19/05/2011 – 12h00
da Livraria da Folha
Divulgação
Bastidores de instituições religiosas e o seu processo missionário
"Sou um ateu". É a conclusão que o jornalista Fábio Marton chegou. Esse tipo de depoimento ainda causa certo reboliço em algumas praças, só que no caso dele, ganha ares dramáticos quando revela sua história.
"Ímpio" é a infância, a reflexão e a consequência de sua vida. Marton, assim como outras crianças, tinha seus gostos e charmes da idade, mas não bastasse ser esperto, brincalhão ou afetuoso, ele se via obrigado a praticar sua fé para agradar e conquistar a família.
De um ponto de vista muito particular –de uma criança que torna-se um adulto–, o leitor tem a oportunidade de testemunhar a influência da religião em seu cotidiano, e como da observação e amadurecimento, o autor enfrenta medos e resolve entrar em acordo com ele mesmo, em conseguir declarar o que pensava, mesmo que despertasse o desgosto de pessoas próximas e amigas.
Arte
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O jornalista faz de sua vida uma grande reportagem. Sem ser apelativo ou caricato, busca oferecer ao leitor informações vistas e vividas sobre exorcismos, pregações e testemunhos de pastores que somente por meio da fé curavam diversas enfermidades, e as razões por ter associado o termo "ímpio" à sua vida, que perpassa pelo sentido de não se dignar –e mesmo desprezar– fanatismos religiosos e suas inconsequentes empreitadas profanas que violentam o interior de cada um.
"Ímpio" é um livro escrito por um ateu assumido. É um livro sobre fé, preconceitos, medos e coragens. É sobre autoconhecimento. E vale para qualquer um, tenha sua religião ou não.