PorStoyan Zaimov | Repórter do The Christian Post tradutor Amanda Gigliotti
Mark Driscoll, pastor da Igreja Mars Hill em Seattle, Washington, escreveu recentemente num editorial que os cristãos que protestam contra os outros crentes por participarem de tradições não-religiosas da Páscoa são comparáveis "àqueles que mataram Jesus."
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(Foto: Mars Hill Church via The Christian Post)
Mars Hill Senior Pastor Mark Driscoll prega para uma multidão de mais de 17.500 pessoas no campo de futebol do estádio Qwest, em Seattle, Washington, no domingo de Páscoa, 24 de abril de 2011.
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O pastor, autor do livro Casamento Real: A Verdade Sobre o Sexo, Amizade, e Vida em Conjunto, discutiu em um editorial para a seção de fé do Washington Post a relevância da Páscoa como um momento para se celebrar "a ressurreição, a vitória de Jesus Cristo sobre Satanás, o pecado e a morte", permitindo que as crianças marquem o feriado com ovos de chocolate e coelhinhos.
Driscoll começou por abordar as questões que alguns cristãos têm com as raízes de Páscoa como uma festa anglo-saxã pagã que um dia envolveram as pessoas usando a ocasião para homenagear Eostre, a deusa da fertilidade e da primavera.
O pastor explicou que os missionários cristãos na região optaram por combinar esta celebração pagã com o dia para honrar a ressurreição de Cristo, e hoje o feriado dos EUA incorpora ambas as tradições. Ele argumentou que aqueles que se opõem a esta combinação tem o direito de comemorar o que quiserem, e não devem criticar outros cristãos por fazerem o que suas consciências permitem.
"Alguns cristãos, em vez de celebrar o fato de que um dia que já foi uma vez dedicada à celebração de um deus pagão e é agora dedicada a Jesus, desejam ser a consciência política e sair por aí dizendo a todos como eles devem parar de se divertir e comemorar, por causa das origens do dia. Se alguém tem um problema de consciência em comemorar o feriado, deve abster-se, mas protestar contra as crianças comerem doces e divertirem-se parece mais com os tipos religiosos que mataram Jesus do que as crianças que se divertiram", Driscoll escreveu.
Ele continuou explicando que ele e sua esposa dizem a seus cinco filhos que o coelhinho da Páscoa, juntamente com o Papai Noel, não são reais, mas são parte de "uma marca da cultura americana", enquanto a ressurreição de Cristo é um fato histórico. Ao mesmo tempo, no entanto, Driscoll insistiu que é possível celebrar em plenitude, tanto tradição americana da Páscoa e do feriado cristão, desde que Cristo não seja ofuscado.
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"Assim como os primeiros missionários não rejeitaram ou receberam o feriado pagão de Eostre, mas o redimiram por Jesus, também nós procuramos resgatar as práticas culturais que observamos nos EUA sem deixá-los ofuscar Jesus e sua ressurreição, e sem fazê-los completamente irrelevantes ou mesmo antagônicas à cultura e a outros cristãos, a todos aqueles que tentam evitar, porque eles acreditam que serem para Jesus também significa serem contra a diversão", afirmou Driscoll.
Ainda assim, alguns na comunidade da fé se ofenderam com pastores de megaigrejas pregando sobre a aceitação e incorporação dos símbolos tanto aparentemente pagãos quanto cristãos na Páscoa, dizendo que uma maior "aceitação" minimiza a importância do sacrifício de Cristo na cruz.
"Todos os Natais, os cristãos lamentam e reclamam dos esforços seculares e ateístas projetados para tirar Cristo fora do Natal, entretanto, mais pastores e mais cristãos cometeram um crime ainda pior de remover Jesus Cristo e Sua ressurreição vitoriosa do túmulo de seus sermões de Páscoa", disse Chris Rosebrough, capitão da Radio de Internet Pirata Cristão, que também acusou o pastor da igreja de Lakewood, Joel Osteen de tirar Cristo de seus sermões de Páscoa.
Em sua mensagem de 1° de abril, Driscoll pregou sobre a crucificação de Jesus e por que ele morreu, em antecipação à celebração da ressurreição de Cristo no domingo de Páscoa. A igreja Mars Hills parece estar focada exclusivamente na pregação sobre a ressurreição de Cristo neste fim de semana da Páscoa, e a sua mensagem convida os crentes a lutarem por sua fé como os primeiros seguidores de Cristo fizeram, e obtiveram motivação através de Seu sacrifício.
Um estudo recente da Sociedade Bíblica Americana e do Grupo Barna descobriu que os americanos em grande parte reconhecem e celebram a tradicional visão cristã da Páscoa como um momento para homenagear a ressurreição de Cristo – 69 por cento dos adultos norte-americanos veem a ocasião como um feriado religioso. Esse número, no entanto, diminuiu entre os adultos jovens, com apenas 56 por cento dos americanos com idade entre 18-27 vendo o dia como religioso.