Por Amanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post
Se aproxima o carnaval e todos aguardam com expectativa ver as escolas de samba se apresentarem. Entretanto, alguns alegam que “a velha baiana corre o risco de desaparecer”, pois está se convertendo ao Evangelho.
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(Foto: Divulgação)
Folia no Nordeste
Em uma recente coluna no jornal O Globo, Luiz Antônio Simas reclamou da conversão das baianas às igrejas evangélicas, porque estas demonizam o samba, o carnaval e suas práticas.
“São inúmeros os casos de passistas, ritmistas e, sobretudo, baianas, que abandonaram os desfiles atendendo a determinações de pastores”, afirmou ele.
Segundo ele, por causa do desfalque, diversas escolas entram na avenida perdendo pontos, pois o regulamento exige um número mínimo de baianas para o cortejo.
O autor então pergunta se “é pecado sambar?”
Luiz Simas, que é professor de história, vê o problema como sendo uma guerra entre as igrejas, que buscam por fieis, e as escolas de samba, que tem raízes “fincadas nas religiosidades afro-ameríndias”. E chama os evangélicos de “cristãos fundamentalistas”.
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“É um capítulo da guerra santa travada por fundamentalistas cristãos contra as práticas culturais e religiosas dos descendentes de africanos no Brasil.”
O pastor Renato Vargens, em uma coluna de seu blog, explica sobre o carnaval e seu significado e relação com o crente.
Segundo ele, os cristãos não devem ignorar a história, significado e mensagem do carnaval.
“Ao estudarmos a origem do Carnaval, vemos que ele foi uma festa instituída para que as pessoas pudessem se regalar com comidas e orgias antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, a Quaresma”.
Ele aponta, entretanto, uma definição feita Enciclopédia Grolier. “Uma festa pagã que os católicos tentaram mascarar para parecer com uma festa cristã. Os romanos adoravam comemorar com orgias, bebedices e glutonaria.”
No Brasil, Renato Vargens define o carnaval como “conotação da transgressão.” “Disfarçado de alegria, a festa de Momo promove promiscuidade sexual, prostituição infantil, violência urbana, consumo de drogas, além de contribuir para a descontrução de valores primordiais ao bem estar da família.”
Ele aconselha que, realmente, os cristãos não participem da festa. "Isto posto tenho plena convicção de que não vale a pena enredar-se as oferendas do Carnaval. Como crentes em Jesus, devemos nos afastar de toda aparência do mal.”