DA EFE
Atualizado às 20h15.
As duas turistas brasileiras que foram sequestradas neste domingo por um grupo de beduínos no sul da Península do Sinai, no leste do Egito, foram libertadas por seus sequestradores, informaram fontes oficiais egípcias.
Duas brasileiras são sequestradas por beduínos no Egito
Sara Lima e Zélia Magalhães de Melo estavam num grupo de 45 turistas que seguia para o mosteiro de Santa Catarina, que fica no sopé do monte Sinai, quando ônibus em que estavam foi parado por beduínos e quatro pessoas foram levadas: o guia e um segurança, ambos egípcios, e as duas brasileiras.
Diferentemente do que foi informado à Folha pela Embaixada do Brasil no Cairo, não se tratavam de duas adolescentes, mas sim de uma jovem de 18 anos e de uma mulher de 45 anos.
Segundo as fontes, citadas pela agência oficial egípcia Mena, as turistas brasileiras e o guia egípcio foram libertados após a mediação de líderes das tribos beduínas da região, sem que fosse cumprida qualquer exigência dos sequestradores.
O porta-voz da coalizão de tribos do Sul do Sinai, Yuma Salim Barakat, disse que os xeques tribais se deslocaram ao local do sequestro imediatamente após saber do ocorrido, e afirmou que as tribos rejeitam os sequestros de turistas, que afetam a vida dos moradores da região.
Este é o terceiro episódio registrado no Sinai em apenas um mês e meio, depois que membros de tribos beduínas sequestraram em fevereiro três turistas sul-coreanos e outros dois turistas americanos.
Nos dois casos, os sequestros duraram apenas algumas horas, e foram concluídos depois que os beduínos exigiram a libertação de companheiros detidos por delitos como assalto a banco e tráfico de ópio.
A Península do Sinai, desmilitarizada por causa dos acordos de paz de Camp David entre Israel e Egito (1978), se transformou em um dos principais pólos de atração turística no Egito, graças principalmente ao encantamento de sua costa e a centros históricos religiosos como o mosteiro de Santa Catarina.