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NIVEA PEDE CLAMOR PELO RIO

 

Cantora conclamou evangélicos a orar pelo Estado

      A cantora Nivea Soares utilizou seu twitter para pedir um clamor pelo Estado do Rio de Janeiro. Desde último domingo presos estariam coordenando, dentro das penitenciárias, as as ações de roubo e queima de veículos. Nesta quarta-feira o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, na noite desta quarta-feira (24). Eles são acusados de liderarem a onda de violência no Rio de Janeiro desde o último domingo.

Pelo twitter ressaltou a dificuldade pelo qual o estado atravessa e pediu ‘um clamor pela paz’. Não apenas o Rio de Janeiro passa por um momento conturbado. Belo Horizonte atravessa dificuldades após o forte temporal. Nesta quarta-feira,o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), declarou que vai decretar situação de emergência por causa do temporal que atingiu a cidade. Em visita ao bairro 1º de Maio, um dos mais afetados pela chuva, o prefeito afirmou que a medida é "para permitir dar um socorro financeiro para as pessoas que perderam geladeiras, roupas e aparelhos eletrônicos".

Data: 25/11/2010 00:05:17

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ORAÇÃO É RELACIONAMENTO

LIDERANÇA

 

A razão pela qual oramos é que simplesmente não podemos evitar a oração

Por: Rodolfo Garcia Montosa

     Deus inventou a oração e a instalou em nós. William James disse que " a razão pela qual oramos é que simplesmente não podemos evitar a oração". De verdade, todos temos a intuição de buscar a Deus através da oração. Prova disso é que, como uma criança chora quando está com fome, nos momentos de maior angústia e adversidade nossas entranhas clamarão pelo Senhor.
     Ao invés de enxergar a oração como uma disciplina, um sacrifício, ou um esforço para se obter um prêmio, devemos compreender que a oração é o desenvolvimento de um relacionamento natural com Deus. Esse ponto de partida é libertador, pois deixa de lado as muitas regras, modelos, legalismos que impomos a nós mesmos, nascendo a perspectiva de um relacionamento natural, prazeroso, verdadeiro, às vezes de lutas e entraves. A oração que Jesus ensinou, segundo esse texto, apresenta algumas dimensões desse relacionamento: 
      1. O relacionamento de amigos (v. 5-8 NVI "… suponham que um de vocês tenha um amigo…")

      Jesus está ensinando como orar.  Depois de expor a oração do Pai Nosso, ele traz uma figura bastante conhecida de todos os seus ouvintes como que dizendo: O que um amigo faz ao outro? Ele sabe que a oração é o ambiente onde transcorre a melhor amizade, pois podemos abrir nosso coração, necessidades, ou simplesmente estarmos juntos pelo prazer da convivência.
      Amigo que é amigo será sensível, atenderá nos momentos de lutas, muitas vezes oferecendo seu ombro e capacidade de ouvir. Assim como temos amigos na terra, podemos ter um amigo nos céus. Assim como Abraão viveu essa dimensão de relacionamento (Tiago 2.23), somos convidados a desenvolvermos essa amizade através da oração, afinal Jesus nos chamou de amigos (João 15.15).
      2. O relacionamento pai/filho (v 11-13 – NVI "… qual pai, entre vocês, se o filho pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra?…")
      A segunda analogia de Cristo é ainda mais chocante. Como pai você consegue imaginar-se dando uma pedra (Mateus 7:9) para seu filho comer? Ou, pior ainda, dando-lhe um escorpião? O Senhor nos vê como filhos. Por essa razão ele abre-se para um relacionamento nessa dimensão. Como pai ele é provedor, responsável, cuidador, orientador e tantas virtudes mais que possam ser elencadas. Nós recebemos espírito de filhos, por isso podemos chamá-lo de papai (Romanos 8.15; Gálatas 4.6-7).
     Só os filhos têm acesso ao quarto dos pais, desfrutam das refeições juntos, levam "palmadas", são herdeiros e levam em seu DNA a semelhança hereditária. Como é bom ser filho e poder desfrutar dessa dimensão do relacionamento através da oração.
      3. O relacionamento noivo/noiva.
     Esse trecho não apresenta expressamente Jesus como noivo e seus discípulos como noiva, mas o narrador já havia revelado anteriormente essa analogia (Lucas 5.34-35). Aqui temos uma nova e amplificada dimensão de nosso relacionamento em oração. Essa analogia expressa o prazer de estar juntos, a alegria de sonhar juntos, o amor latente, as confidências, a proteção, o comprometimento. A oração é um grande momento de prazer, mas poucos se entregam nesta dimensão. Ela contém um potencial de alegria e júbilo, pois é o próprio Deus se movendo em nós através do seu Espírito Santo. Por causa dessa dimensão, temos todas as nossas necessidades supridas, nossa sede saciada, nossa alegria restabelecida (Apocalipse 22.17).
     Como disse Tim Stafford: "Não oramos para contar a Deus o que ele não sabe, nem para lembrá-lo do que esqueceu. Ele já cuida de tudo aquilo pelo que oramos. Quando oramos, ficamos perto de Deus". Isso basta! Comece a praticar suas orações nessa perspectiva de relacionar-se verdadeira e profundamente com o Pai. Sua vida certamente nunca mais será a mesma!

