ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DE SÃO PAULO
Com um público de 30 mil, abaixo dos 40 mil fiéis esperados, a igreja Assembleia de Deus realizou nesta terça-feira (15) megaculto no estádio do Pacaembu (SP), em comemoração ao centenário daquele que virou o maior grupo pentecostal do Brasil.
O evento contou com a participação de políticos como o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), o prefeito Gilberto Kassab (PSD), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-governador José Serra (PSDB). Eles sentaram todos juntos.
Carvalho estava lá para representar a presidente Dilma Rousseff e seu "grande reconhecimento" pela história da Assembleia.
"Presente de Deus": assim o ministro definiu a igreja centenária. Ele comparou "Belém de Judá", terra "do salvador Jesus Cristo", a "Belém do Pará", manjedoura da Assembleia.
Carvalho ressaltou, ainda, que o programa Brasil Sem Miséria conta com o apoio da igreja. Ele fez ainda um pedido ao público: orem pela saúde do ex-presidente Lula, que está com tumor na laringe.
Questionado pela Folha sobre o pastor que liderou o culto, José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção-Geral da Assembleia de Deus, que estrelou a campanha de Serra à Presidência, o ministro afirmou que "não podemos olhar a posição eleitoral".
Kassab compartilhou da mesma opinião, ao dizer que "não se mistura religião e política".
Já Alckmin, católico fervoroso, chamou de "semente em terra fértil" a fundação da primeira Assembleia, em 1911, por dois missionários suecos.
Entre cantoria e pregação, o evento no Pacaembu contou com a presença de muitos jovens, além de convidados internacionais, como o pastor americano George Wood, líder do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.
A Assembleia de Deus estima que, sob sua aba, estejam 22 milhões de fiéis –11,5% da população brasileira. Na Câmara, o grupo arrebanhou 23 dos 513 deputados.
Rivaldo Gomes/Folhapress
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