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Queniana recebe fama de amaldiçoada após seis pares de gêmeos

 

MULIRO TELEWA
DA BBC
EM NZOIA (QUÊNIA)

A maioria das mulheres teria dificuldades em lidar com seis pares de gêmeos, mas para a queniana Gladys Bulinya isso é ainda mais complicado –em seu país, muitas pessoas creem que o nascimento de gêmeos é uma maldição.

Sua família não quer mais contatos com ela e até seu marido a deixou após o nascimento do sexto par de gêmeos, temendo que ela estivesse amaldiçoada.

Bulinya, 35, vive sozinha com 10 de seus 12 filhos em uma casa de sapé de um cômodo a poucos quilômetros do lago Victoria.

BBC

Queniana Gladys Bulinya foi casada duas vezes e abandonada em ambas ao ter filhos gêmeos

Queniana Gladys Bulinya foi casada duas vezes e abandonada em ambas ao ter filhos gêmeos

Sentada em frente à pequena casa no vilarejo de Nzoia, ela conta que seus primeiros filhos, John e James, nasceram em 1993.

Ela explica que ficou grávida quando ainda era uma estudante secundarista, mas seu namorado era jovem demais para se casar com ela. Sua família então ordenou que ela deixasse os bebês no hospital local para adoção.

Eles explicaram a ela que o povo Bukusu, ao qual sua família pertence, acredita que os gêmeos trazem azar e que, a não ser que ao menos um deles morra, isso significa morte certa para um ou para ambos os pais.

A tradição Bukusu de eliminar o segundo gêmeo não é mais praticada, apesar de casos ocasionais de infanticídio ainda serem registrados em áreas rurais do oeste do Quênia.

EXPULSÃO

Por sorte, diz Bulinya, quando o pai de seu namorado soube que os gêmeos haviam sido abandonados, ele os tomou e vem cuidando de ambos desde então. Ele é de um grupo étnico diferente, os Kalenjin.

Mas seus problemas não acabaram aí. Cinco anos depois ela se apaixonou e se casou com um professor de escola primária.

Ela vivia com a família do marido quando deu à luz seu segundo par de gêmeos, Duncan e Dennis. Temendo que ela trouxesse a eles um mau agouro e que alguém da família morresse, seus sogros a expulsaram de casa.

"Fui colocada em um mototáxi com meus gêmeos e mandada para a casa do meu pai", conta ela.

Sua família, porém, teve pouca simpatia por ela. Novamente temendo que ela estivesse amaldiçoada, seus pais não permitiram que ela ficasse na casa da família.

Em vez disso, eles rapidamente arrumaram um novo casamento para ela, com um homem 20 anos mais velho.

O homem concordou porque já não esperava se casar em sua idade. Mas outros gêmeos vieram. "Mercy e Faith nasceram em 2003, Carren e Ivy em 2005, e Purpose e Swin em 2007", conta Bulinya.

Mas foi a chegada de Baraka e Prince, no ano passado, que levou o marido a deixá-la.

"Eu agora tenho que fazer vários trabalhos para alimentar meus dez filhos, porque eu não sei onde ele (o marido) está, e mesmo se ele estivesse por perto, estaria muito velho para trabalhar", diz.

RAÇÃO DE MILHO

Algumas das crianças mais velhas frequentam a escola local. As meninas de cinco anos se revezam para cuidar de Baraka e Prince, de cinco meses, enquanto sua mãe está fora cuidando de jardins ou lavando roupas para os vizinhos.

Dennis, 11, recebeu uma bolsa para frequentar uma escola privada próxima, enquanto seu irmão gêmeo, Duncan, cuida da criação de gado de um professor aposentado.

Duncan recebe uma ração mensal de milho como pagamento por seu trabalho, e isso é o que alimenta o resto da família.

Apesar de ajudar a família com a bolsa a Dennis, a diretora da escola St Iddah Academy critica a mãe.

"Esta senhora deveria ter feito uma esterilização após descobrir que os homens a estavam usando e descartando", afirma Margaret Khanyunya. Bulinya diz que não se arrepende de nada e que considera seus filhos como "uma bênção de Deus".

Mas ela admite que passou, sob relutância, por uma esterilização, por não poder lidar com mais nenhuma criança. "Foi contra o desejo de minha igreja", conta.

"Sou católica. Quando tomei a decisão, pedi o perdão de Deus. Estou segura de que Deus entende e vai me perdoar por fazer isso", disse.

O que realmente a deixa contrariada, ela diz, é a ausência de seus gêmeos mais velhos, hoje com 17 anos.

Ela chora ao relatar seu último encontro com os filhos, há dois anos, quando eles foram circuncidados, em uma cerimônia que marca o rito de passagem da adolescência à vida adulta.

Na cerimônia, cada pai precisa entregar o filho para os anciões da comunidade fazerem a circuncisão.

"Fui convidada ao evento e me pediram duas vezes para apontar meus filhos entre o grupo de 30 garotos", diz.

"Nas duas vezes apontei para os garotos errados, e meu coração ainda aperta a cada vez que penso naquele dia."

