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A felicidade está em queda

 

Estudo chegou à conclusão avaliando uso de palavras no Twitter

16 de dezembro de 2011 | 18h 31

Das agências de notícias

As pessoas estão mais infelizes. Pelo menos, isso é o que sugere uma pesquisa feita na Universidade de Vermont e publicada no periódico PLoS ONE. Segundo os autores, após uma leve tendência de elevação entre janeiro e abril de 2009, esse sentimento se mostrou em queda na primeira metade de 2011.

Foi a partir da análise de dados do Twitter que os pesquisadores chegaram a essa conclusão. Durante três anos, o time reuniu mais de 46 bilhões de palavras escritas em tweets por 63 milhões de usuários em todo o mundo. Segundo eles, esse conjunto não é apenas a expressão do estado mental de uma pessoa – mas reflete o que as pessoas estão sentindo em geral e dá pistas sobre o humor de determinados grupos.

Esses bilhões de palavras contém de tudo um pouco – de comida a suicídio, por exemplo. Para detectar o sentido emocional de cada uma, os autores usaram um serviço chamado Mechanical Turk. Com essa ferramenta, um grupo de voluntários dá notas, de um a nove, à carga de "felicidade" – a temperatura emocional – de dez mil das palavras mais comuns em inglês. Para se ter uma ideia, em média os voluntários avaliaram, por exemplo, "sorriso", com uma nota 8,5, "comida" com 7,4 e terrorista, com 1,3.

Nos últimos três anos, os padrões do uso das palavras mostram uma queda na medida da felicidade. Ou pelo menos uma queda na felicidade dos que usam o Twitter. "A felicidade individual é uma métrica fundamental na sociedade", dizem os autores. Segundo o artigo, medir esse sentimento tem sido difícil por meios tradicionais porque muitas vezes as pessoas não são sinceras nas entrevistas.

A nova abordagem fornece um olhar coletivo sobre a sociedade e permite dar um sentido a expressões agregadas por milhões de pessoas. E isso abre a possibilidade de tomar medidas que podem ter aplicações em políticas públicas, por exemplo.

Entre os resultados apontados, há sinais claros da felicidade ao longo da semana – com o ápice aos fins de semana e o ponto mais baixo na segunda e terça-feira.

Num gráfico de longo prazo, é possível observar subidas e quedas. Enquanto que a maior tendência de aumento é nos feriados, os dias mais negativos são aqueles relacionados a acontecimentos fora da rotina da pessoa, como a crise econômica ou o tsunami no Japão.

Mas os autores frisam que esses dados se relacionam à felicidade individual momentânea – e não àquela de longo prazo, uma avaliação reflexiva sobre a vida. "Ao avaliar a felicidade não estamos afirmando que o objetivo da sociedade é maximizar esse sentimento. Pode ser também que precisamos ter algum grau persistente de azedume nas culturas para poder florescer", provocam os autores.

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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