Categorias
Noticias

Igreja no SC é condenada por abuso e morte de menina em pia batismal

TRAGÉDIA NA ADVENTISTA

 

O caso ganhou repercussão quando um pedreiro foi acusado de abusar sexualmente da menina Gabrielli e afogá-la na pia batismal.

Uma igreja evangélica de Santa Catarina foi condenada pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 200 mil para a família de uma menina de um ano e sete meses que morreu após ser encontrada afogada em uma pia batismal de um templo da instituição em Joinville, em 2007.

A morte ficou conhecida como "caso Gabrielli".

À época, o caso ganhou repercussão quando um pedreiro foi acusado de abusar sexualmente da menina Gabrielli Cristina Eichholz e afogá-la na pia batismal. Ele chegou a ser condenado a 20 anos de prisão em 2008 pelo suposto crime, mas foi solto em 2010, após as provas contra ele serem anuladas pela Justiça.

O processo acabou sendo arquivado em fevereiro de 2011.

A decisão de indenizar a família por danos morais foi tomada no dia 31 de outubro. De acordo com ela, a União Sul-brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, responsável pelo templo, foi omissa.

Pouco antes da morte, a menina estava sob os cuidados de voluntários da igreja que cuidavam de outras 20 crianças numa sala de recreação. Em dado momento, a menina desapareceu e depois foi encontrada na pia batismal, localizada nos fundos do templo, ainda viva. Ela chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu.

Médicos que testemunharam para a defesa do pedreiro acusado pela morte da menina afirmaram à época que o caso não passou de um acidente.

A ação indenizatória foi movida pelos pais de Gabrielli, Juliarde Luiz Eichholz e Andréia Pereira. Além da indenização, os pais da menina também pediram uma pensão mensal de dois salários mínimos até a data em que a menina teria completado 65 anos. Este último pedido, no entanto, foi negado pela Justiça.

A igreja ainda pode recorrer da decisão, que deve ser publicada no "Diário Oficial" da Justiça de Santa Catarina na semana que vem.

O advogado da União Sul-brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Fábio de Carli, afirmou que só pretende comentar a condenação após a publicação no "Diário Oficial".

Data: 7/11/2011 09:00:00
Fonte: Folha Online

Categorias
Noticias

Pastor é acusado de violentar meninas de 10 e 11 anos no MS

ABUSO SEXUAL

 

Um pastor foi preso na noite de ontem pela Polícia Civil de Costa Rica (MS) sob a acusação de ter abusado sexualmente da enteada de 10 anos e da prima de 11 anos.

Uma das meninas contou para a avó que o pastor evangélico Wagner Valêncio de Almeida, de 30 anos, obrigou ela e a prima a praticarem sexo oral nele.

Ela disse que, com medo de ser agredida, obedeceu a ordem do pastor.

O abuso aconteceu, segundo o site Costa Rica em Foco, quando a família do pastor comemorava o aniversário das duas meninas, no dia 9 de outubro, dentro de uma igreja evangélica.

Ainda conforme àquele site, a enteada de Wagner disse que não foi a primeira vez que o pastor abusou dela. Quando moravam em Campo Grande, há dois anos, ela já era obrigada a fazer sexo oral.

A sobrinha do pastor afirmou que dias antes, o pastor chegou a chamar ela e a enteada para assistirem um filme pornô.

Em depoimento à polícia, o pastor Wagner Valêncio de Almeida chegou a admitir que a enteada "pegou no pênis" dele.

Data: 31/10/2011 09:00:00
Fonte: Campo Grande News

Categorias
Artigos

Homem é suspeito de abusar de mulheres em seita criada para adorar a si mesmo

 

Ministério Público investiga se Aldo Bertoni se aproveitava das fiéis

Do Domingo Espetacular

Um homem de 85 anos é suspeito de abusar de mulheres usando uma seita que ele mesmo criou para adorar a si mesmo. Aldo Bertoni tem os passos acompanhados de perto pelo Ministério Público há dois anos, quando a primeira vítima tomou coragem e procurou os promotores. Depois dela, dezenas de vítimas fizeram o mesmo.

A equipe da Record acompanhou o homem. Os encontros foram acompanhados pela reportagem, que ouviu as vítimas e as autoridades. O prédio fica no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. Lá funciona a matriz da seita chamada de apostólica, que reúne outros duzentos templos pelo Brasil e 25 mil seguidores.

Aldo construiu uma pequena fortaleza, vigiada 24 horas. Ele não conduz as cerimônias e aparece apenas para ser venerado. É a adoração de quem crê estar diante de um profeta, um vidente, uma divindade. As músicas cantadas no encontro servem para exaltar o próprio Aldo.

E é justamente essa devoção que ajuda a entender o que aconteceu a algumas mulheres ouvidas pela reportagem. Uma delas, que preferiu não se identificar, disse que foi falar com ele, “pedir a oração, pedir ajuda pra ele, pra pedir pelo meu marido, ai ele falou que “não”.

– Falou assim pra mim: "não, deixa ele morrer que aí pelo menos você fica pra mim".

Com Claudete, o drama foi outro. Desesperada com a doença grave da filha pequena, procurou Aldo Bertoni em 2008.

– Eu queria falar com ele pra pedir oração, acreditava que ele podia interceder por nós.

