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Marcelo Crivella sai a cata de voto cristão

Esquenta a briga pelos votos evangélicos. Para o senador Marcelo Crivella (PRB), o deputado Pastor Manoel Ferreira (PR) vai contra princípios cristãos ao acusá-lo de traição. Ferreira afirmou que, em 2002, sua candidatura ao Senado foi inviabilizada por uma manobra de Crivella: o lançamento, para o mesmo cargo, da vereadora Liliam Sá.

Crivella diz não ter sido responsável pela candidatura da vereadora e ressalta: “Quem guarda mágoa por oito anos não cumpre o Pai Nosso, que prevê perdão aos inimigos.”

Acordos

Como o Informe revelou, Ferreira, da Assembleia de Deus, vai apoiar Jorge Picciani (PMDB) para o Senado. Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal, tentará a reeleição e fechou acordo com outro candidato evangélico ao Senado, Waguinho (PTdoB).

Trair e coçar…

Por falar nisso: o site de Picciani registra o apoio de candidatos a deputado de partidos que, em tese, seriam seus adversários: Graça Pereira (DEM), Kerly (PSDB) e André Corrêa (PPS).

Data: 19/8/2010
Fonte: O Dia Online

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Cristina Kirchner critica a igreja por lei que permite casamento gay


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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, comparou hoje a resistência da Igreja Católica à lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo à “época das Cruzadas”, na tentativa de convencer os senadores, inclusive os governistas, para que aprovem a medida nesta quarta-feira.

A declaração da presidente, que falou sobre o tema em visita à China, responde às ações da Igreja no país contra a medida, que já foi sancionada pela Câmara dos Deputados e deverá ser votada pelos senadores nesta quarta-feira.

Segundo fontes do Senado, de um total de 72 legisladores, 34 estão decididos a votar contra, 26 a favor e o restante ainda não teria definido sua posição.

Cristina disse estar “surpresa” e “preocupada” por “expressões que falam de um projeto do demônio”, em referência a um documento distribuído nas missas de ontem, e afirmou ainda que essas declarações “remetem aos tempos da Inquisição”.

Membros de colégios católicos e de entidades religiosas, por sua vez, anunciaram que irão se reunir amanhã em frente ao Congresso para rechaçar o projeto. Na mesma região, organizações de defesa dos direitos dos homossexuais pretendem realizar uma mobilização a favor da norma.

Entre os que se posicionam contra a medida está o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Bergoglio, que também é forte opositor ao governo de Cristina.

A medida também causou uma ruptura no governo, já que há senadores governistas que não apoiam esta iniciativa. Contudo, entre os que respaldam a proposta está o governador da província de Santa Fé, Hermes Binner, do Partido Socialista, distanciado do governo e que possui dois assentos no Legislativo.

Já o senador Ernesto Sanz, da União Cívica Radical (UCR), partido de oposição dos ex-presidentes Raúl Alfonsín e Fernando de la Rúa, argumentou que não houve um “debate suficiente”. Anunciando que irá votar favoravelmente à norma, ele previu que senadores da UCR, que é a segunda maior força do Parlamento e que representam províncias de origem conservadora “vão votar contra o projeto”.

Entre a população também foi registrada uma divisão de opiniões. Em Buenos Aires, pesquisas indicam que a maioria da população aprova o matrimônio igual para todos. Já no interior do país, boa parte dos cidadãos é refratária a mudanças no modelo familiar tradicional.

Fonte: Ansa

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Bancada evangélica dorme e divórcio passa no Congresso

POLÍTICA



Congresso promulga divórcio imediato. Autor diz que é um remédio

O Congresso promulgou nesta terça-feira, dia 13, emenda à Constituição que torna o divórcio imediato. A chamada PEC do Divórcio facilita a dissolução do casamento civil ao eliminar a exigência atual de separação judicial prévia por mais de um ano ou de separação de fato por mais de dois anos para que os casais possam se divorciar. A bancada evangélica, em campanha, viu o projeto ser aprovado no recesso branco da Câmara.

A emenda teve origem na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 413/05, do suplente de deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), e poderá beneficiar os mais de 153 mil casais que se divorciam por ano no País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2008.A PEC foi aprovada, graças a acordo de líderes, que permitiu a supressão de prazos de discussão da matéria. Na Câmara, a medida foi aprovada em junho de 2009 com 315 votos favoráveis e 88 contrários.

Os autores das medidas aprovadas, Antonio Carlos Biscaia e Sérgio Barradas Carneiro, defendem a desburocratização do fim do casamento. “O divórcio já é um tema consolidado em nosso País desde a Lei do Divórcio, de 1977. Não há razão para que a Constituição faça exigências”, diz Biscaia.Ele explica que as regras vigentes permitem fraudes, pois qualquer pessoa pode dizer ao juiz que um casal está separado há mais de dois anos, para obter o divórcio.”A PEC vai acabar com a hipocrisia hoje existente de um casal que se separa hoje a amanhã leva uma testemunha para prestar depoimento falso”, acrescenta Biscaia, que nos anos 1980 atuou como promotor em vara de Família.

Religiosos criticam

Durante a tramitação da PEC do Divórcio na Câmara, a proposta recebeu diversas críticas, principalmente de parlamentares religiosos, que alegavam que a medida incentivaria o divórcio e banalizaria o casamento, além das críticas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Biscaia rebate a ideia, dizendo que a mudança vai facilitar o divórcio apenas quando ele tiver de ocorrer. “O casamento é uma instituição importante, mas tem de ocorrer com base no amor e no respeito”, argumenta o deputado.Para Barradas Carneiro, em vez de incentivar divórcios, a medida vai propiciar novos casamentos de pessoas separadas, que, pelas regras atuais, não podem se casar em segundas núpcias até o divórcio de fato. “Essa PEC deveria ser conhecida como PEC do Casamento. O divórcio é um remédio para que a pessoa possa se casar novamente”, afirma o deputado baiano.

Em entrevista ao CREIO, Gilson Bifano, do Ministério Oikos, diz que a separação cresce pela deficiência do casal de enter o pacto que é assinado na hora do casamento. “Os casais hoje, no primeiro conflito, já pensam em se separar. Acham que o divórcio é a solução. Depois descobrem que no casamento seguinte os problemas voltam a aparecer e aí acontece um novo divórcio. Nossa sociedade é pró-divórcio, infelizmente”, lamenta.