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QUEM ESTOU ENGANANDO?

Fernando Heise

Quem estou enganando?

Quem estou enganando?
2 Timóteo 3:1;5
“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens…Tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder”…

Quem já viu algo a respeito da arte com sombras sabe como é impressionante que a partir de formas irregulares se desenhe uma sombra perfeita. Existe uma artista japonesa que é especialista nisso. As silhuetas, apesar de parecerem verdadeiras, não correspondem à realidade. E em alguns casos a discrepância entre o aparente e real é imensurável.

A mesma coisa acontece nos nossos dias. Quase tudo que vemos nas propagandas não corresponde à realidade. Produtos são associados com desejos legítimos de felicidade e realização, criando dentro de nós o sentimento enganoso de que se possuirmos aquele carro, ou determinado aparelho eletrônico, nossa vida se preencherá de sentido. Filmes passam por um trabalhoso processo de pós-produção a fim de serem produtos consumíveis para o entretenimento. Fotos de artistas e agora até de pessoas comuns nas redes sociais não são publicadas sem antes receberem retoque digital.

São tempos superficiais e de aparência, que influenciam até mesmo os cristãos. A palavra no grego (morphōsis eusebeia) traduzida como ‘forma de piedade’ carrega o sentido de ‘esboço, silhueta’ e se aplica muito bem aos que vivem de aparência, aos que por fora têm um arcabouço religioso, mas por dentro são destituídos de comunhão com Deus.

O apóstolo Paulo usa também da expressão “negando-lhe entretanto, o poder“. A palavra “poder” é traduzida da palavra grega “DUNAMIS” e refere-se ao poder do evangelho, do Espírito Santo dentro da vida de cada cristão.Quando esse poder, quando essa ação do Espírito Santo não existe o que restará é apenas a casca de uma vida de aparência.

Contra essa tendência de viver de aparência, a Bíblia nos lembra que Deus é capaz de sondar o nosso coração e as nossas intenções (Salmo 139). Ele sabe se de fato o que apresentamos exteriormente provém de uma transformação interior. É isso que Tiago afirma quando diz que a fé sem obras é morta. Ou seja, não adianta ter toda a teoria na cabeça e não praticar (Tiago 2.26).

Creio que vai concordar comigo, como é desagradável descobrir que aquela pessoa que considerávamos justa não seja assim nos seus negócios; ou mesmo aquele rapaz sereno é para a família alguém irado e raivoso; ou quem sabe, uma pessoa que fale palavras bonitas e agradáveis seja capaz de irritada explodir nas mais terríveis blasfêmias; enfim, desagradável também será a percepção tardia de que quem viveu de aparência enganou a si mesmo (Tiago 1.22), mas não a Deus (Mateus 7.23).

Vida de aparência tem solução: arrependimento, compromisso e santidade. “Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos para os seus pés, para que o manco não se desvie, mas antes seja curado. Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12:10-14

 Fernando Heise ©Protestante Digital

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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