A ARCA DA ALIANÇA

 

Muito se discute sobre a Arca. Alguns dizem que foi destruída no incêndio do templo, outros afirmam estar numa igreja localizada numa ilha em um lago na Etiópia e alguns acreditam estar escondida em algum monte em Israel, possivelmente o Nebo (no livro apócrifo II Macabeus 2.2-8). No entanto, uma outra história ocorreu em Jerusalém às 14:15h do dia 6 de Janeiro de 1982, numa caverna 7 metros abaixo do local da crucificação, no Calvário, e esta realmente com base bíblica e fundamento histórico. Passados cerca de 17 anos, foi revelado a nível internacional um fato mantido em segredo a pedido das autoridades judaicas em 1982, sendo divulgado naquela época apenas nos EUA.

Como é a Arca

Desejada por estadistas da antigüidade como símbolo de poder, a Arca foi tema de “Os Caçadores da Arca Perdida”, o primeiro filme da série Indiana Jones, filmado apenas alguns meses antes da real descoberta. Porém, é completamente diferente daquela apresentada no filme.

Em Êxodo 25.10-22 e 37.1-9 está a descrição completa da Arca da Aliança e da sua tampa, chamada de propiciatório ou “assento de misericórdia”.

É uma caixa de madeira de acácia coberta com ouro com aproximadamente 130 centímetros de comprimento e 80 centímetros de largura e altura, aberta apenas na parte superior. Para transportá-la, foram colocadas 4 argolas, uma em cada canto (parte inferior) e 2 varais de madeira de acácia cobertos com ouro passados por dentro das argolas.

A tampa, chamada de propiciatório, é totalmente feita em ouro puro e do mesmo tamanho da abertura da Arca. Em cada lado, nas extremidades, há um querubim feito de ouro batido de forma que ambos e o propiciatório formam um só objeto. As asas de cada querubim passam por cima do propiciatório e as suas faces, em cada extremidade, estão de frente olhando para o propiciatório. Moisés ouvia a voz de Deus vinda de uma nuvem que aparecia sobre o propiciatório (Levítico 16.2 e Números 7.89).

Nota-se que na arca do filme, as posições das argolas e dos querubins ajoelhados são bem diferentes da descrição bíblica!

A arca de “Os Caçadores da Arca Perdida”

A Arca no Templo e o seu desaparecimento

No Antigo Testamento, no capítulo 35 de II Crônicas a Arca da Aliança é mencionada pela última vez. Era por volta do ano 621 AC, 35 anos antes da invasão e destruição de Jerusalém em 586 AC pelos babilônios sob o comando do rei Nabucodonosor. Como o templo foi completamente destruído, não havia razão para crer que a Arca havia sido retirada antes. No entanto, em II Reis 24.13, 25.13-18 e Jeremias 52.17-23 está descrito em detalhes os artigos que os babilônios levaram da casa do rei Zedequias e do templo. As listas incluíam panelas e outros objetos menores que eram usados no templo, mas o mais valioso e mais significante de toda a mobília, a Arca da Aliança, não foi mencionado! Anos mais tarde, milhares de objetos foram devolvidos para serem colocados no novo templo (Esdras 1.7-11 e 6.5) e a Arca também não estava na lista. Tudo isto sugere que ela não foi levada para a Babilônia, tendo que ter sido retirada do templo entre os anos 621 e 586 AC.

O apócrifo Livro de Baruque tem uma segunda parte onde ele, criado de Jeremias, vê 4 anjos se levantando da cidade e em seguida um outro anjo que desce do céu dizendo que Deus o enviou para avisar que a Arca e os tesouros santos ficariam escondidos sob a terra até o último tempo do domínio dos gentios (estrangeiros) sobre Jerusalém, de forma que os inimigos de Israel nunca os achariam, sendo recuperados ao término desse tempo quando Jerusalém fosse restabelecida totalmente das mãos dos gentios (II Baruque 6.4-10). Ou seja, no futuro, após o domínio de 42 meses do anticristo, a Arca será retirada e colocada no Templo Celestial (Apocalipse 11.19). Com o passar dos séculos se cumpriram as palavras do profeta Jeremias sobre a Arca: O povo judeu a esqueceu, nunca mais se interessou por ela e a Nova Aliança, o Senhor Jesus sentado no Trono, a substituirá no Novo Templo do Reino de Deus (Jeremias 3.16-17).

Há vários registros e histórias diferentes relativas ao destino da Arca. A maioria foi escrita muito tempo depois da Arca desaparecer e a maior parte baseada não nas Escrituras Sagradas ou em pergaminhos históricos mas em lendas. Alguma dessas histórias poderá ser usada futuramente pelo anticristo para enganar os judeus podendo até lhes apresentar uma réplica da Arca (existem algumas na Etiópia) como sendo a verdadeira, colocando-se como o substituto da velha aliança.

A invasão da cidade

“E sucedeu que, ao nono ano do seu reinado, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém com todo o seu exército, e se acampou contra ela; levantaram contra ela tranqueiras em redor. E a cidade ficou sitiada até o décimo primeiro ano do rei Zedequias. Aos nove do quarto mês, a cidade se via tão apertada pela fome que não havia mais pão para o povo da terra. Então a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta entre os dois muros, a qual estava junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo caminho da Campina.” II Reis 25.1-4

As tranqueiras eram comumente usadas na antiguidade para render os habitantes da cidade sitiada impedindo a entrada de alimentos. Eram construídas a uma determinada distância (300 metros ou mais) para a própria segurança dos invasores principalmente no caso de haver necessidade de incendiar a cidade.

O cerco durou aproximadamente um ano antes da cidade ser finalmente invadida. Zedequias (rei de Judá) e os soldados judeus fugiram por um caminho que passava entre os muros sendo que o rei foi perseguido e alcançado nas campinas de Jericó, mas os soldados escaparam. Isto foi no dia 9 de Av no calendário judeu.

A História Completa da Descoberta

Em 1978, após descobrir algumas rodas dos carros egípcios no Mar Vermelho, o arqueólogo Ronald Wyatt retornou a Jerusalém em decorrência das fortes queimaduras de sol que adquiriu na praia de Nuweiba, no Egito. Hospedado em um hotel e desapontado com o cancelamento da expedição, Wyatt descansava suas pernas inchadas pelas queimaduras até quando teve condições de caminhar pela vizinhança do muro norte da cidade velha.

Enquanto conversava com um profissional em antigüidades romanas, pararam em uma pedreira antiga conhecida como “Escarpa do Calvário”, e apontou para um local que é usado para entulhar lixo. Repentinamente disse: “Esta é a Gruta de Jeremias e a Arca da Aliança está lá”. Wyatt, que nunca se interessou pela procura da Arca, espantou-se com as suas próprias palavras! O homem que o acompanhava ficou entusiasmado prometendo-lhe obter permissão por escrito para escavar e, além disso, receber hospedagem e comida gratuitamente. Mas ele recusou temporariamente a oferta retornando para sua casa no Tennessee, EUA, iniciando um sério estudo sobre o maior tesouro da antigüidade.

Estudo sobre o destino da Arca

Wyatt tirou várias conclusões: A Arca não poderia ter sido levada para a Babilônia, de acordo com as referências bíblicas. Deveria ter sido escondida algum dia entre o ano 621 (18º ano do reinado de Josias) e 586 AC, quando os babilônios invadiram a cidade e o templo foi destruído. Finalmente, a Arca deveria ter sido escondida entre as tranqueiras babilônias e o muro da cidade pois ninguém em Jerusalém pôde sair, considerando que a cidade havia sido totalmente destruída e que era altamente improvável que a Arca estivesse escondida nela. Todos estes pontos emparelharam perfeitamente com a área que Wyatt havia apontado e identificado como sendo a Gruta de Jeremias. O lugar estava exatamente entre o muro e as tranqueiras. Isto era o suficiente para ele voltar a Jerusalém e iniciar a escavação.

Localização da Arca durante o cerco babilônio

Nova permissão para escavar

Em Jerusalém, Wyatt logo descobriu que não era tão fácil obter uma licença para escavar. O profissional de antigüidades romanas que havia lhe prometido a permissão por escrito, não pôde fazer assim. Wyatt tinha trabalhado por muitos anos em vários locais arqueológicos mas tudo feito reservadamente pois ele não era um arqueólogo profissional e isto dificultou a situação. Ele pediu uma licença e esperou três longas semanas. Enquanto isso, ele e sua pequena equipe viajaram para Ashkelon na costa oeste de Israel.

Enquanto nadavam no Mar Mediterrâneo, Wyatt esbarrou com os pés em algo na água. Ao verificar o que era, achou uma antiga e grande panela de pedra e continuando a observar na área descobriu vários destes jarros. Cada um estava cuidadosamente lacrado mantendo o seu interior intacto. Quebrando um dos jarros, achou restos de ossos humanos. Ficou evidente que eram panelas ossuárias antigas.

Wyatt as entregou imediatamente ao pessoal do Departamento de Antigüidades que ficou grandemente entusiasmado ao identificá-las como panelas ossuárias Canaãnitas! Um outro arqueólogo já as tinha procurado anteriormente em toda a praia porém sem sucesso. Ninguém pensou em procurá-las por alguns metros dentro do mar!

Para Wyatt estes achados não eram tão significantes quanto as outras descobertas que ele havia feito, mas como resultado deste achado foi-lhe concedido imediatamente uma licença para escavar em Jerusalém. Sem dúvida, foi uma providência divina! Ainda mais que algumas resoluções da ONU proibiam escavações arqueológicas em territórios ocupados por israelenses desde 1967.

O local da escavação

Os 3 dos mais famosos montes na área de Jerusalém são Sião, Moriá e o monte das Oliveiras. Embora seja construída sobre o Sião e o Moriá, a cidade velha normalmente é referida na Bíblia como “Sião”.

Os montes onde a velha Jerusalém foi edificada.

O Moriá foi o local onde Davi ergueu um altar depois de ver o anjo que se levantava pronto para destruir a cidade e onde Salomão construiu o templo. De acordo com o livro de Gênesis havia outro evento significante e histórico que acontecera ali: o sacrifício de Isaque, que foi substituído por um carneiro.

Hoje o grande Domo da Rocha está neste local onde o primeiro e o segundo templos estavam anteriormente, onde Abraão tinha erguido um altar para sacrificar Isaque. Com grande alívio ele descobriu que não era o seu filho o escolhido para morrer pela humanidade e além disso, neste mesmo monte, Deus proveria o verdadeiro sacrifício (Gênesis 22.14).

No lado leste, sul e oeste de Jerusalém há vales fundos que proporcionaram excelente proteção para a cidade contra ataques inimigos. A parte norte era muito vulnerável. Uma parte do Moriá foi cortada para que os inimigos não atacassem pelo muro norte ao nível do solo. Esta parte também foi usada como pedreira e o primeiro livro de Reis relata que Salomão usou pedras de uma pedreira para construir o Primeiro Templo e provavelmente próxima. A parte norte do Monte Moriá está separado da cidade e ficou conhecida como “Monte da Caveira” (Monte Calvário) por causa da face do precipício chamada de “Escarpa do Calvário” que fica de frente para o muro norte. A área na frente da escarpa é a que Wyatt identificou estar a gruta de Jeremias.

Localização da “Escarpa do Calvário” em frente ao muro norte

Durante anos Jerusalém foi destruída e reconstruída. Era normal construir a cidade nova sobre os restos da velha. Por isso hoje há restos de várias cidades, um em cima do outro, na mesma área. Assim, para localizar o nível do solo original nesta região do Moriá ele teve que cavar diretamente para baixo pelo lado da face do precipício.

O primeiro problema

Era janeiro de 1979 e havia nevado um pouco na área revirando a lama. Além disto, o local estava cheio de lixo e emanava um odor terrível que incomodou-lhes muito no início da escavação. Em pouco tempo descobriram que o local tinha uma enorme pedra subterrânea com um pedaço que saía do monte dificultando a escavação para baixo. A equipe era composta por apenas 3 pessoas na época, Ronald Wyatt e seus dois filhos Danny e Ronny que já tinham-no acompanhado anteriormente em várias viagens arqueológicas. Por causa da grande pedra eles decidiram começar cavando alguns metros à direita.

Entrada da escavação

O local da crucificação no Gólgota

A forma de crânio na escarpa levou muitos a crerem que esta parte separada do monte Moriá seria o lugar onde Jesus foi crucificado. O local de crucificação era fora dos muros da cidade e era chamado “O Lugar da Caveira” ou Gólgota (Mateus 27.33, Marcos 15.22, Lucas 23.33 e João 19.17). A Bíblia não menciona “um Monte Calvário” mas “Lugar da Caveira”. Até hoje a forma enorme de um crânio pode ser vista na face sul da escarpa, embora a face do precipício tenha ganho pouco interesse antes do 18º século. Atualmente há um terminal rodoviário no local da escavação. Abaixo, fotos de 1870 até 2003.

A face do precipício: “Gólgota” (em aramaico), “Caveira” (em grego) ou “Calvário” (em latim)

Os olhos, o nariz e a boca da caveira

Na década de 80

Em meados dos anos 90

Em 2003 durante a construção do terminal rodoviário

O “Lugar da Caveira” visto do Muro Norte de onde a crucificação podia ser observada

Otto Thenius, um alemão, chegou à conclusão em 1842, que este era o local da crucificação. Também houve várias visitas dos americanos que tiveram a mesma conclusão: Rufus Anderson (1845), Fisher Howe (1853), Charles Robinson (1867) e Selah Merill (1845) junto com o inglês Henry Tristam (1858) e o famoso francês Ernest Renan, autor de “Vie de Jèsus” (1863) (“The Weekend That Changed the World“, Peter Walker, 1999, página 113).

Esta escarpa está próxima ao Portão de Damasco que era o principal para entrar e sair da cidade onde havia uma estrada movimentada no tempo de Jesus. Marco Fabio Quintiliano, professor de Latim e escritor romano, registrou que crucificavam criminosos próximo das estradas para que muitos, por causa daquele castigo, temessem a prática do crime. Segundo os judeus de Sefardic este precipício também foi um local de apedrejamento, também conhecido como Mishnah.

Em Gênesis 22.14 também afirma que no monte Moriá Deus proveria o sacrifício do verdadeiro cordeiro, o Messias. Este precipício está na parte norte do monte.

A Tumba de Jesus

“No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e nesse jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto.” João 19.41

Realmente há uma tumba, descoberta em 1857, no lado ocidental da escarpa, aproximadamente 200 metros da face do precipício e é exatamente como está definida em Lucas 23.53. A Inglaterra comprou a área que até hoje pertence a uma associação inglesa. Também no local foram descobertas várias cisternas de água onde a maior tem aproximadamente 900 mil litros. Em 1942 foi descoberto um lagar antigo, evidenciando que já houve uma vinha ali. Wyatt iniciou as escavações na região entre a face do precipício e a tumba.


