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A ceia on-line

Uns gostam muito do culto on-line, outros nem tanto.

Fiéis participando da Ceia do Senhor (Nico Smit / Unsplash)

A igreja saiu das quatro paredes e foi para a internet com a transmissão dos cultos e missas. Os rituais também foram adaptados para o ambiente virtual por causa da pandemia da Covid-19. A celebração da ceia é um exemplo.

No início da pandemia, em março do ano passado, muitos templos foram fechados no Brasil por decretos dos governadores. As igrejas decidiram transmitir as reuniões pela internet. Este ano as medidas sanitárias foram flexibilizadas e as reuniões presenciais permitidas desde que sejam seguidas regras como uso de máscara e álcool em gel, distanciamento social e controle de temperatura. Mesmo com a volta do culto presencial, muitas pessoas continuaram participando das reuniões on-line. Diante das mudanças, as adaptações foram necessárias. A realização da ceia passou por alteração também.

A Igreja Memorial Batista de Brasília realiza a ceia no primeiro domingo de cada mês. Mesmo com as portas abertas para receber os membros e visitantes, continuam as transmissões virtuais dos cultos. No último domingo, 4 de julho, aconteceu a ceia. Logo na entrada do templo, as pessoas receberam um cálice de suco e uva e o pão. Também pelo YouTube muitas pessoas marcaram presença na ceia. Cada um preparou os dois elementos em casa e os consagrou no momento da celebração. O pastor faz a oração no templo, o fiel ora também no conforto do lar. No YouTube a reunião teve 1.813 visualizações.

A Igreja Batista Central de Brasília teve uma ideia diferente. Decidiu fazer um drive-thru um dia antes da ceia que também é mensal. No sábado, das 15 às 18 horas, cada membro passa pelo estacionamento e recebe os dois elementos. Tudo muito rápido e seguro, sem descer do carro. Uma maneira de resguardar o distanciamento social. O pão e o cálice são guardados. No dia seguinte, as pessoas podem participar do momento especial pela internet. No Facebook é postada uma mensagem lembrando que está acontecendo o drive-thru. O culto, com a celebração da ceia, é realizado presencialmente e também transmitido pelas mídias.

A Igreja Assembleia de Deus Ministério de Madureira, conhecida popularmente como Catedral Baleia, localizada na Asa Sul, em Brasília, também publica post no Facebook lembrando os membros o dia da ceia. Os cultos são transmitidos pelo YouTube e também ocorrem presencialmente.

Uns gostam muito do culto on-line, outros nem tanto

A ceia on-line não agrada a todos. Têm as pessoas que gostam, mas também as que não conseguiram se adaptar à nova modalidade de culto.

Antônio Bispo, corretor de imóveis, diz que o culto on-line é muito bom porque possibilita aos idosos a oportunidade de não se distanciarem da . Ele participa do culto presencial e virtual. Gosta dos dois modelos. Andrea Cerqueira concorda com Antônio. Diz que a reunião on-line é boa para os idosos, mas prefere ir à igreja tomando cuidado em cumprir as regras sanitárias porque a pandemia ainda não acabou.

Alisson Morais assiste aos cultos on-line antes da crise da Covid-19. “A pandemia não afetou em nada o meu congregar. Estudo a Bíblia me baseando em várias vertentes teológicas e só tenho acesso a isso graças à internet. Foi dessa maneira que aprendi que não preciso mais de uma congregação física. Hoje sou muito feliz em manter meus estudos cem por cento na internet”, comentou Alisson.

Cleide Santana Damasceno é mãe de uma adolescente de 15 anos e uma criança de 7 anos. Ela diz que, no início da pandemia, assistia aos cultos virtuais. “Depois senti falta de ir presencialmente e voltei a frequentar o culto. Mudamos de igreja para voltar ao presencial. Em tempos de pandemia, é melhor ter culto pela internet do que não ter nada. É outra forma de estar junto, de participar do corpo de Cristo. Mas para criança e adolescente o culto on-line não é bom. Algumas igrejas não realizam culto virtual para as crianças. Isso acaba distanciando e não desenvolve o hábito de congregar. Criança e adolescentes são os mais prejudicados com essa nova modalidade”, disse Cleide.

