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Protestos islâmicos reacendem debate sobre liberdade e religião

 

Atualizado em  21 de setembro, 2012 – 07:57 (Brasília) 10:57 GMT

 

Protesto contra filme anti-Islã | Crédito da foto: AFP

Manifestante protesta contra filme anti-Islã no Paquistão.

Produzido nos Estados Unidos, o filme anti-islâmico que tem provocado ondas de protestos em países muçulmanos abriu o precedente para uma discussão polêmica: quais são os limites da liberdade de expressão e de religião?

Com a repercussão negativa da fita, outro questionamento também surgiu: em meio ao recuo dos Estados Unidos, que criticaram fortemente seu conteúdo, até que ponto a autocensura e a regulação devem ser impostas de forma a acalmar os ânimos religiosos mais exaltados?

Para responder essas perguntas, a BBC colheu depoimentos de uma série de analistas. Confira.

Eu sou muçulmano e ocidental, mas não considero que os dois elementos se oponham.

Chegamos a um estágio em que não existe mais o controle da Igreja Católica sobre o que pode ou não ser dito ou escrito em público. No passado, os "hereges", aqueles que não aceitavam a doutrina do catolicismo, eram mortos ao lutar pela liberdade religiosa, de pensamento e de expressão. Considero tais liberdades sacrossantas.

Foi a coragem desses protestantes que permitiu a criação de sociedades seculares e plurais no Ocidente, possibilitando, pela primeira vez na história, que um grande contingente de judeus e muçulmanos morassem juntos e praticassem cada qual sua religião.

A barbaridade dos pogroms, da caça às bruxas e dos hereges sendo queimados vivos em praça pública felizmente acabou.

Os meus colegas muçulmanos precisam entender tal pano de fundo. Não podemos sufocar as diversas liberdades existentes sob a alegação de proteger a nossa religião. É claro que eu me sinto pessoalmente atacado quando o profeta Maomé é insultado.

Inclusive, porque a literatura ocidental, de Shakeaspeare a Thomas Paine, está cheia de referências negativas aos muçulmanos, chamando-os de "mouros", "turcos" e "seguidores de Maomé".

Charlie Hebdo | Crédito da foto: AFP

Revista francesa publicou charge que também satiriza Maomé.

Paralelamente, os escritos clássicos árabes e persas estão repletos de antissemitismo e negação à divindade de Cristo como filho de Deus.

Ainda assim, é importante que nós, do Ocidente, tenhamos conseguido acomodar em um mesmo (ou mais) países todas as fés – e inclusive aqueles que não professam nenhuma fé.

Essa evolução não pode ser revertida. A autocensura é uma tentativa de reverter os ganhos realizados pelos intelectuais de outrora, nossos antepassados.

Tão quanto os muçulmanos são livres no Ocidente, os cristãos e seguidores de outras fés precisam ter a mesma liberdade no Oriente.

Nós, muçulmanos, matamos algum dos maiores iluministas por causa de acusações clericais de heresia, motivadas pela ausência da liberdade de pensamento.

Da execução de al-Hallaj em Bagdá, no Iraque, ao apedrejamento de Ibn Arabi em Damasco, na Síria, passando pelo banimento de Bulleh Shahm em Punjab, a história está cheia de exemplos.

Esses muçulmanos são mártires por terem lutado pela liberdade de pensamento.

Como um muçulmano ocidental, eu quero defender essas liberdades e assegurá-las para as futuras gerações.

Ed Husein é pesquisador sênior de estudos do Oriente Médio do centro de estudos Council on Foreign Relations e autor do livro "The Islamist"

Fonte: BBC Brasil

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

Uma resposta em “Protestos islâmicos reacendem debate sobre liberdade e religião”

Tenho visto e isso provo as barbáries cometidas pelo muçulmanos fora do Brasil. São missionários evangélicos e católicos queimados vivos dentro de suas igrejas. Se a coisa segue desse modo, onde está o amor às pessoas pregadas por eles ? No Brasil se fóssemos retribuir o que fazem com nossos irmãos lá fora, teríamos que expulsar todos os muçulmanos do país. Não estou incitando a isto e nem tão pouco promovendo uma anarquia aqui no meu país. Só que se isso começar acontecer aqui dentro, teremos que tomar medidas drásticas. Em um país onde se queima um índio ou um homoafetivo, imaginem o que não faríamos contra uma religião que para mostrar insatisfação promove até guerras, matando homens, mulheres até crianças!?!? Devemos pensar muito a este respeito. Somos todos irmãos, moramos na mesma casa, temos é que defendê-la de outros problemas. Agora atacar pessoas em nome de uma religião….
Existe o direito a liberdade. O que falaram de “Jesus” e falam até hoje? E não me venham com defesa de que a igreja católica com sua inquisição matou milhares de infiéis… É para seguir os passos da mesma? Estamos falando de presente e futuro. Que futuro terá uma religião agressiva desse modo? Maomé é considerado um ser iluminado ou um anarquista e baderneiro que incitou o povo a tremendas covardias em seu nome? Vamos refletir sobre isso. RESPEITO TODAS AS RELIGIÕES, cada qual tem o direito de escolher o que quer seguir SEM PREJUDICAR O PRÓXIMO NO QUE ESCOLHEU. Se um santo precisa ser defendido para provar que é santo, este nunca foi santo. Olha o exemplo de Jesus Cristo! Ninguém sai destruindo, matando e barbarizando por falarem mal d’Ele. Seus atos, seus feitos e seu amor por si próprio já provam que Ele foi, é e sempre será superior…
Grande abraço a todos.

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