Vista aérea do local

Os Nichos

Wyatt e seus dois filhos começaram cavando diretamente para baixo da face do precipício, paralela a esta. Ao mesmo tempo que removiam vários baldes de pedra e terra eles tiveram que seguir as exigências do Departamento de Antigüidades peneirando tudo para não perder qualquer tipo de artefato. Como eles cavaram para baixo, encontraram 3 nichos cortados como “estantes” na parede do precipício. Alguns arqueólogos já haviam descoberto nichos romanos semelhantes, assim Wyatt reconheceu imediatamente para que serviram.

Os nichos ficam abaixo da “boca da caveira”

Nos tempos romanos era comum usar nichos para apoiar grandes placas sinalizadoras. As placas eram feitas de tábuas de madeira cobertas com gesso e eram usadas para fazer notificações. Como estes nichos estavam na parede do precipício e Jesus havia sido executado no estilo romano, era extremamente provável que os 3 nichos foram usados para apoiar cada uma das 3 placas da acusação escritas em três idiomas diferentes (João 19.19-20). Wyatt suspeitou que os 3 nichos descobertos eram seguramente das placas romanas que identificavam “o criminoso”. As suas conclusões seriam confirmadas a seguir.

Uso dos 3 nichos para fixar as placas

Simulação no local no tempo das escavações

O placa mais alta foi fixada abaixo da “boca” da caveira.

A Cisterna

As paredes do local onde estavam escavando começaram a parecer instáveis assim passaram a escavar no local onde Wyatt havia apontado primeiramente. Ele achou que havia bastante espaço para cavar atrás da pedra subterrânea que anteriormente foi um obstáculo, assim começou a escavar entre a pedra e a parede do precipício. Agora a pedra formava um “teto” semelhante a uma marquise.

A uns 11,5 metros abaixo do nível do solo encontraram o antigo chão do local, o ponto mais baixo. Depois de remover cuidadosamente os escombros, eles acharam uma câmara com um diâmetro de aproximadamente 4,5 metros. Havia degraus em espiral na parede e mais acima um buraco. Era a evidência que a câmara deve ter sido transformada em uma cisterna. No buraco teria uma corda que desceria um balde para coletar água ou talvez grãos.

Ao cinzelar através do emboço usado como enchimento para moldar a cisterna, ele achou vários fragmentos de cerâmica e os levou até as duas casas de antigüidades da cidade para avaliação. Nelas o informaram que alguns datavam do tempo dos Jebusitas, antes de David ter tomado Sião e declarado Jerusalém a capital de Israel, mas as amostras mais recentes eram do período romano. Assim a câmara deve ter sido emboçada e transformada durante a era romana.

O local de apedrejamento

Com o achado dos fragmentos de cerâmica e das moedas, conseguiram então encontrar o nível do solo da época. Neste momento eles começaram a cavar horizontalmente um túnel ao longo da parede do precipício, até o local onde eles tinham iniciado as escavações. O propósito era achar uma entrada de uma caverna ou escavar até a parte subterrânea da face do precipício. Mas o que eles encontraram foi a evidência da violência que era cometida ali. Um metro acima da extremidade da cisterna terminava a fundação. Cavando diretamente um metro abaixo, Wyatt achou várias pedras do tamanho de um punho, e entre elas achou também ossos humanos, particularmente ossos de dedo. As muitas pedras incomuns e ossos espalhados mostraram claramente que o local não foi uma sepultura, e concluiu que poderia ter sido o local de apedrejamento descrito no livro de Atos 7.57-58, onde descreve o apedrejamento de Estevão.

O buraco da cruz

Wyatt continuou escavando em direção ao local inicial da escavação quando encontrou a fundação de uma edificação antiga, presa à face do precipício. Era uma pedra lisa prolongada de uma das paredes parecendo um altar. Alguém poderia tê-la usado como um “memorial”, mas para quê? Havia pouco espaço na frente da pedra horizontal e Wyatt notara que estava coberta com calcário. Era tão incomum e tão simétrica que certamente fora cortada pelo homem e Wyatt a inspecionou mais intimamente. Erguendo-a ficou surpreso ao descobrir que estava cobrindo um buraco quadrado cinzelado na base da pedra. O lugar parecia ter estado intacto por vários anos e havia muita sujeira e escombros ao redor que escondiam o buraco. Ao remover tudo isso, viu uma rachadura no chão saindo daquele buraco. Era uma plataforma, como uma borda, estendida dois metros e meio na frente da face do precipício e era nesta borda que o buraco quadrado fora cinzelado. Na área da frente da borda ele achou outros três furos quadrados cinzelados no chão de pedra da mesma maneira como o primeiro. Os lados dos buracos tinham aproximadamente 30 a 33 centímetros. As medidas de Wyatt mostraram que o primeiro buraco com a rachadura localizava-se 4,2 metros diretamente abaixo dos três nichos. A sua teoria de que estes nichos poderiam ter sido usados para sustentar placas que descreviam a natureza do crime era agora confirmado pela localização dos buracos. Eram nitidamente buracos de cruz. As circunstâncias que levaram Wyatt a começar cavando ali e a sua confiança de que Deus estava lhe dando uma direção, o fez crer que o primeiro buraco com a rachadura poderia muito bem ter fixado a cruz de Cristo.

Mas não foi só isso que o levou a esta conclusão. A fundação da estrutura indicava que a área inteira havia sido coberta em um certo tempo. Poderiam cristãos terem erguido uma edificação ali em memória do que havia acontecido? O modo com que a estrutura foi construída ao redor do buraco e alguém ter colocado uma pedra em cima do buraco quadrado, fortalecia a sua convicção de que aquele era o buraco que de fato fixou a cruz de Jesus. A rachadura do buraco da cruz era típica de um terremoto. Não haviam marcas que caracterizasse o uso de martelo ou cinzela, então tinha que ter sido natural. Mateus afirmou que houve um terremoto quando Jesus estava na cruz: “… a terra tremeu, fenderam-se as rochas;” (Mateus 27.51). O buraco tinha uma profundidade de 59 centímetros. A rachadura do buraco era ainda mais profunda, mas naquele momento Wyatt ainda não havia medido a sua profundidade. Após um ano ele descobriu que ela tinha aproximadamente 6 metros abaixo do chão.

A fenda tem 6 metros de descida

Há diversas fendas de terremotos no Calvário

Datando a edifícação

Wyatt e sua equipe acharam moedas que possibilitavam datar a edificação. Uma das moedas tinha a inscrição de Tibério, imperador que governou Roma entre os anos 14 e 37. Nenhuma moeda de datas anteriores foi achada, mas haviam outras que datavam do ano 135. A partir destas evidências, Wyatt calculou que a edificação foi erguida entre o tempo da crucificação e o ano 135. O lugar foi construído provavelmente depois que o imperador Tito destruiu Jerusalém em 70. Desde o tempo da crucificação até a destruição da cidade, este local provavelmente ainda estava sendo usado. No livro “Guerras dos judeus”, Livro V, Capítulo XI, parágrafo I do historiador Josefus, é narrado que cerca de 500 homens foram crucificados diariamente em Jerusalém no período de Tito. Isto teria tornado quase impossível para os cristãos construírem qualquer memorial no local até então. Quando Jerusalém foi totalmente destruída pelos romanos em 70, a crucificação em massa terminou, e a maioria dos judeus foram mortos ou vendidos como escravos. A cidade que era tão magnífica, e que havia experimentado sua segunda destruição por completo, foi reduzida a um acampamento romano. O segundo templo que tinha sido construído no mesmo local do templo de Salomão ficou totalmente em ruínas (Mateus 24.1-2) e a mobília dourada foi roubada. Umas oitocentas guarnições romanas ficaram estacionadas no acampamento para assegurar que ninguém tentasse reconstruir a cidade novamente. Os cristãos tinham sobrevivido à destruição de Jerusalém por terem sido advertidos por Jesus, quando exatamente deveriam deixar a cidade. Enquanto Jesus estava vivo, havia lhes contado que a cidade seria destruída, e lhes deu um sinal que indicava quando fugir e evitar a morte pela invasão do exército inimigo (Lucas 19.43-44).

Quando o imperador romano Hadrian chegou para reconstruir a cidade no ano 130, ele se mostrou tolerante para com os cristãos. Aos judeus porém, não lhes foi permitido pisar na cidade. O imperador chamou a nova cidade que construíra de “Aelia Capitolina”. Os judeus que voltaram para a Judéia se revoltaram contra ele, resultando na morte de meio milhão de judeus. Como a moeda mais recente encontrada era do ano 135, possivelmente os cristãos perceberam que era a chance de levantar a edificação após a destruição de Jerusalém quando o Cristianismo foi tolerado pelos romanos, que lhes permitiram acessar essas áreas. A ausência de qualquer moeda com data após 135 indica que o local poderia ter sido abandonado nos anos seguintes. A condição dos restos da edificação indicavam que não foi destruída, mas abandonada e deteriorada naturalmente. Com o passar dos anos a área foi coberta por terra e escombros.

A lápide

A construção era muito simples. Protraindo da parede traseira estavam duas paredes externas perpendiculares. Como eles continuaram cavando na procura da outra parede, acharam uma pedra cortada de quase 60 centímetros de espessura. A maior parte estava coberta por terra e escombros, mas uma seção exposta apresentou-se arredondada, como um tampo de mesa redonda. Como era enorme não tentaram descobri-la. Wyatt pensou se esta seria a pedra que José de Arimatéia rolou para fechar a tumba de Jesus (Mateus 27.59-60). A maior lápide encontrada por ele tinha 1,7 metros de diâmetro, mas esta arredondada era muito maior. Depois de alguns anos que ele descobriu, pela ajuda de um radar, que a pedra tinha um diâmetro de um pouco mais de 4 metros. Como a pedra redonda foi posta dentro da antiga estrutura, era provável que os cristãos que fizeram este memorial, tinham incorporado outros objetos relativo a Jesus, como parte da construção. Isto explicaria por que a pedra havia sido levada para longe da tumba sendo colocada próxima dos buracos das cruzes.

Porta da tumba e o chão onde rolava a pedra

A pedra circular rolava até tampar a porta da tumba

Simulação de como a pedra seria usada na época

Um Grande Sistema de Cavernas

Quase dois anos haviam se passado desde que Wyatt e seus dois filhos começaram a escavar, e ainda não tinham achado qualquer sistema de caverna ou túneis escondidos. Embora Wyatt tivesse achado vários artefatos de grande significância, não eram exatamente o que estava procurando: a Arca da Aliança. O trabalho estava parado, havia gastos e tinha que continuar com a escavação. Wyatt relata:

“Sabia que havia cavernas porque mel de abelhas estava saindo das rachaduras, e elas voando para dentro. Assim seus ninhos estariam lá. De qualquer modo, meu filho mais jovem disse: ‘Papai, você orou por isto?’, respondi, ‘Sim. Eu deveria ter orado com meus filhos’. Nós olhamos para trás e vimos erros que cometemos, mas ele questionou: ‘Oramos à noite e pela manhã, mas deveria ter pedido direito.’ De qualquer maneira, ele disse: ‘Você orou por isto?’, e respondi, ‘Sim’. Ele disse: ‘Você indicaria o que é melhor se fazer?’. Disse-lhe, ‘Sim. eu suponho ter que penetrar direto naquele precipício’. E ele disse, ‘Bem, façamos isto’. E eu disse, ‘De modo algum! Isso é estupidez! Eu não vou fazer isso’. Assim trabalhamos durante três ou quatro dias a mais e estávamos para partir no dia seguinte. Meu filho mais velho estava triste comigo e estávamos passando as ferramentas para meu filho mais novo guardá-las, e o mais velho, que é uma pessoa bastante calada, disse-me: ‘Papai, você orou sobre isto?’, respondi ‘Certamente, eu orei’. Ele disse: ‘Bem?’ eu disse, ‘Fui orientado para quebrar naquele precipício mesmo’. E ele disse, ‘Bem, façamos!’. E eu disse, ‘Não! Isso é estupidez! Eu não baterei minha cabeça contra um precipício!’ Ele disse, ‘Bem, papai, perdoe-me por falar assim, mas eu o vi fazer coisas mais estúpidas!’ Eu disse, ‘OK… Diga para Ronny devolver as ferramentas…’.

Agora se você olhar cuidadosamente verá uma rachadura aqui mesmo. Não é muito mas é uma linha de falha daquela rocha. Assim nos movemos uns 46 centímetros para este lado, levamos nossos martelos e cinzéis e começamos marcando a rocha para cima e para baixo, e para cima e para baixo. Finalmente um grande pedaço grosso estourou para fora. Nós o empurramos para o lado e olhamos o fundo. Havia um pequeno buraco escuro sobre aquele pedaço retirado (Wyatt indica o pequeno buraco com seus dedos). Não vi nada prometedor. Pedi ao meu filho a lanterna, e sentamos onde eles poderiam ver. Dava em um túnel. Assim coloquei a lanterna naquele buraco e havia uma grande câmara de caverna. Não nos levou muito tempo para aumentar o buraco o bastante para poder entrar. Pensei que a Arca da Aliança estivesse ali mesma. Não estava… Assim, como tivemos que partir na manhã seguinte, tampamos aquele buraco. Voltando para o nível do solo, fechamos o buraco. Com tudo estando arrumado ninguém poderia saber onde havíamos estado. Eu tive que ir para casa, trabalhar e economizar mais um pouco e retornar…” (Ronald Wyatt, Zedekiah’s Cave, Dezembro de 1997)

A Chocante Descoberta

Na viagem seguinte, descobriram que esta caverna conduzia a um outro sistema de cavernas e túneis muito maior. Nem todos os túneis eram conectados um ao outro, e gastaram várias horas cinzelando paredes de pedra encontrando mais túneis e cavernas. Este sistema de caverna parecia completamente intacto de mãos humanas. Era dezembro de 1981, o inverno estava frio em Jerusalém, e Wyatt e seus dois filhos ficaram doentes. Ele estava profundamente confiante que Deus o permitiria achar a Arca naquela viagem. Ele havia recebido várias respostas para a oração que o levava a esta conclusão, mas agora por causa da doença, começaram a desanimar. Wyatt relata:

“Meus dois filhos tinham ficado muito doentes em 1982. Eu enviei um deles para casa na véspera de Natal, e o outro na véspera do ano novo. Eu devia 300 dólares ao hotel, e não tinha dinheiro para nada. Havia um árabe que nos deixou comer em seu restaurante. Aquela gente é humilhante para mim. Havia coisas com as quais não me sentia confortável, e estava experimentando várias delas naquela viagem. Eu decidi que iria achar a Arca da Aliança ou morrer no buraco. Isso podia parecer um pouco melodramático, mas estava humilhado. Não podia pagar a conta do hotel, estando bastante ‘morto’ numa situação como aquela…

De qualquer maneira, o pequeno árabe que estava nos deixando comer no restaurante, era um homem adulto mas tinha aproximadamente esta altura (disse apontando à altura do seu tórax). Então, para nós, ele passaria pelo sistema de caverna, rastejaria nas câmaras e lhe daríamos uma lanterna, e ele iluminaria ao redor e espiaria para ver se parecia haver alguma coisa lá. E assim nós o fizemos repetidas vezes e chegamos a um outro buraco. Eu lhes digo que não acreditariam por onde havíamos entrado naquela caverna. Quantos de vocês alguma vez estiveram dentro de uma caverna grande com túneis e câmaras e tudo o mais? OK, vocês sabem o que eu estou dizendo. Nós há pouco tínhamos passado por toda parte daquele lugar, para cima, abaixo, níveis diferentes, e neste momento nós tínhamos abaixado aproximadamente 14 metros, e então voltamos para cima, e este buraco estava na parede, sobre aquele grande ao redor (ele faz um círculo de aproximadamente 20 cm com as mãos), e havia uma estalactite pendurada no meio disto. Era a única estalactite que tinha visto na caverna que não era esta pequena (ele mostra com os dedos o tamanho de cerca de 10 cm). A outra era grande e eu a tenho em minha coleção de objetos.

