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Não, José Mayer. A sua culpa é sua, não minha!

O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. Provérbios 28:13

                                        Não, José Mayer. A sua culpa é sua, não minha!

Vejam só que curioso: o conquistador global age de maneira deplorável com uma colega de trabalho, articula até publicamente que “não se tratou da realidade, e sim de uma brincadeira”, porém, ao ver a casa cair, recua e publica uma nota dizendo que “errou”.

Até aí tudo bem, pois houve uma suposta confissão do erro cometido. Sendo que a sua nota (que tem traços claros de não terem surgido dos seus punhos) nos traz uma afirmativa no mínimo curiosa: “(…) sou sim fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são.”

Quer dizer que o “super-ator” é uma vítima de uma geração machista, invasiva e abusiva? Quer dizer que o “seu Elson” (meu pai, que faz 60 anos neste mês) é corresponsável pelo desrespeito adoecido de um ser que sofre de um problema oftalmológico-existencial, que o faz olhar para si mesmo e ver um alguém acima do que verdadeiramente o é?

Descobri hoje que não é pelo fato do “seu Zé Mayer” – já com os seus 67 anos de existência – achar que pode objetificar toda e qualquer figurinistazinha que “sassaricar” no corredor ou no set de gravações (o que nem aconteceu neste episódio), nem mesmo pelo fato dele possuir supostamente uma visão equivocada do seu próximo, como se este lhe devesse o silêncio ou a risada amarelada quando se vê diante da manifestação inequívoca do assédio sexual no ambiente de trabalho. Não! O problema do “seu Zé Mayer” é de ordem IDEOLÓGICA.

 Sensacional, caro global! Matou uma charada que há séculos ninguém se deu conta!

Perceba a “lógica” do sujeito: ele deseja uma mulher que não é a dele, assedia-a sem escrúpulo algum, tenta negar publicamente e, quando vê que não tem como, joga a culpa para a cultura. Ou seja, é uma legítima sacada de mestre. E é daí que alguns desta sociedade decidem que o estuprador é uma vítima, que o homicida é uma vítima, que um traficante de drogas é uma vítima, pois todos estes não devem ser culpabilizados ou responsabilizados pessoal e diretamente por seus crimes, uma vez que temos uma “cultura do estupro, ou do homicídio ou do tráfico” em voga na sociedade. Se todos somos vítimas, NINGUÉM É CULPADO!

 *Preste muita atenção, pois o parágrafo acima aborda a coisa com muito sarcasmo. Por favor, não saia por aí dizendo que o colunista apoia estas imbecilidades.

Sinto lhe informar, caro “Zé”, mas a culpa do seu machismo é totalmente, absolutamente, inteiramente e/ou completamente sua. E é o senhor que deve mais e melhores explicações. E que a prezada “figurinista” (que tem nome – se chama Susllem Tonani) tem um problema é com o senhor e não comigo. E atribuir a sua visão apequenada das relações humanas a um contexto de abuso intelectual por parte de um “todo social” à sua volta é a maior das covardias que se possa existir neste mundo.

Queremos muito que o senhor nunca mais repita tal atitude; no entanto, para isso, será preciso que o senhor de fato assuma o seu erro, indo até a verdadeira vítima e pedindo-lhe perdão, de todo o coração. Tente olhar nos olhos dela e ver simplesmente uma mulher e não uma genitália. Esta geração é sim genitocêntrica, mas isso não tem a ver com culturas ou inconscientes coletivos, e sim com a depravação total ou a queda do homem. A Bíblia deixa isso muito claro.

Somente Cristo pode tornar a gente em gente, como gente tem que ser. Peço a Deus para que a sua Palavra um dia chegue aos teus ouvidos, do modo que o teu coração, desconstruído da essencialidade do que, de fato, é ser um homem (aquele que é segundo Cristo), seja profundamente tocado para que haja uma real mudança de vida, começando pela visão de si mesmo.

A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! (Mateus 6.22-23), com informações do Gospel Prime

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Edir Macedo presta um desserviço à igreja evangélica brasileira

Edir Macedo presta um desserviço à igreja evangélica brasileira

Líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o bispo e empresário Edir Macedo presta um desserviço à igreja evangélica brasileira. Suas declarações – ao jornalista Roberto Cabrini, do programa Conexão Repórter – são evidências mais do que suficientes de suas manobras e formas de entendimento da sociedade. De fato, sua entrevista – a primeira em dimensão, concedida a um veículo de comunicação independente – serve como base de análise de sua história e distorções.