Realmente existem poucas igrejas que transmitem o culto on-line só para as crianças. Mas a Memorial Batista, localizada na Asa Sul, em Brasília, é uma exceção. As crianças têm cultos presenciais que também são transmitidos pelo canal infantil. As atividades do Ministério Crescer podem ser vistas ao vivo, aos domingos, às 10h15, pelo YouTube (ministério crescer – imbb crescer).

Os que se adaptaram aos cultos virtuais concordam com a ceia à distância. Selma Barros, estudante de Teologia da Faculdade Iscon, em Brasília, diz que já participou da ceia pela internet. Orientada pelo pastor, deixou os preparativos (pão e suco de uva) organizados para o momento do culto. “Tem sido uma experiência muito boa. Gosto muito e aprendo demais”, comentou Selma.

A Igreja Católica Apostólica Romana também vive novos tempos. A opção pelas mídias foi uma decisão para ampliar as atividades. Os padres Marcelo Rossi e Dom Fernando Figueiredo estão na televisão. Todos os domingos, ao vivo, às 6 horas da manhã, na Rede Globo, apresentam a Santa Missa, realizada no Santuário Nossa Senhora da Mãe de Deus, em São Paulo. Agora o santuário fica vazio por causa do coronavírus. Antes da pandemia vivia lotado de fiéis. A eucaristia é celebrada entre os dois padres e as poucas pessoas presentes atualmente. É a equipe de apoio que ajuda na realização da missa. No momento eucarístico, Dom Fernando mostra a hóstia para a câmera. Diferentemente das igrejas protestantes que realizam a celebração em memória de Cristo uma vez por mês, a eucaristia faz parte de todas as missas dos católicos. Não existe missa sem a celebração da eucaristia.

A ceia on-line é uma adaptação necessária para que as atividades cristãs não sofram interrupções durante a pandemia. Tempos atrás era impensável a ceia ser realizada pelos fiéis de dentro de casa. Uma ceia doméstica. É que a igreja acredita que a ceia é um momento de comunhão dos fiéis, relembrando a morte e a ressurreição de Jesus até que Ele volte. Comunhão se dá em volta da mesa, todos juntos, em festa. Mas os novos tempos trouxeram alterações no modo de viver a comunhão.

Um pouco de história

A ceia era realizada pela igreja primitiva no século I. O livro de 1 Coríntios 11: 24-28 narra a iniciativa. O texto diz que foram dadas ações de graças pelo pão e pelo cálice. Toda comunidade de fé participava do momento. De acordo com os textos bíblicos do Novo Testamento, na igreja cristã primitiva existiam dois sacramentos: a ceia e o batismo.

Foi a Igreja Católica Apostólica Romana que introduziu os sete sacramentos que são o batismo, a crisma, a eucaristia (ou ceia), a penitência, a unção dos enfermos, a ordem e o matrimônio.

Discordando dos sete sacramentos, o monge Martinho Lutero, na Reforma Protestante, no século XVI, estabeleceu somente dois sacramentos que são ceia e batismo. Por esse motivo os sacramentos dos católicos romanos são diferentes (em quantidade e em simbologia) dos protestantes.

A importância da igreja e da ceia

O teólogo Alister McGrath traz uma boa ideia sobre o tema eclesiologia, assunto estudado na disciplina de Teologia Sistemática. Ele afirma que, no século XVI, a igreja não era definida por instituição, mas pela pregação do Evangelho. Como Lutero diferenciava suas ideias das dos reformadores radicais? Lutero dizia que igreja era santa mesmo onde os radicais dominavam desde que eles não negassem os sacramentos (ceia e batismo) e a Palavra. Mas Lutero defendeu, sim, a institucionalização da igreja. Dizia que a instituição histórica da igreja era meio da graça ordenado por Deus.

