BURLINGTON, Ontario, Canadá, 2 de fevereiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Uma importante emissora cristã de televisão do Canadá cancelou de forma permanente o programa Word TV (TV da Palavra), apresentado pelo proeminente pastor evangélico Charles McVety, depois que um órgão de inspeção da indústria de televisão anunciou em dezembro seu parecer de que o programa descriminava os homossexuais.
Os espectadores que sintonizaram na emissora Crossroads Television System (CTS TV) para assistir ao programa de domingo de noite viram em vez disso um aviso de cancelamento. A emissora evangélica havia tirado temporariamente do ar o programa de McVety em dezembro depois da decisão do Conselho de Padrões de Transmissão do Canadá (CPTC), mas o restabeleceu uma semana mais tarde com episódios previamente filtrados.
McVety alegou num comunicado à imprensa nesta semana que a CTS “se prostrou aos censores” no CPTC. “O conselho ameaçou a emissora de televisão”, ele disse para o jornal Postmedia News. “Por isso, a fim de proteger seus próprios interesses, a emissora censurou de forma pesada, e em seguida simplesmente se livrou de nós sumariamente”.
O pastor, que estava inalcançável para fazer um comentário, disse que antes de cancelar o programa a emissora havia rejeitado três episódios por “razões fúteis”. “Não sei como queriam que eu falasse”, disse ele. “Eu achava que vivia num país democrático e que a censura política era reservada aos regimes totalitários”.
Mas a CTS, conhecida por tais programas cristãos populares como “100 Huntley Street” e “The Michael Coren Show”, fez vista grossa à acusação numa declaração de domingo. “O fato é que o programa Word TV não manteve seus acordo de acatar o Código de Ética da CTS e indicou uma recusa de acatar no futuro”, disse a declaração. “Infelizmente, as numerosas tentativas da CTS de trabalhar com o Dr. McVety não tiveram êxito”.
Perguntada de que modo o programa de McVety violou o código de ética da emissora, a porta-voz da CTS Carolyn Innis disse para LifeSiteNews/NotíciasPró-Família que esse era “um assunto particular entre a emissora e o produtor do programa”.
Pressionada sobre se o código de ética da emissora permite que as pessoas expressem a polêmica opinião cristã sobre a homossexualidade, Innis disse que a emissora “não dita conteúdo”, mas tem “normas envolvendo como o conteúdo é apresentado”.
“O diálogo nessas questões é importante, e a CTS certamente transmitirá conteúdo que seja considerado polêmico, mas tem de ser apresentado dentro de diretrizes justas, factuais e equilibradas”, explicou ela.
A comissão do CPTC havia repreendido McVety por afirmar que o movimento homossexual é movido por uma agenda “conspiratória”, sugerindo que os homossexuais são predadores de crianças, e rotulando os eventos gays anuais de “paradas de sexo”.
Eles disseram que McVety estava “totalmente errado” ao afirmar que o fracassado currículo de educação sexual de Ontário, que foi removido em abril passado depois de um protesto indignado dos pais, tinha o objetivo de “ensinar” a homossexualidade. Pelo contrário, disseram eles, “as propostas revisões curriculares têm a intenção de ensinar tolerância”.
Eles também fizeram objeção à declaração dele em pleno programa de que os ativistas homossexuais querem doutrinar as crianças “porque infelizmente eles têm um apetite insaciável por sexo, principalmente com jovens”.
McVety chamou a decisão de “grosseira violação da democracia”, insistindo em que ele não havia sido incluído na investigação da comissão e não teve nenhuma oportunidade de recorrer.
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com