Categorias
Noticias

Vídeo revela negociação para evitar voto de ministro do STF contra Roriz

30/09/2010 – 20:45 – ATUALIZADO EM 30/09/2010 – 21:52

 

Genro de Ayres Britto se ofereceu para entrar no caso e, assim, barrar a participação do ministro no julgamento do Ficha Limpa. Ayres Britto votou contra Roriz

ANDREI MEIRELES E MARCELO ROCHA

ÉPOCA apurou os bastidores de uma história que poderia ter mudado o resultado da votação no Supremo Tribunal Federal sobre a validade nestas eleições da Lei da Ficha Limpa. Deu empate de cinco a cinco no julgamento do recurso apresentado pelo ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) contra a impugnação de sua candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por causa desse impasse, Joaquim Roriz desistiu de concorrer mais uma vez ao governo do DF e foi substituído por sua mulher, Weslian Roriz (PSC). A revista teve acesso a documentos, e-mails e vídeo que mostram que o desfecho poderia ser diferente.
Por questão de horas, o relator do caso Roriz no Supremo, o ministro Carlos Ayres Britto, não teve de se declarar impedido de participar do julgamento. Só na tarde da quarta-feira (8) os advogados Adriano José Borges Silva e Adriele Pinheiro Reis Ayres de Britto – genro e filha do ministro – saíram formalmente do recurso apresentado pela defesa de Roriz ao STF. Na mesma noite, Ayres Britto rejeitou o pedido de Roriz.
No dia 1º de setembro, o genro de Ayres Britto havia enviado aos advogados um e-mail em que transmitia seus dados e os de sua mulher para serem subcontratados como advogados de defesa de Roriz. “Favor comunicar ao governador, pois é necessária uma reunião para explicarmos a estratégia e colocá-lo a par acerca dos colaboradores envolvidos”, afirma o advogado Adriano Borges na correspondência eletrônica.
A reunião entre Joaquim Roriz e Adriano Borges ocorreu na tarde de 3 de setembro, uma sexta-feira. Roriz e Borges conversaram no escritório do ex-governador em sua casa no setor de mansões de Brasília. Uma câmera de vídeo oculta filmou a conversa. ÉPOCA teve acesso ao vídeo. São diálogos nada republicanos.

Adriano Borges: “Eu posso então colocar esse pro-labore e o êxito… Eu preciso fazer um ajuste com meu pessoal”.
Joaquim Roriz: “Eu gostaria da sinceridade sobre o voto do seu sogro”.
Adriano Borges: “A única coisa que eu to precisando é que ele não leve… Com isso, ele não vai participar… Tá impedido”.
Joaquim Roriz: “Então é o êxito”.
Em seguida, Roriz comemora: “Com isso eu ganho folgado”.

 

Com Borges e sua mulher na causa, de acordo com a lei, o ministro teria de se afastar do julgamento. Seria um voto a menos contra Roriz e a favor da validade imediata da Lei da Ficha Limpa. Não seria a primeira vez que Borges impediria o sogro de votar contra um político acusado de corrupção. No ano passado, o ministro foi sorteado como relator de um inquérito no Supremo contra o senador Expedito Júnior (PSDB-RO), acusado de corrupção. Uma semana depois, Adriano Borges entrou na causa e obrigou Ayres Britto a se declarar impedido.

Na conversa gravada com Roriz, Adriano Borges diz que está sendo apertado por assessores que cobram pagamento para livrar o ex-governador de uma condenação no Supremo. Por diversas vezes, ele fala sobre a necessidade desse pagamento. Adriano Borges até sugere um preço: “Nos processos que peguei, governador… Eu estou trabalhando o Expedito Júnior (candidato ao governo de Rondônia, também barrado como ficha suja pela Justiça Eleitoral), o pró-labore foi cobrado um milhão e meio e três no êxito, né”.
Roriz achou o preço caro. Não teve acordo e Adriano Borges deixou a causa. ÉPOCA ouviu os envolvidos nessa história, antes e depois de ter acesso ao vídeo. Há 10 dias, Adriano Borges disse que deixou a causa de Roriz por ter chegado à conclusão que sua defesa estava sendo bem feita e não havia, portanto, necessidade de sua participação. A versão de Borges agora é de que caiu numa armadilha. Pode até ser. Mas ele não tem como negar o teor do que falou na conversa com Roriz. Advogados de Roriz justificaram a gravação dos diálogos com Adriano Borges. Eles disseram que todas as conversas do ex-governador no escritório de sua casa estavam sendo gravadas. Segundo eles, era uma medida defensiva para evitar eventuais distorções por parte de seus interlocutores. Ouvido por ÉPOCA, o ministro Ayres Britto disse que não se declarou impedido no julgamento porque, pelo que ele soube, houve contato entre seu genro e Joaquim Roriz, mas nenhum contrato foi firmado.