Para a eclesiologia protestante de João Calvino, as marcas da igreja verdadeira eram que a Palavra de Deus fosse pregada e os sacramentos ministrados. Essa igreja tem forma específica de administração. Calvino ajudou a sistematizar as doutrinas da igreja reformada que havia se separado da Igreja Católica Romana.

Católicos e protestantes divergem sobre os elementos da ceia. Para os romanos, os dois elementos se transformam. O pão torna-se carne e o vinho sangue de Jesus no ato da consagração. É a alteração da substância. Católicos acreditam na transubstanciação. Para os protestantes, o pão e o vinho representam símbolos da presença de Crsito no meio de Seu povo. Os protestantes acreditam na consubstanciação que é a ideia de que Cristo está presente na ceia, mas não acontece mudança nos dois elementos. O que acontece é uma sacralização. Pão e vinho são os mesmos, representando carne e sangue do Mestre.

Em 1541, no Colóquio de Rabiston (ou Dieta de Rabiston), foi feita uma tentativa dos protestantes entrarem em acordo com os católicos. Foi a busca para que os protestantes voltassem à Igreja Católica de onde tinham se afastado temporariamente. Havia expectativa de retorno, mas isso não ocorreu. As intenções de reunificação da igreja cristã foram frustradas. Ainda hoje protestantes e católicos seguem caminhos distintos quanto à interpretação das doutrinas, apesar das muitas tentativas de cultos ecumênicos. São igrejas co-irmãs.

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Qual o significado da páscoa?

 

Publicado por Everson Barbosa em 6 de April de 2012

Qual o significado da páscoa?

Qual é a origem e significado da Páscoa? Como surgiu a idéia do coelho e ovos de chocolate? E por que na sexta-feira dizem que não se deve comer carne mas sim peixe?

A páscoa pode cair em qualquer domingo entre 22 de março e 25 de abril. Tem sido modernamente celebrada com ovos e coelhos de chocolate com muita alegria. O moderno ovo de páscoa apareceu por volta de 1828, quando a indústria de chocolate começou a desenvolver-se. Ovos gigantescos, super decorados, era a moda das décadas de 1920 e 1930. Porém, o maior ovo e o mais pesado que a história regista, ficou pronto no dia 9 de abril de 1992. É da Cidade de Vitória na Austrália. Tinha 7 metros e dez centímetros de altura e pesava 4 toneladas e 760 quilos. Mas o que é que tem a ver ovos e coelhos com a morte e ressurreição de Cristo?

A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes porém, o relacionam ao culto da fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois transportado para o Egito. A partir do século VIII, foi introduzido nas festividades da páscoa um deus teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e ingleses. Era um deus para representar a fertilidade e a luz. À figura do coelho juntou-se o ovo que é símbolo da própria vida. Embora aparentemente morto, o ovo contém uma vida que surge repentinamente; e este é o sentido para a Páscoa, após a morte, vem a ressurreição e a vida. A Igreja no século XVIII, adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo. Assim foi santificado um uso originalmente pagão, e pilhas de ovos coloridos começaram a ser benzidos antes de sua distribuição aos fiéis.
Em 1215 na Alsácia, França, surgiu a lenda de que um dos coelhinhos da floresta foi o animal escolhido para levar um ninho cheio de ovos ao principezinho que esta doente. E ainda hoje se tem o hábito de presentear os amigos com ovos, na Páscoa. Não mais ovos de galinha, mas de chocolate. A idéia principal ressurreição, renovação da vida foi perdida de vista, mas os chocolates não, ele continuam sendo supostamente trazidos por um coelhinho…
O Peixe, foi símbolo adotado pelos primeiros cristãos. Em grego, a palavra peixe era um símbolo da confissão da fé, e significava: “Jesus Cristo, filho de Deus e Salvador.” O costume de comer peixe na sexta-feira santa, está associado ao fato de Jesus ter repartido este alimento entre o povo faminto. Assim a tradição de não se comer carne com sangue derramado por Cristo em nosso favor.

