Pastor brasileiro é ameaçado pelo governo por se opor às políticas pró-aborto‏

Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina

BRASIL, 17 de setembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Um pastor brasileiro está sendo ameaçado com “medidas legais” por autoridades do governo depois de uma pregação que condenou o apoio do PT à descriminalização do aborto, da agenda homossexual e do infanticídio cometido por tribos indígenas na floresta amazônica.

Num vídeo de YouTube que agora foi assistido por mais de 1 milhão e 600 mil vezes, o Pr. Paschoal Piragine da Primeira Igreja Batista de Curitiba, avisa seu rebanho que o PT, que está no governo, está buscando criar “iniquidade institucionalizada” no Brasil.

“Precisamos assumir uma postura e dizer: ‘não queremos isso em nosso país’, e buscar pessoas para nos representar que digam, ‘votarei contra tais coisas’. Caso contrário, a iniquidade será oficial, e Deus não terá opção senão julgar nossa terra”, diz Piragine.

“E eu não só pediria para você orar — penso que todos temos de orar —, mas também para assumir uma postura, e quando você votar, votar por pessoas que assumam uma postura clara contra essas coisas e fazer um compromisso de lutar no Congresso Nacional, e nas instituições do governo, contra a legalização da iniquidade”, acrescenta ele.

Depois de mostrar a seu rebanho uma apresentação de vídeo sobre os movimentos políticos pró-aborto e anti-família que ameaçam legalizar o aborto e destruir o casamento tradicional, Piragine comenta que o PT “fechou questão sobre esse assunto”.

“Em seu congresso desse ano, ele, no seu congresso geral, quando eles indicam seus deputados, [o presidente Lula] fechou questão sobre essas questões. Ou seja, se um deputado, se um senador do PT, se ele votar contra, de acordo com sua consciência, contra qualquer uma dessas leis, ele é expulso do partido. Já dois deputados federais foram expulsos do PT, por se manifestarem contra o aborto.”

Comentando que alguns bispos católicos já haviam exortado os brasileiros a votar contra o PT, Piragine acrescenta: “Eu diria para você a mesma coisa. Algumas pessoas não vão gostar do que eu estou falando, mas estou falando bem claramente”.

“Como pastor eu nunca fiz isso. Eu não estou dizendo para você votar em A ou B. Eu vou dizer para você em quem não votar: em pessoas que estejam trabalhando pela iniquidade em nossa terra. Porque senão queridos, Deus vai julgar a nossa terra.”

Reação irada

Aparentemente alarmados com a distribuição em massa do vídeo, elevadas autoridades do governo Lula estão atacando Piragine.

Numa entrevista a Rádio CBN do Brasil, o membro do PT e deputado Enio Verri expressou revolta com o vídeo.

“Com suas próprias palavras ele cometeu um grande pecado e terá de responder à sua comunidade”, disse Verri. “Mas o PT vai tomar as providências legais cabíveis o mais rápido possível, tenha certeza disso”.

O líder do governo na Câmara dos Deputados respondeu com uma carta pública negando as acusações de Piragine e afirmando que os membros do PT têm o direito de discordar da linha partidária baseados em motivos de consciência.

“Não é a verdade que deputados do PT foram expulsos por se manifestarem contra o aborto”, escreve o deputado federal Gilmar Alves Machado. “É verdade que eles tiveram conflitos com movimentos de mulheres sobre questões relacionadas ao aborto, mas não houve expulsão. Em função desses problemas, eles foram punidos pelo PT, o que os levou a mudarem de partido”.

Primeira Igreja Batista de Curitiba

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Dilma – mais falcatruas, diz auditoria do TCE

20/09/2010 – 07h00 – Deu na Folha de S.Paulo

 

Dilma a nossa Hugo Chaves

 

Auditorias feitas na gestão de Dilma Rousseff (PT) na Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul e na Fundação de Economia e Estatística (FEE), entre 1991 e 2002, apontam favorecimento a uma empresa gaúcha que hoje recebe R$ 5 milhões da Presidência e mostram aparelhamento da máquina, informa reportagem de Silvio Navarro, publicada nesta segunda-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Os documentos foram desarquivados no Tribunal de Contas gaúcho a pedido da Folha. Hoje candidata à Presidência, Dilma foi secretária dos governos Alceu Collares (PDT), em sua fase "brizolista" no PDT, e Olívio Dutra (PT), quando se filiou ao PT, pré-ministério de Lula.

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Em 1992, os auditores constataram que a fundação presidida por Dilma favoreceu a Meta Instituto de Pesquisas, segundo eles criada seis meses antes para vencer um contrato de R$ 1,8 milhão (valor corrigido). A empresa gaúcha foi a única a participar da concorrência devido à complexidade e falta de publicidade do edital.

Segundo a auditoria, a negociação entre a empresa e o órgão do governo foi sigilosa e nem sequer constou em ata os termos negociados: "Conclui-se que as irregularidades cometidas no decorrer do procedimento licitatório vieram a favorecer a empresa Meta", diz o parecer.

Após ganhar outros negócios no governo gaúcho, a Meta prestou serviços ao PT, à Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido, e obteve contratos mais vultosos na esfera federal –via Ministério do Desenvolvimento Social e Ministério da Justiça.

Em 2008, a Meta conseguiu seu melhor contrato: foi vencedora de uma concorrência de R$ 5 milhões da Secretaria de Comunicação da Presidência para fazer pesquisa sobre a aprovação e o alcance de programas sociais do governo, hoje bandeiras da campanha de Dilma: PAC, Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.

OUTRO LADO

Dilma afirmou, por meio de sua assessoria, que "não tinha nem tem ligação" com a Meta e que as irregularidades apontadas pelos auditores "foram contestadas ponto por ponto". Segundo argumentou, o TCE gaúcho lhe "deu provimento por unanimidade".

Sobre as nomeações, disse que, "desde sua criação, sem quadro próprio adequado às suas necessidades, a secretaria funcionou basicamente com assessorias, cargos em comissão, funções gratificadas e servidores cedidos por estatais".

Disse ainda que, em sua gestão, ela apresentou proposta de reformulação. "O TCE-RS aprovou todas as contas".

O diretor da Meta Instituto de Pesquisa, Flávio Eduardo Silveira, afirmou desconhecer a auditoria e rechaçou denúncia de ter sido favorecido na licitação em 2008.

Segundo ele, "os dirigentes da Meta conhecem, por razões profissionais, dirigentes de vários partidos e integrantes de governos estaduais e federal de diferentes partidos".

Ele disse que "não conhece pessoalmente, mas, por razões estritamente profissionais, os três principais candidatos à Presidência, além de outras pessoas do meio político, constam em minha rede de contatos da internet".