01/11/2010 – 01h36
PUBLICIDADE
DE SÃO PAULO
A aluna de 13 anos que teria se relacionado com a professora de matemática disse em entrevista ao "Fantástico", deste domingo, que continua "amando" a mulher de 33 anos.
"Eu continuo amando ela, eu não vou deixar de amar pelas coisas que estão acontecendo e, se for preciso, eu espero até ela sair da cadeia".
Na última quarta-feira a professora de 33 anos foi presa sob a acusação de ter mantido relações sexuais com duas alunas de 13 anos em uma escola municipal em Realengo, zona oeste do Rio. A polícia informou que localizou a acusada após receber uma denúncia da mãe de uma das garotas.
A segunda estudante, localizada pela polícia no dia seguinte a prisão, afirmou ao "Fantástico" que nunca foi molestada pela professora. "Ela nunca me encostou, nunca tentou fazer nada comigo. Isso eu juro."
Ela disse que foi ao motel a pedido da colega. "Porque ela tinha medo de não querer mais voltar pra casa. E toda vez que eu ia, ela tinha que me trazer de volta", disse.
Na entrevista, a menina também afirmou que pediu para a professora ir até a casa dela para conhecer a mãe.
Ao "Fantástico", a mãe disse que espera que a escola ofereça apoio psicológico à família.
"Ganho um salário mínimo, não tenho condições para pagar pra ela um psicólogo. Espero que a escola agora arque com essa consequência. Espero que o município arque com isso, pague sim um psicólogo pra família toda. Que mexeu com a família toda, destruiu a família. Eu achava que a minha filha estava segura dentro de uma escola e na verdade não estava", disse a mãe.
Na última quarta-feira, a mãe afirmou que havia marcado uma consulta com um psicólogo para a filha, por meio do Conselho Tutelar. ‘Ela tinha falado pra mim que estava gostando da professora. Esse caso não começou agora, já faz uns seis meses. Passei a desconfiar, juntar informações e resolvi vir à delegacia’, afirmou.
CASO
A polícia informou que localizou a professora após denúncia da mãe de uma das garotas. O delegado titular da 33ª DP (Realengo), Angelo Jose Lages Machado, afirmou que ela havia confessado o crime.
‘Se caracterizou prisão em flagrante porque a professora confessou o crime e a menina também. Os depoimentos são iguais. Elas estavam dormindo juntas desde segunda-feira (25) no carro da educadora’, disse o delegado.
Segundo ele, ao denunciar que a filha estava desaparecida desde segunda-feira, a mãe disse que ‘que a menina falava muito com essa professora por telefone e pelo MSN’.
Machado afirmou que a professora, que dá aulas de matemática em uma escola municipal em Realengo (zona oeste), foi indiciada sob a suspeita de estupro de vulnerável e corrupção de menores.
A mãe da adolescente disse que chegou a fazer uma reclamação contra a professora com a direção da escola, mas a unidade apenas transferiu a funcionária.
O marido da professora foi à delegacia levar comida e remédios para a mulher, que diz sofrer de claustrofobia e pressão alta. Ele não quis falar com a imprensa e demonstrou estar emocionalmente abalado.
A Secretaria Municipal de Educação informou, em nota, que a 8ª Coordenadoria Regional de Educação, assim que tomou ciência do caso, em 9 de setembro deste ano, instaurou uma sindicância para apurar os fatos e determinou o afastamento da professora da escola.
"A Secretaria de Educação esclarece, ainda, que considera inaceitável este tipo de conduta e acompanha atentamente as investigações da polícia. Até a conclusão da sindicância, que pode determinar, inclusive, a exoneração da professora, ela será mantida afastada de suas funções".