O Irã, segundo país com maior registro de perseguição no mundo, prendeu nove cristãos pela acusação de evangelismo, segundo relatório da agência de notícias cristãs em língua persa.
Em 10 de setembro, foi divulgado pela agência de notícias da Farsi Christian News Network (FCNN), que sete cristãos iranianos foram acusados de cooperarem com dois estrangeiros sustentados pelas “Organizações Cristãs-Zionistas”. A agência chamada Fars News Agency está conectada com a Guarda Revolucionária do Irã, um segmento das forças armadas do Irã.
De acordo com o relatório, os cristãos foram acusados de proselitismo – ilegal no Irã – fora da cidade de Northwest de Hamedan. O termo “cristãos zionistas” é muitas vezes usado pelo governo iraniano para referir-se aos cristãos evangélicos e não se aplica a nenhuma relação com Israel ou Zionistas.
Enquanto as nacionalidades dos estrangeiros não foram identificadas, o relatório declara que as organizações de apoio estão sediadas nos Estados Unidos e Grã-Bretanha.
Um oficial da segurança anunciou a prisão, embora não seja tipicamente comum na república islâmica. De acordo com a FCNN, é a primeira vez em 30 anos que a estação de TV estatal transmitiu notícias sobre a prisão de cristãos.
Notícias das prisões surgiram à medida que grupos vigilantes de perseguição cristã expressaram preocupação quanto à intensa repreensão do governo iraniano a eles.
No ano passado, autoridades fecharam pelo menos três Igrejas, acusando-os de converterem muçulmanos. A maior Igreja local no Irã foi forçada, no último novembro, a parar seu culto público de adoração, devido à pressão do governo. Em fevereiro, um pastor evangélico iraniano foi preso e teve marcas visíveis de tortura quando liberado cerca de um mês depois.
No último ano, houve mais que um relatório de oficiais de segurança sobre a prisão de muçulmanos que se converteram ao cristianismo e sofreram maus-tratos na prisão. Isso levou a um protesto internacional de direitos humanos e grupos de vigilância de perseguição. Autoridades iranianas, finalmente, libertaram as duas jovens mulheres no final de 2009, após 259 dias na notória prisão Evin do país.
Data: 19/9/2010
Fonte: Portas Abertas