Economista recomenda usar dinheiro extra para quitar dívidas
Por: Vinicius Cintra -Redação Creio
O pagamento da segunda parcela do 13º salário neste ano deve colocar R$ 118 bilhões na economia brasileira, montante que representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), informa estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Mas de acordo com especialistas no assunto, esse dinheiro a mais tem que ser usado com sabedoria e não gasto de forma irracional. O consultor evangélico Paulo de Tarso vai além e lembra que é preciso dar dízimo da quantia.
O 13º passou a vigorar com a lei número 4.090, de 13 de julho de 1962. O problema é que o brasileiro conta o ano todo com essa quantia e acaba fazendo dívidas antes mesmo de ver a cor do dinheiro. Nesse ano de acordo com estudos, 60% das pessoas vão usar o benefício para quitar dívidas. A maioria pretende zerar as pendências. O consultor financeiro evangélico Paulo de Tarso, recomenda que as dívidas sejam pagas, principalmente aquelas de juros altos, como o cheque especial e rotativo do cartão de crédito.
Mas não basta zerar as pendências é preciso ter equilíbrio e lembrar que no início do ano vem as tradicionais dívidas como IPTU, IPVA e material escolar. “Deve investir uma parte e também fazer alguns gastos. Para aqueles que não têm dívidas, penso que a pessoa poderia gastar o mínimo com presentes de fim de ano e guardar uma boa quantia para as despesas do ano seguinte” afirma Paulo, que gerencia o site Finanças para Vida.
PASTOR TAMBÉM TEM DIREITO A 13º
Paulo de Tarso defende a ideia de dar parte do salário extra no dízimo da igreja onde frequenta e que pastor também tem direito do benefício. “Penso que o cristão deve dar o dízimo sim e depois priorizar o pagamento de dívidas, investimentos e gastos.Depende do que foi acertado entre as partes. Mas penso que, se um trabalhador normal tem direito, o pastor também deve receber o 13º salário”.
De acordo com o consultor, a dica para aqueles que muitas vezes não tem um trabalho formal ou com carteira assinada, é economizar 10% de tudo que ganhou no ano, se possível até mais. “Assim o autônomo constrói reservas, o que chamo de ‘montar seu próprio banco, fundamental para o sucesso financeiro”.
Para todo especialista no assunto finança, a disciplina é essencial para ter um controle exato das finanças. Mas não são todos que estão dispostos a esperar retorno de algumas aplicações e economias. Com o crédito facilitado a todos atualmente, a mania de consumo faz com que o impulso de compra tome frente e nos tira as metas e alvos, sem falar nas promessas de juntar dinheiro, feitas a cada virada de ano. Um exemplo bíblico de disciplina, foco e firmeza na administração foi de José. Um dos doze filhos de Jacó é um exemplo clássico de excelência na administração do dinheiro. Ele sabia, a partir do sonho do faraó, que haveria sete anos de fartura, seguido de sete anos de extrema escassez.
José teve a capacidade de não afrouxar as cordas e gastar indiscriminadamente. Ele estabeleceu com clareza o alvo de investir 20% (vinte por cento) de toda a produção agrícola egípcia para o período “pós fartura”, e manteve uma disciplina ferrenha para não se desviar de sua meta. Os registros históricos dão conta de que a acumulação foi tão grande que não havia números suficientes na época para expressá-la. O resultado desta disciplina foi patente. No período “pós fartura”, havia fome em todas as terras, mas em todo o Egito havia alimento. E o mais espetacular em tudo isso é que esta disciplina de José beneficiou toda a humanidade de sua época.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA:
1 – Seja seletivo com os convites de festas e confraternizações e participe somente dos encontros que são realmente necessários. O resultado da gastança pode anular efeitos do ano que passou.
2 – Dê presentes como panetones para aqueles que você realmente queira agradar. Não dê caixinhas ou gorjetas. O décimo terceiro salário é uma forma de remuneração “diferida”, isto é, deixada para depois, justamente para “salvar” a pessoa no momento de êxtase coletivo.
3 – A melhor época de comprar presentes é depois do ano novo e não às vésperas do natal. Dê presentes que não sejam material, como massagem, aula de dança, ingresso para evento, pois além de não estar sujeito a sazonalidade, fica mais barato e mais criativo. O consultor financeiro Humberto Veiga lembra que, na verdade, o Natal é uma festa religiosa cristã e está associada ao nascimento de Jesus: “Nada há que associe o nascimento de Cristo à ‘obrigação’ de dar presentes. Acontece que virou costume. Os empresários e bancos adoram este costume. A mensagem subliminar é para comprar, enquanto a visível é de ‘fraternidade e amor’”.
4 – Não esqueça de agendar os pagamentos ou pagar antecipadamente, desde que haja recursos disponíveis, as contas. É possível fazer isso pela internet e em caixas eletrônicos.
5 – Caso viaje não deixe eletroeletrônicos ligados na tomada, isso vai gerar economia e evitar custos futuros em caso de queima, uma vez que chuvas de verão vêm acompanhadas de raios.
6 – Por conta da forte demanda nas férias de verão, tudo tem preço elevado e não há barganhas. Por isso a sugestão é tentar não fazer compras nesta época do ano, principalmente de produtos relacionados com a temperatura alta do verão, como ventiladores, aparelhos de ar condicionado e protetores solares.
Evite gastos ao máximo ou pesquise bastante se não tiver como deixar a compra para depois.
7 – Todos já sabem que o cartão de crédito é perigoso. Então leve dinheiro em espécie em viagens internacionais, para evitar que os juros de 6,38% sobre as compras no exterior pese na hora de pagar a fatura.
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