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Religiosos exigem desculpas de atacante do Flamengo

 

O atacante do Flamengo, Val Baiano, disse que "se macumba fosse do bem, se chamaria boacumba".

O candomblecista Ivanir dos Santos, integrante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, que fez neste domingo uma passeata na praia de Copacabana, no Rio, disse esperar um pedido de desculpas do atacante do Flamengo Val Baiano.

No último dia 9, o jogador disse que "se macumba fosse do bem, se chamaria boacumba". A declaração foi dada em entrevista na qual Val Baiano disse cogitar falar com "padres, pastores e santos" para ajudar o clube no Campeonato Brasileiro, mas descartou recorrer a religiões de matriz africana.

"O Val Baiano teve um ato de extrema má educação com os torcedores do Flamengo. É uma pessoa extremamente intolerante", criticou o candomblecista, que pretende entrar em contato com a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, para cobrar um pedido de desculpas.

"Espero que a direção do Flamengo perceba que tem torcedores que têm outras religiões e o chame à responsabilidade", disse Santos. "O que não pode é uma figura pública, ídolo de uma torcida, usar isso para estigmatizar ainda mais um setor [da sociedade]."

Ele disse esperar que, caso esse pedido de desculpas não venha, o Ministério Público tome uma atitude contra o jogador. A intolerância religiosa é crime previsto pela lei Caó.

Em sua terceira edição, a caminha em defesa da liberdade religiosa reúne representantes de diferentes religiões, como católicos, judeus, candomblecistas e muçulmanos. A expectativa dos organizadores é reunir 150 mil pessoas na orla de Copacabana, mas, por volta das 12h30, havia apenas cerca de 5 mil pessoas no local, segundo a PM. A partida, do posto 6 em direção ao Leme, está marcada para 13h.

Data: 20/9/2010 08:22:30
Fonte: Folha Online

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Dilma – Escândalo da MTA tira diretor de operações dos Correios do cargo

Edição do dia 20/09/2010

20/09/2010 07h33 – Atualizado em 20/09/2010 07h33

 

Eduardo Artur Rodrigues foi consultor da empresa antes de assumir cargo nos Correios. MTA tem contratos de R$ 59 milhões com a ECT.

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O presidente dos Correios confirmou a saída do diretor de operações da empresa. O coronel Eduardo Artur Rodrigues deixa o cargo por causa de uma série de denúncias que associam o nome dele à transportadora MTA Linhas Aéreas.

Ele foi procurador da empresa até maio deste ano. Menos de três meses depois assumiu a diretoria dos Correios, que têm contratos com a MTA no valor de R$ 59 milhões, Artur Rodrigues teve papel importante nestes negócios. Ele trabalhou para renovar a licença da transportadora aérea com a Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, em dezembro do ano passado.

Segundo reportagem da revista Veja, a negociação contou também com a ajuda de Israel Guerra, filho da ex-ministra chefe da Casa Civil Erenice Guerra. A licença foi renovada apesar de um parecer da Anac alertando que a empresa poderia ter dificuldades em honrar seus pagamentos.

Artur Rodrigues se recusou a gravar entrevista. Mas, por e-mail, respondeu na sexta-feira (17), que não via conflito ético no fato de ter deixado a MTA para ser diretor dos Correios.

Há dúvidas também sobre quem é o verdadeiro dono da MTA. A empresa está em nome de um casal de aposentados do Rio de Janeiro, ex-sogros da filha de Arthur Rodrigues. Mas há fortes indícios de que a empresa aérea pertença ao argentino naturalizado americano Alfonso Conrado Rey.

Alfonso Rey é dono nos Estados Unidos do grupo Centurion Cargo. A MTA fica no mesmo endereço da Centurion em Miami. Os três aviões DC-10 usados pela MTA para transportar as cargas dos Correios são da Centurion.

Apesar dos contratos milionários com os Correios, não há registro de sede da empresa no Brasil em muitos dos endereços fornecidos pela MTA. Em Campinas só restou uma placa. Segundo o porteiro, a empresa não funciona mais lá. No Rio de Janeiro, no endereço da MTA, existe apenas um escritório de um despachante da empresa. E em Brasília, no local onde deveria ser uma filial da MTA, não há sinal da empresa./

Mas há registros do envio de milhões de dólares da MTA para bancos do Uruguai. Em agosto deste ano foram enviados quase US$ 2,7 mil.
O Tribunal de Contas da União vai investigar se o dinheiro tem como destino final a Centurion. Por lei nenhum estrangeiro pode ser dono de mais do que 20% de uma companhia aérea brasileira.