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BISPA DEFENDE LIBERDADE NA MÍDIA

 

Líder da Renascer não processará site que fez montagem de carnaval

Por: Vinícius Cintra – Redação Creio

       Em tom de humor a líder da Igreja Renascer em Cristo, bispa Sônia Hernandes, respondeu ao CREIO sobre a montagem com sua foto realizada pelo site Genizah Virtual. “Já me falaram, mas eu não vi. Não posso processar algo que não vi. Fiquei bonitinha pelo menos?”, indagou em tom de brincadeira nos bastidores de uma apresentação em Valinhos (SP). O site fez uma montagem da bispa com uma passista de Escola de Samba.


imagem fonte: www.genizahvirtual.com
          A montagem surgiu após anúncio da Escola de Samba Pérola Negra divulgar seu samba enredo, a vida de Abraão, o mesmo tema escolhido pela denominação para ano de 2011. “Olha que coisa incrível, depois dos filmes da Record e Band sobre Abraão, a escola de samba tem como tema Abraão”, expressou Hernandes.

Ao ser questionada pelo repórter sobre liberdade de expressão, a bispa disse não se incomodar. “A gente não pode se engasgar com todas as coisas que vemos por ai, senão perdemos o foco e o propósito. Temos que estar preparados para esse e outros tipos de situação quando se é uma pessoa pública”, disse. Bispa Sônia aproveitou a oportunidade para divulgar seu novo projeto Bíblia da Mulher de Bem com a Vida que reunirá 52 pensamentos para dia-dia.

Data: 27/1/2011

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CRIME: Polícia investiga três mortes em ritual de magia negra

 

A polícia catarinense investiga um triplo homicídio que pode estar ligado a rituais de magia negra.

Três corpos de homens foram encontrados na madrugada desta terça-feira, 25, em estado de decomposição enterrados no quintal de uma casa em Palhoça, na Grande Florianópolis. Três pessoas de descendência indígena foram presas sob suspeita dos assassinatos.

A investigação teve início após Daniel de Lima, 22, procurar uma delegacia na cidade gaúcha de Gravataí, Região Metropolitana de Porto Alegre, dizendo-se arrependido da participação no crime. Segundo ele, foi um latrocínio (roubo seguido de morte). Lima levou os policiais até Palhoça, onde mostrou a cova aos agentes, que foi feita em uma casa próxima à BR-101, na região do Morro do Cambirela.

Os policiais encontraram objetos que acreditam ser fruto de um ritual de magia negra. Um pentagrama desenhado com pedras, colar de plumas, potes com animais, peças de roupas, fotografias, flores e material semelhante ao usado em vodu estavam em um galpão a poucos metros da cova, adornada por velas brancas e vermelhas.

Presos

Outros dois moradores da região foram apontados por Lima como coautores do crime. Edeson Flávio Ercego, 36, conhecido como Índio e com antecedentes por tráfico de drogas, e Felipe de Souza Batista, 22, foram presos em flagrante por ocultação de cadáver.

À polícia, eles negaram o assassinato e disseram apenas que receberam o carro de Lima – um Ford Fiesta Sedan vermelho desaparecido – para revendê-lo em Porto Alegre. Segundo os presos, as vítimas foram mortas a machadadas e marretadas na semana do Natal.

As vítimas são três homens que estavam acampados no local. Um seria da cidade de Ijuí, no interior do RS, um de Santa Catarina e o outro do Rio de Janeiro. Este último, trabalharia como flanelinha em frente a uma casa noturna de Florianópolis. Uma das vítimas teria sido enterrada ainda viva, segundo informações da polícia.

“Estamos trabalhando com diferentes linhas de investigação, entre elas o latrocínio e a magia negra. Mas, nesse momento, parece que eles acabaram fazendo os dois”, disse o delegado Atílio Gasparim Filho.

Outros casos

Em outubro de 2001, o corpo da estudante Aline Silveira Soares, 18, foi encontrado nu em um cemitério do município mineiro de Ouro Preto com 17 perfurações pelo corpo. Moradora de Manhumirim (MG), ela tinha chegado à cidade três dias antes para uma festa de universitários.

Em junho de 2010, a Justiça de Minas decidiu manter a sentença que inocentou quatro jovens pela morte. No julgamento, a Promotoria alegou que eles cometeram o assassinato em um ritual relacionado a um jogo RPG (“role playing game”, em que participantes interpretam personagens de uma realidade paralela). Os acusados negam qualquer participação no crime.

Dois meses depois, uma empresária gaúcha foi encontrada morta e enterrada em uma área de reflorestamento de eucalipto de uma empresa produtora de papel em Guaíba (33 km de Porto Alegre). Ela teria sido atraída para a morte por um pai de santo conhecido da vítima há 17 anos, conforme a polícia.

Solange Alves da Silva, 53, teria sido morta e seu corpo concretado em uma cova. “Eles atraíram a vitima até o local e decidiram assaltá-la. Atacaram a mulher que, ainda com vida, foi enterrada”, afirmou, na época, o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Zucco.

Após o assassinato, o pai de santo teria falsificado um cheque da empresária e realizado um saque de R$ 27 mil, enquanto seus comparsas usavam os cartões de crédito da vítima.

Data: 27/1/2011 08:18:40
Fonte: UOL