Assim eu a rompi, fiz um buraco grande o bastante para ele entrar, e assim foi rastejando para dentro, e lhe dei a lanterna para que ele pudesse fazer o mesmo que estávamos fazendo há vários dias. Ele retornou apressadamente, os olhos dele estavam tão arregalados quanto olhos humanos podem ficar e disse, ‘O que tem lá? O que tem lá? Eu não voltarei lá!’ E disse-lhe, ‘Bem, o que viu?’ Ele disse, ‘Não vi nada’ Então pensei, ‘Bem, OK. Agora entrou em lugares mais apertados e por isso havia respondido daquele jeito’. Assim, eu peguei este pequeno feixe de luz, e vocês sabem que é um lugar muito escuro aqui, e pensei, ‘Isso é um terror Divino’, vocês sabem que isso é um terror sobrenatural. Assim calculei que era aonde a Arca da Aliança está, ou o caminho para chegar até ela, um ou o outro. E Deus não quer que este colega saiba onde está. De qualquer maneira, ele há pouco disse, ‘Tenho que sair daqui!’, e saiu. Assim aumentei o buraco o bastante para poder entrar, entrei lá e, gente, estava cheio de pedras. Maior que estas aqui. Até a altura de cerca de 45 cm do teto. Se este moço não tivesse ficado aterrorizado e saído apressadamente como fez, eu não teria entrado naquele lugar…

De qualquer maneira, com a lanterna rastejei até lá, ao redor e por cima das pedras, e iluminei para baixo entre as rachaduras da pedra, e nessa superfície plana uma coisa dourada refletiu atrás de mim. Assim movi por cima das pedras e iluminei para baixo por outra rachadura. Havia duas reflexões, uma aqui, uma lá e uma em cima daqui. Assim percebi que era uma superfície plana,

parte superior dourada, e pensei: ‘A Arca da Aliança!’. Me esqueci dos querubins assentados na parte de cima. Eles teriam sido empurrados para cima através das pedras e das coisas, em cima do propiciatório.

Mas de qualquer maneira, eu comecei a mover essas pedras, e as coloquei em qualquer lugar que pudesse. Me abaixei até a superfície dourada que estava atrás dos meus ombros, inclinada atrás deles. Era a Mesa dos Pães (Números 4.7)… Mas de qualquer maneira, estava olhando para a Arca da Aliança. Só a partir de então tive tempo para examinar cuidadosamente o resto da câmara. Visto que apenas tinha rastejado até ali, dei uma olhada e comecei a verificar debaixo das pedras. Então movi a lanterna ao longo da parede, vi uma caixa de pedra colocada contra a parede, com muito espaço entre ela e o teto. A tampa estava quebrada, deslocada para o lado e diretamente acima dela havia uma rachadura com uma substância marrom escura parecida com a do fundo desta rachadura. E pude vê-la da parte superior da tampa da caixa. Em ambos os lados dos pedaços quebrados havia mais desta substância marrom escura (silêncio, Wyatt chora). De repente percebi que estava sentado em frente da Arca da Aliança e o sangue de Cristo estava derramado sobre ela (silêncio). Nunca tinha ouvido alguém orar qualquer coisa sobre aquele tipo de possibilidade, nunca. Era muito para mim. Quando recuperei a consciência e olhei novamente para meu relógio, 45 minutos tinham se passado desde que rastejei na câmara.”(Ronald Wyatt, Zedekiah’s Cave, Dezembro de 1997).

As autoridades

A promessa que Wyatt acharia a Arca nesta viagem foi cumprida, mas contudo não lhe foi permitido vê-la totalmente, nem lhe foi possível retirar a Arca da caverna. Frustrado com isso, ele ouviu a voz de Deus: “Só lhe disse que a acharia. Sairá daqui no seu devido tempo”.

Wyatt informou a descoberta às autoridades israelitas, e depois entregou um minúsculo artefato que encontrou na caverna. Era um romã de marfim com uma inscrição que o identifica pertencer ao templo de Salomão. Este é o único objeto do primeiro templo já visto e exibido no Museu Israelita em Jerusalém. Esta descoberta os convenceu que o Wyatt pudesse estar dizendo a verdade sobre a descoberta da Arca da Aliança. Ele foi o único que encontrou um objeto do primeiro templo onde a Arca esteve. Wyatt sabia que vários críticos ao redor do mundo não acreditariam que ele encontrara este romã, então quebrou-lhe um pedaço pequeno e o deixou na câmara com a Arca da Aliança.

Romã de marfim

As autoridades lhe disseram que mantivesse a descoberta da Arca em segredo. O motivo é que esta descoberta poderia criar grandes problemas religiosos e políticos para Israel por ser uma sociedade frágil e explosiva. Eles temiam uma possível reação violenta de alguns judeus radicais se eles tomassem conhecimento de que a Arca da Aliança foi encontrada, achando ser este um sinal de Deus para retomar o Monte do Templo, destruir o Domo da Rocha e construir o 3° Templo, ocasionando um conflito geral com todo o mundo árabe. Em outras épocas a disputa pelo Monte do Templo gerou alguns conflitos sangrentos.

Anos mais tarde, após ter sido avisado que Wyatt  havia divulgado a descoberta, e ainda pela internet, onde não há controle sobre as informações, o conselho da Associação do Jardim da Tumba teve que emitir um documento confirmando que ele teve permissão para escavar até o verão de 1991, mas desmentindo o achado da Arca (para evitar futuros conflitos) e afirmando ainda que não tinha qualificação como arqueólogo (de fato, era amador)! Descobrir a Arca da Aliança em Jerusalém seria um grande perigo!

Os objetos na câmara

Não era possível tirar quaisquer dos objetos da câmara. Primeiramente estava cheio de pedras empilhadas ao redor das mobílias do templo, e secundariamente, Wyatt não pôde retirar os artefatos pelo pequeno buraco por onde entrou. Ele teria primeiro que localizar a entrada original usada pelos homens (Jeremias e Baruque?) para esconder os objetos.

Wyatt voltou várias vezes na câmara. Em uma delas levou uma furadeira usada em cirurgia ortopédica e um colonoscópio, um instrumento óptico com uma forte fonte luminosa que médicos usam para examinar dentro do corpo humano. A caixa de pedra era tão alta, que a tampa estava próxima ao teto e tinha de olhar pela abertura da tampa quebrada para ver a Arca. Com a broca Wyatt tentou fazer um buraco pequeno na caixa de pedra para poder identificar a Arca. O efeito desejado falhou então ele fez um buraco na caixa de pedra com abertura suficiente para introduzir o colonoscópio. Neste instrumento só se pode ver uma pequena área de cada vez, mas movendo-o ao redor poderia ver o famoso objeto dourado. A primeira coisa que ele viu foi a bordadura ao redor do topo do propiciatório. Então viu a superfície lisa com os lados dourados. Isto era suficiente para que tivesse certeza de que a Arca realmente estava ali.

Em seguida Wyatt identificou os seguintes objetos na câmara: A Arca da Aliança que estava na caixa de pedra, a Mesa dos Pães, o Altar do Incenso de Ouro, um candelabro de 7 ramificações, uma espada grande de 1,57 metro, um éfode (espécie de manto sacerdotal), uma moeda de bronze, vários abajures de óleo, e um anel de bronze. Também havia outros objetos mas Wyatt não tinha certeza para quê tinham sido usados. Estes artefatos estavam cobertos com peles de animais. Nas peles foram colocados troncos de madeira, e em cima deles uma camada de pedras. As Tábuas de Pedra com os 10 Mandamentos estavam ainda na Arca da Aliança, e do lado da Arca estava um cubículo pequeno aberto que continha o Livro da Lei que Moisés escreveu sob ordenança de Deus: “Ora, tendo Moisés acabado de escrever num livro todas as palavras desta lei, deu ordem aos levitas que levavam a arca do pacto do Senhor, dizendo: Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do pacto do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra vós.” (Deuteronômio 31.24-26; 17.18 e 29.21 – também em Êxodo 24.7). Do que ele pôde ver, estava lá a maioria dos livros de Moisés. Todos aqueles rolos, feitos de pele de animal e envelhecidos por mais de 3 mil anos, estavam em condição surpreendentemente excelente! Wyatt também achou sete abajures de óleo que ele supôs haverem sido usados pelos que trouxeram os objetos para a câmara. Um dos abajures estava enfeitado com um desígnio típico assírio; uma cabra ou um carneiro, com suas pernas traseiras levantadas e se alimentando numa videira. Isto mostrou a influência cultural que o povo assírio teve na Judéia durante um longo tempo antes do cativeiro babilônio.

A entrada original

O sistema de caverna pelo qual Wyatt havia entrado na câmara parecia estar intocável por mãos humanas. O buraco pelo qual ele tinha entrado era muito pequeno e mal localizado para ter sido a entrada que Jeremias e seus homens usaram para levar os objetos grandes para a caverna. A pergunta agora era: Qual túnel eles haviam usado?

Wyatt começou a inspecionar a câmara pela outra entrada. Em um lugar ele viu algo que estava coberto com pedras, e parecia conduzir para outra câmara. Ao remover algumas das pedras, descobriu um longo túnel natural com marcas de cinzel, o que garantia que alguém o havia alargado. O problema que Wyatt encontrara agora era que o resto do túnel era completamente bloqueado por fora com grandes pedras. Desbloquear o túnel seria muito difícil e depois de sair e marcar a sua pequena entrada, ele decidiu procurar do outro lado, no início daquele túnel. Desde que as mobílias tinham sido trazidas do Templo, obviamente este era o ponto de partida e a câmara era o destino deles. Wyatt não estava informado sobre algum túnel que ía na direção do Templo, mas ele ainda tinha alguma idéia sobre onde poderia começar a procurar. A Caverna de Zedequias com uma extensão de 230 metros sob o Monte Moriá foi durante um certo tempo usada como mina de pedra (pedreira subterrânea). Esta caverna fica situada entre o Monte do Templo e a Escarpa do Calvário (imagem abaixo), assim poderia ter uma possível ligação.

A caverna de Zedequias

Dr. James Turner Barclay era um americano que trabalhou como médico e missionário em Jerusalém de 1851 a 1857. Ele ainda é conhecido (entre outras coisas) por ter redescoberto um portão de entrada para o local do Templo, assim recebeu o nome de “Portão de Barclay”.

Dr. Barclay freqüentemente andava com seu cão nas áreas ao redor da cidade velha. Num domingo do inverno de 1854, ele foi caminhar ao longo do muro norte da cidade velha de Jerusalém. De repente, seu cão desapareceu, e Dr. Barclay assobiou para ele. O cão não veio, e o filho de Dr.Barclay que o acompanhara começou a procurar o animal. Ao olhar ao longo a parte da pedreira onde o muro norte foi construído, achou um buraco fundo por onde eles ouviram o cachorro latir dentro da caverna.

Assim esta enorme caverna foi redescoberta. Durante séculos acreditava-se que a entrada da Caverna de Zedequias havia sido bloqueada pelas construções de pedra.

Entrada da Caverna de Zedequias (Muro Norte)

Uma maneira de escapar

Muitos acreditam que Salomão usou pedras da Caverna de Zedequias para construir o magnífico Templo. A Bíblia relata como as pedras foram cortadas e como elas foram lavradas dentro da pedreira, evitando barulho na cidade durante a construção do templo (I Reis 6.7).

A caverna recebeu o nome de “Caverna de Zedequias” porque muitos achavam que esta foi a que o rei Zedequias usou para fugir de Jerusalém durante o cerco babilônio. Porém, a Bíblia apenas diz: “E o príncipe que está no meio deles levará aos ombros os trastes, e às escuras sairá; ele fará uma abertura na parede e sairá por ela; ele cobrirá o seu rosto, pois com os seus olhos não verá o chão.” (Ezequiel 12.12). “Então a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta entre os dois muros, a qual estava junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo caminho da Arabá. Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei, e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o seu exército se dispersou.” (II Reis 25.4-5).

A passagem dos lapidários

Enquanto caminhava ao redor e examinava esta caverna, Wyatt tentou se familiarizar com os lapidários. Quando viu que a caverna se estendia pelo fundo da montanha, percebeu como era sem sentido e cansativo tirar as pedras da pedreira e as levar para a cidade por um dos portões do muro norte. Como a pedreira está debaixo da cidade, seria muito mais fácil retirar as pedras diretamente da pedreira. Um simples buraco no teto da caverna poderia iluminar consideravelmente a carga dos trabalhadores.

Wyatt começou a examinar os pilares de pedra que os trabalhadores tinham deixado para apoiar o teto da caverna. Um dos pilares se parecia um grande monte de terra e escombros empilhado tão alto que atravessava um buraco no teto. Isto o fez pensar que talvez existira uma abertura no teto da pedreira. Assim, a Arca poderia ter sido transportada para baixo por este buraco, e então passada por um túnel, e finalmente trazida para a câmara onde agora está.

Um dos túneis da caverna

Um querubim da guarda

Wyatt começou a procurar túneis, e logo achou um. Estava escondido por trás de pedregulhos e rochas suspensas e fechado por pedras que haviam sido cortadas e lavradas com este propósito. O túnel ia para a direita, mas ainda era um longo caminho para a câmara. Se este fosse o túnel certo, teria muito trabalho para limpá-lo.

Quando o francês Charles Clermont-Ganneau em finais do século XIX desenhou a caverna de Zedequias, fez esboços, mapas e diagramas de quase cada detalhe da enorme pedreira. Uma de suas descobertas foi um querubim gravado em um pilar. Tinha corpo de leão, um par de asas e cabeça de homem com um véu antigo. Clermont-Ganneau removeu o querubim e enviou ao Fundo da Exploração Palestina em Londres. É parecido com um querubim do Palácio Israelita em Samaria. O estilo é aproximadamente do 7º século AC, quando Israel estava sob influência da cultura assíria. Isto ocorreu antes dos babilônios tomarem Jerusalém, e coincidiu com o tempo em que foi escondida a mobília do Templo.

