NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
Que tal trocar o Facebook pelo Jesusbook? E ver seus vídeos no Jesustube sem o risco de tropeçar em "pecado"?
Animado com o salto dos evangélicos revelado no último Censo, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer organizar o rebanho na web.
Ele está à frente do www.feemjesus.com.br, um projeto de comunicação que pega carona nas redes sociais. Só que o conteúdo é exclusivo aos evangélicos.
"Seremos a maior audiência evangélica do país", aposta o parlamentar. Sua meta é distribuir, até dezembro, 3 milhões de e-mails gratuitos sob endereço "jesus.com".
As principais lideranças evangélicas foram chamadas a integrar uma espécie de conselho editorial para pautar a agenda comum das denominações evangélicas.
"Quero criar um mundo evangélico na internet", disse o parlamentar à Folha.
Cunha afirma que, inicialmente, dois patrocinadores pagam a conta de uma despesa anual estimada em R$ 2 milhões. E aposta na publicidade para ter receita.
As igrejas poderão arrecadar dízimo pelo portal, vender bíblias e lançar CDs. O pastor transmitirá seu culto ao vivo e, se for estrangeiro, haverá tradução simultânea.
Dado demográfico divulgado pelo IBGE mostra o poder desse público alvo: de 2000 a 2010, a população evangélica arrebanhou 16,1 milhões de fiéis, somando 42,3 milhões de brasileiros.
O portal será lançado amanhã, na Marcha para Jesus.
A primeira notícia experimental produzida pelo portal é sobre o que chama de "novo kit gay" encontrado em escolas de São Paulo.
"Os livros, como atestou a reportagem do Fé em Jesus, mostram só figuras, textos e ideias que não respondem aos anseios da natureza humana." O material cita o MEC como distribuidor.