Por Ana Araújo|Repórter do The Christian Post
A revista alemã Buchreport divulgou em sua última edição que a maior empresa de mídia do país, Weltbild, pertencente à igreja católica, possui em seu catálogo mais de 2.500 títulos com temas pornográficos.
A compra da editora, cuja sede fica em Augsburg, foi realizada há 30 anos. Entre os livros, DVDs e CDs de seu catálogo, muitos são de conteúdo adulto, incluindo títulos famosos como os do selo Pantera Azul.
Há mais de dez anos, católicos indignados vêm realizando manifestações contra estes materiais considerados ofensivos por eles. Em 2008, eles redigiram um documento de 70 páginas sobre estes materiais e distribuíram entre os bispos cujas dioceses recebem parte do lucro da Weltbild.
Em entrevista, o cardeal Reinhard Marx afirmou que a empresa usa um filtro para tentar “coibir” tais “abusos”, e que quando descobrem algo de conteúdo duvidoso, cancelam. Mas os fiéis não acreditam que um número tão grande de documentos tenham escapado do controle.
A desconfiança é maior devido ao alto valor de dinheiro que supostamente a editora movimenta, enviando para a igreja cerca de 182 milhões de euros por ano. A empresa emprega hoje 6.400 pessoas, e tem um volume de negócios de 1,7 bilhões de euros anualmente, o que a torna líder de mercado na região, perdendo somente para a Amazon.
A revista Weltbild lembrou ainda que esta não é a única editora com este tipo de conteúdo controlada pela igreja católica. Ela também possui 50% da Droemer Knaur. Esta distribui ainda livros de outras religiões, como budistas. Os fiéis católicos estão questionando qual é o real valor para a igreja católica, o dinheiro ou a moral.