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“A unção pode te destruir se você estiver vivendo em pecado”, alerta Benny Hinn

Benny Hinn testemunhou que sua vida espiritual estava praticamente morta, mas viveu um processo de restauração.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHARISMA NEWSATUALIZADO: QUINTA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2021 10:15
Benny Hinn testemunha restauração em período de vida espiritual morta. (Charisma News)
Benny Hinn testemunha restauração em período de vida espiritual morta. (Charisma News)

O evangelista Benny Hinn revelou que entre 2010 e 2012 ele viveu os “piores três anos” de sua vida, mas tem vivido uma jornada de restauração em Deus desde então.

Em um evento promovido pela Charisma Media na terça-feira (2), Benny disse que passou a entender melhor o significado da unção e sua posição como ministro do Evangelho. Essas lições o levaram a escrever o livro Mistérios da Unção, que deve ser publicado nos Estados Unidos em abril de 2022.

Em janeiro de 2010, Benny e Suzanne — sua esposa há mais de 30 anos — se separaram e pediram o divórcio na Califórnia. Conforme relatado pelo Guiame, sua família foi completamente devastada quando o divórcio se tornou definitivo.

“O divórcio é prejudicial e destrutivo, não apenas para o casal, mas para as pessoas ao seu redor”, afirma Benny. “Aqueles três anos não foram bons para ninguém. Durante o dia, eu sempre estava ao telefone com advogados (o meu advogado e os advogados da Suzanne) e depois ia pregar à noite. Foi muito doloroso.”

Benny reconheceu que, naquele tempo, sua vida de oração estava no “modo sobrevivência” e sua vida espiritual praticamente morta. “Eu saía do altar com a sensação de não ter pregado bem por motivos óbvios. Foi uma época em que minha vida espiritual estava em um estado muito ruim. A unção para pregar ainda estava sobre mim, mas a unção funcionava de uma maneira que eu não conseguia entender”, lembra.

Sendo assim, ele entendeu que “a unção que vem sobre mim quando eu prego não tem nada a ver com a minha vida”.

Com o fim do casamento, Benny percebeu que não poderia funcionar sem sua esposa e família. Foi o processo doloroso do divórcio que o fez se arrepender verdadeiramente e perceber que suas prioridades estavam erradas.

Benny e Suzanne começaram o processo de reconciliação no Natal de 2011 e se casaram novamente em 2013. Enquanto isso, ele também viveu um processo de restauração de sua vida espiritual.


Pastor Benny Hinn em evento da Charisma Media. (Charisma News)

“Deus me disse: ‘Eu estava apenas esperando você voltar para mim’”, conta Benny. “Para mim, foi como se apaixonar por Jesus novamente. Não sou o mesmo Benny de antes, com certeza.”

Poluição no movimento profético

Durante o evento da Charisma Media, Benny Hinn avaliou que há muita mistura entre “o demoníaco e a profecia” no movimento profético hoje — muito parecido com o que Balaão experimentou em Números 24.

Benny acredita que a unção pode ser contaminada pelos pecados na vida dos profetas e seus ministros. “A vida fica poluída e, quando isso acontece, os dons deixarão de vir do céu”, explica. “A unção se torna uma mistura, e essa mistura acontece quando eles começam a se afastar de sua verdadeira vocação.”

Ele continua: “O dom que eles tinham era mais do Espírito Santo. Eles são deixados por outras coisas, como a ganância, e vendem a unção. A própria unção ainda é pura, mas o vaso foi poluído e não é puro.”

O evangelista ainda lembra que ter unção no ministério não significa ter unção na vida pessoal. “A unção em seu ministério é um presente de Deus, mas a unção também pode destruir você se você estiver vivendo em pecado”, alerta.

Por outro lado, ele fala sobre o real significado da unção: “Muito poucas pessoas falam sobre a unção, que é o poder de Deus operando em sua vida. A unção dentro de você torna a presença de Deus tão real que você se esquece de si mesmo. Ela traz a realidade do Senhor para nós. O poder dentro de você é incrível.”

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Benny Hinn não acredita mais na teologia da prosperidade

Acho que é hora de dizermos do jeito que está: o evangelho não está à venda.