Desenho do Querubim removido da caverna de Zedequias

Com esta conexão é interessante verificar novamente a citação do livro apócrifo II Macabeus mencionado anteriormente. Assim diz sobre Jeremias e os homens que esconderam a mobília do Templo na caverna: “Em seguida, bloqueou a entrada. Mais tarde, alguns dos que tinham acompanhado Jeremias, vieram para marcar o lugar, mas não conseguiram encontrá-lo. Quando soube, Jeremias repreendeu-os dizendo: O lugar ficará desconhecido, até que Deus finalmente se mostre misericordioso e reúna novamente seu povo”. É possível que o querubim gravado próximo da entrada bloqueada seja uma marca feita pelos homens (levitas?) de Jeremias, já que não conseguiram achar a gruta.

Em seguida, Wyatt usou um radar para esquadrinhar e garantir que realmente havia um túnel da pedreira até a câmara onde achou a Arca da Aliança e os outros objetos. Aproximadamente 6,5 metros abaixo do nível do solo ele descobriu um túnel vazio que ia na direção dos buracos que atravessou e da câmara, mas por causa das edificações que obstruem o caminho, ele não pôde seguir todo o túnel. Ao invés disso ele levou o radar para a caverna de Zedequias e esquadrinhou a entrada que havia achado. Quando parecia existir um vazio atrás dos blocos de pedra, na verdade abria uma passagem. Mas escombros bloqueavam o túnel mais adiante, parecendo que alguém tinha tentado fazê-lo parecer natural, tentando esconder o fato de que eles tinham fechado o túnel propositalmente. A passagem foi bem bloqueada e, novamente, o trabalho de limpá-la seria extremamente laborioso.

Uma experiência especial

Wyatt decidiu que a única opção era fazer uma entrada maior para a câmara, cavando um poço diretamente acima dela, diretamente abaixo da rocha. Havia um risco do poço se desmoronar podendo destruir os objetos na caverna. Também seria um grande projeto que requereria muito trabalho. Após várias escavações ele iria escavar aproximadamente 3 metros de rocha calcária, mas o fim estava longe. Quase dez anos tinham se passado desde que ele achou a Arca, e a sua frustração cresceu por causa dos enormes esforços que tinha passado, tudo parecendo infrutífero até o momento.

Um ou dois meses antes de voltar a Jerusalém para trabalhar no poço, Wyatt realizou uma reunião em uma igreja na Carolina do Norte. Ele apresentou vídeos e os espectadores fizeram-lhe perguntas. Durante esse período de questionamento, um indivíduo perguntou-lhe quando planejava estar em Israel. Quando Wyatt e seu assistente chegaram mais tarde ao hotel em Jerusalém, aquele mesmo homem estava sentado, esperando por ele. Aparentemente acreditou que era algum tipo de profeta, e lhe ofereceu ajuda no projeto. Mas Wyatt esteve ali há tanto tempo que era impossível continuar com seu trabalho. Ele perdeu toda a esperança e sentiu todo o projeto abandonado. Ele acreditava que a sua viagem em vão significava que era a hora de “sair do emprego”. Ele sabia que Deus não precisava particularmente dele para completar o trabalho.

Foi então que Wyatt teve uma experiência que o marcou a sua vida. Ele estava se sentando próximo aos nichos e dos buracos das cruzes que haviam encontrado no princípio das escavações. O tal homem tinha terminado a difícil tarefa que Wyatt havia lhe dado e estava sentado há alguns poucos metros, almoçando debaixo da sombra de um grande arbusto. O nível de chão onde eles estavam sentados era muitos metros abaixo do que a área ao redor. De repente Wyatt ouviu uma voz atrás dele dizendo, “Deus o abençoe no que está fazendo aqui”. Wyatt virou-se. No topo de uma escadaria, estava um homem alto de pé, esbelto de cabelo escuro. Ele estava usando um longo roupão branco e um turbante (ou mitra) na cabeça semelhante ao usado em tempos bíblicos. Wyatt não tinha contado para ninguém o que estava fazendo e desejou saber quem era aquela pessoa. Achou-lhe estranho por saber tudo sobre ele e o que estava fazendo. Wyatt tentou descobrir quem era aquele estranho e tentou conversar educadamente: “Você é desta região?” , perguntou. “Não” , era a simples resposta seguida de um silêncio. “Você é um turista?” , perguntou-lhe Wyatt. “Não” , silenciando-se novamente. Wyatt não sabia mais o que poderia dizer, então apenas sentou-se e observou-lhe sua amável face. Então o homem lhe disse: “Estou no caminho da África do Sul para a Nova Jerusalém” e repetiu as suas primeiras palavras: “Deus o abençoe no que está fazendo aqui”. Então se virou e foi embora.

Por estar sentado debaixo do arbusto, o ajudante “não convidado” de Wyatt não tinha visto o homem vestido de branco, mas tinha escutado toda a conversa. Ele perguntou: “Você acha que falamos com um anjo?” (Hebreus 13.2). “Talvez” respondeu, porque deixou-lhe a impressão que pudesse ter sido até o próprio Jesus Cristo…

Só há uma entrada no Jardim da Tumba, e todo mundo tem que passar por ela para entrar no complexo. Wyatt perguntou ao pessoal do local se tinham visto o tal homem de branco e eles responderam que ninguém vestido daquele jeito havia entrado ou deixado o Jardim da Tumba. Ninguém o tinha visto. Esta experiência o fortaleceu e o encorajou para que continuasse, não importando a difícil situação em que se encontrava.

A quarta visita a câmara

Wyatt tinha tentado várias vezes tirar fotos nítidas da Arca com máquinas fotográficas e uma câmera de vídeo, mas em todas as imagens ficaram desfocadas, lhe causando muita frustração. Em sua quarta visita na câmara Wyatt levou consigo uma câmera de vídeo e um tripé, esperando finalmente gravar um filme nítido da Arca.

Depois de passar pela mesma entrada que sempre usou para ir até a câmara, notou imediatamente que algo estava diferente. As pedras que tampavam a caverna não estavam mais lá. Uma luz brilhou na câmara, mas não podia entender como. Ele então viu que a câmara havia sido completamente limpa e todas as pedras retiradas. Uma tarefa que ele sabia que teria de ser feita mas levaria muito tempo, e agora o trabalho estava feito! A câmara estava totalmente limpa, e a Arca da Aliança tinha sido retirada da caixa de pedra. Ele ficou subjugado pelo que viu. A Arca estava contra uma parede da câmara, debaixo da rachadura do teto causada por um terremoto, por onde o sangue de Jesus tinha fluído até cair sobre o propiciatório. As outras mobílias do Templo estavam em suas posições corretas em relação à Arca. O restante dos objetos foi posto ao longo de uma das paredes. As imagens mostram como é a Arca e o local do propiciatório onde foi derramado o sangue.

Vista frontal

Vista superior em perspectiva

Dimensões, detalhes e o modo de retirar o propiciatório

Embora Wyatt não conseguia descrever exatamente assim mas a parede atrás da Arca parecia cristal e radiava as cores do arco-íris. Enquanto estava olhando para aquilo, ele percebeu de repente que não estava só. Ele pode perceber a presença de anjos. Havia quatro homens jovens na caverna, que não se assemelhavam a forma popular de se representar anjos (com vestido branco e asas). Estavam vestidos normalmente. Wyatt ficou parado durante vários minutos, não se movendo ou falando. Ele queria saber o que estavam fazendo lá e por que estavam lá, mas se achou incapaz de falar.

Um dos anjos deu um passo para a frente e começou a falar com ele. Disse-lhe que são os 4 anjos designados para vigiar a Arca desde a sua construção, no Sinai. Ele se aproximou da Arca e as Tábuas de Pedra foram retiradas dela, e o anjo as colocou em um nicho na parede, e começou a lhe informar sobre vários assuntos importantes. As Tábuas de Pedra só iriam ser postas em exibição ao público depois que uma lei fosse aprovada em todo o mundo. Uma lei que forçaria o mundo a receber “a marca da besta”.

Wyatt montou a câmera de vídeo e começou a filmar antes que ele retirasse as Tábuas de Pedra da Arca da Aliança. Ele pegou a máquina fotográfica e a fita de vídeo e saiu da caverna pela sua entrada original. Seguindo o túnel, descobriu a saída do sistema de caverna para a rua. Ele foi para o quarto do hotel e conferiu a filmagem. A Arca, os anjos e as Tábuas de Pedra estavam perfeitamente visíveis e ficou muito satisfeito por tudo estar tão nítido. Mas a sua alegria mudou de repente ao lembrar do que o anjo havia-lhe dito. Isso não ia ser mostrado antes que a lei da “marca da besta” fosse aprovada. Ele sabia a natureza da lei à que estava se referindo, e sabia o significado das palavras do anjo. O que ele iria fazer com a fita até aquele tempo? Onde estaria segura?

Wyatt, não sabendo o que fazer, decidiu voltar à câmara e perguntar ao anjo o que ele deveria fazer com a fita de vídeo. Ao entrar na câmara o anjo com quem havia falado lhe perguntou o que queria. Wyatt lhe falou que não tinha um lugar suficientemente seguro para guardar a fita. O anjo pegou a fita da sua mão e colocou-a próxima das Tábuas de Pedra que estavam no nicho.

Nos fins da década de 90, Wyatt estava se aproximando dos 70 anos. Ele estava cansado devido as pressões de trabalho e também lutava contra um certo tipo de câncer. Ainda assim persistiu, trabalhando pesado, fazendo tudo o que pôde para ajudar as pessoas a espalhar a mensagem que estas descobertas tinha para o mundo, e a mensagem do Cristo vivo. No dia 4 de agosto de 1999, Ronald Wyatt morreu de câncer em Tennessee, EUA.

Passagem para a Caverna

O exame de sangue

Wyatt conta a história novamente para um pequeno público dentro da Caverna de Zedequias, “Depois de ter estado lá [a caverna com a Arca da Aliança] três vezes, na quarta vez em que entrei, havia quatro homens jovens que se levantaram, que se os tivesse visto na rua não teria notado nenhuma diferença entre eles e qualquer outra pessoa. Um deles disse, “Nós somos os anjos que foram designados à Arca da Aliança, e lhe contaremos o que Deus quer que seja feito com isto, e lhe ajudaremos a fazer o que Ele quer que seja feito com isto.” Eles queriam que levasse uma amostra do sangue para ser analisado. Tudo que tinha comigo eram um cartucho de filme (recipiente de filme de máquina fotográfica) e uma aba de puxar (tampa superior) de uma lata de Coca-Cola. Então peguei aquela aba, deformei-a para fazer uma pequena concha e coloquei o sangue seco sobre ¾ dela. Nós o levamos para ser analisado. Colocamos uma quantia do sangue seco em uma solução normal de sal na temperatura do corpo (36°C), e a misturamos suavemente durante 72 horas. E esta foi parte das instruções que recebi do anjo. Quando guardamos a cultura durante outras 72 horas e a visualizamos em um microscópio, as células brancas estavam se dividindo.

Sangue revitalizado

Nós obtivemos uma contagem de cromossomos. Havia 24 cromossomos. 23 Cristo recebeu de Maria. Ele recebeu um que era o determinante de sexo, ou o Y do seu Pai divino para um total de 24. Todos nós temos 46. Nós recebemos 23 de nossa mãe e 23 de nosso pai. Agora estes ainda estão vivos após quase 2000 anos. As pessoas que fizeram o teste pensaram que eu tinha passado a perna neles. Nunca em suas vidas haviam visto um sangue seco que ainda estava vivo. Há um texto na Bíblia que fala sobre Cristo. Está em Salmos (16.10) diz: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”. Então após quase 2000 anos, o sangue de Cristo estava muito vivo, e ainda está. Assim o Espírito, o sangue e a água estão testemunhando na Terra. (I João 5.6-8)” (Ronald Wyatt, Zedekiah’s Cave, novembro de 1996).

A cultura foi levada para um laboratório israelense que descobriu a existência de apenas 24 cromossomos. Nesta palestra, Wyatt responde a uma pergunta sobre este caso.

Contagem dos cromossomos: 24 de Jesus e 46 do homem normal

Diante deste fato surge a pergunta: Como era o sangue de Adão, filho de Deus, já que não teve uma mãe? Teria também 24 cromossomos?

A mensagem que ninguém tinha ouvido

A história de Ronald Wyatt chamou muita a atenção como também uma violenta discussão. Um homem simples estava contando ao mundo uma história incrível que ninguém havia ouvido antes. Para alguns era uma história fantástica onde o mundo espiritual é descrito como acreditável e real. Wyatt estava afirmando que a Bíblia, o livro mais lido no mundo, era a verdade histórica, mas afirma também que o Homem que nasceu neste mundo aproximadamente há 2000 anos atrás, realmente era o Messias que os judeus haviam esperado, mas rejeitaram. Não só isso, mas está afirmando que Ele foi o Único por quem Deus criou este mundo. A descoberta de Wyatt até hoje incita incredulidade, até mesmo no mundo cristão, e cria mal-estar dentro da comunidade judaica. Até o momento esta mensagem não é reservada para as comunidades religiosas. De fato faz um efeito enorme em todo o mundo, por isso fazem a pergunta, “A Bíblia é realmente verdadeira?”.

A história de Ronald Wyatt não falta credibilidade pois várias pessoas estavam com ele quando estava cavando, e podem testemunhá-la. Em um certo momento havia aproximadamente 15 pessoas diferentes que ajudaram limpando túneis. Havia o pequeno árabe que entrou primeiro na caverna e foi tomado por um medo indescritível, simplesmente saindo da câmara. O romã, o primeiro artefato descoberto do primeiro templo, que hoje encontra-se seguro em um pequeno gabinete de vidro no Museu Israelita, como uma testemunha visível. O exame do sangue da câmara tem chocado os investigadores profissionais ao redor do mundo, e ninguém pode negar muitas das coisas que testemunham para o fato da história de Ronald Wyatt ser verdade. Porém, para alguns a história continua tão inacreditável porque eles não viram a Arca ou o sangue. Assim eles preferem duvidar. Wyatt disse, um dia o mundo verá a evidência com seus próprios olhos, mas se não quiserem acreditar então há pouco o que fazer para os convencer. O mundo está pronto para acreditar que fora de fato criado e que nós não evoluímos de macacos ou répteis?

Wyatt na Caverna de Zedequias ensinando sobre a descoberta da Arca da Aliança

O sangue de Jesus derramado no propiciatório contém a mensagem que jamais alguém ouviu ou até mesmo pensou. Nem mesmo o próprio Ronald Wyatt, antes de ter descoberto a Arca e ter contado a história. Ainda restam perguntas nas mentes de muitas pessoas, “Por que aconteceu?” e “O que tudo isso significa?”

O Estatuto Perpétuo

“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” Hebreus 9.22

A necessidade do sangue ter caído no propiciatório está no Estatuto Perpétuo do “Dia da Expiação” determinado por Deus (Levítico 16). No 10° dia do 7° mês (mês de Etanim, correspondente ao período atual de Setembro-Outubro), o sacerdote atravessava o véu do santuário usando roupa e túnica de linho. Então aspergia no propiciatório sobre a Arca, o sangue de um novilho por seus pecados e pelos da sua família, e o sangue de um bode pelos pecados do povo de Israel. Os estrangeiros (Gentios) e o povo não podiam trabalhar nesse dia.

