Categorias
Estudos

Unção ou desequilíbrio espiritual?

Que Deus possa nos dar sabedoria e compreensão com discernimento espiritual.

por Leandro Bueno-via gospelprime
 benny-hinn2

Uma das características, a meu ver, mais marcantes de nossos tempos é a utilização de vários termos totalmente fora dos seus devidos contextos, apesar de repetidos à exaustão pela população, tais como fundamentalista, homofóbico, fascista, etc.

No meio cristão, isso ocorre também e um exemplo do que estou dizendo se dá com a palavra UNÇÃO. Analisando o que a Bíblia nos ensina sobre o assunto e como vemos tal termo sendo utilizado em muitas igrejas, chega a dar calafrios, tal é o nível de heresias, falta de sabedoria e maturidade especial. Vejamos algumas das situações a que me refiro.

No período do Antigo Testamento, tínhamos a época da lei, da Antiga Aliança, quando, como regra, somente reis e sacerdotes eram ungidos. Tal ato era o símbolo de uma suposta autoridade divina que recaía sobre esses indivíduos, a ponto de muitos ali não poderem ser questionados acerca de seus atos.

Interessante é que, mesmo no ambiente secular, vimos isso ocorrer ao longo da História política, quando na época do Absolutismo, tínhamos a máxima “The King can do no wrong”, ou seja, o rei, o imperador, não podiam errar, não poderiam nem ser responsabilizados por seus atos.

E hoje quem são, no meio religiosos, esses “reis” e “sacerdotes”? Eu diria que são muitos destes auto-proclamados apóstolos, pai-póstulos e que adoram ostentar esses títulos, mas não só eles, mas todo aquele cristão que, ensimesmado na sua vaidade e altivez, se coloca em um nível superior aos outros, muitas vezes querendo agir como moralistas de plantão ou de forma extremamente autoritária, dizendo o que os outros devem ou não fazer.

Ora, isso não significa dizer que não acredito que existam, sim, pessoas que tenham uma maior intimidade com Deus, por buscarem todos os dias, por terem uma vida onde a santidade é um alvo perseguido, etc. Porém, é importante nunca perder de vista o fato de que todos somos imensamente carecedores da graça de Deus e que o orgulho e a empáfia são o caminhão da perdição, da queda.

E o que seria então a unção? A unção é o próprio Espírito Santo habitando na pessoa regenerada. Com efeito, todo verdadeiro cristão é ungido por Cristo, com o Espírito de Deus. E, penso, que somente olhando, para Gálatas 5:22, temos condições de entender como esse Espírito se manifesta em nós.

Ele se manifesta por meio de seus frutos que são o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. Assim, torna-se um tanto questionável, principalmente por parte de alguns que se colocam como “ungidos de Deus”, se você olhando para a vida destas pessoas, não consegue detectar nenhum destes frutos ali presentes e o cristão ele tem o dever de, em sua jornada, buscar ser coerente.

Daí, ser algo pra lá de questionáveis, para não dizer anti-bíblicos, esses modismos que vemos no Brasil do Gospel, onde temos unções ao gosto do freguês: unção do riso, unção apostólica, unção do cachorro, unção dos quatro seres viventes, unção do anjo, unção do tombo, unção da águia, unção da loucura, etc. A criatividade é o limite.

A questão é que a maioria destes modismos infelizmente são baseados em versículos isolados e totalmente fora do contexto atual, com uma teologia paupérrima, e muitas vezes servem apenas para encher templos, quando não vender produtos, como toalhinhas, terra e óleo que seriam de Israel, pedrinhas com letras em Hebraico, copos, etc.

Ou seja, é o mesmo mercantilismo no templo, tão repudiado por Jesus, que se revoltou com isso, a ponto de expulsar muitos ali por não tolerar tal prática, como lemos no final dos Evangelhos sinóticos (Marcos 11:15-19, Mateus 21:12-17 e Lucas 19:45-48) e perto do início do Evangelho de João (João 2:13-16).

Chega-se ao ponto de termos até transferência de unção, entre um crente e outro, com imposição de mãos. Pergunta-se: Em que lugar no Novo Testamento isso ocorreu? Alguém consegue conceber o apóstolo Paulo ministrando que unção e dons espirituais podem ser transferidos? Ou Jesus orientando seus discípulos desta maneira?

Concluindo, que Deus possa nos dar sabedoria e compreensão com discernimento espiritual. SOLI DEO GRATIA.

