Por Tayguara Ribeiro | Correspondente do The Christian Post
A polêmica em torno do nome do deputado e pastor, Marco Feliciano (PSC), como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias não tem sentido, segundo a avaliação do jornalista da Editora Abril, Reinaldo Azevedo.
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(Foto: Twitter/Assessoria-Marco Feliciano)
Deputado Pastor Marco Feliciano é o novo Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Quinta-feira, 07 de março de 2013.
Em seu blog no site da Revista Veja, ele falou que não acredita que o parlamentar seja nem racista e nem homofóbico. Ele destaca o fato de Feliciano ter postado uma foto com o padrasto e com a mãe, que são negros.
“Feliciano é, pois, enteado de um negro, filho de uma negra e, segundo os critérios que orientam as leis de cotas no Brasil, também é… negro! Não obstante, querem acusá-lo de racismo por uma frase tonta escrita no Twitter”, escreveu o jornalista que explica que a frase de Feliciano sobre os negros era apenas uma citação da Bíblia.
Ele defende que as pessoas não podem condená-lo apenas por frases soltas. “Pode ter as ideias mais atrasadas e impróprias sobre isso e aquilo, mas não foi racista e duvido que tenha sido homofóbico – não basta, para justificar essa acusação, que o sujeito seja contra o casamento gay. Posso reprovar as ideias dele e mesmo o pouco que vi de sua prática religiosa, e reprovo”, disse.
“É preciso parar com essa prática asquerosa de criminalizar a divergência. Se o sujeito é contra a PLC 122, que estabelece discriminações inaceitáveis, então é ‘homofóbico’; se é contra cotas, então é ‘racista’; se é contra qualquer forma de censura à imprensa, então defende a ‘mídia golpista’; se é crítico da forma como se dá o Bolsa Família, então é ‘contra os pobres’.”, concluiu.
O nome de Marco Feliciano tem sofrido muita resistência de ativistas sociais, parlamentares e até mesmo de membros da Igreja. Ele é acusado de ser racista e homofóbico por conta de algumas frases que escreveu em redes sociais. Também é acusado de estelionato e responde a um processo no Supremo Tribunal Federal. O nome dele foi confirmado para a Comissão dos Direitos Humanos em votação na Câmara dos Deputados, depois de um acordo entre os parlamentares para a indicação.