PorLuana Santiago | Correspondente do The Christian Post
É comum após grandes tragédias pessoas questionarem a existência de Deus e sua bondade, colocando em dúvida seu poder mediante a morte de cidadãos inocentes. É o caso do furacão Sandy, que devastou recentemente cidades dos Estados Unidos e outros países.
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(Foto:Divulgação)
Tragédias
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De acordo com o reverendo Augustus Nicodemus Lopes, líder presbiteriano, postou em seu blog, alguns pontos para esclarecer essa questão. Segundo ele, de longa data o mal que existe no mundo vem sendo usado como uma tentativa de se provar de que Deus não existe, ou se existe, não é bom. E se for bom, não é todo-poderoso, que seria hipótese defendida pelo teísmo aberto.
O teólogo afirma que os cristãos, ao tentarem explicar este tema, devem levar em consideração dois pontos: ‘A realidade da queda moral e espiritual do homem’ e ‘O caráter santo e justo de Deus’.
“Qualquer tentativa que um cristão que crê que a Bíblia é a Palavra de Deus faça para entender as tragédias, desastres, catástrofes e outros males que sobrevêm à humanidade, não pode deixar de levar em consideração dois componentes da revelação bíblica”, comentou o líder evangélico.
Ele explicou que, quando em Genesis o homem pecou ao comer o fruto proibido e consequentemente desobedecerem a Deus, além da queda daquela retidão, houve também a separação deles de Deus.
“A perda da comunhão com Ele, e a corrupção por inteiro de suas faculdades, como vontade, entendimento, emoções, consciência, arbítrio. Pior de tudo, ficaram sujeitos à morte, tanto espiritual, que consiste na separação de Deus, como a física e a eterna, esta última sendo a separação de Deus por toda a eternidade”.
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Augustus ainda explica que devido a queda do homem e o distanciamento que o pecado causou entre criador e criatura todos, bons e maus estão sujeitos a tragédias e devido ao pecado original que afeta toda a humanidade.
“A humanidade inteira, sem exceção – visto que não há um único justo, um único que seja inocente e sem pecado – está sujeita ao justo castigo de Deus, o que inclui – atenção! – a morte, as misérias espirituais, temporais (onde se enquadram as tragédias, as calamidades, os desastres, as doenças, o sofrimento) e as misérias espirituais (que a Bíblia chama de morte eterna, inferno, lago de fogo, etc.)”.
O pastor comenta que a Bíblia deixa claro e “sem em a menor preocupação de deixar Deus sujeito à crítica de ser cruel, déspota e injusto”, que ele mesmo é quem determinou tragédias e calamidades sobre a raça humana.
Como exemplo desta afirmativa o pastor sita as seguintes passagens Bíblicas: Foi Deus quem condenou a raça humana à morte no jardim (Gn 2.17; 3.19; Hb 9.27); Foi ele quem determinou a catástrofe do dilúvio, que aniquilou a raça humana com exceção da família de Noé (Gn 6.17; Mt 24.39; 2Pe 2.5); Foi ele quem destruiu Sodoma, Gomorra e mais várias cidades da região, com fogo caído do céu (Gn 19.24-25).
Augustus ressalta que não se deve pensar que aquelas pessoas que ficam doentes, passam por tragédias, morrem em catástrofes eram mais pecadoras do que as demais ou que cometeram determinados pecados que lhes acarretaram tal castigo. Mas, porque somos todos pecadores, culpados, e sujeitos às misérias, castigos e males aqui neste mundo.
Diante das tragédias e acidentes, insta os cristãos a se lembrarem que eles ocorrem como parte das misérias e castigos temporais resultantes da culpa, pecados, “como raça pecadora que somos”. De acordo com ele, mesmo que uma pessoa justa e boa aos olhos de Deus estivesse entre as vítimas do furacão Sandy, Deus não teria cometido qualquer injustiça, pois mesmo estes são pecadores. Não existem inocentes diante de Deus.
Para o reverendo, ainda defendendo a posição de Deus, nada o impede de chorar com os que choram, e sofrer com os que sofrem. “Somos membros da mesma raça, e quando um sofre, sofremos com ele”.
Ele exorta a todos que reconheçam que a revelação bíblica é suficiente, mas não exaustiva. “Não temos todas as respostas para todas as perguntas que se levantam quando uma tragédia acontece. Não conhecemos a vida das vítimas e nem os propósitos maiores e finais de Deus com aquela tragédia. Só a eternidade o revelará. Temos que conviver com a falta destas respostas neste lado da eternidade”.