A turma de Roriz divulgou um vídeo da conversa entre o ex-governador e o advogado Adriano Borges – genro do ministro Ayres Britto – com duração de 60 minutos. Nele, Adriano Borges propõe entrar na equipe de defesa de Roriz tornando Ayres Britto legalmente impedido de votar no julgamento da Lei da Ficha Limpa. Para isso, sugere um pagamento de R$1,5 milhão de pró-labore e mais três milhões se Roriz fosse absolvido. Para se defender, Adriano Borges divulgou uma outra parte do vídeo gravado na casa de Roriz. Segundo ele, isso provaria que sua atuação teria sido estritamente profissional. Teria recusado inclusive uma proposta feita por Roriz.

O que mostra o complemento do vídeo? Um impasse entre Roriz e o genro de Ayres Britto quanto a valores. Roriz, então, apresenta uma proposta: R$ 1 milhão para que o advogado cedesse seu nome e não fizesse mais nada. Adriano fez uma contraproposta: R$ 1,5 milhão. Não chegaram um acordo. Despediram-se.

Por que a turma de Roriz não divulgou o vídeo por inteiro? É que a obra completa mostra não apenas o genro de Ayres Britto vendendo o que não devia, como também tentando comprar o que não podia.

Categorias
Noticias

Jabes Alencar, ao contrário de Malafaia e Manoel Ferreira apóia Marina

ASSEMBLEIANOS DIVIDIDOS NAS URNAS –

 

Por: Ângelo Medrado

A Assembléia de Deus, a maior denominação do Brasil, está dividida .. Nesta quinta-feira, dia 30, o pastor da AD Bom Retiro, Jabes de Alencar declarou em vídeo seu apoio, no primeiro turno, à Marina Silva.

Jabes registrou em vídeo seu apoio. “Marina é serva de Deus, tem experiência de vida, faz parte do rol de membros da Assembléia de Deus. É minha candidata e terá meu voto”, adiantou. À frente do Cimeb ( Conselho Internacional de Pastores e Ministros do Estado de São Paulo, disse que os evangélicos terão uma surpresa com Marina na presidência.

Categorias
Noticias

Soldado que virou Miss Inglaterra vai voltar à vida militar

 

DA BBC BRASIL

Uma soldado que já serviu no Iraque e foi coroada Miss Inglaterra 2009 anunciou que vai trocar os vestidos de gala por botas de combate e voltar à vida militar.

Depois de um ano como miss, Katrina Hodge, de 23 anos, passou a coroa para sua sucessora, Jessica Linley, e está pronta para retomar suas funções no Exército.

Getty/PA

Soldado Katrina Hodge, que virou Miss Inglaterra, anuncia que vai voltar à vida militar e reintegrar o Exército do Reino Unido

Soldado Katrina Hodge, que virou Miss Inglaterra, anuncia que vai voltar à vida militar e reintegrar o Exército do Reino Unido

"Obviamente, estou um pouco nervosa, porque vivi uma vida diferente por um ano, mas estou animada porque eu senti falta do meu trabalho. Estou um pouco apreensiva, mas feliz, também", disse Hodge.

A soldado e modelo, que recebeu o apelido de Combat Barbie, depois de ter sido condecorada por bravura por sua atuação no Iraque, diz que continua a mesma pessoa de sempre.

"Eu tive um ano de brilho e glamour, mas esse tipo de coisa não dura. O Exército é uma carreira para mim", disse ela.

"Eu queria fazer isso (participar do concurso de Miss) para quebrar estereótipos e mostrar que, se você quer alguma coisa, você pode", disse ela à BBC.

"Eu acho que muitas meninas pensam que não podem ser militares porque são muito femininas, não vão conseguir. Eu queria mostrar que é possível, porque, na verdade, eu sou muito feminina."

SEGUNDO LUGAR

Katrina Hodge tinha inicialmente ficado em segundo lugar na competição de miss de 2009, mas acabou recebendo o título depois que a vencedora original se envolveu em um escândalo e entregou a coroa.

Rachel Christie foi acusada de se envolver em uma briga com a Miss Manchester Sara Beverley Jones em uma boate, em novembro de 2009.

Katrina Hodge passou então a ser a Miss Inglaterra e representou o país no concurso Miss Mundo 2009, vencido pela candidata de Gibraltar.