Benny Hinn abandona a teologia da prosperidade

Benny Hinn, que ganhou destaque como um dos pregadores mais conhecidos do mundo com a chamada teologia da prosperidade, disse nesta semana que está “corrigindo” seus pontos de vista e não acredita mais na teologia da saúde e da riqueza que anteriormente defendia.

No último dia de 2 de setembro no programa Your LoveWorld, Benny Hinn, confirmou sua decição, “Estou corrigindo minha própria teologia, e todos vocês precisam saber disso”, porque quando eu leio a Bíblia agora, não a vejo nos mesmos olhos que vi a Bíblia há 20 anos.”

A teologia da prosperidade promove a idéia de que Deus deseja que todos os cristãos sejam ricos e saudáveis. De acordo com essa crença, as bênçãos de Deus são liberadas quando os cristãos doam dinheiro.

Observando que ele viu a necessidade de mudar há um tempo, ele explicou que ainda não havia se tornado público, a fim de evitar ferir amigos que se apegam a essa visão. Agora, porém, ele pensa que “é uma ofensa ao Espírito Santo colocar um preço no evangelho”.

“Para mim chega. Nunca mais pedirei a você que dê mil ou qualquer quantia, porque acho que o Espírito Santo está farto disso. . . . . Eu acho que isso machuca o evangelho. ”

“Acho que é hora de dizermos do jeito que está: o evangelho não está à venda. E as bênçãos de Deus não estão à venda, e milagres não estão à venda. E prosperidade não está à venda.”

Hinn e outros televangelistas do evangelho da prosperidade foram alvo de uma investigação do comitê do Senado dos EUA em 2007, examinando seus registros financeiros.

A televangelista, Joyce Meyer, foi outra que também no início deste ano disse que agora rejeita grande parte da teologia da prosperidade que anteriormente ensinava. Hinn é o segundo pregador desse grupo a renunciar às crenças centrais do movimento.

O Christian News procurou o sobrinho de Benny Hinn em busca de reação e ele ofereceu uma perspectiva cautelosamente otimista – cheia de esperança, mas não ingênua:

“Fui encorajado por sua refutação franca do evangelho da prosperidade. Sinceramente, espero e oro para que este seja o começo do arrependimento para ele e uma participação nestes anos posteriores em sua vida e ministério. ”. . .

Costi disse ao Christian News que espera que seu tio esteja genuinamente arrependido e não apenas com remorso. Ele disse que Hinn se arrependeu de declarações e decisões no passado apenas para retomar seu comportamento não-bíblico.

“O arrependimento genuíno da Bíblia é sempre acompanhado por ações que provam que realmente é arrependimento”, afirmou, explicando que o arrependimento seria semelhante ao do relato de Zaqueu, que subiu em uma árvore de sua ânsia de ver Jesus.

“Jesus o salva e vai para sua casa naquele dia, e está disposto a fazer uma refeição com ele e mostrar-lhe amor e graça no meio de seu passado e seu pecado”, lembrou. “E Zaqueu está pulando de alegria, animado para retribuir as pessoas, animado para fazer o que for preciso para seguir Jesus e mostrar seu genuíno arrependimento por meio de suas ações.”

Ele observou que a Bíblia diz que o amor é acreditar em todas as coisas e esperar todas as coisas (1 Cor. 13: 7), e que o anúncio de segunda-feira deve ser tratado de acordo. O tempo dirá, disse ele, se a transformação é real ou não.

“Meu desejo é que a declaração do tio Benny não seja apenas um remorso público para salvar o rosto ou proteger seu ministério do declínio”, afirmou, “mas sim que é um arrependimento genuíno e que ele estaria disposto a abandonar tudo se isso significa ganhar a Cristo e o evangelho completo. ”

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“Teologia da prosperidade é a ‘bela mentira’ que a igreja ama”, alerta teóloga

Doutora em teologia, Kate Bowler se aprofundou no tema após ser diagnostica com câncer

          “Teologia da prosperidade é a ‘bela mentira’ que a igreja ama”

Uma professora de teologia de uma universidade renomada nos EUA vinha se dedicando há anos ao estudo da “teologia da prosperidade”. Contudo, sua vida mudou após ela ser diagnosticada com câncer.

