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Igrejas alemãs proíbem a evangelização de judeus

Sínodo afirma que “a eleição da Igreja não tomou o lugar da eleição do povo de Israel”

por Jarbas Aragão

 

Igrejas alemãs proíbem a evangelização de judeusIgrejas alemãs proíbem a evangelização de judeus
A Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), denominação mais antiga e mais numerosa do país, representando quase um terço da população, anuncio que seus membros não devem mais tentar converter os judeus à fé cristã.
A EKD é uma federação, que reúne igrejas luteranas, reformadas e protestantes. Em um sínodo que durou quatro dias, foram debatidos várias questões, entre elas a evangelização.

Após décadas debatendo sobre a ética envolvida na tentativa de tentar converter o povo judeu após séculos de antissemitismo, o Sínodo decidiu que os cristãos “não são chamados a mostrar a Israel o caminho para Deus e sua salvação”.

Os delegados argumentaram que se baseiam na perspectiva teológica da “eleição permanente de Israel”. Ou seja, a convicção de que Deus fez primeiro uma aliança com o povo de Israel, e lida com eles de maneira diferente do que o faz com os cristãos.

O documento do Sínodo reafirma que “a eleição da Igreja não tomou o lugar da eleição do povo de Israel. Deus é fiel ao Seu povo. Quando nós, cristãos, aderimos à Nova Aliança, que Deus fez em Jesus Cristo, também nos apegamos ao fato de que a aliança de Deus com Seu povo Israel continua válida”.

Também foi levado em conta o argumento histórico de que a missão aos judeus ficou prejudicada após o Holocausto. Admitindo que havia “responsabilidade cristã” enquanto os nazistas assassinaram pelo menos seis milhões de judeus. Para a EKD, a negligência da igreja na época “têm consequências até hoje no testemunho cristão diante dos judeus”.

Essa resolução considera ser necessário levar em conta que alguns partidos políticos europeus estão divulgando o ressurgimento do antissemitismo na sociedade. No início do mês, o Arcebispo de Canterbury Justin Welby, maior autoridade da Igreja Anglicana mundial, afirmou que a igreja do Reino Unido deve admitir sua história de antissemitismo e tratar disso.

A questão é particularmente sensível na Alemanha pois se aproxima à data do 500º aniversário da Reforma Protestante, em 31 de outubro de 2017. A postura de Martinho Lutero era sabidamente antissemita. “Em seu livro ‘Os Judeus e Suas Mentiras’, ele chama os judeus de bestas venenosas, víboras, escória nojenta e demônios encarnados”, lembra o historiador Mark Woods.

Em sua resolução, a EKD assevera que já se distanciou dos insultos de Lutero contra os judeus e afirma que essa visão do judaísmo “é incompatível com o testemunho bíblico de Deus para Seu povo”. No ano passado, o Sínodo identificou a necessidade de novos passos de arrependimento e renovação, o que levou a examinar sua missão junto aos judeus.

O Sínodo se reunirá novamente dentro de três anos quando esta e outras questões serão reavaliadas e até mudadas, se for o caso.

Na internet, paradoxalmente, crescem campanhas de evangelização de judeus, como a I Met Messiah, que mostram como judeus praticantes reconheceram Jesus como seu messias.Com informações do Gospel Prime.

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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