045

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., é autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

Categorias
Artigos Cultos Vídeos

Fundador faz revelações sobre o polêmico culto religioso conhecido como “cair no espírito”

Expostos a rituais perigosos, fiéis imitam cachorros e se comportam como bêbados

Do R7, com Domingo Espetacular

Conhecido como “cair no espírito”, o culto que atrai cada vez mais seguidores no Brasil e no mundo, chama a atenção por expor seus seguidores a rituais perigosos e intrigantes.

Comandados por um líder religioso, os fiéis ficam imóveis, caem e se debatem, em transe, no chão; muitas vezes, todos ao mesmo tempo.

Em conversa exclusiva com a repórter Heloísa Vilela, do Domingo Espetacular (Record), um dos fundadores do movimento, Paul Gold, arrependido, revela que as práticas vão contra às Escrituras Sagradas.

– Em dois anos, cerca de dois milhões de pessoas do mundo todo visitavam a Igreja do Aeroporto de Toronto, pra receber esse espírito, essas manifestações e essa “benção”.

Hoje eu diria que isso é uma coisa um tanto quanto macabra.

Paul conta com detalhes como surgiu o movimento. Ele comandava as orações e os rituais do ‘cai-cai’. Era um dos principais nomes da Igreja, mas durante um culto, percebeu que existia algo de errado naquilo tudo. Ele conta que as pessoas imitavam cachorros e comportavam-se como bêbados.

– Hoje eu acredito que esse espírito é um espírito falso, um espírito enganador e não o espírito sagrado das Escrituras.

Gold diz que estava em transe quando veio um pensamento de que aquilo era errado.

– Na mesma hora, meu coração se convenceu e na mesma hora eu pedi ao Senhor Jesus para me perdoar, por ter sido tão tolo, tão ridículo.

Gold decidiu então se desligar da Igreja e escreveu uma carta que afirma “o diabo usa o ‘cair no espírito’ para cegar as pessoas, o movimento viola as Escrituras Sagradas”. O pastor acabou ficando doente. Foi então que percebeu o quanto havia se enganado.

– O Espírito Santo, o próprio nome já diz, é santo. Ele nunca vai encorajar as pessoas a fazer algo que não seja sagrado. As pessoas, a humanidade foi feita à imagem de Deus, por que Deus depreciaria a humanidade fazendo as pessoas parecerem animais?

À repórter Heloísa Vilela, o fundador do movimento do ‘cai-cai’ mandou um recado aos brasileiros.

– Por favor, pastores, não adotem isso. Não pensem que é uma coisa boa. Isso não é de Deus. Isso é um esquema do diabo. E isso vai trazer destruição aos homens, mulheres e crianças que abraçarem isso.

Para o neurologista Marcelo Sogabe, existe uma explicação médica para as quedas em série.

– Isso é dado o nome técnico de pareidolia, que por algum motivo o cérebro é condicionado a reagir, conforme todos vão reagir.

O cérebro precisa procurar imagens e quando as busca e vê todos caindo, ele também condiciona a pessoa, a fazê-lo.

Pessoas arrependidas
Na cidade de Araraquara (SP), Cecília Moura, evangélica há mais de trinta anos, participou durante quatro anos de cultos que adotavam o “cair no espírito”, mas percebeu que, durante as realizações dos cultos, algo estranho acontecia.

– A gente caia, ficava rindo, rolando no chão, mas aquilo me trouxe um questionamento em termos de resultado. O que aquilo trazia para a minha vida? Nada.

Desiludida, Cecília decidiu que era hora de abandonar o movimento.
– Há algo que tenho que fazer e há algo que eu tenho que fazer por mim. E com certeza não era caindo no chão e rindo que minha vida ia mudar.

Hoje, ela e o marido abominam tal prática e se diz curada das enganações impostas pelos pregadores.
Clemida da Conceição também costumava cair na Igreja.

Ela buscava conforto depois de uma separação traumática. Ela buscava conforto na Igreja, mas não entendia e nem gostava da sensação.

– Eu não conseguia entender, porque o que eu buscava não era cair. Eu buscava o Espírito Santo, eu buscava mudanças. Eu caí, mas nada mudou. Eu não tinha os dons do Espírito que a Bíblia fala que você tem que ter. E perceber isso, foi importante para me libertar.

Assista ao vídeo:

http://noticias.r7.com/internacional/noticias/fundador-faz-revelacoes-sobre-o-polemico-culto-religioso-conhecido-como-cair-no-espirito-20111113.html

 

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.