No dia da crucificação, Jesus usava a sua própria roupa e uma túnica (Mateus 27.31-35, Marcos 15.20, João 19.23) que foi trocada pela coroa de espinhos. Para morrer pelos pecados dos Gentios, bastava o derramamento de sangue na cruz, mas era necessário também que morresse pelos pecados do sacerdote (o próprio Jesus, o verdadeiro sacerdote) e do povo de Israel, assim anularia a antiga aliança. Isso só poderia ser feito atravessando o véu, que era a sua própria carne (Mateus 27.51, Marcos 15.38, Lucas 23.45 e Hebreus 10.20 ) e aspergindo o seu próprio sangue no propiciatório. Por isso afirmou que destruiria o santuário e o reedificaria em três dias (Mateus 26.61, Marcos 14.58 e João 2.19-21), anulando os estatutos antigos.

O “Dia da Expiação” não era respeitado desde a invasão dos babilônios. Isso porque a Arca foi removida do templo antes deste ser incendiado, e os sacerdotes foram levados para a Babilônia. Não a vendo mais, naturalmente creram na sua destruição no incêndio. Quando retornaram do exílio, os sacerdotes voltaram a respeitar as festas, fazendo sacrifícios e holocaustos no 7° mês (Esdras 3.1-7 e Neemias 8). Porém, já não havia mais a Arca.

O sangue derramado confirma dois Estatutos Perpétuos – do Dia da Páscoa e do Dia da Expiação:

– O sacrifício do cordeiro –  Na Páscoa (1° dia do ano), tinha que ser no final da tarde (Êxodo 12.6 e Levítico 16.5-6). Podia ser também para os Gentios (Números 9.14), confirmado em Gálatas 3.13-14, Isaías 53.4-7, João 1.29 e I Pedro 1.19;
– O sacrifício do novilho –  Somente pelos pecados do sacerdote e da sua família (Levítico 16.14), ou seja, o próprio Jesus como maldição na cruz;
–  O sacrifício do bode – Somente pelos pecados do povo de Israel (Levítico 16.15).

O sangue da Nova Aliança derramado sobre a Antiga Aliança, substituindo-a!

Mortes por tentativa de retirar a Arca

Em uma de suas estadias em Jerusalém, Wyatt recebeu um pedido de ajuda por parte das autoridades israelenses. O problema era sobre 6 homens que tinham entrado no sistema de túneis pela Caverna de Zedequias numa tentativa de passar a Arca para outro local do sistema. A motivo desta operação era que naquele tempo a área havia sido ocupada por palestinos e as autoridades israelenses temiam que a tomassem definitivamente levando-lhes a perder o acesso ao local da Arca. Yasser Arafat tinha a intenção de retomar a área e parecia que a ONU e os Estados Unidos queriam que Israel aceitasse aquela situação. Assim para eles parecia lógico mover a Arca alguns metros e usaram homens por não haver equipamentos eletrônicos remotamente controlados para fazer isso. A história foi esta:

Em 1990 Ronald Wyatt visitou Jerusalém. Como era o costume dele, foi ao escritório da Autoridade de Antigüidades Israelita (IAA) os deixar saberem que estava na cidade e ver se precisavam de sua ajuda em alguma coisa. Lhe disseram: “Sim, estamos numa situação que precisamos de sua ajuda”. Então lhes disse que os encontraria na Caverna de Zedequias naquela noite.

Quando Wyatt chegou havia vários automóveis oficiais estacionados no local. Ao entrar na caverna  foi escoltado até o lugar onde a entrada do sistema de túneis fica situada para então ir ao local da Arca. Lhe foi falado que tinham sido enviados 6 homens ao túnel para mover a Arca e o conteúdo da câmara a uma parte diferente do sistema de forma que ficasse segura, afastada do território ocupado. Os homens foram vestidos como sacerdotes (levitas) e carregavam rádios para comunicação mas logo após terem entrado no túnel começaram a gritar. Os gritos eram tão terríveis que o restante dos homens tiveram medo de entrar também. Eles perguntaram a Wyatt se ele entraria e veria o que tinha acontecido. Ele concordou.

Ao entrar no túnel viu que os homens só tinham caminhado aproximadamente 20 metros faltando 90 para chegarem até a Arca. Eles estavam mortos no chão com os olhos grandemente abertos e virados para trás. Como médico anestesista, Wyatt percebeu que era um sintoma clássico de um golpe bilateral ou uma hemorragia volumosa no cérebro. Então saiu e contou para as autoridades o que havia encontrado. Em seguida levou uma cesta de salvamento com uma corda presa no túnel e retirou os corpos dos homens um por um. Pediram-lhe que não mencionasse a ninguém sobre o incidente.

Outros incidentes por causa da Arca

Aproximadamente 16 pessoas morreram por tentarem interferir ou parar os trabalhos que Wyatt fez com a permissão de Deus. A maioria delas morreu particularmente relacionada à Arca da Aliança.

Um dos incidentes foi com um homem que soube da existência da Arca antes de Wyatt afirmar que não diria nada sobre ela. Ele ficou entusiasmado e queria que Wyatt desse informações à imprensa. Ele recusou e então o homem disse que iria divulgá-las e chamou alguns jornalistas para uma conferência à imprensa. Wyatt estava bastante preocupado com isto, mas não pôde fazer nada pois havia programado pegar o vôo para casa na manhã seguinte, no mesmo horário da entrevista coletiva. Aquela conferência nunca foi realizada – o homem foi encontrado morto em uma ruela atrás do local com a garganta cortada de orelha a orelha!

Outro incidente no qual os resultados só não foram trágicos porque Deus não permitiu, foi quando um programa de televisão religioso desejou obter informações sobre a descoberta da Arca e tentou convencer Wyatt a levá-los ao local, tentando suborná-lo com dinheiro. Ofereceram pagar qualquer quantia para irem com ele, esperando que Wyatt lhes mostrasse a Arca. O chefe do programa e seu irmão estavam lá e faziam pressão para que os levasse à Arca, mas Wyatt recusou.

Finalmente alguém sugeriu que eles orassem para aparecer “um sinal” indicando o que fazer. Então oraram para que chovesse até o amanhecer somente se Wyatt não os fosse levar à Arca . Chuva naquela parte do mundo e àquela época do ano era muito improvável, mas aquela noite choveu forte. Mesmo assim no dia seguinte, um dos irmãos ainda insistia para que fossem levados à Arca e sugeriu que o seu irmão fosse. Porém este lhe disse que não iria sozinho.

O resultado foi que eles não pegaram a fita de vídeo sobre a Arca como planejado e o irmão insistente iniciou um boato dizendo que Wyatt havia quebrado um acordo e levado o dinheiro.

Escavações Recentes

Em 1989 essas escavações foram encerradas e desde então houve muita especulação e controvérsia sobre os achados, o que causou muita angústia para a Associação do Jardim da Tumba, pois Wyatt não pôde validar suas afirmações por ter falecido em 1999, sem deixar concluída nenhuma evidência.

Desde aquele tempo, o Wyatt Archaeological Research (W.A.R.) tem feito todo esforço para substanciar suas afirmações – prover uma segunda testemunha que transformaria uma suposição em fato estabelecido. Em 2002 recebeu permissão da Associação do Jardim da Tumba e da Autoridade de Antigüidades Israelita, cujo empenho começou com determinação. As apresentações foram gravadas em DVD e são resumos de uma grande quantia de trabalho realizado em quatro anos, a maioria de projetos intensivos e caros empreendidos pelo W.A.R.. Eles são dedicados ao Salvador e ao grande número de trabalhadores voluntários e contribuintes sem os quais teria sido impossível realizar esta tarefa monumental.

Em 2003 o W.A.R. continuou a escavar na caverna de Zedequias a fim de encontrar mais detalhes da passagem por onde Jeremias carregou a Arca. A direção do W.A.R. descreve todo o trabalho do projeto:

“Em fevereiro de 2003 o W.A.R. utilizou um radar de profundidade de solo para escânear o exato local em que Wyatt descreveu como a entrada da passagem de Jeremias. O radar revelou um vazio atrás de uma parede feita por mãos humanas, e assim iniciou-se o projeto para localizar a passagem. Foram obtidas licenças de escavação com a Autoridade de Antigüidades de Israelita e um apelo foi feito para voluntários participarem. A resposta foi impressionante. Não só havia os que se ofereceram a ajudar fisicamente no trabalho, mas outros com apoio financeiro e a maioria com um importante apoio por meio de oração.

Entre os que apoiaram o W.A.R., uma equipe internacional consistindo em trinta voluntários participou fisicamente para localizar a passagem de Jeremias.

O projeto começou com o uso da mais recente tecnologia em Subsurface Interface Radar, um dispositivo que permite examinar abaixo da superfície e ver em que posição os objetos estão. A escavação começou abaixo da parte frontal da parede encontrada pelo radar numa tentativa para encontrar alguma abertura que poderia conduzir à passagem de Jeremias. Este esforço levou a uma descoberta perigosa e inesperada que alteraria os planos da escavação; a descoberta que parecia ser da fundação das paredes tinha apenas uma curta distância abaixo da superfície.

Naquele momento, era incerto se o que tinha sido descoberto era verdadeiramente uma fundação, ou o topo de outra parede. Mais uma vez o radar foi empregado numa tentativa para determinar a natureza da descoberta. Depois de revisar os dados os arqueólogos israelitas solicitaram uma ampla escavação: a remoção de toneladas de material. O pedido apresentava uma tarefa aparentemente insuperável dado o limite de tempo dos trabalhadores. Levantou-se a pergunta: Como poderia tanto material ser removido em um curto período de tempo?

A equipe do W.A.R. foi trabalhar. Um sistema de rampa foi projetado para tornar possível transportar pedra, terra, e escombros do local da escavação para descer os carrinhos de mão: um sistema que comprovaria grandemente acelerar a escavação. Em um esforço sem precedentes, toneladas de material foram removidos em tempo recorde só para confirmar que o que havia sido revelado realmente era uma fundação e não o topo de outra parede.

Depois que as paredes foram cuidadosamente e meticulosamente limpas, os engenheiros foram trazidos para analisar a situação. Na conclusão ficou uma dúvida sobre escavar mais adiante. A parede estava em risco de desmoronar!

Os membros da equipe de escavação trouxeram uma gama extensiva de talentos: empresários, médicos e enfermeiras, envolvidos no campo da ciência, e perícias no campo da construção e de materiais de construção. Através de escolha divina, não foi nenhuma coincidência a participação do dono de uma das maiores empresas do mundo da área de fundações. Foram apresentados planos aos engenheiros e um esforço em conjunto foi lançado para projetar um método de escorar a parede e assim poder escavar seguramente debaixo dela.

Uma reunião especial foi realizada no Museu Rockefeller, prédio da Autoridade de Antigüidades de Israelita, e depois de horas de extensa discussão e cálculo científico um sistema de escoramento foi projetado para permitir a continuação das escavações. Enquanto a equipe de escavação preparava o local, foi encaminhada a procura por material para a escora de madeira; uma tarefa cara e não tão simples em Jerusalém, uma cidade em que predominam as construções de pedra. Depois de muita procura os materiais finalmente foram entregues horas mais tarde e a primeira armação do escoramento estava pronta para ser colocada.

Na frente da parede subterrânea um abrigo seria construído para que a escavação pudesse continuar seguramente debaixo da sua fundação. Os membros da equipe posicionavam as armações de escoramento de uma em uma, enquanto ao mesmo tempo outros apoiavam a parede cuidadosamente com bolsas de areia. Tendo reforçado a parede, então o trabalho poderia continuar. Seguindo o caminho do material que tinha sido visto no radar, um túnel foi construído debaixo da fundação da parede antiga. Um caminho de pedra solta e terra macia foi localizado confirmando o relato de Ronald Wyatt. Esta certamente é uma área que deve ter sido ocupada em algum momento no passado. Investigações no material e mais escaneamentos com o radar indicavam que estávamos na pista certa.

Mais uma vez, preocupações de segurança se tornaram um fator. Foi determinado pelos engenheiros selecionados pelo projeto que uma vez a escavação estendida além das paredes da fundação, que agora serviam como um teto, o grande peso do material solto acima poderia desmoronar sobre as escavações; um perigo mortal.

Para determinar com precisão quanto material havia acima, uma equipe de vistoria foi convocada para calcular a posição e a elevação exata da escavação de Wyatt em relação as paredes antigas de Suleiman, e a Cidade Velha de Jerusalém sobre a qual está situada. Depois de localizar um ponto de referência de pesquisa, externo ao muro norte de Jerusalém, a posição da cidade estava sobreposta no mapa de escavação. A pesquisa levou a uma descoberta surpreendente. Para surpresa de todos, não só a escavação estava a se estender do outro lado da parede abaixo mas também além dos altíssimos muros exteriores de Jerusalém, tudo em perfeito acordo com o relato de Ronald Wyatt.

A vistoria continuou e ficou definido que mais de 10 metros de material estavam localizados acima dos trabalhadores.

Como o tempo da primeira fase das escavações se aproximava do fim, todos os participantes estavam de acordo que o local deveria ficar protegido temporariamente. Uma decisão que não finalizava o projeto, mas era o bastante para um novo começo, um passo essencial para se ter sucesso no futuro.

Lembrando que Ronald Wyatt trabalhou durante três anos e meio antes de realizar seus esforços para localizar a Arca da Aliança, as equipes do W.A.R. retornam para casa com um senso de cumprimento e aguarda um outro dia na busca da chave que destravará o mistério do querubim na caverna de Zedequias, e a passagem que conduz à Arca da Aliança.”

As escavações foram reiniciadas em agosto de 2005. Pela primeira vez o lugar que Wyatt descreveu como o local da crucificação foi gravado em DVD para comprovar as descobertas feitas por ele nos anos 80. Edificações antigas escondidas durante milhares de anos foram localizadas tendo artefatos com datas anteriores ao tempo do rei Davi. A direção da Autoridade de Antigüidades Israelita descreve todo o trabalho:

“Durante o mês de agosto de 2005 uma escavação de teste foi realizada dentro do complexo do Jardim da Tumba, ao norte do Portão de Damasco (Licença para escavar n° A-4549). A escavação, em nome da Autoridade de Antigüidades, foi financiada por duas fundações americanas – o Wyatt Archaeological Research (W.A.R.) do Tennessee e o Biblical Archaeology Foundation (BAF) do Texas – foi dirigido por Y. Zelinger, com a ajuda de V. Pirsky (inspeção), I. Berin (desenho de plantas), T. Sagiv (fotografia), N. Katznelson (achados em vidro), T. Ornan (lacre de rolo), D.T. Ariel (numismática), C. Hersch (desenhos de vidros e cerâmica), tendo também participações de voluntários de várias partes do mundo.

