Por Jussara Teixeira|Correspondente do The Christian Post
O tema casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi colocado ontem, quinta-feira, em votação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Quatro dos cinco ministros da quarta turma do STJ votaram a favor da união civil, mas o ministro Marco Aurélio Buzzi fez um pedido de vista ao processo, de forma a ter mais tempo para analisar a questão.
Ainda não há data para a retomada do julgamento. Enquanto o julgamento não terminar, os ministros ainda podem mudar seus votos.
Caso seja favorável ao casamento civil homossexual, o STJ abre importante precedente para casos similares, embora a decisão do órgão não se torne regra a ser aplicada a todos os casos parecidos, ao contrário de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com o Terra.
O processo foi movido por duas empresárias gaúchas que recorreram ao STJ depois que tiveram autorização para seu casamento recusada por um cartório.
As duas vivem juntas há cinco anos e desejam mudar o estado civil. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, contudo, julgou improcedente a ação, o que levou as gaúchas a recorrerem ao STJ.
Em maio deste ano, o STF reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Segundo o IG, o STF deixou em aberto a possibilidade de casamento, o que provocou decisões desencontradas pelos juízes de primeira instância.
As diferenças entre as duas entidades são claras: a união estável acontece a partir da convivência entre o casal; já o casamento civil é um contrato jurídico-formal estabelecido entre duas pessoas, segundo a publicação.
O pastor Silas Malafaia, líder da Associação Vitória em Cristo, iniciou uma campanha no Twitter em que convoca seus seguidores a enviar email aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STJ) para que o órgão não reconheça a união homoafetiva como casamento.
Malafaia postou no microblog os emails de vários ministros do STJ para que mensagens fossem enviadas contra a validação do casamento homossexual.