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Senador Requião: Depois de roubar gravador de repórter, Senador se compara a Jesus

 

Em discurso no plenário, o senador Roberto Requião (PMBD-PR) disse na tarde desta terça-feira, 26, que perdeu a paciência ao ter de responder pela terceira vez a um questionamento referente à aposentadoria que recebe como ex-governador do Paraná. O ex-governador ainda comparou sua indignação à de Jesus Cristo.

Requião chegou a esclarecer que utilizava a soma para pagar as ações que responde na Justiça, mas se enfureceu com a pergunta, arrancou da mão do jornalista o gravador e apagou a entrevista da memória do aparelho.

“Perdi a paciência. Reconheço que ontem perdi a paciência, pelas razões que passo a relatar. No plenário, fui procurado por um repórter da Rádio Bandeirantes. Assunto: risco de alta da inflação. Respondi perguntas sobre o tema e, na sequência, o repórter busca vincular a inflação à pensão que eu recebo por ter sido três vezes governador do Paraná. (…) Respondi uma. Respondi duas e na terceira vez, irritei-me com a insistência, entendi que não era mais uma entrevista, que havia nas perguntas doses de provocação ao estilo ‘CQC’ ou ‘Pânico’, como que me extorquir respostas, não para esclarecer o tema, mas para acuar o entrevistado ao modelo destes programas. Foi quando perdi a paciência e peguei o gravador do repórter. Por que o fiz? Para que ele não editasse a entrevista, não a picotasse, não desfigurasse. Peguei o gravador, copiei a entrevista e publiquei na íntegra em minha página na internet. Quem quiser saber como foi a entrevista acesse a página e ouça: robertorequiao.com.br”, declarou.

No site do senador, ao lado do link para baixar a entrevista, há a seguinte descrição: “Não me acusem de censura. Aqui a entrevista que eu não quis que a Band divulgasse. É minha, divulgo eu, na íntegra e sem edição. ”

Requião comparou ainda sua ação de indignação com a de Jesus Cristo. “Há momentos que a indignação é uma virtude como foi a do Cristo ao responder aos vendilhões do templo”, afirmou.

Ao ouvi-lo, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu uma reação de conciliação com o repórter, enquanto o senador Lobão Filho (PMDB-MA) disse que compreendeu o “momento” do parlamentar.

“Às vezes, a indignação é santa. Temos que por ao fim este ‘bullying’ público”, afirmou Requião.

Entenda o caso

Nesta segunda-feira, 25, o senador Roberto Requião tomou o gravador do repórter Victor Boyadjian, da rádio Bandeirantes. O senador depois devolveu o gravador ao jornalista, mas sem o chip. Posteriormente, o filho de Requião devolveu o chip, mas já com a entrevista apagada.

A ação ocorreu logo depois que o jornalista o questionou sobre a aposentadoria que recebe como ex-governador do Paraná. No final da gravação é possível ouvir Requião ameaçando o jornalista. “Já pensou em apanhar, rapaz?”, diz o senador. “Peraí que eu vou desligar”, responde o jornalista. “Você não vai desligar p… nenhuma. Eu vou ficar com isso aqui”, disse.

Data: 27/4/2011 09:16:39
Fonte: UOL

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Investigação liga secretário nacional de Justiça a líder de máfia

TUMA JÚNIOR

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Gravações telefônicas e e-mails interceptados pela Polícia Federal (PF) durante investigação sobre contrabando ligam o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, ao principal alvo da operação, Li Kwok Kwen, apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo.

A relação de Tuma Júnior com Kwen, também conhecido como Paulo Li, foi mapeada ao longo dos seis meses da investigação que deu origem à Operação Wei Jin, deflagrada em setembro de 2009.

Paulo Li foi preso com mais 13 pessoas, sob a acusação de comandar uma quadrilha especializada no contrabando de telefones celulares falsificados, importados ilegalmente da China.

Ao ser preso, Paulo Li telefonou para Tuma Júnior na frente dos agentes federais que cumpriam o mandado. Dias após a prisão, ao saber que seu nome poderia ter aparecido no inquérito, Tuma Júnior telefonou para a Superintendência da PF em São Paulo, onde corria a investigação, e pediu para ser ouvido. O depoimento foi tomado num sábado, para evitar exposição. Tuma declarou que não sabia de atividades ilegais de Li. O surgimento do nome Tuma Júnior no inquérito seguia em segredo até agora.

O esquema, estimou a PF à época, girava R$ 1,2 milhão por mês. Os aparelhos eram vendidos no comércio paralelo de São Paulo e no Nordeste. Denunciado pelo Ministério Público Federal pelos crimes de formação de quadrilha e descaminho, Li seguia preso até ontem.

Além de ocupar um dos postos mais importantes da estrutura do Ministério da Justiça, Tuma Júnior preside, desde o último dia 23 de abril, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria.

Foi investigando Paulo Li – a quem a PF se refere nos relatórios como comandante de “uma das maiores organizações criminosas de São Paulo e do Brasil” – que os policiais descobriram seus laços com Tuma Júnior. Entre os telefonemas gravados com autorização judicial, são frequentes as conversas de Li com o secretário nacional de Justiça.

