Categorias
Noticias

Especialista em bioética da Inglaterra diz que a vida em si não tem nenhum valor

 

Hilary White

LONDRES, Inglaterra, 27 de outubro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Diferente do ouro e da platina, a vida não tem valor em si, um membro da Câmara dos Lordes e ativista do suicídio assistido disse num debate televisionado na semana passada. Os profissionais médicos precisam mudar suas atitudes para com o suicídio assistido, levar em consideração os desejos dos pacientes que pedem para morrer, disse a Baronesa Mary Warnock, conhecida na Inglaterra como a “rainha filósofa” da bioética.

“Não há justificativa moral que permita que as opiniões de juízes, advogados e médicos devam prevalecer sobre as opiniões do paciente [que expressou um desejo de morrer]”, disse ela.

“A missão dos médicos é ajudar as pessoas a fazer suas vidas melhores, não piores. Às vezes a morte é mais desejável do que a vida”.

Mary Warnock é conhecida como a principal especialista em bioética e defensora do suicídio assistido da Inglaterra. Ela recentemente comentou que a recusa de os médicos participarem de suicídios assistidos é “genuinamente perversa”. Seus livros incluem “Easeful Death: Is there a case for assisted dying?” (Morte Confortável: Dá para se Defender a Morte Assistida?) e “Making Babies: Is there a right to have children?” (Fazendo Bebês: Existe o Direito de Ter Filhos?).

Warnock disse que examinar a questão a partir exclusivamente da perspectiva do direito representa legalismo e trivializa a questão: “por trás da lei está um juízo moral”, disse ela.

Aqueles que argumentaram junto com Warnock em favor da petição do debate “O suicídio assistido deveria ser legalizado: os doentes terminais têm o direito legal de serem ajudados a acabar com suas vidas” incluíram Emily Jackson, professora de direito na Faculdade Londrina de Economia, e Debbie Purdy, a famosa ativista do suicídio assistido com esclerose múltipla. O debate foi organizado pela sociedade de debates Intelligence Squared, que realiza debates sobre assuntos de interesse público em todo o mundo.

Durante o debate, a prof.ª Emily Jackson citou pesquisas do estado americano de Oregon, e da Holanda, argumentando que os pacientes que pedem o suicídio assistido fazem tais pedidos por causa de uma “perda de autonomia, perda de dignidade ou perda das alegrias da vida”. Ela disse que cabe ao paciente decidir.

Jackson não mencionou estudos recentes que mostram que na Bélgica, onde a eutanásia é legal, até 30 por cento dos que são mortos por médicos não deram consentimento.

As afirmações de Jackson foram desafiadas pelo Lorde Alex Carlile QC, advogado e colega democrata liberal, que comentou que o direito e a prática na Holanda e na Bélgica tinham ainda de passar pela prova de um desafio de tribunal. Ele apontou para o fato de que com o suicídio assistido legalizado, os médicos teriam permissão de agir como juízes, e disse que não há “jeito aceitável” de legislar em favor do suicídio assistido.

Carlile, codiretor da entidade Vivendo e Morrendo Bem, disse que, se não temos a obrigação de confiar em pessoas de qualquer outra profissão ou emprego, não há motivo para termos confiança maior em médicos e “juízes de morte autonomeados”. Ele citou a Convenção Europeia de Direitos Humanos, dizendo que sob esse acordo, só é aceitável tirar a vida humana em defesa pessoal ou na guerra. De acordo com as definições legais da Convenção, o suicídio assistido constitui homicídio.

Chamada de “filósofa importante”, Mary Warnock, mais conhecida como baronesa Warnock, foi nomeada baronesa em 1985. Ela foi uma figura chave na criação da atual lei da Inglaterra sobre procriação artificial, a Lei de Fertilização Humana e Embriologia. Ela era membro da Comissão de Eutanásia da Câmara dos Lordes e forma parte de uma facção política influente que continua a fazer pressões em favor da legalização do suicídio assistido e da eutanásia.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Categorias
Noticias

Pelo menos 52 morrem em operação de resgate de reféns em igreja iraquiana

 

Grupo armado supostamente pedia libertação de militantes da Al-Qaeda; seis sequestradores foram mortos.

