas os cristãos do Iraque não estão dispostos a deixar o país sem testemunho cristão. Centenas deles puderam celebrar novamente a semana da Páscoa, que começou com missas e cultos no Domingo de Ramos.

Um vídeo filmado em Qaraqosh e divulgado nas redes sociais mostra os cristãos da cidade cultuando a Deus na catedral da cidade, parcialmente destruída pelos extremistas. O trabalho de reconstrução é lento e, na verdade, a maior parte da cidade ainda está em ruínas.

O material postado pela organização “Fraternité en Irak” no Facebook, é acompanhado do texto: “Na Catedral de Qaraqosh saqueada pelo ISIS, a alegria dos 2.500 cristãos da cidade que retornam hoje para a celebração do Domingo de Ramos! Depois de mais de dois anos de exílio, finalmente a esperança!”.

Quando Qaraqosh foi invadida pelo Estado Islâmico, em agosto de 2014, já ocorria o êxodo dos cristãos do país, enquanto dezenas de milhares de pessoas fugiam para não serem escravizados ou executados pelos terroristas. Grande parte saiu do país enquanto um grupo foi viver como refugiados em Erbil, capital do Curdistão iraquiano.

 Naquela cidade, os refugiados também deram início às comemorações da Semana Santa carregando uma grande cruz pelas ruas do bairro de Ankawa. Um líder cristão comentou que o sentimento é o mesmo em todas cidades cristãs libertadas da planície de Nínive.

O sacerdote complementou: “essas tentativas são um sinal ainda tímido, mas demonstram uma tenacidade de fé que se mistura com a esperança pascal de retornar para reconstruir nossas comunidades”.Com informações do Gospel Prime

https://www.youtube.com/watch?v=WbpNIkxmlpU

Estado Islâmico já destruiu 12 mil casas de cristãos no Iraque

Elas ficam localizadas nas aldeias cristãs na Planície de Nínive, sendo que em torno de 700 dessas habitações estão totalmente destruídas.

                Estado Islâmico já destruiu 12 mil casas de cristãos no Iraque

O Estado Islâmico tem espalhado o terror em muitos países, e não é diferente no Iraque. Já são aproximadamente 12 mil casas danificadas pelo grupo. Elas ficam localizadas nas aldeias cristãs na Planície de Nínive, sendo que em torno de 700 dessas habitações estão totalmente destruídas. Estas informações foram obtidas por meio de um estudo realizado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), em pesquisa com refugiados iraquianos.

De acordo com a AIS, 57% dos entrevistados relataram que as suas propriedades foram saqueadas, e 22% garantiram que as suas casas foram destruídas. 25% dos cristãos entrevistados tiveram seus documentos de identificação roubados pelos jihadistas.

Na pesquisa, ficou constatado que 41% dos refugiados desejam voltar para suas casas assim que for possível, contra 46% que não afirmaram essa certeza, mas avaliarão tal possibilidade.

No momento, estima-se que cerca de 90 mil cristãos provenientes da Planície de Nínive, expulsos desde agosto de 2014, estão vivendo na cidade de Erbil, Curdistão Iraquiano. A fundação AIS fornece apoio total com ajuda humanitária a cerca de 12 mil famílias.

A AIS informou, em comunicado enviado à Renascença, que está se colocando a disposição na reconstrução de aldeias e povoados da Planície, para que então, os cristãos possam regressar aos seus lares de origem.

Após a ofensiva do EI em toda região à volta da cidade de Mossul, incluindo a Planície de Nínive no Verão de 2014, os militantes do grupo terrorista estão agora prestes a serem derrotados pelas forças armadas do Iraque naquela cidade. Os territórios tradicionalmente cristãos da região estão assim novamente livres, mas muitos cristãos têm receio de retornar às suas casas ou, então, não retornam pois suas casas estão destruídas.

Guerra une cristãos de denominações distintas

No final de outubro de 2016, na região de Mosul, destruída pela guerra, cristãos se reuniram para orar enquanto foguetes continuavam a cair. Com o Estado Islâmico a menos de 100 km de distância, eles louvaram, choraram e adoraram a Deus. Pessoas de várias denominações – católicos, ortodoxos e evangélicos – deixaram as diferenças de lado para se unir num clamor pela paz.

O grupo foi liderado por uma equipe da Burn 24-7, missão norte-americana conhecida pelo ministério de intercessão. Liderados por Seun Feucht e sua esposa Kate, eles enviam equipes para várias partes do mundo que compartilham o amor de Jesus através do louvor. O nome remete ao compromisso de “queimar” [burn] diante do altar sem parar “24-7” [24 horas por dia/ 7 dias por semana].

A missionária Kelsie, que trabalha com a Burn 24-7 no Curdistão explica: “Nossa paixão é chamar cristãos de diferentes origens e denominações, para se unirem e passarem tempo juntos, adorando e exaltando Deus em sua cidade”. Ao mesmo tempo, “temos equipes saindo para evangelizar, compartilhar o amor de Jesus e orar pela cura dos doentes”, disse ela ao Christian Today.