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Teólogos divergem sobre se chamar mulher de pastor de “pastora” é bíblico

“Você normalmente vê a figura de uma co-pastora em igrejas mais pentecostais”, acredita teólogo.

 

   gospel prime –

Mulher orando. (Photo by Ben White on Unsplash)

O uso do termo “pastora” para se referir à esposa de um pastor é prática recorrente em muitas igrejas evangélicas. Um levantamento recente aponta que na última década cresceu o número de ministérios que atribuem o título mesmo àquelas que não fizeram preparação formal em seminário ou equivalente.

Contudo, teólogos discordam que este modelo seja suportado pelas Escrituras. O presidente do Seminário Teológico Batista do Meio-Oeste, Jason K. Allen, que também é professor de ministério pastoral, argumenta que a Bíblia não apoia esse modelo de liderança da igreja.

“Você normalmente vê a figura de uma co-pastora em igrejas mais pentecostais. Isso não acontece em igrejas tradicionais”, disse ele ao Christian Post. Para Allen, é mais provável que as esposas dos pastores funcionem como uma “extensão” do trabalho pastoral, atuando em situações como visitas a hospitais, discipulando outras mulheres e trabalhando como conselheiras.

A posição defendida por Allen é que o título de “pastor” seja usado apenas para “homens qualificados para o ministério. Isto ficou explícito na Escritura em passagens como 1 Timóteo 3:1-7, Tito 1:6-9”.

“Não é um debate se há mulheres tão qualificadas quanto homens. O apóstolo Paulo lista as qualificações que só se encaixam com homem, dizendo, por exemplo, que deve ser marido de uma só mulher.”

O estudioso diz que as igrejas que usam esse modelo de co-pastoreio entre homem e mulher estão contrariando as Escrituras. Allen salientou que essa não é somente a sua opinião e que o tema já foi extensivamente analisado em diversos livros, em especial os do pastor John Piper.
A ressalva que ele faz é que não se trata de uma leitura “machista” das Escrituras.

“A Bíblia acredita em honrar as mulheres… Eu sou diretor de um seminário onde cerca de 1/3 dos alunos é do sexo feminino. Elas estão se preparando para cargos no ministério, mas nós não determinamos o que podem ou não fazer depois de se formarem”, observou Allen.

A maioria das alunas que ele conhece no seminário está estudando para ser missionária, trabalhar como conselheira ou exercer outras funções ministeriais que não incluem a liderança pastoral.

Por outro lado, a pastora Cheryl J. Sanders, professora de Ética Cristã na Faculdade de Divindade da Howard University e pastora da Igreja de Deus em Washington, DC, questiona o argumento de Allen que a Bíblia não apoia mulheres dividindo papéis pastorais.

Ela aponta para Atos 18, onde fala sobe o casal de missionários cristãos do primeiro século, Áquila e Priscila, que eram casados.

“Eles eram um casal que trabalhava ao lado do apóstolo Paulo. E a Bíblia diz que Áquila e Priscila serviam juntos e tinham a mesma vocação que Paulo. Paulo falou muito bem deles. Quando Apolo começou a pregar coisas erradas, foi Priscilla quem o corrigiu, orientou-o e o guiou para uma maneira melhor de pregar”, disse Sanders.

A professora deixa claro que discorda “de toda a visão tradicional sobre as mulheres na liderança”. “Seu gênero não determina sua elegibilidade para ser um pastor. Eu acredito que se você é uma co-pastora é porque está qualificada para ser uma pastora e não pelo fato de você ser casada com o pastor da igreja”, encerra.

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Teólogos se reúnem em Chicago para debater o universalismo de Rob Bell

 

 

Universalismo – Um Inferno Vazio, Uma Cruz Banalizada, Um Deus Incompleto

Teólogos se reúnem em Chicago para debater o universalismo de Rob Bell

Teólogos reformados se reúnem em Chicago em uma conferência para debater o universalismo. A conversa aconteceu na quinta-feira, foi seguida por um painel de discussão sobre o recém-lançado “Love Wins” (O amor vence): Um livro sobre céu, inferno, e o destino de cada pessoa que já viveu. Nele, Rob Bell, que é pastor da Mars Hill Bible Church, em Grandville, Michigan, combate a noção de pessoas sendo torturadas no inferno por toda a eternidade.

