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Juiz que cancelou união gay diz que agiu por Deus

22/06/2011 – 13h54

 

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

"Deus me incomodou, como que me impingiu a decidir", disse o juiz Jeronymo Villas Boas, que cancelou um registro de união estável de um casal de homens na semana passada, em Goiânia.

Decisão de juiz que cancelava união gay é anulada

A declaração do magistrado foi dada na manhã desta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, em um ato das frentes parlamentares Evangélica e da Família e de lideranças evangélicas em defesa do juiz.

Apesar de afirmar que sua decisão não é discriminatória e "se resume ao controle de legalidade do ato" específico do casal de Goiânia, que não teria preenchido todos os requisitos necessários para o registro da união, Villas Boas deixou claro seu descontentamento com a decisão do STF que reconheceu a união estável para casais gays. "Eu respeito a Constituição como ela foi escrita."

Em vários momentos de sua fala, o juiz fez referências a Deus e à fé dos presentes. Ao argumentar que um juiz não pode ter medo ao proferir suas decisões, disse temer "a Deus, não aos homens".

Após o ato, questionado sobre a eventual influência da religião na sua decisão, Villas Boas se irritou e ensaiou deixar o local. "Eu, como você, tenho direito a expressar a minha fé e sou livre para exercer o meu ministério. Isso não interfere nos meus julgamentos. Mas sou pastor da Assembleia de Deus Madureira. E não nego a minha fé."

O juiz disse ainda que está tranquilo e seguro da decisão que tomou e que, se não for "impedido por decisão superior", vai fazer o mesmo controle com outros registros de uniões homoafetivas.

Deputados da bancada evangélica presentes declararam apoio irrestrito ao magistrado. "Essa desobediência santa nos inspira", afirmou o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ).

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Garotinho: ‘Ou vota a PEC 300 ou o Palocci vem aqui’

 

Valter Campanato/ABr

Dilma Rousseff dispõe no Congresso de um curioso grupo de aliados. Privam a presidente da solidão sem fazer-lhe companhia.

Um dos integrantes mais destacados dessa ala é o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Ele respira chantagem.

Na semana passada, Garotinho ameaçou assinar a CPI do Paloccigate se Dilma não vetasse o kit anti-homofobia do MEC. Prevaleceu.

Agora, Garotinho encosta na garganta da presidente uma segundalâmina: a emenda que institui um piso salarial para bombeiros e PMs.

O governo foge da votação da proposta como Palocci da CPI. Nesta terça (31), Garotinho cuidou de misturar os dois temores:

"O momento político é esse”, discursou o deputado, numa reunião com colegas favoráveis à emenda.

“Temos uma pedra preciosa, um diamante que custa R$ 20 milhões, que se chama Antonio Palocci…"

“…A bancada evangélica pressionou e o governo retirou o kit gay. Vamos ver agora quem é da bancada da polícia. Ou vota, ou o Palocci vem aqui."

Chantagem? "Não fiz uma ameaça, fiz uma proposta, que teve uma grande receptividade da platéia…”

“…Já os deputados mais ligados ao PT ficaram constrangidos e saíram. Agora, eu acho que o Palocci deve explicações à sociedade brasileira".

Como se vê, o governo Dilma, bebê de cinco meses, recebe dos aliados o tratamento de um velho com o pé na cova.

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GAROTINHO ATACA PRESIDENTE DA CBF


Evangélico exige ver as contas de Ricardo Teixeira em lucros da Copa

O evangélico e deputado federal Anthony Garotinho (PR–RJ) anunciou nesta terça-feira que quer instaurar uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Garotinho disse que, após analisar as reportagens dos jornais, dentre elas as publicadas pelo jornal Lance, descobriu que o dirigente pode ficar com 100% dos lucros da Copa. Isso porque, uma cláusula do Contrato Social afirma que os sócios do Comitê Organizador Local decidem o percentual do lucro a ser dividido.

Contudo, o deputado afirmou que a CBF possui 99,99% da participação, enquanto os outros 0,01% são do próprio Ricardo Teixeira como pessoa física.

“A partir de amanhã vou pedir a instauração de uma CPI para investigar as atividades da CBF e do Sr. Ricardo Teixeira. Esta Casa não pode permitir esse assalto aos cofres públicos” disparou Garotinho.

O deputado quer investigar quais serão os critérios da divisão dos lucros da Copa e quais deputados vão assinar a CPI, pois muitos deles tiveram suas campanhas apoiadas pela CBF.

Neste momento, Garotinho ainda está no Plenário da Câmara recolhendo as assinaturas dos deputados.

As denúncias que a CPI quer investigar:

-1- Denúncias de irregularidades na composição do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014

-2- O critério da divisão de lucros do Comitê Organizador Local da Copa 2014

-3- Os acordos firmados pela CBF com seus patrocinadores e as emissoras de TV

-4- O volume de recursos envolvidos em concessões de transmissão feitas pela CBF e o destino dos recursos e os responsáveis pelas supostas irregularidades

-5- Pagamento de salários a diretores da CBF

-6- Lavagem de dinheiro e financiamento de campanhas eleitorais

-7- Uso do dinheiro da CBF para o pagamento de advogados em causas pessoais de Ricardo Teixeira

-8- Uso da CBF para a obtenção de lucro com a venda de jogadores

-9- Empréstimos em instituições financeiras internacionais, com juros prejudiciais à CBF

Data: 17/3/2011
Fonte: O Lance