Li, que de acordo com as investigações também ganhava dinheiro intermediando a emissão de vistos permanentes para chineses em situação ilegal no País, tinha livre trânsito na secretaria.

Vistos. De acordo com o inquérito, Li conseguia agilizar processos em tramitação no Departamento de Estrangeiros, órgão subordinado diretamente ao secretário. Os telefonemas também revelam o secretário como cliente assíduo do esquema: sem hesitar, ele fazia encomendas por telefone de aparelhos celulares, computador e até videogame.

As gravações mostram Li especialmente interessado nos bastidores da aprovação da lei que deu anistia a estrangeiros em situação irregular no País. Assim que a lei foi sancionada, em julho passado, o chinês logo passou a intermediar a aprovação de processos de anistia.

As demandas de Paulo Li eram transmitidas abertamente a Tuma Júnior – muitas delas, por telefone. Nos contatos, o secretário se mostrava diligente, de acordo com a PF. Num deles, em 1º de agosto de 2009, ele convida Li para uma conversa em Brasília ou em Ribeirão Preto, onde daria palestra dias depois. “Eu tenho um monte de respostas daqueles negócios. Se você quiser vir…”, disse.

Tuma demonstra ter proximidade com Li, a ponto de convidá-lo para dividir o quarto de hotel caso quisesse encontrá-lo durante seu compromisso oficial em Ribeirão Preto. “Mesmo que você tenha que dormir lá, você dorme comigo no quarto. Não tem problema. E você não paga hospedagem”, afirmou.

Busca e apreensão. Durante busca e apreensão no escritório de Li, os policiais federais apreenderam cartões de visita, com brasão da República e tudo, em que o chinês se apresentava como “assessor especial” da Secretaria Nacional de Justiça, comandada por Tuma Júnior.

Nos contatos com o secretário, Li se mostrava ansioso pela aprovação da anistia. “Está todo mundo esperando a anistia, hein, caramba!”, disse, em 29 de maio. “Eu sei, eu vou ver esta semana”, respondeu Tuma.

Assim que a lei foi aprovada no Congresso, semanas depois, Tuma se encarregou de dar a notícia ao amigo chinês. “Já aprovou, viu?”, anunciou. “Ih, caramba! Coisa boa!”, festejou Li. “Só que mantiveram a data de primeiro de fevereiro”, ressalvou o secretário, referindo-se ao fato de a lei beneficiar imigrantes que ingressar no Brasil até 1º de fevereiro de 2009.

“Agora vai pro presidente, ele vai marcar uma data pra assinar”, diz Tuma. O chinês pede: “Me avisa, hein”. Tuma não só avisou mas colocou Li, à época já investigado pela PF, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia em que a lei foi sancionada, em 2 de julho.


Fonte: Estadão

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José Serra afirma que estado não deve legislar sobre união gay

POLÍTICA

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O ex-governador de São Paulo e pré-candidato pelo PSDB à presidência da República, José Serra, afirmou, neste fim de semana, que o Estado não deve legislar sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo em cerimônias religiosas.
A afirmação foi feita em Santa Catarina durante um encontro da igreja Assembleia de Deus em Camboriu, no Litoral Norte.
“Essa é uma questão de cada igreja. Cada uma tem liberdade e autonomia para decidir a esse respeito. Seria uma intrusão dizer que tal igreja tem que fazer isso ou aquilo”, afirmou, sem opinar sobre a união homossexual sem o envolvimento de ritos religiosos.
Durante o discurso, o ex-governador de São Paulo citou passagens bíblicas e falou em saúde e qualidade de vida. Ele lembrou a importância da vacinação contra a gripe A (H1N1) e os malefícios trazidos pelo cigarro. Ao final, pediu que os evangélicos orassem por ele seguir “na luta pelo progresso do país”.
José Serra destacou ainda o papel da comunidade evangélica na política, mas preferiu não polemizar sobre uma possível adesão em massa à sua futura candidatura. “Não acho que deveriam ou não [aderir]. Eu gostaria, mas dever eles têm diante de sua consciência e diante de Deus. Não creio que possamos avaliar o peso dos evangélicos do ponto de vista eleitoral. Claro que é muito grande, mas eles têm um papel muito importante no nosso país, que vai além das eleições”, afirmou.
No evento, Serra esteve acompanhado do governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), e outras lideranças tucanas. Também compareceram ao 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, no sábado à noite, o ex-governador Luiz Henrique da Silveira, que renunciou para concorrer ao Senado, e a senadora Ideli Salvatti, pré-candidata pelo PT ao governo catarinense.
Em entrevista à imprensa local, foi perguntado a Serra se ele temia que a investigação da Polícia Federal e o processo que corre na Justiça contra o governador Pavan atrapalhassem seus planos em Santa Catarina. Serra respondeu que não conseguiria avaliar o impacto, alegando desconhecer a investigação.
Pavan, pré-candidato à reeleição, é a principal liderança tucana no Estado. O governador foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de corrupção passiva, quebra de sigilo funcional e advocacia administrativa, depois de supostamente intermediar a tentativa de liberação de registro a uma empresa do ramo de combustíveis, que teve sua inscrição estadual cassada. O processo ainda está em andamento.

Data: 04/5/2010
Fonte: uol/Creio