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Ministério Público censura cartilha distribuída a professores com visão cristã da sexualidade

Profile photo of Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas– Gnoticias.com – em 1 de dezembro de 2014

Ministério Público censura cartilha distribuída a professores com visão cristã da sexualidadeO Ministério Público do Rio de Janeiro determinou a suspensão da distribuição de uma cartilha com conteúdo sobre sexualidade por considerá-la “homofóbica”.

O material produzido pela fundação católica Jérôme Lejeune e Comissão Nacional da Pastoral Familiar da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), vinha sendo distribuído a professores estaduais.

O pedido de retirada da cartilha foi feito por um grupo denominado Ilè Obà Òyó, que trabalha com pesquisas sobre diversidade para o programa de pós-graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

De acordo com informações do jornal O Globo, a cartilha chamada “Chaves para a bioética” defende preceitos que contrariam a “teoria de gênero”, seguindo a linha de pensamento adotada pela Igreja Católica, que define a homossexualidade como pecado e repudia a ideia de que o gênero (masculino ou feminino) deve ser autodeterminado pelo indivíduo a partir de sua orientação sexual (hetero, homossexual, bissexual, transgênero, etc.).

A censura do MP à cartilha se deu porque um dos textos anexo afirma que “a teoria de gênero subestima a realidade biológica do ser humano. Reducionista, supervaloriza a construção sociocultural da identidade sexual, opondo-a à natureza”.

Os pesquisadores do Ilè Obà Òyó que denunciaram a cartilha se queixaram de supostas ironias em algumas ilustrações sobre orientação sexual que existem no material.

O Ministério Público disse que a censura da cartilha visa “neutralizar qualquer conteúdo eminentemente religioso” nos materiais distribuídos na rede pública de ensino. A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação da Capital considerou “o conteúdo discriminatório (homofóbico e machista)” e determinou que seja feita uma campanha de esclarecimento sobre o assunto em toda a rede estadual, visando frisar “a necessidade de respeito a todos modelos familiares e orientações sexuais”.

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MP pede a retirada de testemunhos de ex-pais de santos do Youtube

O órgão afirma que tais vídeos violam os direitos humanos e deve ser organizados pelo Estado

por Leiliane Roberta Lopes

  • gospelprime

 

MP pede a retirada de testemunhos de ex-pais de santos do Youtube
MP pede a retirada de testemunhos de ex-pais de santos do Youtube

É normal encontrar em programas evangélicos da TV testemunhos de ex-pais de santos que se converteram. Muitos desses vídeos e até mesmo testemunhos gravados nas igrejas caem na internet e geram muita polêmica.

Por conta disto, Ministério Público Federal no Rio de Janeiro recomendou ao Google Brasil que retire pelo menos 15 desses vídeos alegando que eles promovem discriminação e a intolerância a religiões de matrizes africanas.

O MPF deu dez dias para que a empresa se pronuncie mostrando as providências que serão tomadas para o cumprimento da recomendação. Para o pedido o órgão afirmou que a “a liberdade de manifestação do pensamento não é um escudo para acobertar violações de direitos humanos”.

Ainda segundo o pedido o MPF afirmou que cabe ao Estado organizar o espaço onde ocorrem essas manifestações para que “sejam ponderados e harmonizados os direitos de quem se manifesta com aqueles de que eventualmente seja agredido pelo abuso das liberdades públicas”.

Um dos vídeos que podem ser retirados do Youtube é de um programa da TV Universal, quando ainda era IURD TV. O bispo Edir Macedo mostra um vídeo antigo onde ele expulsa demônios de um ex-pai de santo que o teria desafiado.

Em outro vídeo um bispo da IURD entrevista um homem endemoniado que tenta provar para uma frequentadora da igreja que não acredita na possessão e acaba sendo revelada.

Cultos pentecostais com testemunhos de ex-pais de santo também estão na denúncia, incluindo uma música do Pastor Melvin cantor pentecostal que fala contra trabalhos de macumba dizendo “O teu casamento não vai acabar/ Pisa na farofa, chuta este alguidar/
Pois não tem orixá nem/ A minha família é de Jeová”, diz trecho da canção.

O problema desses vídeos, segundo o procurador-regional dos Direitos dos Cidadãos, Jaime Mitropoulos, seria a “demonização de símbolos e ritos de outras religiões”.

“Para dar vazão a pregações, seus autores e divulgadores descambam para a demonização de símbolos, ritos e liturgias de outras religiões, vinculando-as, distorcidamente, a problemas de saúde, vícios, crimes praticados, atacando frontalmente a consciência religiosa de milhões de pessoas”, disse. Com informações Folha de SP.

 

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Após poluição, moradores pedem o fim de evento católico em represa

 

DIA DAS MÃES

Desde o ano passado, a Prefeitura de São Paulo realiza eventos oficiais num terreno de 35 mil metros quadrados em área de proteção permanente, às margens da Represa de Guarapiranga, no extremo sul da capital. A utilização da área para shows e celebrações de grande porte virou tema de inquérito do Ministério Público Estadual (MPE), que questiona obras de adequação na área, e também provoca mobilização de moradores vizinhos ao local. Eles reclamam de barulho, lixo e trânsito causados pelos eventos.

Desde o ano passado, o terreno, área de mananciais protegida desde 2002, é o principal palco das festas oficiais da Prefeitura na zona sul. Já abrigou comemorações de Natal e de aniversário da cidade, além de celebrações religiosas. No dia das mães, foi realizada no local a missa celebrada pelo Padre Marcelo Rossi com organização da São Paulo Turismo (SPTuris), à qual compareceram entre 3 mil e 5 mil pessoas. Cerca de 70 ônibus estavam estacionados ao longo da represa.

Os problemas na área começaram em dezembro, quando um aterro de 25 metros lineares foi realizado na beira da represa, e chamou a atenção da Polícia Militar Ambiental. “Eventos ali são condenáveis. Causam degradação unicamente pela reunião de milhares de pessoas em área de manancial”, avaliou o tenente Leandro Camargo Bauer, comandante do Batalhão de Polícia Ambiental da Guarapiranga. “A cada evento, ocorrem alterações ambientais.”

Moradores afirmam que, além de causarem transtornos por causa do barulho, os eventos deixam um “rastro de lixo”. “Já tirei sozinho da água latas, sacolas e outras tralhas que ficaram na represa”, relata o empresário Michel Tollmer, vizinho do terreno.

Temendo degradação, duas entidades de proteção, a ONG Fiscais da Natureza e a Sociedade de Benfeitores de Interlagos, vão procurar o MPE, cobrando o fim dos eventos no local. “Os ônibus estacionados derramam óleo na represa e as margens ficam cheias de lixo”, reclama a diretora da Fiscais da Natureza, Angela Alves, que noticiou a situação em dezembro à ouvidoria municipal.

Segundo a Subprefeitura de Capela do Socorro, os eventos no local são “pequenos”, nunca ultrapassaram 5 mil pessoas e, por isso, não trazem danos à represa. “Serve até para mostrar à população essa área isolada da cidade”, defende o subprefeito de Capela do Socorro, Valdir Ferreira.

Ainda assim, para definir diretrizes para realização de eventos no local, foi marcada uma reunião entre entidades, Subprefeitura e SPTuris, para buscar “impacto zero” de interferência no entorno. A Assessoria de Imprensa do padre Marcelo Rossi não foi localizada para comentar a localização escolhida.

Data: 10/5/2010
Fonte: Estadão