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A outra realidade do carnaval que a folia não quer enxergar

Wellington Nascimento

Data: 09/02/2013

 

Hoje, sábado, 09/02 começou oficialmente o carnaval do Recife. Ruas lotadas, trânsito caótico, barulhos, roubos, drogas, prostituição parecem caminhar de mãos dadas nos dias de folia. Turistas que vem de várias parte do país, se hospedam em hotéis caros e gastam seu dinheiro como se fossem grandes investimentos. Outros trabalham (ganhando o minimo) e gostam também o pouco que tem na folia. A propaganda do carnaval insiste em nos convencer que esses dias são de "alegria e festa". São os dias que reforçam ainda mais aquilo que se faz em dias úteis, ignorar a realidade de quem não tem motivos para está alegre e se cair na avenida é por está com fome ou doente. O folia do carnaval me impede de vê famílias dormindo nas calçadas da cidade, catando resto de comidas no lixo, sentido frio e também medo da violência urbana. A "Alegria" do carnaval dura poucos dias, mas os necessitados estão na cidade todos os dias . Dinheiro e mais dinheiro é gasto em blocos, camarotes, cantores, decoração entre outras coisas, mas falta dinheiro para novas clínicas de recuperação para viciados em drogas, melhorias na saúde e educação, transporte, na qualidade de vida das crianças e idosos. Que alegria é essa que me faz ser indiferente com o meu próximo? Que alegria é essa que me faz gastar dinheiro e mais dinheiro e me impede de comprar um cesta básica para uma família carente? Que alegria é essa que me faz passar pelas principais avenidas da cidade com meu carro do ano e não me deixa enxergar pela janela do veículo famílias nas calçadas mendigando por comida?
Diz uma canção: "alegria só tem quem conhecer a Jesus". Nossa alegria no Senhor deve durar 365 dias do ano e mesmo quando vem as lutas adversidades, sabemos que Ele cuida de nós e que Sua alegria é a nossa força para prosseguir sem desanimar. A Alegria que vem de Jesus nos faz ser como aquele bom samaritano da parábola que mesmo com suas obrigações e compromissos parou para socorrer o próximo, pois os demais estavam ocupados demais. No próximo sábado, 16/02, o Projeto AMIGOS seguirá para Manduri, um vilarejo na cidade de Santa Maria de Cambucá no interior pernambucano. Um local que sofre com a falta de chuva. Pais de famílias que vivem com um dinheiro muito abaixo do minimo. Local onde as águas das cisternas são sujas, mas que por falta de opção "serve" também para consumo. Quantos e quantos Manduris existem pelo país afora, mas o carnaval não mostra isso, porque é melhor viver fazendo de conta que casos como esse não existem para não se perder a "alegria" do carnaval e com isso diminuir os lucros dos empresários.
Falta apenas uma semana para chegarmos em Santa Maria de Cambucá e ainda falta muito alimento. Nossa meta é levar para a cidade no minimo 100 cestas de alimentos. Sabemos que muitas pessoas podem nos ajudar, mas algumas preferem fazer de conta que não estamos falando com elas. Muitas dizem não ter tempo ou condições (será?). Mas não vamos perder tempo com os "atarefados da vida". Estamos pedindo ajuda para aqueles que mesmo sem tempo e condições procuram formas de ajudar mesmo não podendo está conosco nesta missão para Santa Maria de Cambucá. A esses, nós oramos a Deus para que continue os ajudando e fortalecendo para que sejam em todo o tempo um testemunho vivo do Senhor para a glória de Deus Pai.
Não posso dizer "bom carnaval", pois não vejo nada de bom, mas digo: ‘que o Senhor te abençoe e te aguarde em Cristo Jesus’.
Abraços!
Veja nossa última visita a Manduri em Santa Maria de Cambucá: http://amigosdeoracao.wordpress.com/2013/01/26/projeto-amigos-em-santa-maria-de-cambuca-segundo-levantamento-de-campo/

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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