Ao mesmo tempo em que revela uma personalidade agressiva, demonstra um completo preconceito com as camadas menos privilegiadas da sociedade ao chamar de “buraco” o local em que crianças atendidas por um de seus projetos filantrópicos residem com suas famílias. Também é preocupante a forma como Macedo se refere – apesar de reiteradas negativas – a outras denominações evangélicas, a exemplo das tradicionais. Suas declarações são feitas a partir de uma ótica isolacionista, sem comprometimento com um movimento que passa de 42,5 milhões de evangélicos.

De forma contrária a sua auto-intitulação – de que é “um grande ganhador de almas” -, sua postura agressiva, preconceituosa e desrespeitosa o desqualifica como líder evangélico, como parte de uma corrente que ultrapassa os muros de sua denominação. Entende o mundo como um campo de batalha, de guerra, onde “você mata ou morre”. Questionado sobre seus inimigos e sobre os que se demonstram contrários as suas práticas e ensinos controversos, declara “estar se lixando” com o que as pessoas falam ou pensam sobre ele, que seus “inimigos o procurem para derrotá-lo”.

Ao dar a sua fala e declaração autenticidade, e dizer que a denúncia o tornou conhecido, Macedo reassume sua antiga posição e contextualiza sua fala. O Estado Democrático de Direito é incisivo no sentido em que assegura a liberdade de expressão religiosa, mas com referência à Igreja Universal há mais do que evidência de seus objetivos e percepções da sociedade, tornando-se urgente uma resposta legal. Questionado sobre as denúncias e a uma prisão de 11 dias em uma delegacia de São Paulo, Macedo se compara ao apóstolo Paulo e utiliza o termo “país miserável” ao responder que seria natural não ser investigado no Brasil por charlatanismo, mas sim em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra. Com a comparação, Macedo se diz inculpável.

“As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores.”

Por

é pesquisador, jornalista, colaborador de diversos meios de comunicação e licenciando em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo. Há mais de dez anos dedica-se ao estudo de religiões e crenças, sendo um dos campos de atuação a religiosidade brasileira e movimentos destrutivos. Contato: pesquisasreligiosas@gmail.com

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Fui preso porque estava na pista certa, diz Cabrini sobre PCC

 

 

RICARDO FELTRIN
EDITOR DE ENTRETENIMENTO

Três anos atrás a vida do premiado jornalista Roberto Cabrini, hoje no SBT, virou notícia, e ela foi tão bombástica quanto às reportagens que ele fez na carreira. Em abril daquele ano ele foi preso acusado de portar papelotes de droga em seu carro. Embora sempre soubesse ser inocente, diz ele nesta entrevista exclusiva, somente ontem sua reputação foi redimida pela Corregedoria da Polícia, que concluiu que e ele sofreu uma cilada (relatório revelado com exclusividade pelaFolha ontem).

"Eu fui alvo da banda podre da polícia, porque era a banda que dava abrigo a criminosos de ‘alto escalão’. Eu já estava perto de policiais que faziam segurança no transporte de de contrabando. Eu fui preso justamente porque estava no caminho certo, estava perto do financiamento de facções criminosas", diz Cabrini.

Questionado sobre as "conclusões" da investigação, ele afirma que, embora não descarte nenhuma hipótese, acha improvável que a "armação" tivesse sido feita por um empresário da noite paulistana, como diz suspeitar inconclusivamente o relatório do corregedor a partir do testemunho de uma ex-mulher desse empresário (Oscar Maroni, dono da finada boate Bahamas).

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O jornalista Roberto Cabrini, do SBT, vítima de "armação" policial três anos atrás

O jornalista Roberto Cabrini, do SBT, vítima de "armação" policial três anos atrás

Segundo a investigação interna, um comerciante e seis policiais –entre eles um delegado– forjaram o flagrante. Nenhum dos policiais testemunhou à Corregedoria o porquê do falso flagrante, e tampouco foram punidos.

Todos os envolvidos: Ulisses Augusto Pascolati, então chefe do 100º DP (Jardim Herculano, zona sul de SP), Edmundo Barbosa, então investigador chefe desse mesmo DP, além dos investigadores João Roberto de Moraes, Sérgio Jacob da Costa, Alexsandro Martins Luz, mais o carcereiro Igor André Santos Machado, não foram punidos e seguem em seus postos.

"A verdade é que eu sou obrigado a admitir que, assim como tem uma banda podre, a polícia também tem profissionais honestos, isentos e altamente profissionais. O trabalho da Corregedoria em Sâo Paulo é uma das provas disso."

Roberto Cabrini, 51, ganhou os principais prêmios jornalísticos e trabalhou nas quatro maiores emissoras do Brasil (Globo, Record, SBT e Band). Foi correspondente da Globo em Londres e Nova York. Ele voltou ao SBT em 2009, onde apresenta o "Conexão Repórter". O programa está entre as cinco maiores audiências do SBT, segundo medição do ibope semanal.