Mas vejamos agora, qual é a verdadeira origem da Páscoa?
Não tem nada a ver com ovos nem coelhos. Sua origem remonta os tempos do Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel da terra do Egito. A Bíblia relata o acontecimento no capítulo 12 do livro do Êxodo. Faraó, o rei do Egito, não queria deixar o povo de Israel sair, então muitas pragas vieram sobre ele e seu povo. A décima praga porém, foi fatal : a matança dos primogênitos – o filho mais velho seria morto. Segundo as instruções Divinas, cada família hebréia, no dia 14 de Nisã, deveria sacrificar um cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais das portas de sua casa. Este era o sinal, para que o mensageiro de Deus, não atingisse esta casa com a décima praga. A carne do cordeiro, deveria ser comida juntamente com pão não fermentado e ervas amargas, preparando o povo para a saída do Egito. Segundo a narrativa Bíblica, à meia-noite todos os primogênitos egípcios, inclusive o primogênito do Faraó foram mortos. Então Faraó, permitiu que o povo de Israel fosse embora, com medo de que todos os egípcios fossem mortos.

Em comemoração a este livramento extraordinário, cada família hebréia deveria observar anualmente a festa da Páscoa, palavra hebraica que significa “passagem” “passar por cima”. Esta festa, deveria lembrar não só a libertação da escravidão egípcia, mas também a libertação da escravidão do pecado, pois o sangue do cordeiro, apontava para o sacrifício de Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.

A chamada páscoa cristã, foi estabelecida no Concílio de Nicéia, no ano de 325 de nossa era. Ao adotar a Páscoa como uma de suas festas, a Igreja Católica, inspirou-se primeiramente em motivos judaicos: a passagem pelo mar Vermelho, a viagem pelo deserto rumo a terra prometida, retirando a peregrinação ao Céu, o maná que exemplifica a Eucaristia, e muitos outros ritos, que aos poucos vão desaparecendo.

A maior parte das igreja evangélicas porém, comemora a morte e a ressurreição de Cristo através da Cerimônia da Santa Ceia. Na antiga Páscoa judaica, as famílias removiam de suas casas, todo o fermento e todo o pecado, antes da festa dos pães asmos. Da mesma forma, devem os cristãos confessar os seus pecados e deles arrepender-se, tirando o orgulho, a vaidade, inveja, rivalidades, ressentimentos, com a cerimônia do lava-pés, assim como Jesus fez com os discípulos. Jesus instituiu uma cerimônia memorial, a ceia, em substituição à comemoração festiva da páscoa. I Coríntios 11:24 a 26 relata o seguinte:
Jesus tomou o pão, “e tendo dado graças o partiu e disse: Isto é o meu corpo que á dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no Meu sangue, fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do senhor, até que ele venha.”

Vários símbolos nesta ceia merecem nossa atenção. O ato de partir o pão, indicava os sofrimentos pelos quais Cristo havia de passar em nosso favor. Alguns pensam, que a expressão “isso é o meu corpo” signifique o pão e o vinho se transformassem realmente no corpo e no sangue de Cristo. Lembremo-nos portanto, que muitas vezes Cristo se referiu a si próprio dizendo “Eu Sou a porta” (João 10:7), “Eu sou o caminho” (João 14:6) e outros exemplos mais que a Bíblia apresenta. Isto esclarece, que o pão e o vinho não fermentado, são símbolos e representam o sacrifício de Cristo. Ao cristão participar da cerimônia da ceia, ele está proclamando ao mundo sua fé no sacrifício expiatório de Cristo e em sua segunda vinda. Jesus declarou: “Não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber convosco no reino de Meu Pai.” ( Mateus 26:29)