Kate Bowler, da Duke Divinity School em Durham, Carolina do Norte, decidiu escrever um livro contando como mesmo para alguém criada na igreja e com formação teológica é fácil ser enganado pelo discurso do púlpito de que “saúde e prosperidade material” são consequências naturais da fé.

O argumento central de seu livro Everything Happens for a Reason: And Other Lies I Loved [Tudo acontece com um propósito e outras mentiras que amamos] é que existem certos chavões repetidos exaustivamente nas igrejas que nunca fizeram parte do evangelho. Para a autora, essa é mais uma “bela mentira” amada e repetida na igreja sem que se faça uma análise sobre o que isso realmente significa.

Dois anos atrás, aos 35 anos, Bowler foi diagnosticada com câncer de colo de útero, em estágio avançado. Era um tumor agressivo e “incurável”, que acabou se espalhando por seu fígado. Desenganada pelos médicos, ela decidiu escrever sobre sua crença de que esse tipo de situação não poderia acontecer com “pessoas como ela”.

Sua conclusão é que os cristãos estão acostumados com “clichês” sobre fé que, na verdade, são mentiras, mas que fazem os fiéis sentirem-se bem. Ela já havia escrito outra obra sobre o tema em 2013: “Blessed: A History of the American Prosperity Gospel” [Abençoado: A História do Evangelho da Prosperidade].

Oriunda de uma família batista tradicional, ela passou a ser influenciada pela pregação que via na televisão nos anos 1990, no auge de pregadores como Benny Hinn.

Bower relata que crê na cura divina, mas que desconfia da aparente “facilidade” que isso ocorre em frente as câmeras nas cruzadas de grandes expoentes desse tipo de ministério.  Suas críticas também incluem pregadores como Rick Warren, que apresenta um evangelho onde tudo ocorre com um “propósito”. Não por acaso esse é o nome de seus livros mais famosos: “Uma igreja com propósitos” e “Uma vida com propósitos”.

Segundo a erudita, esse tipo de discurso gera nas pessoas uma “supervalorização” das dificuldades e sofrimentos da vida que acaba sendo prejudicial para os cristãos, uma vez que não se sustenta à luz das Escrituras.

“O que consumimos no banco da igreja é, cada vez mais, uma teologia onde tudo é progresso para nossa vida, até mesmo as dores… Eu não acredito mais nisso. Durante muito tempo acreditei que a vida era apenas uma série de ‘escadas’ e, se eu continuasse me esforçando, chegaria a algum lugar de sucesso”, explica.

Contudo, o diagnóstico de câncer mudou toda a sua perspectiva de vida. E, consequentemente, do que ela cria. Bower não acha que o evangelho é o oposto, apenas sofrimento, mas entende que geralmente o assunto não é tratado de forma sadia nas pregações.

“[Durante o tratamento do câncer] Eu senti a presença de Deus. Senti também o amor de outros cristãos. Quando comuniquei que estava doente, minha igreja orou por mim, fizeram até uma corrente de orações para que eu fosse curada”, revela.

Ainda em tratamento, além do livro ela tem escrito alguns artigos sobre o tema. Na revista Vox  ela faz uma longa reflexão sobre o que chama de “Deus do Se” – se eu orar, se eu contribuir, se eu crer…

Ela testemunha: “Antes da doença, eu estava mergulhada na expectativa da eterna juventude. Minha vida era algo que eu poderia conduzir, ou pelo menos tentar, se tivesse determinação o suficiente. Eu tinha a confiança ilimitada que o evangelho da prosperidade chama de ‘vitória’. Nada estava além da minha capacidade de crer…. O que faz a teologia da prosperidade ser popular é a promessa que teremos uma vida sem dificuldades ou que tudo pode ser restaurado em algum momento. Mas a verdade é que, muitas vezes, estamos presos em corpos fracos, vivendo relacionamentos difíceis e situação que fogem ao nosso controle… Eu sempre amei ouvir sobre a garantia que ‘o melhor ainda está por vir’, trechos de versículos aliados a conselhos otimistas de pastores e amigos… Porém, só o que me restou agora, contemplando a proximidade da morte iminente, é saber que Deus me salvou”. Com informações de Christian Post