Sucesso de marketing, Neymar pode faturar até R$ 60 mi anuais
BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC
LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO
Para os marqueteiros, Neymar tem potencial para aumentar seu faturamento a médio prazo em até 150%.
Segundo especialistas da área, os ganhos do atacante com a exploração de imagem podem chegar a até R$ 60 milhões anuais nas próximas quatro ou cinco temporadas.
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Ricardo Nogueira – 07.nov.2011/Folhapress
Neymar comemora seu gol na partida contra o Vasco, na Vila Belmiro
Com o contrato assinado ontem com o Santos, o jovem jogador passa a ficar com o valor integral pago por seus patrocinadores e irá aumentar seu rendimento para mais de R$ 24 milhões por ano.
"Ele ainda tem um bom potencial de faturamento. Sua curva de crescimento vai subir bastante", afirmou José Cocco, um dos pioneiros do marketing esportivo no país.
Os últimos meses mostram bem como o valor da marca Neymar tem crescido em uma velocidade enlouquecedora.
A Folha apurou que vincular sua imagem ao santista custava R$ 800 mil por ano no começo de 2011. Depois, subiu para R$ 2 milhões. E agora alcançou R$ 3 milhões –o Banco do Brasil negocia um acordo nesses termos.
E a tendência para os próximos anos, desde que Neymar não tenha uma queda de desempenho, é que o preço fique cada vez mais alto, mesmo que ele cumpra a promessa de continuar no futebol brasileiro até a Copa de 2014.
"Ele é um fenômeno um pouco diferente. Em função das redes sociais, virou global sem ter de ir para a Europa. Seus gols e dribles rodam o mundo pelo YouTube", disse José Carlos Brunoro, da Brunoro Sport Business.
Brunoro, no entanto, faz uma ressalva. Neymar precisa tomar cuidado com a quantidade e importância das empresas com que firma acordo. O risco é se tornar "figurinha batida" no meio publicitário e, assim, desgastar a marca.
"A imagem do Neymar precisa ser qualificada, como o futebol dele. O ideal é que ele seja garoto-propaganda de no máximo seis empresas, mas todas bem grandes", declarou o marqueteiro.
O atacante já alcançou a cota (Nike, Panasonic, Tenys-Pé, Lupo, Ambev e Red Bull), mas pretende continuar aumentando a quantidade de parceiros. Além do Banco do Brasil, também negocia com uma empresa de telefonia.
Para Fábio Wolff, da Wolff Sports, o sucesso publicitário de Neymar é ampliado pela escassez de ídolos esportivos no Brasil que preencham os requisitos necessários para ter a imagem explorada.
"Os números que rodeiam o garoto eram impensáveis tempos atrás. Deste jeito, o céu é o limite."