Por Luana Santiago | Correspondente do The Christian Post
Um atentado suicida neste domingo (23) contra uma igreja Igreja Católica de Bauchi, no norte da Nigéria, deixou dezenas de pessoas feriadas, comunicou a NEMA (Agência Nacional de Gestão de Desastres da Nigéria).
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(Foto: Reuters)
Um carro queima depois da explosão de uma bomba na Igreja Católica de Santa Teresa em Madalla, Suleja, na Nigéria, em 25 de dezembro de 2011.
Uma mulher e uma criança morreram e cerca de 47 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave. O terrorista, contado como a terceira vítima fatal, morreu quando detonou seu carro carregado de explosivos na entrada da igreja.
O porta-voz da polícia de Bauchi, Hassan Auyo, afirmou aos jornalistas que as autoridades estão ainda avaliando o número correto e situação das vítimas e dos danos.
A responsabilidade pelo ataque ainda não foi assumida por nenhum grupo, embora Bauchi e toda a região norte da Nigéria sejam palco frequente de ataques da seita islamita Boko Haram, que já atentou em numerosas ocasiões contra comunidades cristãs.
O atentado acontece apenas dois dias após a morte de dois líderes da seita radical em Maiduguri, anunciado pela Força de Ação Conjunta (JTF) do Exército da Nigéria, sendo essa uma possível causa para o atentado.
No mês de julho deste ano o grupo extremista islâmico Boko Haram, assumiu a responsabilidade pela morte de mais de 100 pessoas em uma série de 12 ataques a aldeias. Mas um caso divulgado pela Imprensa Batista causou espanto e indignação pela sua crueldade.
A publicação confirmou que cerca de 50 membros da Igreja de Cristo na Nigéria, na aldeia de Maseh foram queimados vivos depois que eles se refugiaram na casa de seu pastor, na sequência de um ataque terrorista.
A seita chegou a comunicar que todos os cristãos devem voltar-se para o Islã ou eles nunca terão a paznovamente. Seu objetivo é fazer toda a Nigéria um país governado e dominado pela lei sharia".
Seita
O Boko Haram, cujo nome significa em língua local "a educação não islâmica é pecado", defende e busca impor a lei islâmica no país africano, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.
Desde 2009, quando a polícia nigeriana matou o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais realizam uma sangrenta campanha que já custou mais de 1,4 mil vidas, segundo os dados da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.
Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.