Portanto, a cerimônia da Santa-Ceia, que Jesus instituiu, que veio a substituir a cerimônia da Páscoa, traz muitos significados:

1 – O Lava-Pés, significa a humilhação de Cristo. Mostra a necessidade de purificar a nossa vida. Não é a purificação dos pés, mas de todo o ser, todo o nosso coração. Reconciliação com deus, com o nosso próximo e conosco mesmo – união – não somos mais do que ninguém. O maior é aquele que serve…

2 – A Ceia significa a libertação do Pecado através do sacrifício de Cristo. Significa também estar em comunhão com ele. E sobretudo, é um antegozo dos salvos, pois Jesus disse: “Não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber convosco no reino do meu Pai. (Mateus 26:29)

Conclusão:
Advertindo a cada cristão, que tome cuidado com os costumes pagãos que tentam sempre driblar os princípios bíblicos. Não é de hoje, que se nota como os princípios bíblicos são alterados por costumes e filosofias humanas. Adoração a ídolos, a mudança do sábado para o domingo, o coelho e o chocolate, são apenas alguns exemplos das astúcias do inimigo. A Bíblia, e a Bíblia somente, deve ser única regra de nossa fé, para nos orientar, esclarecer e mostrar qual o caminho certo que nos leva a Deus e que nos apresenta os fundamentos de nossa esperança maior que é viver com Cristo e os remidos, num novo céu e numa nova terra. Devemos tomar cuidado com as crendices, tradições, fábulas, e mudanças humanas disfarçadas. Minha sugestão é examinar com oração, cuidado e com tempo as Sagradas Escrituras, para saber o que hoje é crendice ou tradição, estando atento, para saber o que realmente deus espera de cada um de nós.

Jesus foi claro “Fazei isto em memória de mim.” Ele exemplificou tudo o que deve ser feito. E se queremos ser salvos, precisamos seguir o que Jesus

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A Última Ceia teria acontecido na quarta, e não na quinta-feira

 

DA FRANCE PRESSE

A última ceia que Jesus Cristo compartilhou com seus 12 apóstolos na noite da Quinta-feira Santa aconteceu, na realidade, numa quarta-feira, afirma um especialista britânico em livro publicado pela Universidade de Cambridge.

"Descobri que ‘A Última Ceia’ aconteceu numa quarta-feira, em 1º de abril do ano 33", declarou ao jornal "The Times" o professor Colin Humphreys, da Universidade de Cambridge.

Antonio Calanni/AP

Estudioso revisou calendários diferentes para determinar dia de "A Última Ceia"; na foto, foto de quadro de Leonardo da Vinci

Estudioso revisou calendários diferentes para determinar dia de "A Última Ceia"; na foto, foto de quadro de Leonardo da Vinci

No livro, intitulado "The Mystery of the Last Supper" ("O Mistério da Última Ceia"), o catedrático acrescenta mais uma tese a um tema que divide teólogos e historiadores.

"Esse é o problema: os especialistas em Bíblia e os cristãos acreditam que a última ceia começou depois do pôr do sol de quinta-feira, e a crucificação foi realizada no dia seguinte, às 9h. O processo de julgamento de Jesus aconteceu em várias áreas de Jerusalém. Os especialistas percorreram a cidade com um cronômetro para ver como podiam ocorrer todos os acontecimentos entre a noite de quinta-feira e a manhã de sexta-feira: a maioria concluiu que era impossível", enfatizou o professor, segundo trechos do livro.

Os discípulos Mateus, Marcos e Lucas dizem que a última ceia foi uma refeição pascoal, enquanto João afirma que aconteceu antes da Páscoa judaica.

"A solução que encontrei é que todos têm razão, mas que se referem a dois calendários diferentes", explica o pesquisador.

Reconciliando os dois calendários, o professor concluiu que a última ceia aconteceu, na verdade, na véspera da Quinta-feira Santa.