PorLuana Santiago | Correspondente do The Christian Post
Neste mês de dezembro, a revista ‘Aventuras na história’ traz especulações sobre os 26 anos da vida de Jesus Cristo não mencionados na Bíblia. A publicação, que questiona o que Jesus teria feito em sua infância, adolescência e parte de sua vida, causou reações dos evangélicos.
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(Foto:Divulgação)
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A publicação polêmica aponta como uma das hipóteses sobre o nascimento do menino, fruto de um romance proibido, sendo Jesus filho de mãe solteira. Ainda segundo e a especulação, Jesus é reverenciado por animais e plantas, e é uma criança desobediente e desrespeitosa.
Em uma das teorias e lendas sobre o pequeno mestre, Jesus teria amaldiçoado um menino por destruir uma represa que havia construído, outra criança também é amaldiçoada por agredir a Jesus com um soco.
Desafiando o conhecimento de seus professores, Jesus aparece como não tendo paciência para aulas, e não só corrigia seus mestres escolares como também os ensinava sobre o real significado das Escrituras.
A publicação ainda aponta para a existência de um evangelho da esposa de Jesus, teoria que foi reforçada com as análises de um fragmento de papiro antigo feitas pela professora Karen King da Universidade de Harvard.
Contradizendo toda a história apresentada pela Bíblia, as especulações levantadas ainda supõem que Jesus teria fugido da crucificação, o marco do plano do perdão e salvação oferecido para humanidade. Ele teria sido não só educado na Índia e em monastérios do Himalaia, como teria morrido aos 120 anos em território indiano.
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O fato das Escrituras sagradas não disponibilizarem informações sobre fases da vida de Jesus permite que tais especulações sejam feitas. Para o pesquisador religioso e pastor Johnny Bernardo, “há uma tentativa de desconstrução da imagem de Jesus, descrita nos Evangelhos”.
O pastor afirma que apesar de Jesus Cristo ser visto por alguns como um simples profeta, sua vida é um tema vendável não somente no Brasil, mas também nos Estados Unidos. Segundo ele, o nome “Jesus é explorado como nunca em livros de auto-ajuda, revistas, sites etc”.
De acordo com o pesquisador, as especulações são feitas tanto por historiadores como por grupos ligados a sociedades secretas que tentam associar suas crenças a um suposto misticismo vivido por Jesus.
“Não há nos Evangelhos um detalhamento da vida de Jesus do período dos 12 aos 30 anos (…), simplesmente porque o foco da narrativa se concentra no ministério de Cristo, exercido após os 30 anos”.
“O que temos de concreto é que Jesus cresceu ao lado de sua família, exercendo a profissão de carpinteiro e dedicando-se ao Reino de Deus”.
Para Johnny, qualquer hipótese em torno dos momentos da vida de Jesus não mencionados na Bíblia são meras especulações.
“Como o próprio apóstolo ou evangelista João declara: ‘Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém’(Jo 21.25)”.