A escavação foi iniciada ao sul da formação rochosa natural identificada pelo General C. Gordon em 1883 como “Gólgota”. Durante os anos 80, Ronald Wyatt escavou várias câmaras subterrâneas no local. A escavação atual foi realizada nas câmaras anteriores e adicionais.

Mapa da localização da Caverna de Zedequias no local escavado

O complexo subterrâneo foi acessado por meio de um poço natural estreito, descendo 5 m e abrindo em uma câmara de molde irregular (2 × 3 m e 2,8 m de altura). Uma abertura estreita (0,65 × 1 m) foi feita na parede sul da câmara, dando em um corredor cortado na rocha, direcionado de leste a oeste. A passagem foi bloqueada para o oeste pela queda de terra e pedras; para o leste, leva a uma edificação circular (3 m de diâmetro) cujas paredes foram construídas com pedras do campo (0,3-0,4 m de largura) e edificadas nos degraus de uma pedreira antiga que descia verticalmente (2,5 m) para o sul. A função da edificação não foi determinada devido às limitações da escavação. Provavelmente era parte de uma estrutura residencial ou uma instalação industrial. A terra acumulada nesta área revelou uma moeda extremamente usada no período Umayyad (697-750 DC). A maioria dos fragmentos de cerâmica deste local datava dos períodos helenístico-bizantino: uma garrafa comprida do período helenístico, uma panela de cozinha, um jarro e um abajur do período romano e uma tigela do período bizantino.

Outros achados recuperados nesta área incluíam uma cratera (jarra em forma de taça) datada da Idade do Ferro II, um jarro da Idade do Ferro I e uma estatueta de animal quebrada bem conhecida da Idade do Ferro II em Jerusalém. Um achado especial foi um selo cilíndrico de vidro (0,75 cm de diâmetro e 1,7 cm de comprimento; o selo foi assim identificado por C. Hersch), datado do 8° ao 7° século AC. O selo é no estilo Neo-Assírio local e retrata um adorador em frente a uma meia-lua em uma vara, representando o deus-lua, Pecado de H.aran. (Sin of H aran)

A parede sul da edificação circular foi quebrada e levava a outra câmara de molde irregular que não foi escavada devido a problemas de segurança. Porém, sua parede ocidental curvada provavelmente era a parede exterior de uma cisterna de água, revelada no teste com radar de penetração de solo.

Os achados que estavam desordenados pela escavação anterior e as condições da atual escavação tornaram difícil o reconhecimento dos restos. O período inicial do local foi uma pedreira, subsistida por canais de divisão das pedras de alvenaria. Era parte da extensa pedreira conhecida próxima da Caverna do Zedequias e da Gruta de Jeremias. Os achados de cerâmica e do selo cilíndrico da Idade do Ferro foram talvez de ruínas de um cemitério da Idade do Ferro perto de St. Etienne que tinha aparentemente estendido sobre a área do Jardim da Tumba. As relativas quantidades de achados cerâmicos recuperados da edificação indicam que podem ser datadas do período romano”.

Novas escavações iniciadas em agosto de 2006 revelaram uma cisterna circular bizantina de 45 mil litros e também uma escadaria de pedra exatamente no local descrito por Wyatt. A foto mostra o local da escavação 9 metros abaixo da superfície.

Em algum dia, num futuro próximo, a Arca da Aliança e as Tábuas de Pedra com os 10 mandamentos bem como os demais objetos serão finalmente retirados da Gruta de Jeremias. Mas não por vontade e vaidade humana mas de acordo com a vontade de Deus, o verdadeiro dono de todas essas relíquias.

Fotos do jornal Discovery Times sobre o achado.


Fonte: Arqueologia bíblica

Arqueologia bíblica: O Êxodo

o exodoA arqueologia tem sido a maior amiga dos historiadores e estudiosos bíblicos na procura de locais e objetos que possam evidenciar o trajeto dos hebreus. Já são muitas as evidências encontradas no Egito e na Arábia Saudita.

No último século arqueólogos redescobriram evidências sobre a escravidão dos hebreus, as pragas e a fuga do Egito. A pintura abaixo é uma entre outras encontradas nas paredes da tumba de um comandante chamado Khnumhotep II (século XIX A.C.) onde estão registradas a entrada de um grupo de cerca de 37 palestinos (de barbas) trazendo suas mulheres, crianças, arcos, flechas, lanças, harpas, jumentos e cabras caracterizando que não se tratava de uma invasão, por causa da submissão aos egípcios (mulatos).

A figura n° 115 (imagem abaixo) da publicação The Ancient Near East in Pictures (Pritchard) mostra inscrições no Egito sobre o trabalho escravo (século XV A.C.) na fabricação de tijolos e na construção (Êxodo 1.11-14). Alguns textos egípcios mencionam cotas de tijolo e uma falta de palha, como em Êxodo 5.6-19.

Há sinais das pragas nas ruínas da antiga cidade de Avaris e no chamado “papiro de Ipuwer” encontrado no Egito no início do último século, levado para o Museu Arqueológico Nacional em Leiden na Holanda sendo decifrado por A.H. Gardiner em 1909. O papiro completo está no Livro das Advertências de um egípcio chamado Ipuwer. Este descreve motins violentos no Egito, fome, seca, fuga de escravos com as riquezas dos egípcios e morte ao longo da sua terra. Pela descrição ele foi testemunha de pragas como as do Êxodo. A tabela abaixo compara os relatos de Ipuwer e Moisés:

Papiro de Ipuwer

Êxodo de Moisés

2.5-6 A praga está por toda região. Sangue em toda parte.

2.3 Certamente, o Nilo inunda mas não querem arar para ele.

2.7 Certamente, foram enterrados muitos mortos no rio; a corrente está como uma tumba.

2.10 Certamente, o rio está ensangüentado, e quando se vai beber dele, passam longe as pessoas e desejando água.

3.10-13 Essa é a nossa água! Essa é a nossa felicidade! O que faremos a respeito? Tudo são ruínas.

7.20 …e todas as águas do rio se tornaram em sangue.

7.21 …os peixes que estavam no rio morreram, e o rio cheirou mal, e os egípcios não podiam beber da água do rio; e houve sangue por toda a terrado Egito.

7.24 …os egípcios cavaram poços junto ao rio, para beberem água; porquanto não podiam beber da água do rio.

5.6 Certamente, as palavras mágicas foram descobertas (nas câmaras sagradas), os encantos e os encantamentos eram ineficazes porque são repetidos pelas pessoas.
8.18-19 Também os magos fizeram assim com os seus encantamentos para produzirem piolhos, mas não puderam

2.10 Certamente, portões, colunas e paredes são consumidos pelo fogo.

10.3-6 A casa real inteira está sem os seus servos. Ela tinha a cevada e otrigo, os pássaros e os peixes; tiveram roupas brancas e linho bom, cobre e azeites;

1.4 …os habitantes dos pântanos possuem proteções;

6.1-3 A pessoa se alimenta da erva arrastada pela água… Para as aves não se encontra grão nem erva… a cevada pereceu em todas as estradas.

5.13 Certamente o que podia ser visto ontem, desapareceu. A terra está abandonada por causa da esterilidade e igualmente o corte de linho.

9.23-24 …e fogo desceu à terra … havia saraiva e fogo misturado…

9.25-26 …a saraiva feriu, em toda a terra do Egito, tudo quanto havia no campo, tanto homens como animais; feriu também toda erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo. Somente na terra de Gosen [pântanos do Delta do Nilo] onde se achavam os filhos de Israel, não houve saraiva.

9.31-32 …o linho e a cevada foram danificados, porque a cevada já estava na espiga, e o linho em flor; mas não foram danificados o trigo e o centeio, porque não estavam crescidos.

10.15 …nada verde ficou, nem de árvore nem de erva do campo, por toda a terra do Egito.

5.5 Certamente, todos os rebanhos de cabras têm os corações chorando; osgados reclamam por causa do estado da terra….

9.2-3 … e da mesma maneira os rebanhos vagaram sem pastores … osrebanhos vão desnorteados e nenhum homem pôde reuni-los. Cada um tenta trazer os que foram marcados com o seu nome.

9.3 …eis que a mão do Senhor será sobre teu gado, que está no campo. sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre os bois e sobre asovelhas; haverá uma pestilência muito grave.

9.19 …manda recolher o teu gado e tudo o que tens no campo; porque sobre todo homem e animal que se acharem no campo, e não se recolherem à casa, cairá a saraiva, e morrerão.

9.21 …mas aquele que não se importava com a palavra do Senhor, deixou os seus servos e o seu gado no campo.

9.11 … não amanheceu…
10.22 … e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias.

4.3 (5.6) Certamente, os filhos dos grandes são lançados contra a parede.

6.12 Certamente, as crianças dos grandes foram abandonadas nas ruas;

2.13 Certamente, as pessoas reduziram e quem põe seu irmão na terraencontra-se em todo lugar.

3.14 É um gemido que há pela terra, misturado com lamentações.

12.29 …feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava em seu trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.

12.30 …e fez-se grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.

7.1 Veja, certamente o fogo ascendeu às alturas e o seu queimar sai contra os inimigos da terra.
13.21 … e de noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.

3.2 Certamente, ouro, lápis azul, prata, turqueza, cornalina e bronze… écolocado no pescoço das escravas
12.35-36 …e pediram aos egípcios jóias de prata, e jóias de ouro, e vestidos…..de modo que estes lhe davam o que pedia; e despojaram aos egípcios.

7.2 Veja, quem havia sido enterrado como um falcão está em um caixão de madeira; aquilo oculto na pirâmide estava vazio.
Assim morreu José, tendo cento e dez anos de idade; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito. (Gênesis 50.26)

13.19 Moisés levou consigo os ossos de José…

Outra evidência da passagem dos hebreus pelo Egito foi a descoberta do Vale das Inscrições (Wadi Mukattab) na Península do Sinai.

Uma das inscrições feitas por hebreus descreve com detalhes a fuga pelo Mar Vermelho. As inscrições foram feitas em hebraico antigo em pedras e arqueólogos e pesquisadores ainda não sabem dizer quem são seus autores. Há também hieróglifos egípcios a respeito das minas de turquesa da região de Serabit El Khadim, inscrições de mineiros Canaãnitas e Nabateanos, em grego, latim e árabe ao longo do vale.

O explorador Charles Forster publicou estes achados em seu livro “Sinai Photographed” em 1862. Ele concluiu que estas inscrições eram uma combinação de alfabetos hebreus e egípcios que descrevem o Êxodo. A foto abaixo foi tirada em 1857 por Francis Frith.

A mais recente descoberta sobre a passagem dos hebreus no Egito foi apresentada em 2003 quando 2 arqueólogos israelitas concluíram estudos dos anos 30 na parte ocidental do Nilo onde a Universidade do Instituto Oriental de Chicago estava fazendo escavações em Medinet Habu, área do sul da necrópole de Tebas. Arqueólogos descobriram evidências de algumas cabanas semelhantes às casas de 4 quartos predominantes na Palestina durante toda a Idade do Ferro (1200-586 A.C.).

Historiadores antigos e famosos também relataram a passagem dos hebreus no Egito:

Flavio Josefo, historiador judeu do 1° século D.C., em sua obra Josefo Contra Apion – I, 26, 27, 32 menciona dois sacerdotes egípcios: Maneto e Queremon que em suas histórias sobre o Egito nomearam José e Moisés como líderes dos hebreus. Também confirmaram que migraram para a “Síria sulista”, nome egípcio da Palestina.

Diodoro Siculo, historiador grego da Sicília (aproximadamente 80 a 15A.C.) escreveu que “antigamente ocorreu uma grande pestilência no Egito, e muitos designaram a causa disto a Deus que estava ofendido com eles porque havia muitos estranhos na terra, por quem foram empregados rito estrangeiros e cerimônias de adoração ao seu Deus. Os egípcios concluíram então, que a menos que todos os estranhos se retirassem do país, nunca se livrariam das misérias”.

Herodoto, historiador grego intitulado o Pai da História, escreveu o livro “Polymnia”. Na seção c.89 escreve: “Essas pessoas (hebreus), por conta própria, habitaram as costas do Mar Vermelho, mas migraram para as partes marítimas da Síria, tudo que é distrito, até onde o Egito, é denominado Palestina”. São localizadas as costas do Mar Vermelho, em parte, hoje o Egito, enquanto são localizadas as partes marítimas da Síria antiga, em parte, o atual Estado de Israel.

A Rota

O caminho para a terra dos filisteus (faixa de Gaza) era o mais curto mas para não haver confrontos a ordem foi seguir pelo caminho do deserto próximo do Mar Vermelho (Êxodo 13.17). Mesmo assim, até hoje a verdadeira rota do Êxodo é discutida e as 3 principais teorias são:

Teoria Tradicional – Normalmente aceita por católicos, judeus e evangélicos. Com algumas variações com relação ao lugar exato da travessia do Mar Vermelho, defende que os hebreus teriam contornado a península do Sinai, sem sair do Egito.

Localizado no Egito por indicação do Imperador Justiniano, o tradicional Monte Sinai vem sendo usado como ponto turístico. As Bíblias atuais mostram mapas indicando lugares por onde poderia ter passado o povo Hebreu mas sem nenhuma comprovação ou evidência arqueológica. A sua localização é longe de Midiã, região noroeste da Arábia Saudita.

Teoria de Ronald Eldon Wyatt – Já aceita por muitos atualmente pela sua quantidade de evidências. Acredita que até o Mar Vermelho os hebreus caminharam pelo tradicional “Caminho dos Reis” atravessando o Golfo de Ácaba.

Anestesista, arqueólogo amador americano e adventista. Foi o pesquisador mais contestado, criticado e até perseguido principalmente por não ser formado em arqueologia. Contudo, o único que realmente conseguiu reunir o maior número de evidências. Em 1984 fotografou (cerca de 400 fotos) e filmou (12 horas de gravação) a região árabe mas foi preso por 78 dias tendo o material apreendido pelas autoridades locais (suspeitavam ser um espião judeu) pois não queriam que suas descobertas fossem divulgadas. Após 8 anos de oração conseguiu reaver todo o material enviado pelos próprios árabes! Naquele momento estava hospedado num hotel na praia de Nuweiba, Egito. Morreu em Agosto de 1999.

Teoria de Emanuel Anaty – A mais recente, a mais rejeitada e a menos conhecida. Acredita que os hebreus teriam seguido o caminho para a Palestina.

Arqueólogo italiano que descobriu no deserto do Neguebe o Monte Carcom, que em hebraico significa “Monte de Deus”. Sua localização é longe de Midiã. Pode ter sido um dos acampamentos hebraicos durante os 40 anos de peregrinação mas sem provas suficientes para afirmar. Situa-se entre Edom e o Egito, caminho para o Delta do Nilo utilizado por muitos quando havia fome na atual região Jordaniana.

