Categorias
Noticias

Bispo da Universal assassinado no Recife

CRIME

 

O bispo da Igreja Universal do Reino de Deus do Ipsep, Zona Sul do Recife, José Carlos de Santana, 48 anos, foi assassinado na manhã de ontem. O crime aconteceu na Estrada do Barbalho, na Iputinga, Zona Oeste, próximo ao Detran-PE. José Carlos estava no carro da igreja que fica à disposição do pastor Joel Nunes, 46, da unidade de Beberibe, um Gol preto de placa DAL-4990, quando foi atingido por um disparo fatal na região da nuca. O bispo pegou uma carona com Joel para ir ao Detran renovar sua carteira de motorista, mas, por conta do feriado do funcionalismo público, encontrou o órgão fechado. Era a terceira vez que ele tentava renovar a habilitação. Quando os dois saíram do Detran, foram atingidos por tiros, disparados, provavelmente, por dois homens numa moto. A Polícia trabalha com a hipótese de execução, já que nenhum dos objetos que estavam em poder da vítima foi roubado.


Foto: Ana Paula Neiva/DP/D.A press

José Carlos ainda chegou a ser levado pelo colega para o Hospital Getúlio Vargas, mas já deu entrada sem vida na emergência. A delegadaVilaneida Aguiar, do plantão da 4ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que os motivos do crime ainda não estão claros. Ela acredita que os dois disparos que atingiram o veículo – um em direção ao motorista, perto do retrovisor, e o outro no vidro traseiro, que acertou o bispo – tenham sido efetuados com intenção de matar. "As características são de execução e me parece que os dois eram alvos, porque um dos disparos foi perto do condutor", afirmou. A polícia deve ouvir pessoas próximas ao bispo para tentar descobrir se havia razões para vingança.
Outra hipótese trabalhada pela delegada é de o carro ter sido confundido com uma viatura policial por quadrilhas de tráfico de drogas da área. "Na semana passada, policiais apreenderam um arsenal que estava escondido numa ilhota em frente à comunidade do Detran. Estamos apurando se o homicídio teve relação com esse fato. Apesar de ter apenas duas portas, o carro que levava o bispo tem os vidros muito escuros e é preto", disse a delegada. Segundo Vilaneida Aguiar, testemunhas afirmaram ter visto um motoqueiro e um outro veículo de modelo e placas não anotadas rondando o Gol, que transportava o bispo. "Eles poderiam estar sendo seguidos e nem ter percebido", comentou. O Gol onde o bispo estava foi periciado no DHPP na tarde de ontem. O perito do Instituto de Criminalística Rogério Dantas encontrou um fragmento de projétil no lado direito do veículo. "Não dá para dizer qual é o calibre do projétil porque ele está muito partido", disse.
O pastor Joel Nunes passou mais de uma hora prestando depoimento, mas, segundo a polícia, suas declarações pouco vão ajudar a investigação. "Ele relatou apenas que escutou o estampido e depois percebeu que o bispo estava desmaiado e sangrando", contou a delegada Vilaneida Aguiar. As investigações serão repassadas hoje para a delegada Josineide Confessor. Segundo o advogado da Igreja Universal, Luiz Miguel dos Santos, o bispo José Carlos era carioca e estava no Recife há pouco mais de um ano. Ele atuou naigreja de São Lourenço da Mata e estava, há cerca de três meses, na igreja do Ipsep. Casado, o bispo deixou duas filhas. O corpo de José Carlos será sepultado hoje pela manhã no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.
A igreja Universal do Ipsep estava de portas abertas na noite de ontem. Ninguém queria comentar o assunto. O Diario esteve no local para saber se o culto seria cancelado em decorrência da morte do bispo, mas foi convidado a se retirar da igreja.

Data: 28/10/2010 08:29:02

Categorias
Noticias

Candidato tucano visita AD e diz que sua família está sob ataque

JOSÉ SERRA

 

José Serra leu a Bíblia, orou junto, recebeu bênção e cantou hinos de louvor. Assim foi a passagem relâmpago de José Serra por Foz de Iguaçu (PR) nesta terça-feira, 26, um dia de compromissos de campanha para o Planalto em mais três Estados.

Com um “na paz do Senhor”, o candidato tucano abriu e fechou sua participação no congresso que comemorou os 50 anos da Assembleia de Deus no Paraná, que acontece em hotel no caminho das Cataratas do Iguaçu.

