Grupo islâmico faz campanha na Europa: “O Messias chegou”

Outdoors com a mensagem estão sendo criticados por cristãos e judeus

          Grupo islâmico faz campanha na Europa: “O Messias chegou”

Para os cristãos, o Messias já veio e seu nome é Jesus Cristo. Os judeus ainda aguardam a sua vinda e alguns ramos do islamismo acreditam que ele virá na figura do Mahdi.

Por isso, causou surpresa e até revolta a campanha iniciada na Europa com a multiplicação de outdoors anunciando: “O Messias chegou”. A imagem é de Mirza Ghulam Ahmad, um líder islâmico nascido na Índia e que morreu em 1908.

Os membros da Ahmadiyya, considerada uma seita dentro do Islã, está patrocinando a divulgação de seus ideais, apostando no crescimento da comunidade muçulmana na Europa. As primeiras cidades a receberam os outdoors foram Londres (Inglaterra) e Glasgow (Escócia).

Eles dizem que pretendem ensinar sobre o “verdadeiro Islã”, slogan que também dá nome ao site dos Ahmadi em inglês.

A Autoridade de Padrões de Publicidade, responsável pela regulamentação de outdoors e assemelhados no Reino Unido, admitiu que está recebendo muitas queixas de cristãos e judeus. Também há muçulmanos pedindo que eles sejam retirados, alegando que é “enganador e ofensivo”, pois “não é consistente com os ensinamentos do Alcorão”.

Farooq Aftab, o porta-voz da campanha “Verdadeiro Islã” disse que era ‘crucial’ que os muçulmanos Ahmadi pudessem expressar suas crenças. Eles alegam que estão usufruindo de seu direito à liberdade religiosa.

O atual líder Ahmadi, chamado de califa, foi perseguido e precisou fugir do Paquistão para não ser morto. Foi morar em Londres em 1984 e ali montou a sede do grupo religioso. Eles afirmam que tem seguidores espalhados por todo o mundo.

Os Ahmadi acreditam que Jesus foi retirado da cruz ainda com vida e, posteriormente, curado de suas chagas, vindo finalmente a morrer na cidade de Caxemira com a idade de 120 anos onde existiria seu túmulo na cidade de Srinagar. Mirza Ghulam Ahmad, era a segunda vinda de Jesus, e servo do profeta Maomé. Com informações Christian Today

“Maior base militar do mundo” foi montada para atacar Israel, aponta relatório

 Irã e Hezbollah teriam 250 mil foguetes na Síria e no Líbano apontados para o Estado judeu

         “Maior base militar do mundo” foi montada para atacar Israel

Não é novidade que Irã e Hezbollah – grupo terrorista libanês financiado por Teerã – possuem foguetes apontados para Israel e repetem suas ameaças de tempos em tempos contribuindo para um clima de tensão constante no Oriente Médio.

Porém, um relatório de inteligência dos EUA, trazido à tona pelo deputado republicano Mike Gallagher confirma as ameaças. Aliado de Trump, Gallagher faz parte do Comitê de Serviços Armados do Congresso americano. Possui uma larga experiência na área de inteligência, tendo servido por sete anos como marine no Oriente Médio e no Norte da África.

“Os territórios que o Irã e o Hezbollah controlam no Líbano e na Síria formam a maior base militar do mundo no momento”, explicou o deputado em uma entrevista de rádio esta semana.

Disse também não ter dúvida que o maior perigo no Oriente Médio nos últimos seis anos foi o fortalecimento do eixo iraniano-russo. “Essa rede de ameaças avançou em todo o Oriente Médio. No território libanês, o Hezbollah transformou centenas de aldeias em fortalezas militares, preparando ‘escudos humanos’ que se tornarão vítimas caso Israel revide”, explica.

O político diz não acreditar que tanto armamento é para fins defensivos. “Eles possuem 180 mil foguetes e mísseis espalhados por todo o Líbano e 70 mil foguetes na Síria, tendo transformado a região fronteiriça [com Israel] efetivamente em uma base militar. São 250 mil foguetes ao todo, a grande maioria escondidos em áreas civis”, denuncia.

Ele lamenta que provavelmente muito desses mísseis foram adquiridos com o dinheiro dado ao Irã como parte do “acordo nuclear” assinado pelo ex-presidente Barack Obama.

“Acho que não estamos calculando adequadamente o custo desse conflito. Acredito que os israelenses não enfrentam uma ameaça como esta desde 1973, talvez seja a maior de sua história”, insiste. Gallagher acredita que o mundo deveria olhar para o que ocorre na Síria além da guerra civil.

Faz também um pedido: “Olhemos para as Colinas de Golã, considerando que o Hezbollah está tentando reivindicar esse território e usá-lo como ponto de acesso para um futuro ataque contra Israel por terra”.

O Hezbollah afirmou que a derrubada do caça F-16 na semana passada marcou o início de uma “nova fase estratégica” que impediria novos avanços israelenses sobre o espaço aéreo sírio. Obviamente a situação ali é complexa, com o governo de Assad tendo controle basicamente apenas na região de Damasco.

Parte do território da Síria é controlado pela Rússia, parte pelos iranianos, enquanto os Estados Unidos ainda retém posições e os curdos dominando a região na fronteira com o Iraque. Em meio a isso tudo, vários grupos extremistas ainda lutam e o exército da Turquia agora está tentando fincar sua bandeira, invadindo a região de Afrin.