A Travessia do Mar Vermelho

Durante muito tempo dizia-se que a travessia teria sido num lago ao norte do Mar Vermelho chamado de Mar de Juncos ou Lagos Amargos onde hoje foi aberto o Canal de Suez. Mas acredita-se que se dava este nome ao Golfo de Ácaba, um dos braços do Mar Vermelho.
Em 1988 o explorador americano Bob Cornuke defendeu a teoria de que a travessia teria sido no Estreito de Tiran, na entrada do Golfo de Ácaba, onde existe uma “ponte de terra” (“landbridge” em inglês) no nível do mar entre o Egito e a Arábia Saudita. Para ele a maré baixou e mais tarde subiu afogando os egípcios, ou seja, um evento natural. Porém, não foram encontradas evidências para comprovar sua teoria e o local é relativamente raso não sendo suficiente para afogar um exército de mais de 600 homens! A foto abaixo mostra o local.
Moisés foi claro em relatar o que viu: um vento oriental penetrou no mar formando “muros de água”. É bem diferente de uma “ponte de terra”! Um evento sobrenatural provado pela arqueologia!

O local onde se obteve mais indícios da travessia foi a praia de Nuweiba no Golfo de Ácaba, no Egito. É a única praia no Mar Vermelho com área suficientemente grande para suportar a quantidade de hebreus acampados (mais de 2 milhões além dos animais e objetos).
Até este ponto calcula-se que o povo hebreu teria caminhado mais de 300km durante 6 dias praticamente sem parar! Havia alimentos para apenas 7 dias (Êxodo 13.6-8).
A imagem abaixo mostra uma vista aérea da praia onde está a pequena cidade de Nuweiba, onde o aluguel de equipamentos de mergulho para passeios submarinos é uma das principais atividades turísticas.

Foto de satélite ampliada da região. Os caminhos brancos são estradas entre os montes. Os hebreus e os egípcios vieram do norte (Êxodo 14.2).

Outra evidência é a planície do fundo do mar nesta área. As imagens abaixo foram montadas por mapeamento topográfico, e mostram que o mar é profundo ao sul (1700 m) e ao norte (900 m) da praia formando uma espécie de ponte submersa (cerca de 110 m de profundidade)! No fundo foram encontradas rochas agrupadas em linha reta na beira desta planície fazendo-a parecer uma estrada.

A distância entre a costa egípcia e a árabe é de cerca de 18 Km e calcula-se que a largura do caminho feito pelo afastamento das águas tenha aproximadamente 900 metros. Levando-se em consideração o forte vento nas laterais e que uma pessoa a passos largos (sem correr) leve 3 horas e meia para percorrer essa distância, estima-se que a travessia de quase 3 milhões de pessoas e de muitos animais(Êxodo 12.38) possa ter levado umas 6 horas.

Nesta foto de satélite os dados sobrepostos das medidas de profundidades são relacionadas entre si (os valores são razões). As linhas paralelas traçam a estrada submarina por onde as águas secaram.

Neste mapa a distância está em metros. A parte mais profunda da travessia assinalada é de 109m. Notar que ao norte tem 948 metros e ao sul 1720 metros, formando assim uma “ponte submersa”.

A foto abaixo mostra a vista, ao nível do mar, para a praia de Nuweiba ao entardecer. A travessia foi feita durante a noite e ao amanhecer (Êxodo 14.20;24) os hebreus teriam visto imagem semelhante a esta logo após o afogamento dos egípcios.

Possivelmente teria sido aqui ou um pouco mais para o lado esquerdo, a festa dos hebreus (Êxodo 15.1-21) pois foi neste local onde foi encontrada uma coluna comemorativa erguida por Salomão. Ao fundo está a praia onde estavam acampados antes da travessia.

Esta outra mostra o local onde Faraó teria avistado o acampamento dos hebreus na praia antes da travessia (Êxodo 14.9-10). É o único caminho para a praia.

Foram encontradas duas colunas em estilo fenício sendo uma na praia do lado egípcio (Nuweiba) e outra do lado árabe. A primeira encontrada foi no lado egípcio em 1978 onde havia uma inscrição em hebraico destruída pela erosão (a parte inferior estava no mar) praticamente ilegível. A segunda, em 1984, no lado árabe é idêntica, tem a mesma inscrição em hebraico e tem legível as palavras: Egito; Salomão; Edom; morte; faraó; Moisés; e Jeová significando que foi erguida por Salomão, em honra a Jeová, e dedicada ao milagre da travessia do Mar Vermelho por Moisés e a destruição do exército egípcio. Semanas depois a coluna foi retirada e colocado um marcador-bandeira em seu lugar. Os árabes não apreciam estrangeiros pesquisando em sua terra, principalmente judeus e americanos.
Durante o reinado de Salomão, Israel foi uma potência no Oriente Médio onde obteve o controle marítimo da região (1 Reis 9.26 e II Crônicas 8.17). Há uma referência em Isaías 19.19 que acredita-se ser a coluna do lado egípcio.
A coluna do Egito.

A coluna da Arábia antes…

… e o marcador depois!

O local da praia onde se iniciou a travessia: A base da coluna estava sob a água e foi removida por soldados israelenses para atrás da estrada principal que beira a praia. Israel ocupou a região da península do Sinai entre 1967 e 1982.
O vento com força sobrenatural veio do lado árabe (das montanhas ao fundo) na direção do povo mas se dividiu em duas correntes de ar separando as águas sob a forma de muros que, afastados criaram um caminho sem água (Êxodo 14.22). Dependendo da altura da maré no dia, esses muros de água chegavam a cerca de 100m na parte mais profunda, no meio da travessia. Quando o vento parou, a pressão do retorno das águas foi suficiente para matar e afogar os egípcios! Os capitães nos carros e os cavaleiros de Faraó se afogaram (Êxodo 15.4). Notar no mar a pouca profundidade no início da travessia pela sua tonalidade mais clara e a parte mais escura onde é mais profundo.

Periódicamente pesquisadores mergulham no local da travessia buscando materiais como ossos, cascos, rodas, restos dos carros egípcios entre outros objetos. É normal o mergulho de turistas em busca das belas paisagens submarinas e alguns até encontram esses materiais.
Abaixo estão alguns dos achados no fundo do mar em profundidades de até 60m a partir de 1978 por Wyatt:

Fêmur humano.

Agrupamento de costelas humanas

Alinhamento das rochas localizado na lateral da travessia. Naquele dia, o afastamento das águas criou um caminho limpo de obstáculos que parcialmente existe até hoje. Neste local, as formações de corais são bem diferentes das outras áreas do golfo

Rodas com eixos incrustados de corais.
Foram encontradas rodas de 4, 6 e 8 raios. As rodas de 8 raios só foram fabricadas na 18a dinastia dos faraós. O rei do Egito usou toda a sua frota de carros (Êxodo 14.6-7) com todos os tipos de rodas existentes. Estas foram encontradas próximas da costa árabe.

Duas rodas com eixo.

As rodas folheadas com metal (ouro com prata) cuja madeira se decompôs com o tempo, provavelmente eram dos carros dos oficiais, praticamente não foram cobertas pelos corais. Uma relíquia arqueológica!

Reconstituição retirando os corais de uma roda de 8 raios. Nota-se a ausência de um deles.

Roda de 6 raios com eixo. Um detector de metais submarino acusou presença de ferro nesta formação próxima da costa egípcia.

Os Hicsos, povo semita que conquistou e dominou parte do Egito durante cerca de um século, introduziram os carros de guerra no país. Foram expulsos pelo faraó Amósis (1540-1515 AC) alguns séculos antes do Êxodo. Esta mudança levou os hebreus à escravidão.
Foto de um carro egípcio da época. Era da 18a dinastia dos faraós e é notável a semelhança com as rodas encontradas no mar.

Em 1997 uma equipe de pesquisadores filmou o fundo do mar comprovando a descoberta de Wyatt. As imagens foram exibidas num programa de TV (1° video e 2° video).

Passagem por Mara, Elim e Refidim

Depois de 3 dias chegaram a um local chamado Mara onde as águas eram amargas (Êxodo 15.23). Em 1988 o explorador Bob Cornuke e seu amigo Larry Williams encontraram uma fonte de águas amargas próximo ao Mar Vermelho, no lado da Arábia Saudita. As fotos abaixo mostram o local.

O oásis de Elim onde haviam 12 fontes e 70 palmeiras (Êxodo 15.27).

Nos montes deste local arqueólogos Sauditas escavaram cavernas como a da foto abaixo. Informaram ao explorador Bob Cornuke que encontraram escrituras sobre a passagem de Moisés pelo local bem como as tumbas de Jetro e Zípora. Porém esta informação não foi confirmada.

A rocha em Horebe (Massá e Meribá), em Refidim, e uma vista da fenda por onde saía a água (Êxodo 17.6). Nota-se a erosão e o alisamento provocados pela nascente. Sua localização é próxima ao Monte Sinai (Êxodo 3.1), a menos de 24h a pé (Êxodo 19.1-2).

Ficaram alguns dias em Refidim. Foi aqui que Zípora, mulher de Moisés e seus 2 filhos (Gérson e Eliézer nascidos em Midiã) voltaram para casa contando a seu pai Jetro, como foi a fuga do povo. Em seguida, com seu pai e seus filhos, retornou para Moisés (Êxodo 18.1-4).
Também neste local ocorreu a guerra contra os amalequitas (Êxodo 17.8-13).
Na foto, o altar de Moisés “Jeová-Níssi” (O Senhor é Minha Bandeira) localizado cerca de 200m da rocha (Êxodo 17.15).

O Monte Sinai

A nomeação do tradicional Monte Sinai no Egito surgiu quando o Imperador Justiniano edificou o Monastério de Santa Catarina no ano de 527, dois séculos depois de Helena, mãe do Imperador Constantino, ter construído uma pequena igreja no mesmo vale, na península do Sinai, embora não tenha indícios arqueológicos nem relatos bíblicos do local. Mas em Êxodo 3.12 deixa claro que o monte verdadeiro fica fora do Egito e que Moisés esteve lá pastoreando quando vivia com seu sogro em Midiã.
A foto abaixo mostra o tradicional Monte Sinai que é visitado durante séculos por turistas e religiosos. O vale é pequeno e não tem espaço para acomodar mais de 2 milhões de hebreus (600 mil eram de homens que foram a pé) com seus animais e objetos.

O mapa abaixo mostra a sua posição geográfica e o trajeto (em vermelho) defendido por pesquisadores durante anos, mesmo sem achados que o comprovem. Mapas semelhantes estão nas Bíblias atuais.

A foto de satélite e o mapa mostram o trajeto defendido e em grande parte comprovado por Ronald Wyatt. O local chamado Etham (ou Etã) é próximo da cidade hoje conhecida como El Thamad.

O mapa abaixo mostra o trajeto pós-travessia. Notar que os hebreus voltaram a acampar em outro local do Mar Vermelho (Golfo de Ácaba) após terem saído de Elim (Números 33.10).

Em Êxodo 3.12 confirma que o Monte Sinai localiza-se fora do Egito e que Moisés esteve no local quando apascentava as ovelhas de Jetro, seu sogro e sacerdote de Midiã, região noroeste da Arábia (Êxodo 3.1). Portanto o Monte Sinai não poderia ser tão distante do local onde Moisés vivia, como vem sendo informado durante séculos.

Depois de realizadas buscas nas áreas da rota do Êxodo a partir de 1761, foi então encontrado na Arábia Saudita o que se chama hoje de o verdadeiro Monte Sinai. Neste lugar bastante amplo existem evidências mostradas nos livros de Moisés como pode-se ver nas fotos abaixo tiradas em 1984. Em Gálatas 4.25 confirma que o Monte Sinai fica na Arábia! Em árabe a região montanhosa se chama “Jebel El Lawz” e os árabes beduínos da região a chamam de “Jebel Musa” (Montanha de Moisés).

O local é até hoje conhecido como Horebe (Wadi Hurab)! Na verdade uma cadeia de montes que formam um “C” semelhante a um anfiteatro conforme mostra o mapa abaixo.

Mapa da região – Horebe em cor de laranja.

O pico do monte está “queimado” (carbonizado) conforme descrito em Êxodo 19.18-20, 24.17 e Deuteronômio 4.11. Exploradores quebraram algumas rochas e comprovaram que são de granito e escuras apenas por fora! É o local mais alto da região (mais de 60 metros de altura). Fica ao centro e na parte traseira da montanha.

Vista do pico para Refidim.
A rocha com a fenda está localizada no monte menor no centro da foto.

A foto de satélite abaixo mostra a diferença geográfica entre o tradicional Monte Sinai em AZUL (na península do Sinai), e o encontrado com evidências em AMARELO (na Arábia Saudita). Em VERDE a praia onde acamparam os hebreus e a travessia do Mar Vermelho (no Golfo de Ácaba).

Outra foto de satélite com mais detalhes.

A Primeira Terra Santa dos Hebreus (Êxodo 3.5)

Outras evidências encontradas no local onde os hebreus teriam permanecido por cerca de 2 anos recebendo as leis e os estatutos. A foto mostra a vista para a área sagrada e para o arraial.

A: Casa da Guarda Árabe. Ao tomarem conhecimento das descobertas os árabes reconheceram a importância do local, declarando-o um sítio arqueológico.

B: Altar do Bezerro de Ouro (Êxodo 32.5,19). Situado ao pé de um monte pertencente a Horebe em frente ao Sinai a cerca de 1500 metros deste.

C: As doze colunas (Êxodo 24.4).

D: Altar de terra ao pé do monte (Êxodo 20.24 e 24.4).

E: Barreira de poços feita por Moisés para delimitar a área sagrada (Êxodo 19.23). O arraial dos hebreus situava-se atrás, da esquerda para a direita cobrindo toda a área entre os montes.

É evidente o contorno (em azul) da marca deixada pelo ribeiro que descia do monte até o arraial (Deuteronômio 9.21).

A água descia e acumulava nos poços dando condições ao povo de viver no local. Foram encontrados diversos vestígios desses poços conforme a foto abaixo (ver “well”).

Platô de onde foi tirada a foto da área sagrada e do arraial em 1984.

No monte em frente ao pico existem pedras em forma de tábuas (Êxodo 24.12). Notar que há uma árvore crescendo entre as pedras. Logo abaixo destas existe uma caverna (parte escura um pouco abaixo do centro da imagem). Acredita-se ser a mesma na qual Elias se refugiou quando temeu a Jezabel (1 Reis 19.8-9), esposa do rei israelense Acabe.

Vista de dentro da caverna. Talvez tenha sido usada por Moisés.

Mapa arqueológico do local.

As partes restantes das doze colunas e do altar (Êxodo 24.4). Os árabes o desmontaram levando parte das pedras para uma mesquita na cidade de Hagl assim que as autoridades tomaram conhecimento das descobertas de Ronald Wyatt. Moisés é reconhecido pelos árabes como profeta.

O altar do bezerro de ouro feito por Arão (Êxodo 32.5) que foi reconhecido pelas autoridades árabes como um tesouro arqueológico, sendo vigiado por guardas.

Muitos desenhos (petróglífos) de vacas e touros no estilo egípcio foram encontrados no altar. Os árabes ficaram admirados com a descoberta pelo fato deste estilo não ter sido achado em qualquer outro lugar na Arábia Saudita. Aqui estão alguns deles:

Todo esse tesouro arqueológico foi encontrado conservado e praticamente intacto devido ao fato da região ser no meio do deserto, longe de oásis como o de Elim, ainda existente.