A pedido dos pastores evangélicos, Serra leu parte da Bíblia, previamente escolhida por ele. O trecho escolhido foi do Velho Testamento que fala de Salomão e o pedido desse rei a Deus por sabedoria. “Eu também quero sabedoria. E peço que vocês rezem para que eu tenha sabedoria”, disse.

O pastor Ival Teodoro da Silva, líder dessa denominação evangélica no Estado, puxou o cântico “Deus te ama”, uma prece de braços levantados e ainda afirmou que tem “orado pelo senhor” para o tucano.

Assim como sua rival petista, Serra deu uma guinada religiosa neste segundo turno da eleição presidencial. Entre a “família assembleiana”, se mostrou familiarizado com os rituais e as falas. Em uma oração mais comovente, ele até fechou os olhos e seguiu as frases do pastor.

Além disso, respondeu seis perguntas feitas pelo público e previamente selecionadas pelos líderes da igreja. Não faltou a tradicional pergunta sobre aborto e casamento gay.

Depois de falar que a família é “a célula da sociedade”, o tucano disse que a sua está sendo atacada nesta campanha. “Só falta falarem que meu neto de sete anos puxou a orelha de um colega. Já mexeram nas contas da minha filha e já falaram mentiras de minha mulher. O que mais falta? Desde o descobrimento do Brasil, nunca se falou tanta mentira”, protestou para a plateia.

Data: 27/10/2010 09:21:02
Fonte: Pavablog

Categorias
Noticias

Conselho de igrejas cristãs quer legalizar a maconha na Califórnia

publicado em 27/10/2010 às 10h22:

Grupo defende que é melhor regular o uso do que expor os jovens a criminosos

Maurício Moraes, do R7

Márcio José Sanchez/APMárcio José Sanchez/AP

Trabalhador colhe de maconha para usos medicinais no interior da Califórnia; para alguns religiosos, fumar não é pecado

Para o Conselho de Igrejas da Califórnia, fumar maconha não é pecado. Mais que isso: o grupo, que reúne 51 denominações, a maioria evangélicas, apoia a Proposição 19, para legalizar o uso e comercialização de maconha no Estado americano.

Para Elizabeth Sholis, que disse já ter fumado maconha “apenas uma vez”, o conselho não incentiva os fieis a usar nenhum tipo de entorpecente. A questão, segundo ela, é que a atual política de guerra às drogas não funciona.

Elizabeth diz que, em vez de expor os jovens ao mundo do crime e dos traficantes, é melhor regular o consumo das drogas.

R7 – Por que vocês resolveram apoiar a legalização?
Elizabeth Sholis –
Nós avaliamos várias questões. Primeiro, nós consideramos o comportamento ético de muitos políticos, e vários tentam transformar a questão num caso moral. Além disso, o consumo de álcool é permitido, e a maconha tem efeitos semelhantes. Mas a principal questão é que a repressão ao uso de maconha simplesmente não funciona. O que vemos é o crescimento da violência em comunidades mais pobres, em virtude do narcotráfico. E isso também tem reflexos no México [que vive uma guerra entre narcotraficantes]. Diante disso, concluímos que o melhor é regular o uso da maconha.
R7 – Vocês representam 51 igrejas cristãs. Para muitos religiosos, o uso de drogas é considerado pecado. Vocês ouvem esse tipo de argumento ao defenderem a legalização?
Elizabeth –
O ponto é que as pessoas consomem maconha. Obviamente, temos reservas quanto ao uso. Mas nossa tradição é de autorregulação. Isso serve até para a comida. É preciso consumir com prudência. O ponto é que o problema existe e a gente precisa lidar com isso. E a guerra contra as drogas não está funcionando. Não vamos dizer para ninguém: ‘Vá e fume sua maconha’. O que queremos é que o uso da maconha tenha o mesmo tratamento que o uso de álcool. Queremos é dar um novo peso às coisas. Adianta prender um rapaz porque ele fuma? 

R7 – Mas a legalização também não traz riscos?
Elizabeth –

É claro que haverá quem vá sonegar a lei e os impostos. Mas o que queremos é que, se alguém resolver consumir, não compre isso de um traficante e fique exposto a uma situação de insegurança e violência.
R7 – Outros Estados podem seguir o exemplo da Califórnia?
Elizabeth –
Pode ser. A Califórnia é vanguardista em várias questões. Se funcionar por aqui, é possível que outros lugares mudem suas leis.
R7 – A senhora já fumou maconha?
Elizabeth –
Uma vez, apenas uma vez. Mas não estou defendendo o uso e, sim, a mudança na legislação.