Esse último acontecimento trouxe mais tensão à região, pois está prestes a contrapor os EUA – que apoiam os curdos – com as forças de Erdogan, que tratam a todos como seus inimigos. “Não podemos permitir que o eixo iraniano-russo se transforme em um eixo iraniano-russo-turco. Isso seria um desastre absoluto para nós”, ressaltou Gallagher.

Ele defende que haja um esforço internacional para impedir que o Irã estabeleça um corredor terrestre que ligue Teerã com Damasco, passando por Bagdá. “Neste momento eles lutam para consolidar essa trilha por terra. Acredito que devemos limitar com urgência todos os avanços do Irã e seus aliados na região”, encerra.

Muito do que o deputado americano está tornando público agora já é discutido em Israel há meses. O general Yaakov Amidror, que foi conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, falou recentemente que o Hezbollah prepara-se para uma “terceira Guerra” do Líbano com Israel. A primeira foi em 1982 e a segunda, em 2006, com duração de 34 dias.

Porém, as coisas são muito diferentes agora. O arsenal do Hezbollah, patrocinado pelo Irã, se multiplicou. Eles dizem ter cerca de 50.000 soldados, incluindo reservistas. Em setembro de 2017, um comandante do Hezbollah disse que havia mais de 10 mil soldados no sul da Síria, perto da fronteira de Israel, prontos para lutar.

Os analistas estimam que com o poder de fogo atual, entre 1.500 e 2.000 foguetes seriam disparados contra Israel diariamente em uma guerra. Um grande contraste com os cerca de 130 a 180 lançados por dia durante a Segundo Guerra do Líbano.

Como a maioria desses locais de lançamento são em aldeias de civis, todas as retaliações de Israel deixariam muitas vítimas, contribuindo para que a opinião mundial ficasse contra o Estado judeu, de modo semelhante ao que aconteceu na última guerra com Gaza, em 2014.

Além disso, os terroristas libaneses construíram uma grande rede de túneis na região da fronteira, onde podem ser escondidos misseis e servir como rota para uma invasão do território israelense. Com informações de Gospel Prime,God Reports e Jerusalém Post

Líder cristão lembra que perseguição pelos muçulmanos não começou com o Estado Islâmico

Bispo iraquiano aponta para 1400 anos de mortes e destruição em nome de Allah

          Perseguição pelos muçulmanos não começou com o Estado Islâmico

O fim do controle do Estado Islâmico sobre áreas da Síria e do Iraque não significa o fim do sofrimento dos cristãos no Oriente Médio. O arcebispo da Igreja Caldeia Bashar Warda, de Irbil, no Iraque, lembra que os muçulmanos sempre infligiram dura perseguição aos cristãos na região.

“Não experimentamos isso apenas nos últimos quatro anos, mas nos últimos 1400 anos”, disparou Warda durante sua palestra na Universidade de Georgetown em Washington. Ele foi o convidado do Centro Berkley Para a Religião, Paz & Assuntos Mundiais.

Ele acredita que os cristãos, em parte, também são culpados: “Não nos posicionamos duramente nos diversos períodos onde o terrorismo infligiu uma grande dor em nossos antepassados”, disse. Warda fez um apelo para que o cristianismo retorne a uma “visão pré-Constantina” da igreja, lembrando as palavras de Jesus pouco antes da sua crucificação: “Meu reino não é deste mundo”.

Falando sobre a sensação de derrota que os cristãos vêm sentindo desde que os jihadistas do Estado Islâmico começaram a exterminar todos os não-muçulmanos, reiterou que a perspectiva deveria ser “Quando não há nada a perder, é muito libertador”.

Porém, o arcebispo diz que, do ponto de vista humano, é necessário deixar claro que “Nos opomos a uma fé que se acha com o direito de matar os membros da outra. É preciso haver uma mudança e uma correção dentro do Islã”.

Em tom de desabafo, repreendeu quem repete o discurso que “o EI não representa o Islã”, pois os extremistas apenas expuseram ao mundo de forma gráfica o que muitos islâmicos pensam, embora muitas vezes não queriam admitir. “Para eles, sempre seremos vistos como infiéis”, destaca, lembrando que as mortes sempre foram feitas em nome de Allah, sendo impossível desassociar os atentados com a religião islâmica.

Subiu o tom ao dizer que, a partir de agora “nós [cristãos] não devemos ser tão passivos ou simplesmente rezar esperando que as coisas fiquem melhor”. Mostrou ainda ceticismo  quanto a reconstrução das aldeias destruídas pelas milícias islâmicas nos últimos anos.

Embora reconheça que muitas agências de socorro, órgãos ligados à ONU e até países tenham prometido ajuda, isso chega a conta-gotas. “Talvez no final de 2020”, a região finalmente verá os fundos prometidos serem aplicados, calcula.

Segundo estimativas, havia cerca de 1,5 milhão de cristãos no Iraque em 2003, quando os Estados Unidos começaram a Guerra do Iraque. Com a ascensão do Estado Islâmico, em 2014, a maioria fugiu. Hoje em dia, apenas 200 mil cristãos ainda permanecem no país.

Para Warda, isso deveria nos ajudar, como Igreja, a rever algumas perspectivas. “Temos um papel missionário, devemos dar testemunho da verdade de Cristo. Muitas pessoas fugiram, e poucos de nós ficaram, mas o número de apóstolos também era pequeno”, encerrou. Com informações de Aina