Data: 9/11/2010 09:44:33

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A oração serve para alguma coisa?

Preletor: Harold Segura

A vida e os ensinamentos de Jesus nos trazem à memória a centralidade da oração

Embora capciosa, a pergunta é válida, se considerarmos o fato de que vivemos em uma época em que imperam o funcional e o pragmático. Hoje, não há tempo para o que é incerto e intangível. O mistério do divino foi ocultado por nosso racionalismo funcional. Por isso, pergunto aos cristãos: por que crer no celestial como solução para os problemas terrenos? Não existem meios mais eficazes e decisivos para acabar com as situações indignas do ser humano? Em outras palavras: podemos orar e ter certeza de que esse ato terá alguma utilidade?
Essas são inquietações honestas, que surgem principalmente quando olhamos a realidade angustiante do nosso mundo. Fome, pobreza, corrupção, violência e exclusão social, dentre outros males, nos desesperam e nos levam a buscar soluções práticas, dentre as quais a oração não recebe nenhum destaque. Em outras ocasiões, esse ceticismo é visto também entre cristãos que trabalham em prol da transformação humana e do bem-estar integral dos demais. Um ceticismo que, em alguns casos, transforma a fé em ativismo e a esperança em messianismo humano.
A vida e os ensinamentos de Jesus nos trazem à memória a centralidade da oração. Para ele, a oração era a forma de manter-se em contato permanente com o Pai, de submeter-se ao escrutínio da sua vontade, e de receber a inspiração para continuar anunciando e tornando presente a realidade do reino de Deus e da sua justiça. Jesus orava em particular e em público. Muitas vezes se unia aos seus discípulos para praticar a oração comunitária. Ele sempre cuidou para não cair na oração ritualista, carente de sentido e de ação, como era a dos religiosos de seu tempo. Ele fez os fariseus perce¬berem que suas longas orações não serviam para nada; não passavam de mais uma desculpa da sua religiosidade carente de justiça e de misericórdia para com o próximo.
Contudo, será que a oração tem alguma serventia? Ela não tem utilidade quando desligada do compromisso cotidiano com a causa do reino de Deus, e quando divorciada da vida e da história. A devoção que se separa da ética não é cristã. Kant, o célebre filósofo alemão, assinalava que o ser humano, ao orar, se dispensava de agir moralmente. Por isso, para ele, a oração não passava de bobagem.
Sejamos sinceros. A oração de nada serve quando paralisa as ações e justifica a falta de compromisso. Ela de nada serve quando aliena a existência e serve de desculpa para a injusti¬ça. Jesus se referia a isso quando disse: “Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês exploram as viúvas e roubam os seus bens e, para disfarçarem, fazem longas orações!” (Mt 23.14, NTLH). As orações dos fariseus e mestres da Lei, ainda que longas e eloquentes, não passavam de um palavreado mal-intencionado para ocultar a exploração. Por isso Jesus as condenou com tanta dureza.
No entanto, ela se torna crucial quando anda lado a lado com a ação e quando se integra na totalidade de nossa vida cristã, quando é súplica sincera que busca conhecer a vontade do Pai e quando leva ao compromisso efetivo com essa vontade revelada. Jesus orava: “Que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres” (Mt 26.39).
Devemos ressaltar o binômio oração-ação, para que nossas orações não fiquem na retórica litúrgica, mas conduzam ao cumprimento da vontade de Deus no mundo. Também, para que nossas ações, por mais esforçadas e nobres que sejam, não se tornem um ativismo intranscendente, no qual Deus — o “totalmente outro” — fique ausente, causando a exclusão do sentido do nosso compromisso como cristãos. Orar e não agir é tão errado quanto agir sem orar.
Harold Segura Carmona, teólogo colombiano, pastor evangélico e educador, é o atual coordenador de compromisso cristão e diretor de relações eclesiásticas da Visão Mundial Internacional. Ex-reitor do Seminário Teológico Batista Internacional de Cali, na Colômbia, é membro da Junta Diretora da Fraternidade Teológica Latinoamericana.

Data: 18/10/2010 08:32:40