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DISCIPLINA DE FILHOS: AMOR OU CRUELDADE?

 

O uso correto da vara é apoiada pela história e até mesmo por médicos

Os pais que decidirem utilizar a forma bíblica para disciplinar seus filhos devem conhecer os argumentos e os contra-argumentos desse polêmico tema?

Disciplina de filhos, principalmente a forma como ministrá-la , é uma das áreas mais polêmicas dos seminários do Pastor Jaime Kemp. Existe, atualmente em nossa sociedade, uma forte corrente que pretende banir o uso da vara do relacionamento pais & filhos. Não tenho dúvidas de que grande parte desse sentimento parta de uma sincera preocupação com o bem-estar da criança. Sei que há pais que não disciplinam, mas espancam seus filhos. O abuso infantil sempre foi e continua sendo uma triste realidade. Seguindo esse raciocínio há vários argumentos utilizados contra o uso da vara. Vamos examinar alguns deles, e também colocar nossa posição, em contra argumento:
Argumento 1 : ?A punição física é prejudicial à criança?.
Contra argumento: Qualquer meio de disciplina levado ao extremo, pode ser prejudicial à criança. Até palavras, se ditas com ódio e raiva serão emocionalmente perniciosas. O castigo muito longo, também pode humilhar a criança e ?colocar em risco? o efeito da punição. Uma disciplina administrada apropriadamente através do uso da vara, com amor e de forma controlada é benéfica à criança. ?Não retires da criança a disciplina; pois se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno?. Pv. 23:13.
Argumento 2 : ?O uso da vara não é necessário?
Contra argumento : Todas as crianças precisam de doses balanceadas de amor e correção. Para que a correção detenha o comportamento desobediente, a conseqüência imposta deve ser maior que o prazer da desobediência. Para crianças desobedientes, rebeldes, que se recusam a ceder com uma comunicação clara e não se deixam persuadir pelos pais, o uso da vara é útil, efetivo e apropriado. Para crianças obedientes, formas moderadas de correção são suficientes e, na maioria dos casos, o uso da vara é desnecessário.
Argumento 3 : ?A pessoa que recebeu punição física, pode se sentir no direito de bater em outras pessoas?
Contra argumento: Neste ponto devemos fazer uma distinção entre o bater abusivo e a disciplina corretiva. A habilidade da criança em diferenciar as duas formas de disciplina depende basicamente da atitude dos pais quando a disciplinam. Não existem indícios que mostrem que a disciplina com amor, através do uso de um objeto (varinha), na ?padaria? de uma criança desobediente, transmita um comportamento agressivo. O ponto crucial é a forma como a vara está sendo usada. O abuso físico proveniente da raiva, da falta de controle, da vingança dos pais, pode cultivar amargura e gerar feridas emocionais na criança. A ação disciplinar balanceada e prudente tem sido mostrada como fator determinante na moderação do comportamento agressivo na maioria das crianças. No entanto, é importante ressaltar que o uso da vara só deve ocorrer após uma clara comunicação entre os pais e a criança e se a criança continuar a insistir em sua rebeldia e desobediência
Argumento 4 : O uso da vara é ineficiente para reverter um mau comportamento.
Contra argumento : São muitas as pessoas que pensam desta forma, dizendo que o uso da vara acirra o comportamento inadequado, não produzindo arrependimento e conseqüente correção de comportamento. Porém, quando combinado com amor, comunicação e motivo, a disciplina física tem diminuído o mau comportamento entre crianças em idade pré-escolar. Esta afirmação provém do resultado de uma pesquisa realizada pela Dra. Diana Baumrind do Instituto de Desenvolvimento Humano, da Universidade da Califórnia. Ela conduziu por 10 anos uma pesquisa junto a famílias com filhos entre 3 e 9 anos de idade. O resultado revelou que os pais que utilizavam uma disciplina balanceada, incluindo o uso da vara, e encorajavam positivamente seus filhos, obtiveram melhores resultados com suas crianças, as quais tiveram comportamentos corrigidos e, posteriormente, conscientemente evitados pelas crianças. Bater de forma impulsiva, sem controle é inquestionavelmente errado! Eliminar o uso de disciplina diante da rebelião e desobediência , também é errado. Quando o uso efetivo da vara é retirado do repertório de disciplina dos pais, eles se deparam com irritação, manipulação, brigas e berros já que as primeiras medidas de comunicação e persuasão falharam.
No entanto, o uso apropriado da vara, revesado com outros tipos de disciplina (como retirada de privilégios) resultam em melhor controle da criança rebelde e desobediente, reduzindo também os momentos de exasperação. Porém, todavia, contudo…. deve haver clara distinção entre o uso da vara como disciplina e correção e a maneira abusiva e prejudicial de uma punição física exagerada e inadequada. Não existem evidencias de que o uso correto e amoroso da vara seja prejudicial à criança. Pelo contrário, sua utilização é apoiada por histórias, pesquisas e pela maioria dos médicos pediatras. A Bíblia, quando se refere à disciplina de filhos, é clara quanto a lidar com a rebelião e desobediência: A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela?. Pv. 22:15.
O futuro da família está em jogo! Sem um claro entendimento das responsabilidades que Deus nos deu de amar e disciplinar nossos filhos, a filosofia de que corrigir é repressãoe atrofia a vontade da criança acabará ampliando e conseguindo cada vez mais adeptos, inclusive no Corpo de Cristo. Disciplinar uma criança dentro dos padrões bíblicos dá trabalho, exige tempo e força de vontade dos pais. O resultado, porém, é apontado pela Palavra: ?Discipline seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer à sua alma?. Pv. 29:17. A família precisa dos princípios claros do ?Arquiteto do lar? para ser preservada em tempos de desafios e mudanças, como os atuais.

Data: 24/10/2011 09:04:23

Fonte: Jaime Kemp

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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