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Líderes cristãos no Reino Unido temem ser criminalizados se a oração por gays for proibida

Em carta aberta, mais de 500 líderes cristãos expressaram sua preocupação com a liberdade religiosa caso a proibição da “terapia de conversão” seja aprovada.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO THE CHRISTIAN POST
Parada LGBT em Londres, em 2016. (Foto: Wikimedia Commons/Katy Blackwood).
Parada LGBT em Londres, em 2016. (Foto: Wikimedia Commons/Katy Blackwood).

Mais de 500 líderes cristãos do Reino Unido assinaram uma carta aberta ao governo, expressando sua preocupação em enfrentar acusações criminais caso a proibição da chamada “terapia de conversão” for aprovada.

Oração, pregação e trabalho pastoral com pessoas inconformadas com sua homessexualidade têm sido definidas por ativistas LGBT como terapia de conversão, sob a acusação de tentativas de mudar a orientação sexual ou identidade de gênero. Em um conselho escrito para o The Christian Institute, o especialista em direitos humanos, Jason Coppel QC, diz que as definições de terapia de conversão propostas por ativistas criminalizam a expressão legítima de crenças religiosas.

No documento enviado ao governo britânico, os líderes da Igreja no Reino Unido afirmaram que, mesmo que a proibição proposta entre em vigor, “continuarão a cumprir nosso dever para com Deus”.

“Não deve ser uma ofensa criminal para nós instruir nossos filhos que Deus os fez homem e mulher, à sua imagem, e reservou sexo para o casamento de um homem e uma mulher. No entanto, este parece ser o resultado provável da legislação proposta”, escreveram.

“Portanto, esperamos (e oramos) que essas propostas sejam descartadas em sua forma atual. Não temos nenhum desejo de nos tornarmos criminosos e atribuímos grande valor em nos submeter e apoiar nosso governo”.

“No entanto, achamos importante que você esteja ciente de que se o exercício amoroso e compassivo do ministério cristão ortodoxo, incluindo o ensino da compreensão cristã de sexo e casamento, fosse efetivamente considerado um crime, nós o faríamos com profunda tristeza continua a cumprir nosso dever para com Deus neste assunto”, declararam.

A carta foi enviada um dia antes do início de uma consulta pública sobre a proibição da “terapia de conversão”. Os cristãos estão sendo incentivados a participar da consulta para registrar sua opinião e preocupação em relação ao projeto de lei. A carta ainda está coletando assinaturas online.

O Dr. Ian Paul, teólogo e membro do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra, afirmou que as propostas atuais foram “mal consideradas e mal concebidas”. “O termo ‘terapia de conversão’ está mal definido, e as propostas parecem ser movidas por uma agenda ideológica ao invés de preocupação real e pensamento claro. Há um risco real de que o ministério pastoral seja criminalizado e de que os direitos humanos, incluindo o direito à crença religiosa, sejam espezinhados”, destacou.

Ensino cristãos sobre sexualidade ameaçado

O Reverendo Matthew Roberts, Ministro da Trinity Church York, alertou que o ensino cristão sobre sexualidade e gênero pode ser criminalizado se a proposta for aprovada. “É profundamente preocupante que o governo pareça estar considerando uma legislação que criminaliza o ministério cristão normal e amoroso, enquanto nos impede de ajudar os jovens que estão sendo apanhados pelos horríveis danos causados ​​pela ideologia transgênero”, disse ele.

“Nada do que fazemos pode ser considerado ‘terapia’. É profundamente errado que esta legislação proposta implique que ser convertido a Jesus Cristo é semelhante à violência ou abuso”.

Roberts também lembrou que  os direitos dos pais cristãos de criar seus filhos de acordo com suas crenças podem ser afetados. “Ser capaz de criar os filhos na sua própria fé é um direito legal e que essas propostas retirariam. O governo não pode fazer isso sem enfrentar sérias dificuldades jurídicas”, assegurou.

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Cultos

“Você vai cair pelas mãos dos LGBTs”, diz “marido” de Glenn Greenwald a Bolsonaro

David Miranda (PSOL-RJ) assumiu vaga na Câmara no lugar de Jean Wyllys.

David Miranda. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O deputado David Miranda (PSOL-RJ) afirmou neste domingo (23) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) “vai cair pelas mãos dos LGBT”. A ameaça do político foi feita durante uma entrevista ao Yahoo!, durante a 23ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

“A Parada acontece em momento crucial porque temos hoje um presidente que é um nêmesis contra a nossa população, ele é LGBTfóbico. Estamos resistindo na rua, mas com alegria, com famílias, amigos e irmãos, mas com o punho cerrado e mandando o recado: Ei, Bolsonaro, você vai cair pelas mãos dos LGBT”, disse.

Miranda assumiu uma vaga na Câmara dos Deputados após renúncia de Jean Wyllys, que deixou o país utilizando uma narrativa de perseguição e ameaça de morte. A transição entre Wyllys e Miranda está sob suspeita de venda de mandato, com pedidos para que a Polícia Federal investigue o caso.

Um pedido de investigação foi protocolado pelo deputado José Medeiros (PODE-MT), que suspeita que  Jean Wyllys  pode ter vendido seu mandato para o suplente, David Miranda.

Medeiros protocolou um ofício para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Polícia Federal (PF) reforçando o pedido de investigação.

Recentemente o nome do deputado ganhou destaque na imprensa pelo seu relacionamento homossexual com o jornalista Glenn Greenwald, responsável por vazar conversas pessoais de autoridades no site The Intercept. As conversas foram obtidas de forma ilegal.

“Tivemos um parlamentar assumido LGBTI que teve de sair do país porque foi minado com terrorismo durante muito tempo. No Rio, uma outra parlamentar, Marielle, foi assassinada porque também era LGBT. Estamos na rua para resistir e mostrar que nossos corpos estão resistindo com alegria”, disse David Miranda.