Para o professor da pesquisa do Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School em Deerfield, Ilinóis, Don Carson, essa visão universalista está diminuindo a santidade de Deus, banalizando a cruz e distorcendo as verdades bíblicas.

“Sim, Deus é amor, mas a Bíblia fala do amor de Deus de formas diferentes e o que os universalistas fazem é absolutizar um aspecto dele – a saber, que Deus ama a todos da mesma maneira”, disse Carson.

Juntamente com Carson em um curto painel de discussão, o pastor da Geórgia, Crawford Loritts descreve as tentativas de escolher os atributos únicos de Deus como Deus prostituto. “Deus não precisa de um publicitário ou um agente ou uma empresa de relações públicas,” acrescentou. “Deus não está sentado em torno imaginando se pessoas gostam dele.”

O renomado teólogo Tim Keller também rejeitou as tentativas de elevar um atributo de Deus sobre o outro. “Na cruz, todos os atributos de Deus vencem,” ressaltou.

Em última análise, reduzir a ira de Deus afeta os pontos de vista sobre a expiação e a santidade. “Não acho que você vê o espetacular amor de Deus até ver a espetacular santidade de Deus. Se você diminuir um, inevitavelmente diminuirá o outro,” enfatizou Carson.

O debate aconteceu entre os dias 12 e 14 de abril e antes de enviar os pastores de volta a suas Igrejas locais e seminários, Carson deixou claro que os riscos são altos quando se trata de obter o direito sobre a salvação, céu e inferno, porque uma que vez a decisão é feita nesta vida, as consequências são eternas.

“O inferno não está cheio de pessoas que querem sair. Eles não querem estar lá. Mas não acho que há uma sugestão bíblica de que as pessoas se arrependem no inferno,” afirmou. “Conhecemos a única solução para isso: O Evangelho de Jesus Cristo.”

Fonte: Gospel Prime

Com informações The Christian Post

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Teólogos católicos pedem fim do celibato e ordenação de mulheres

 

Documento assinado por mais de 140 professores exige reforma profunda na Igreja Católica, incluindo fim do celibato, exercício do sacerdócio por homens casados e mulheres e participação de fiéis na escolha de bispos.

Mais de 140 teólogos católicos da Alemanha, da Áustria e da Suíça assinaram uma declaração solicitando profundas reformas na Igreja Católica, segunda a edição desta sexta-feira (04/02) do jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

No total são 144 professores que lecionam teologia católica em universidades de língua alemã, o que significa cerca de um terço de todos os docentes da área. Eles pleiteiam a abolição do celibato, o exercício do sacerdócio por homens casados e mulheres e uma maior participação dos fiéis no preenchimento de cargos importantes, como os bispos.

Entre as solicitações encontra-se também uma melhora na proteção do Direito, implicando a construção de uma jurisdição administrativa na Igreja.

Os teólogos afirmaram que não querem mais permanecer calados em face da crise pela qual passa a Igreja Católica, resultado dos diversos casos de abuso sexual de crianças e adolescentes relatados em 2010. A declaração lembra que, "como nunca ocorrido antes, no ano passado muitos cristãos deixaram a Igreja Católica".

Os teólogos querem discutir o futuro da Igreja Católica. "Como professores de teologia não podemos mais nos calar. (…) Temos a responsabilidade de contribuir para um novo começo".

Segundo o jornal Süddeutsche Zeitung, desde 1989, quando mais de 220 acadêmicos assinaram a Declaração de Colônia, protestando contra a autoridade do papa João Paulo II, não havia um pronunciamento dessa magnitude entre os teólogos católicos alemães.

PP/afp/kna/dpa
Revisão: Alexandre Schossler