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Judeu ortodoxo gay entra em escola de drag queens para lutar por direitos

Ele tentou reprimir a homossexualidade: já foi casado e tem uma filha de 11 anos

Por Maria Carolina Caiafa | Correspondente do The Christian Post

O jovem Shahar Hadar, de 34 anos, é judeu ortodoxo e está aprendendo a ser drag queen em uma escola de Tel Aviv, capital funcional e segunda maior cidade do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio. Durante o dia, ele trabalha como atendente de telemarketing. Já à noite, ele se transforma na personagem Malka Falsche [do hebraico, rainha falsa], que é uma rebbetzin, termo usado para designar a esposa de um rabino ortodoxo, uma figura importante no simbolismo do mundo judaico.

  • Drag queen
    (Foto: Organização/morguefile.com/archive)
    Drag queen ou drag king são artistas performáticos que se travestem, fantasiando-se cômica ou exageradamente.

O rapaz foi casado para cumprir as ‘obrigações’ da sociedade conservadora onde vive, mas está divorciado. Do relacionamento, nasceu uma menina de 11 anos, que é proibida pela mãe de conviver com Hadar. Ele tomou consciência da homossexualidade com aproximadamente 19 anos. A primeira reação foi tentar reprimir esse lado: o israelense se puniu, foi viver em um seminário judeu e passava horas estudando o Torá (cinco primeiros livros, que constituem o texto central do judaísmo). Ele foi expulso desse primeiro espaço religioso, após ter um caso com um colega. De lá, foi transferido para outro centro de estudos, onde conheceu a mulher com quem se casou.

“Eu queria tomar o caminho que Deus ordenou para cada um de nós. Eu não via outra opção. Pensei que o casamento me faria hétero e eu seria curado. […] Por mais que eu fugisse disso, os céus deixaram claro para mim quem eu sou”, disse ele, em entrevista à agência de notícias Associated Press, publicada pelo tablóide carioca Extra, nesta quinta-feira (1º).

Muitos judeus ortodoxos, que são gays, acabam sofrendo pressão para casar com uma mulher e permanecer assim para ser aceito na comunidade. Mas há um grupo crescente que resolveu lutar pelos seus direitos, como é o caso de Hadar. Nesta quinta-feira (1º), ele vai participar da parada gay anual em Jerusalém, capital religiosa de Israel e cidade mais populosa do país.

Como drag queen, ele realiza atos religiosos [em hebraico, mitzvoth]. Ele frequenta as aulas vestindo um solidéu, uma espécie de pequeno chapéu usado pelos judeus.

Israel é definido como um Estado Judeu e Democrático em suas leis e é o único Estado de maioria judia no mundo. O país travou várias guerras com os estados árabes circundantes e vizinhos, em sua maioria, muçulmanos. O Estado foi criado no final dos anos 40, após a Segunda Guerra Mundial.

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A cidade de Jerusalém é um lugar sagrado para judeus, muçulmanos e cristãos, pois sedia lugares que são fundamentais para suas crenças religiosas, como o Muro das Lamentações, o Monte do Templo, a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro. Mesmo assim, Israel figura entre os dez países com maior número de ateus ou agnóstico.

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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