Al Bad – Moradia de Jetro?

Um antigo mapa encontrado na Arábia mostra que a cidade de Al Bad teria sido o local onde o sogro de Moisés morava provando que o sacerdote de Midiã era conhecido e respeitado.
Está localizada a sudoeste do Monte Sinai e no mapa maior está assinalada pela seta inferior.

A foto abaixo mostra a região onde Moisés viveu 40 anos com sua nova família depois de fugir do Egito.

Outro Monte Sinai?

Recentemente foi sugerido um “terceiro Monte Sinai” no deserto do Neguebe na fronteira entre Israel e o Egito, chamado de Monte Carcom que em hebraico significa “Monte de Deus” e fica entre o Golfo de Ácabe e o Mediterrâneo. Foram encontrados acampamentos circulares feitos com pedras, um desenho com 10 retângulos em uma pedra (foto abaixo) e 12 pedras posicionadas lado a lado em forma de colunas.

Mas em Êxodo 13.17-18 relata que os hebreus foram para o oriente pelo caminho do sul, próximo ao Mar Vermelho, basicamente a mesma direção que tomou Moisés quando fugiu do Egito. A diferença é que desta vez Deus mandou Moisés voltar e ir até a praia.
O monte Carcom pode ter sido lugar de um dos acampamentos de Moisés como nos dos montes Sefer e Hor (Números 33.23 e 37), por exemplo. Todos esses montes podem ter outros nomes nos dias de hoje. Além disso o que contraria as descobertas é a datação feita do local: 2200 AC, ou seja, cerca de quase mil anos antes do êxodo, antes até mesmo de Abraão! Não há evidências suficientes para afirmar que o povo hebreu tenha acampado naquele local.

Imagens de Satélite da Região

Conclusão

De todos os achados e descobertas estas são incontestáveis: As colunas comemorativas no local da travessia, os restos dos carros dos egípcios a mais de 30m de profundidade e o pico do monte carbonizado.

Reportagens do jornal Discovery Times sobre os achados arqueológicos



Fonte: Arqueologia bíblica

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Como surgiram os gigantes bíblicos

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Os Gigantes

“Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antiguidade.” Gênesis 6.4

 

“Antes haviam habitado nela os emins, povo grande e numeroso, e alto como os anaquins; eles também são considerados refains como os anaquins; mas os moabitas lhes chamam emins.” Deuteronômio 2.10-11

 

“Porque só Ogue, rei de Basã, ficou de resto dos refains; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos amonitas? O seu comprimento é de nove côvados [4 metros], e de quatro côvados [1,78 metros] a sua largura, segundo o côvado em uso.” Deutoronômio 3.11

 

“Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos.”Números 13.33

Há cerca de 5.500 anos, a estatura humana era sobremodo elevada. Existiam homens na Mesopotâmia cuja estatura ultrapassava 4 metros. Os primeiros gigantes, chamados na Bíblia de Nefilins (enfilins no original hebraico que significa “caídos” ou “desertores”) poderiam ser ainda mais altos.

Nos finais dos anos 50 durante a construção de uma estrada no sudeste da Turquia, em Homs e Uran-Zohra no Vale do Eufrates, região próxima de onde viveu Noé após o dilúvio, foram encontradas várias tumbas de gigantes. Elas tinham 4 metros de comprimento, e dentro de duas estavam ossos da coxa (fêmur humano) medindo cerca de 120 centímetros de comprimento. Calcula-se que esse humano tinha uma altura de aproximadamente 4 metros e pés de 53 centímetros. Uma cópia do osso (fotos abaixo) está sendo comercializada pelo Mt. Blanco Fossil Museum na cidade de Crosbyton, Texas, EUA, ao preço de 450 dólares.

“Não foi deixado nem sequer um dos anaquins na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em Gate, e em Asdode.” Josué 11.22

 

“Ora, o nome de Hebrom era outrora Quiriate-Arba, porque Arba era o maior homem entre os anaquins. E a terra repousou da guerra.” Josué 14.15

Outros grupos de gigantes chamados de Anaquins e Refains (ou Emins) se instalaram na Palestina entre o Mar Morto e a faixa de Gaza. Os israelitas mataram todos os gigantes desta região sobrando apenas o rei Ogue (na região norte da atual Jordânia) e alguns que foram para a faixa de Gaza (região entre o Mar Mediterrâneo e a cidade de Gaza).

“Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo [2,89 metros].” 1 Samuel 17.4

Golias é o gigante mais famoso da história. No entanto não chegava a 3 metros de altura.

No Parque do Dinossauro, próximo de Glen Rose no estado do Texas, EUA, nos arredores do Rio Paluxy existem várias pegadas de dinossauros e humanos juntas. A foto abaixo é da pegada de uma mulher, segundo estudos feitos em cortes da seção transversal. Tem 45 cm e pela estimativa a mulher possuía cerca de 3,05 m de altura e 454 kg de peso.

Gigantes de 24 dedos

“Houve ainda outra guerra em Gate, onde havia um homem de grande estatura, que tinha vinte e quatro dedosseis em cada mão e seis em cada pé, e que também era filho do gigante.” 1 Crônicas 20.6

Pela narrativa, os israelitas se surpreenderam com esse gigante. Embora seja bastante curiosa, a anomalia dos 24 dedos é encontrada em humanos até hoje (fotos abaixo).

Em 1876 chegou em Londres um gigante fossilizado de 3,65 metros com 6 dedos no pé direito. Ele foi desenterrado por Mr. Dyer durante uma operação mineira em County Antrim, Irlanda. Em seguida foi levado para exposição em Dublin, Liverpool e Manchester. Numa edição de dezembro de 1895, a revista British Strand Magazine publicou uma foto do fóssil tirada no depósito de mercadorias da Broad Street da Companhia de Estrada de Ferro North-Western, sendo mais tarde reimpressa no livro Traces of the Elder Faiths of Ireland de W. G. Wood-Martin (abaixo).

Gigantes com Dinossauros

Na foto acima, uma pegada de gigante encontrada junto com outra de Acrocantossauro. Comparando os tamanhos, calcula-se que a altura do humano era bem próxima a do animal (pouco acima dos 4 metros). Na foto abaixo, uma comparação do tamanho de um Acrocantossauro com humanos normais.

Gigantes Recentes

Um pouco menores do que o famoso Golias, o filisteu que desafiou o exército de Israel, os gigantes mais recentes registrados têm altura entre 2,50 e 2,80 metros. Nas fotos abaixo estão alguns dos mais famosos:

O russo Machnov (1882-1905) visitando o Hipódromo de Londres

Johann Petursson (1913-1984) de 2,63 m

Robert Wadlow (1918-1940) de 2,71 m usando um sapato tamanho 37 (EUA) ou 52 (Brasil)

Fatos Registrados

Gigantes ancestrais americanos. Abaixo estão alguns achados de esqueletos nos últimos dois séculos nos EUA:

  • Em seu livro The Natural and Aboriginal History of Tennessee, John Haywood descreve “ossos muito grandes” encontrados em sepulturas de pedra no município de Williamson, no estado de Tennessee, em 1821.
  • Na metade do século XIX esqueletos gigantes foram encontrados próximo de Rutland e Rodman, no estado de Nova Iorque.
  • O Dr. J.N. DeHart achou vértebras de tamanhos incomuns em morros de Wisconsin em 1876.
  • W.H.R. Lykins descobriu crânios de grande tamanho e densidade em morros da cidade de Kansas em 1877.
  • O Dr. George W. Hill, achou um esqueleto de tamanho incomum em um morro do município de Ashland, no estado de Ohio.
  • Em 1879, um esqueleto de 2,94 metros foi encontrado num morro perto de Brewersville, estado de Indiana (Indianapolis News, 10/11/1975).
  • Um esqueleto enorme foi achado em um caixão de barro, com laje de arenito contendo hieroglíficos, durante explorações do Dr Everhart num morro perto de Zanesville, estado de Ohio. (American Antiquarian, volume 3, 1880, página 61)
  • Dez esqueletos de ambos os sexos e de tamanhos gigantescos foram encontrados num morro em Warren, estado de Minnesota, 1883. (St. Paul Pioneer Press, 23/5/1883)
  • Restos de 7 esqueletos de alturas estimadas em torno dos 2,3 metros foram encontrados em Minnesota, 1888 (St. Paul Pioneer Press, 29/6/1888)
  • Num morro perto de Toledo, no estado de Ohio, foram encontrados 20 esqueletos, sentados com a face virada para o leste, com mandíbulas e dentes duas vezes maior do que o normal, e ao lado de cada esqueleto havia uma tigela grande com figuras hieroglíficas curiosamente ornamentadas. (Chicago Record, 24/10/1895, citado por Ron G. Dobbins,NEARA Journal, volume 13, outono de 1978)
  • No estado de Minnesota foram encontrados um esqueleto de um homem enorme na Fazenda Beckley, em Lake Koronis, e outros ossos gigantes em Moose Island e em Pine City (St. Paul Globe, 12/8/1896).
  • Em 1911, mineiros descobriram várias múmias de cabelos ruivos com altura que varia de 2 a 2,4 metros junto com artefatos em uma caverna em Lovelock, no estado de Nevada (The Unexplained: An Illustrated Guide to the World’s Natural and Paranormal Mysteries, Dr. Karl Shuker, 1996). Obs: Uma antiga lenda local diz que havia um grupo de gigantes chamados “Si-Te-Cah” que foram exterminados pelos índios Paiutes (ou Piutes), alguns séculos antes da colonização americana. Sarah Winnemucca Hopkins, filha do Chefe indígena Paiute Winnemucca, na página 75 do seu livro Life Among the Paiutes, confirma o fato afirmando que o seu povo guardou os cabelos ruivos daquele povo durante séculos..

Arcada dentária de uma múmia de Lovelock

Dr. Karl Shuker: “O Inexplicado”

  • Próximo de Lovelock,  foram achados 2 grandes esqueletos no leito do lago Humboldt em fevereiro e junho de 1931. O primeiro media 2,6 metros de altura e parecia ter sido embrulhado em um tecido coberto com goma como as múmias egípcias. O segundo esqueleto tinha quase 3 metros (Review – Miner, 19/6/1931).
  • Samuel Hubbard, Curador Honorário de Arqueologia do Museu de Oakland, descobriu dois corpos petrificados sendo um de 4,6 e o outro de 5,5 metros, no Grand Canyon do Arizona. Próximo ao local foi encontrado um grande número de pegadas de 43 a 50 centímetros de comprimento (The Hubbard Discovery, Setembro de 1923).
  • Em Julho de 1877, na região de Spring Valley próximo de Eureka, estado de Nevada, foram encontrados um joelho e um osso de perna humana tendo esta a medida de 99 centímetros, equivalente a altura de uma pessoa de aproximadamente 3,5 metros. Os ossos estavam bastante carbonizados devido a sua idade (Strange Relics from the Depths of the Earth, J.R. Jochmans, 1979).

Um Império de Gigantes

(Artigo escrito por Leandro para o site Mistérios Antigos – Os antigos habitantes da Terra)
http://misteriosantigos.50webs.com
e-mail: misteriosantigos@uol.com.br
Por volta de 550 antes de Cristo, os Persas formaram uma das civilizações mais prósperas e sofisticadas da Mesopotâmia. No auge deste império, seus domínios se estendiam desde o Egito até a Índia. Persépolis, a suntuosa capital, com pilares e muralhas de mais de 20 metros de altura, possuía um sistema subterrâneo de saneamento básico, um imenso reservatório elevado de água esculpido aos pés da montanha, e as enormes pedras usadas para o nivelamento do solo eram unidas por juntas de metal.

Persépolis.

Obs: É de causar no mínimo apreensão, quando dados da ONU de 2006 apontam que quase metade da população mundial não tem acesso a saneamento básico.

Ciro, O Grande, fundador e rei Persa, deixou como legado o primeiro documento referente aos direitos humanos, em um cilindro de barro. O Cilindro de Ciro, antecede a Magna Carta em mais de um milênio. Trechos do cilindro revelam o respeito de Ciro pela humanidade, tolerância religiosa e liberdade.

Ciro declarava em seu reinado:

“O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da Terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá. Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém. Todo aquele que restar em alguns lugares em que habita, os homens desse lugar o ajudarão com prata, ouro, bens e gado, afora as dádivas voluntárias para a Casa de Deus, a qual está em Jerusalém.”

Ciro, O Grande, em pedra:
Ciro, o Grande, rei da Pérsia.
Sob o comando de Dario, O Grande, o Império Persa atingiu seu apogeu, dominando diversas nações rivais, contendo revoltas, e aperfeiçoando leis e a política.

Neste período, numa montanha na província de Kermanshah, foi gravada uma inscrição em ponto tão elevado que nenhum humano era capaz de ler, a Inscrição de Behistun.

Indicação da inscrição no Monte Behistun, a 100 metros de altura.
A gravura mostra Dario junto com soldados persas dominando líderes de comunidades rivais. A diferença de altura entre eles é tão notável que parece até que seus subjugados eram anões.

Inscrição de Behistun, de Dario o Grande.
Há boatos de que quando Alexandre Magno invadiu Persépolis e tomou o trono, seus pés ficaram balançando ao ar como os de uma criança.

Por que será que a ciência não declara de maneira oficial que realmente existiram esses gigantes?
Gigantes.
Talvez porque vai contra a Teoria da Evolução das Espécies, de Darwin, na qual as carreiras desses cientistas foram fundadas?

Talvez porque revela indícios inegáveis de que as descobertas arqueológicas mais importantes do mundo estão sendo metódicamente ocultadas do conhecimento público para manter um modelo histórico falso?
Ossada gigante.
O modelo evolutivo diz que no início os organismos eram simples, primitivos, e ao longo de milhares e milhares de anos foram se tornando mais complexos, até chegar ao homem moderno. No entanto, quando olhamos para o passado, vemos que existiam civilizações com um avançado domínio tecnológico, em muitos aspectos, mais avançados do que nós.

Por exemplo:

*Você sabia que os Maias possuíam instrumentos cirúrgicos que eram 1.000 vezes mais afiados que as modernas lâminas de platina?

*Sabia que não existe guindaste no mundo capaz de transportar pesos próximos do peso das pedras usadas na construção do templo de Baalbek, no Líbano, e que essas pedras foram erguidas quase 10 metros de altura e unidas tão perfeitamente que não é possível introduzir uma carta de baralho entre uma pedra e outra?

*Sabia que mineradores em Klerksdorp, na África do Sul, encontraram centenas de esferas metálicas mais duras do que aço, na camada subterrânea Pré-Cambriana, tão perfeitas que não poderiam ser de outra origem senão criadas pelo homem? Porém, esta camada sedimentar onde as esferas foram encontradas pertence ao período geológico que corresponde a 2.8 bilhões de anos atrás, e nessa época, de acordo com a ciência atual, os organismos mais avançados no planeta eram células.