01 de novembro de 2010 | 9h 27

Operação matou agressores, fieis, padres e policiais

Pelo menos 52 pessoas morreram durante uma operação para libertar reféns detidos em uma igreja em Bagdá no domingo.

O vice-ministro do Interior do Iraque, Hussein Kamal, indicou que seis dos sequestradores também morreram nos combates, embora outras fontes tenham indicado um número menor.

Cerca de 100 pessoas assistiam à missa na Igreja da Nossa Senhora da Salvação, a maior igreja cristã da capital iraquiana, quando um grupo de homens armados invadiu o local e fez dezenas de pessoas reféns.

Os militantes diziam ser do Estado Islâmico do Iraque, grupo sunita supostamente ligado à Al-Qaeda. Eles exigiam a libertação de militantes da Al-Qaeda presos no Iraque e no Egito, de acordo com a imprensa iraquiana.

Segundo as reportagens, eles seriam árabes, mas não iraquianos.

Antes, o grupo tentou entrar na Bolsa de Valores de Bagdá, localizada em frente à igreja católica.

A polícia informou que seis pessoas foram mortas ali, incluindo dois policiais.

Os agressores se dirigiram então para a igreja. Segundo uma testemunha, eles "entraram na nave central e imediatamente mataram o padre".

A testemunha afirmou que os fieis foram colocados em uma sala dentro da igreja e que alguns foram agredidos.

O correspondente da BBC em Bagdá, Jim Muir, disse que houve um longo impasse entre os sequestradores e as forças de segurança que cercaram o edifício e monitoravam a área de helicóptero.

Ao fim do impasse, as forças de segurança iraquianas, ajudadas por oficiais americanos, entraram na igreja.

Moradores da região disseram ter ouvido explosões e trocas de tiros. Os militantes teriam lançado granadas e detonado coletes-bomba.

Cristãos iraquianos têm deixado o país desde a invasão de 2003

Na operação, morreram fieis, sequestradores e policiais. Segundo o ministro do Interior, 56 pessoas ficaram feridas.

"Decidimos lançar a ofensiva porque era impossível esperar. Os terroristas planejavam matar um grande número de nossos irmãos, os cristãos que estavam na missa", disse o ministro da Defesa do Iraque, Abdul-Qadr al-Obeidi.

"A operação foi um sucesso. Todos os terroristas foram mortos e agora temos outros suspeitos em detenção."

Bolsa

Segundo o correspondente da BBC, os número de cristãos vivendo no Iraque é em torno de 500 mil, principalmente seguidores das ramificações mais antigas.

No passado, esse número já chegou a 1,5 milhão, mas a maior parte deixou o país desde a ação militar liderada pelos Estados Unidos, em 2003.

Nos últimos anos igrejas católicas foram bombardeadas, incluindo a da Nossa Senhora da Salvação, em 2004.

Padres foram sequestrados e mortos em outras ocasiões, mas nunca feitos refém como neste episódio.

A segurança iraquiana é prejudicada pelo impasse político que domina o país desde as eleições gerais de março, que não tiveram um vencedor claro.

No domingo, a imprensa iraquiana noticiou que o bloco político Dawa, que representa parte da comunidade xiita do país, planeja recusar um convite do rei saudita Abdullah para conversas cujo objetivo seria ajudar na formação de um novo governo.

O partido, do atual premiê iraquiano Nuri al-Maliki, agradeceu a oferta de Abdullah, mas disse que o Iraque é capaz de resolver sozinho suas diferenças.

Comentário semelhante foi feito por Mahmoud Osman, representante dos curdos. Mas o bloco de maioria sunita, liderado pelo político secular Ayad Allawi, teria se interessado pela oferta saudita.

