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Prefeitura do Rio suspende mostra com Virgem Maria nua e com órgão masculino

Direção de centro cultural diz que material ofende crença religiosa.

Virgem Maria nua com pênis. (Foto: Reprodução)

A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro decidiu suspender uma mostra ofensiva contra os católicos que trazia a Virgem Maria nau e com órgão masculino, além da inscrição: “Deus acima de tudo, gozando acima de todos”.

Denunciada pelo deputado estadual Márcio Gualberto, do PSL, a “exposição” recebeu muitas críticas por ser mais um caso de vilipêndio contra objetivo de culto.

Os autores são alunos e formandos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que incluem mais de 50 pessoas que foram convidadas para exporem obras e realizarem performances.

Segundo Gualberto, ele recebeu uma denúncia anônima sobre a exposição que classificou como uma “agressão desnecessária, injustificada e gratuita”.

“É uma agressão desnecessária, injustificada e gratuita. O autor foi muito infeliz. Peço a Deus que toque o coração e o faça compreender que não produziu uma obra de arte”, disse o parlamentar.

A prefeitura do Rio emitiu nota reafirmando “seu compromisso com o respeito constitucional à liberdade religiosa e a todas as crenças” e anunciando a suspensão da exibição do material.

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Coronavírus: evangélicos e católicos alteram cultos para evitar doença

Doenças tem primeiro caso confirmado no Brasil e mais 182 casos suspeitos.

Coronavírus no microscópio. (Foto: NIAID-RML/AP)

O surto de coronavírus que se espalhou pelo mundo está levando evangélicos e católicos a alterarem seus hábitos e cultos para evitar a doença.

É o caso do Vaticano, que pelo terceiro dia consecutivo teve eventos cancelados a pedido do papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica, que tenta evitar que um número muito grande de pessoas se reúnam.

Em missas, como na Paróquia São Conrado, o padre Marcos Belizário deu orientações sobre o coronavírus, além de disponibilizar álcool gel na entrada da paróquia, permitindo assim que os fiéis se higienizem antes de entrar.

Já na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, a orientação é para que os fiéis evitem dar as mãos na hora de cantar os louvores ou de trocarem abraços, beijos e apertos de mão.

Malafaia também deverá transmitir as recomendações sobre a doença nos seus cultos, principalmente depois da confirmação do primeiro paciente com a doença.

A Igreja Católica também orientou os fiéis a evitar o “abraço da paz” e dar as mãos depois que o coronavírus chegou ao país.

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Segredos sobre o papa Pio XII são revelados pelo Vaticano

O Vaticano abriu nesta segunda-feira, 2, os arquivos sobre o pontificado do papa Pio XII, acusado de se manter em silêncio durante o extermínio de 6 milhões de judeus no Holocausto, supostamente por ser um simpatizante do nazismo.

A partir de agora, os documentos, que se referem ao período do pontificado, de 1939 a 1958, estarão acessíveis a pesquisadores do mundo inteiro. A liberação ocorre um ano após o papa Francisco declarar que a “Igreja não tem medo da História”. A montanha de documentos se tornou acessível graças a um inventário elaborado por funcionários da Santa Sé durante 14 anos. Na mesma leva, também serão abertos, pela primeira vez, os arquivos do pós-guerra e da censura de escritores e padres inspirados pelo comunismo.

Os desafetos criticam Pio XII por nunca ter condenado publicamente a perseguição e o extermínio de judeus. Seus defensores dizem que bater de frente com a Alemanha colocaria em risco padres e freiras. Eles garantem que o papa incentivava discretamente que conventos e outras instituições católicas dessem abrigo aos perseguidos pelo nazismo.

“Agora, os historiadores poderão fazer um juízo histórico”, disse o bispo Sergio Pagano, diretor dos Arquivos Apostólicos do Vaticano. Segundo o bispo, os gestos de bondade de Pio XII “ofuscarão algumas pequenas sombras” de seu papado. A análise de milhões de páginas, no entanto, poderá levar anos.

Pio XII foi secretário de Estado do Vaticano no papado anterior, de Pio XI, e núncio apostólico na Alemanha – espécie de embaixador do Vaticano. Em 1933, ele negociou uma concordata entre a Igreja Católica e o governo alemão. Ele foi eleito papa seis meses antes do início da 2.ª Guerra. Na Santa Sé, ele manteve relações diplomáticas com o Terceiro Reich e nunca condenou a invasão nazista da Polônia, em 1.º de setembro de 1939.

Em sua biografia, o historiador britânico John Cornwell chama o pontífice de “papa de Hitler”, descrevendo Pio XII como “antissemita”, narcisista e determinado a “promover o poder do papado”. “Ele foi um peão de Hitler”, grifou Cornwell.

Em 2012, o Yad Vashem, o museu do Holocausto em Jerusalém, mudou a descrição de Pio XII em uma exposição sobre o papa de “não interveio” contra o extermínio de judeus para “não protestou publicamente”.

O novo texto reconheceu diferentes visões da posição do papa dizendo que o museu “aguarda com expectativa o dia em que os arquivos do Vaticano serão abertos aos pesquisadores para que se possa obter uma compreensão mais clara dos acontecimentos”. O dia, finalmente, chegou. Fonte: Associated Press.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.