Ela diz que entrou em uma sala pequena usada só para as reuniões particulares. Aldo, então, trancou a porta.

– Ele pegou e falou “e essa dorzinha que você sente aqui?” E já veio e colocou a mão no meu seio. Ai eu peguei e falei pra ele, “mas eu não sinto dor nenhuma no meu peito”, e ai ele falou: sente sim e foi ai que ele começou a me abraçar, me beijar pescoço, na boca, desceu a mão e começou a passar em mim. E ele falava assim “olha nos meus olhos, olha para os meus olhos. E ai fui ficando muito nervosa e não conseguia sair dele.

Ela disse ainda que Bertoni ameaçou até matar o marido dela.

– Ele fez a proposta para eu largar do meu marido, que ele ia me dar tudo. [Que eu] abandonasse tudo, que ele ia cuidar de mim.

Assustada, ela fugiu para nunca mais voltar.

– Eu dediquei 35 anos da minha vida a ele; precisava de ajuda espiritual, oração. Poxa vamos te ajudar… Ele quis abusar de mim, sabe…

Justiça

A promotora do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público) Sandra Rodrigues de Oliveira afirmou que muitas mulheres passaram “anos, anos se consumindo porque tinham tido uma relação sexual. Acreditavam que ele era um santo, mas algo ali, no inconsciente, ficava trabalhando, e muitos anos depois algumas conseguiram revelar para algum familiar".

Uma outra vítima, que não quis se identificar porque o marido ainda não sabe dos detalhes do que aconteceu entre ela e Bertoni, afirmou que ele revelou sua intenção de ter uma relação com ela.

– Que eu estava com um problema no útero, que eu estava com câncer, que eu tinha uma doença e que ele precisava fazer isso, que eu ia ser curada.

Ela disse que acreditou estar mesmo doente e por isso os encontros continuaram. Em um deles, ele quis fazer sexo oral. Ela repete o que ele teria dito: “Se você tem problema, eu vou ter que fazer isso com você. Que eu vou soltar algo que vai te curar”.

O abuso foi tanto que ela desconfiou, fez um exame e não encontrou nada. Ela abandonou a seita, mas até hoje é perseguida pelas lembranças perturbadoras.

Assista ao vídeo: http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/homem-e-suspeito-de-abusar-de-mulheres-em-seita-criada-para-adorar-a-si-mesmo-20110904.html

Aproximação

Para se aproximar de Aldo Bertoni, os produtores da Record precisaram se vestir e se comportar como os fiéis. As regras criadas por Bertoni dizem que as roupas precisam ser conservadoras. Ele reforça é que proibido usar maquiagem, como batom, ruge, pinturas nos olhos e esmalte colorido nas unhas, e dá o comprimento exato das saias: dois dedos abaixo do meio da barriga das pernas.

Claudete chora ao lembrar que seguia as regras e se dedicava à seita desde criança. Ela casou lá e viajava de Porto Alegre, onde vive, até São Paulo para pedir conselhos, até que em um dos encontros…

– Ele me beijou, beijou bastante, ai mandou eu sentar e começou a abaixar, a passar a mão nas minhas pernas. Aí depois me abraçou de novo e tirou a minha calcinha e mandou eu sentar no banco. E ele ficou de frente. Bem de frente pra mim.

Ela conta que “ai ele abaixou a roupa dele”.

– Aí, quando ele abaixou toda a roupa dele, eu vi que não tava certo, eu vi que aquilo não era normal, ai eu levantei.

Bertoni alegava que, ao tirar a calcinha dela e ficar nu para as carícias, ele purificava os pecados da jovem.

– Daí logo eu sai, dai vim pra casa e daí ali terminou o meu mundo.

Chorando, ela diz que “estava perdendo a fé em Deus… Eu não confiava mais em Deus”.

– Um trauma muito forte, muito grande. A gente não consegue esquecer.

Claudete reconstruiu sua vida, mas há quem não acredite nas denúncias. Ela diz que quem acusa o líder é considerado louco, “é bandido, não tem perdão. Perde amigos e a família”.

Uma outra vítima que não quis se identificar repetiu o que ouviu do próprio pai:

– Entre você e ele, eu fico com ele.

Nas cerimônias, os pregadores falam de Aldo Bertoni como um apóstolo, o primaz, o salvador. Atrás do salão principal, há uma sala repleta de fotos dele por todos os lados. Em uma cerimônia, uma produtora do Domingo Espetacular chamou a atenção de Bertoni, que conversou com ela duas vezes. Na primeira, ela diz que não consegue engravidar e ouve uma profecia:

– Em três meses engravida!

Dias depois, na fila dos fiéis, ela pede um encontro reservado e é prontamente atendida. Por segurança, ela não apareceu.

Enriquecimento ilícito

Bertoni também é acusado pelos promotores de enriquecimento ilícito. Ele anda cercado de seguranças e tem oito armas registradas em seu nome
Sílvio também acreditava na santidade de Aldo até começar a trabalhar para ele, que visitava as casas de mulheres que seriam suas amantes.

– A partir do momento que eu passei a ser segurança dele, eu falei “você é sujo”. […] Ele inclusive fazia filmagem para mostrar para os amigos, poxa vida, isso é baixaria.