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Mulher presa por adultério é solta após aceitar casar com estuprador

Afeganistão

 

O marido desconfiou da traição quando percebeu que ela estava grávida

Mulher afegã caminha em viela

Mulher afegã caminha em viela (Aref Karimi/AFP)

O presidente afegão, Hamid Karzai, perdoou uma vítima de estupro presa por adultério depois que ela concordou em se casar com seu agressor. Ela era casada na época do crime, e seu marido desconfiou da traição ao notar que a mulher estava grávida – ela deu à luz na prisão. O estuprador é primo dele. Gulnaz, como é chamada a mulher, foi condenada a dois anos de detenção por adultério. "Quando eu decidi recorrer, a pena foi aumentada para 12 anos. Eu não fiz nada, por que devia receber uma sentença tão grande?", questionou. Após a apelação, a pena foi reduzida para sete anos e, depois, para três.

O caso chegou ao palácio presidencial e passou a ser analisado por uma comissão judiciária afegã, que divulgou um comunicado no qual afirmava que "os dois lados" (Gulnaz e o estuprador) haviam concordado em se casar segundo a lei islâmica. Em seguida, Karzai ordenou que a mulher fosse libertada. A advogada de defesa, porém, disse que Gulnaz tinha a esperança de casar com quem quisesse após sair da prisão. "Nas minhas conversas com Gulnaz, ela me contou que se tivesse a liberdade de escolher, não se casaria com o homem que a estuprou", disse Kimberley Motley.

Crimes de gênero – O caso de Gulnaz atraiu atenção internacional para a situação de muitas mulheres afegãs. Organizações de direitos humanos afirmam que centenas de mulheres presas no Afeganistão são vítimas de estupro ou violência. Entre março de 2010 e março de 2011, a Comissão Afegã de Direitos Humanos registrou 2.299 casos de violência contra a mulher que podem ser definidos como crimes, segundo a Lei sobre Eliminação da Violência contra as Mulheres no Afeganistão, criada há dois anos para punir os casos de violência de gênero.
A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) afirmou há poucos dias que "ainda há um longo caminho a ser percorrido" na aplicação da legislação que protege as mulheres afegãs contra a violência de gênero. De acordo com a entidade, as leis no Afeganistão se chocam com práticas socialmente aceitas, como a compra e venda de mulheres para o casamento, uniões forçadas ou com crianças, estupros e o ‘baad’ (o hábito de dar uma mulher de presente para resolver um conflito familiar).

(Com agência EFE)

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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