O presidente iraquiano, Jalal Talabani, a quem a oferta de Abdullah foi oficialmente dirigida, ainda não deu uma resposta formal. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Categorias
Noticias

Pedofilia: Menina que teria mantido relações sexuais com professora diz que a ama

01/11/2010 – 01h36

 

PUBLICIDADE

DE SÃO PAULO

A aluna de 13 anos que teria se relacionado com a professora de matemática disse em entrevista ao "Fantástico", deste domingo, que continua "amando" a mulher de 33 anos.

"Eu continuo amando ela, eu não vou deixar de amar pelas coisas que estão acontecendo e, se for preciso, eu espero até ela sair da cadeia".

Na última quarta-feira a professora de 33 anos foi presa sob a acusação de ter mantido relações sexuais com duas alunas de 13 anos em uma escola municipal em Realengo, zona oeste do Rio. A polícia informou que localizou a acusada após receber uma denúncia da mãe de uma das garotas.

A segunda estudante, localizada pela polícia no dia seguinte a prisão, afirmou ao "Fantástico" que nunca foi molestada pela professora. "Ela nunca me encostou, nunca tentou fazer nada comigo. Isso eu juro."

Ela disse que foi ao motel a pedido da colega. "Porque ela tinha medo de não querer mais voltar pra casa. E toda vez que eu ia, ela tinha que me trazer de volta", disse.

Na entrevista, a menina também afirmou que pediu para a professora ir até a casa dela para conhecer a mãe.

Ao "Fantástico", a mãe disse que espera que a escola ofereça apoio psicológico à família.

"Ganho um salário mínimo, não tenho condições para pagar pra ela um psicólogo. Espero que a escola agora arque com essa consequência. Espero que o município arque com isso, pague sim um psicólogo pra família toda. Que mexeu com a família toda, destruiu a família. Eu achava que a minha filha estava segura dentro de uma escola e na verdade não estava", disse a mãe.

Na última quarta-feira, a mãe afirmou que havia marcado uma consulta com um psicólogo para a filha, por meio do Conselho Tutelar. ‘Ela tinha falado pra mim que estava gostando da professora. Esse caso não começou agora, já faz uns seis meses. Passei a desconfiar, juntar informações e resolvi vir à delegacia’, afirmou.

CASO

A polícia informou que localizou a professora após denúncia da mãe de uma das garotas. O delegado titular da 33ª DP (Realengo), Angelo Jose Lages Machado, afirmou que ela havia confessado o crime.

‘Se caracterizou prisão em flagrante porque a professora confessou o crime e a menina também. Os depoimentos são iguais. Elas estavam dormindo juntas desde segunda-feira (25) no carro da educadora’, disse o delegado.

Segundo ele, ao denunciar que a filha estava desaparecida desde segunda-feira, a mãe disse que ‘que a menina falava muito com essa professora por telefone e pelo MSN’.

Machado afirmou que a professora, que dá aulas de matemática em uma escola municipal em Realengo (zona oeste), foi indiciada sob a suspeita de estupro de vulnerável e corrupção de menores.

A mãe da adolescente disse que chegou a fazer uma reclamação contra a professora com a direção da escola, mas a unidade apenas transferiu a funcionária.

O marido da professora foi à delegacia levar comida e remédios para a mulher, que diz sofrer de claustrofobia e pressão alta. Ele não quis falar com a imprensa e demonstrou estar emocionalmente abalado.

A Secretaria Municipal de Educação informou, em nota, que a 8ª Coordenadoria Regional de Educação, assim que tomou ciência do caso, em 9 de setembro deste ano, instaurou uma sindicância para apurar os fatos e determinou o afastamento da professora da escola.

"A Secretaria de Educação esclarece, ainda, que considera inaceitável este tipo de conduta e acompanha atentamente as investigações da polícia. Até a conclusão da sindicância, que pode determinar, inclusive, a exoneração da professora, ela será mantida afastada de suas funções".